Jovem ainda, lá pelos meus vinte e um, vinte e dois anos, eu percebi que as muitas correntes de esquerda juntavam-se para formar um só partido, eu já imaginava a briga de foice no escuro entre essas correntes depois que o tal partido assumisse o poder. Não eram deduções científicas, apenas empíricas.
Já conhecia a fúria e o ódio intrínsecos nas personalidades dos quadros dessa esquerda. Aqueles com mais de trinta e cinco devem lembrar-se de como Lula, por exemplo, era um sujeito raivoso, que jamais sorria diante das câmeras, que tinha sempre palavras de ira contra seus opositores. Lula era a cópia miniaturizada de João Pedro Stédile, outro que prega a raiva contra os desafetos e não o diálogo e o entendimento para promover mudanças.
É sobejamente conhecida a influência de Duda Mendonça na escultura da nova personalidade de Lula, a mesma tática que o PT usa hoje para moldar Dilma à imagem e semelhança do marqueteiro baiano. O próprio Mendonça tem dupla personalidade, mas a transformação ocorrida em sua imagem pública foi justamente o inverso da ocorrida com seu fantoche.
Enquanto Lula passou do irascível ao “paz e amor”, Duda, tido como boa gente, bem humorado, cultivador de hábitos caros e prazeres que iam do simples trivial ao sofisticado europeu, primeiro mostra sua faceta de torturador de animais, naquele episódio da rinha de galos, mais tarde comprova-se sua participação sub-reptícia no mensalão e os vinte milhões que recebeu “por fora” na primeira campanha que capitaneou e que levou Lula para dentro da faixa presidencial.
O que eu, jovem semi-ignorante em política, mas que já observava com cuidado as nuances nem sempre harmônicas entre si da personalidade humana, não tivera a malícia de perceber, mesmo com a existência da União Soviética e seus países satélites e as distantes filiais, como Cuba e Albânia, foi a ciência praticada, a manipulação das massas nem sempre por ações manifestas e espetaculosas, como guerrilhas, ataques armados, atentados a lugares públicos e coisas que tais.
Eis que minha mulher descobriu uma série de vídeos com entrevista-depoimento de Yuri Besmenov, ex-agente da KGB, a polícia política da União Soviética, que mais que agente do governo era a maior mantenedora do poder pelo Partido Comunista daquele semi-globo comunista com tentáculos espalhando-se pelos cinco continentes, algumas incursões com sucesso imediato, outras apenas cavucando a terra para semear a semente vermelha na esperança de eternização do poder.
Besmenov, atuante na KGB de 1963 a 1970, ano em que desertou e refugiou-se no Canadá e Estados Unidos, revela, numa segunda série de vídeos todo o poder de convencimento, de compra de consciências, de corrupção de políticos e intelectuais, de manipulação da imprensa, da lavagem cerebral coletiva da juventude, enfim, o caráter científico de toda a sede raivosa, irada, mas nem um pouco cega, dos comunistas, que continuam agindo e seguindo a cartilha dos agentes soviéticos por todo o mundo.
Impossível não assistir à série de vídeos e não fazer um paralelo, identificar o dedo soviético nas ações do PT e, de quebra, de toda essa teia vermelha que cobre a América Latina e mídia internacional. Identificamos sem muita dificuldade, o tom róseo que se apoderou da ONU, OEA, igreja, ONGs, imprensa, exércitos e o entretenimento, desde as sitcom de Hollywood às novelas brasileiras por meio das ações politicamente corretas, às falácias ambientalistas de aquecimento global e distribuição de renda, algo que o poder soviético jamais fez e que os líderes latinoameicanos repetem. Em nome da distribuição de renda, extinção da pobreza, da distribuição equitativa dos lucros de produção e comercialização, Chávez, Lula, Morales, Corrêa, Lugo, Dilma, Zé Dirceu, Greenhalgh, Franklin Martins, Berzoini, Stédile e todas as demais lideranças comuno-socialistas fazem fortunas, enriquecem seus comparsas, premiam o ego dos intelectuais, compram empresários gulosos por dinheiro e poder que não querem perder seu status quo e enganam as massas despreparadas para pensar a longo prazo e defenderem-se desse pseudo-socialismo e suas consequências danosas a com risco de eternização.
Os gays costumam brincar que o mundo é gay, que sua cor são as do arco-íris e eu, assim como Bezmenov e minha mulher, tememos que ele seja mesmo vermelho, com seus matizes, do mais tênue rosa ao rubro da raiva, da intolerância e da sede de poder e grana que acomete seus líderes.
A fagocitose, nos ensina Besmenov, entre as esquerdas é inevitável e previsível. Não é à toa, portanto, que do PT nasceram PSTU e PSOL, as mesmas correntes que formaram o PT e que, engolidas pela majoritária que abriga os venais que hoje comandam o país, disputam a parte maior do butim que a velha e maltratada viúva tem a oferecer.
Sugiro que tirem um dia, esqueçam os problemas cotidianos por algumas horas e assistam cada um dos vídeos abaixo, temos muito a aprender com Yuri Bezmenov:
Vídeo 1, de uma série de 9. Depois desse, continue assistindo aos demais.
Vídeo 2, o primeiro de uma série de 20.
©Marcos Pontes