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sábado, abril 30, 2011

A volta do que não foi

DelubioSoares1

Casamento na Inglaterra, canonização de João Paulo II, decisões de campeonatos de futebol, Fórmula Indy em São Paulo e lá no fundinho, na penumbra, o PT, longe dos olhos da multidão em busca de entretenimento barato, decide pela reincorporação de Delúbio aos seus quadros.

Se num dia Berzoini ameaça falar o que sabe das podridões do partido para reconquistar os espaços perdidos na atual administração, nos dias seguintes Delúbio mostra que a chantagem e as negociatas com os comandantes petistas pode dar bons frutos. Para ele, lógico.

Não foram poucos os petistas insatisfeitos que abandonaram o “partido diferente”, como definiu o eterno presidente de honra, Lula. Além dos que, assim como Delúbio, foram expulsos. Na sua quase totalidade, os excluídos foram para o PSOL, partido que auto se define como o PT de antigamente. Aliás, o PSOL foi fundado justamente por ex-petistas. Por que Delúbio não seguiu esse caminho? Nada é explicado pelos envolvidos, lógico, o que permite às mentes doentias, como a minha, tirarem conclusões.

A expulsão de Delúbio mostra ter sido uma farsa, apenas um até logo previamente negociado. Nesse tempo em que se manteve longe das hostes petistas, Delúbio jamais foi deveras incomodado pela Justiça, pela imprensa ou pelo seus ex e atuais companheiros. Foi paraninfo de turma, foi atuante em campanhas do partido, foi cabo eleitoral de Dilma e, como era de se esperar, impune, pelo menos até o momento. Poderá continuar assim se o processo do mensalão não for julgado até agosto, depois do que seus crimes prescrevem e sua ficha continua imaculada como fralda virgem.

Na época de sua expulsão, jornais especularam a possibilidade de ele abrir a boca para a imprensa contando todos os meandros das negociatas que intermediava. Os crédulos e otimistas esperavam que as ameaças se concretizassem, mas não esse golpista que vos fala. A impunidade já me era certa dado o histórico de bandidos de alto escalão jamais punidos e suas relações próximas e estreitas com os dirigentes petistas, a começar pelo próprio Lula, um de seus advogados na caminhada para a sua volta. Até apoio do partido para fazer-se candidato a vereador nas próximas eleições ele já alardeara, por meio de amiguinhos, comparsas e correligionários. Pior, será eleito.

Rui Falcão, presidente do partido nesses tempos de distanciamento também inexplicado do presidente eleito, José Eduardo Dutra, afirma que “Não é anistia. Os erros continuam lá, existiram”. E que erros seriam esses, seu Falcão? O PT, por meio do seu presidente, reconhece os desvios e desmandos de seu companheiro quando este era tesoureiro do partido? Falcão cometeu um ato falho ou, de caso pensado, admitia o que todos sabemos dadas todas as provas e testemunhas? Estaria Falcão dando a entender que um dos 15 votos pela não readmissão de Delúbio, contra os 42 a favor, foi dele?

O povaréu nem sentirá uma coceirinha de indignação ou por já estar anestesiado com as falcatruas petistas e, por tabela, de seus amiguinhos, quer por total ignorância, afinal de contas o vestido da princesa é muito mais bonito que a cara de pau barbudo do Delúbio. Nem precisava o PT decidir a volta do sujeito longe dos holofotes, o efeito é o mesmo.

 

©Marcos Pontes

segunda-feira, abril 25, 2011

Berzoini, o justiceiro

A Veja desta semana traz reportagem em que revela a insatisfação de Ricardo Berzoini, uma das luas negras do PT, insatisfeito com a perda de prestígio na atual administração, em revelar podres do partido. Na mesma Veja o Reinaldo Azevedo mostra sua torcida para que Berzoini revele mesmo o que sabe, e o que não deve ser pouco, uma vez que sempre esteve no grupo seleto do Politburo petista que toma todas as decisões, impondo-as, junto com jargões e palavras de ordens, aos idiotas úteis que formam a claque, o capacho, a base do partido sobre a qual desfilam seus mandatários.
Lênin ensinou e nossos terroristazinhos de meia tigela aprenderam que quando um “companheiro” torna-se estorvo para o comando revolucionário, deve ser eliminado rapidamente e sem contemplação. Durante o período militar não foram raros os casos de “justiçamento” ou “justiciamento”, termos dados à “eliminação” - e por eliminação entenda-se julgamento sumário e execução daqueles que, por algum motivo, traíram as intenções do comando central – daqueles que contrariaram as ordens dos mandatários.
Há quem desconfie e quem tenha certeza, e não são poucos, que Celso Daniel e Toninho do PT tenham sido vítimas desse justiçamento, a mais notáveis e últimas vítimas fatais dessa prática comunista. Será? Não sou tolo a ponto de afirmar com certeza, mas reconheço que tendo a crer que sim.
Se foi esse o principal motivo da morte daqueles senhores, petistas históricos e próximos ao comando partidários, estrelas em ascensão por terem alçado às prefeituras de seus municípios, bem votados e nas graças dos eleitores, Berzoini, recentemente presidente do PT nacional, provavelmente, ou absolutamente certo, tinha conhecimento dessas execuções e não há como não acreditar que não soubesse. Basta ver sua trajetória na agremiação.
Sabendo do que seus companheiros são capazes – volto a afirmar, caso os justiçamentos continuem, o que não é de todo improvável –Berzoini dificilmente abrirá o bico.
Quando a direita executava um de seus arapongas, a esquerda chamava de “queima de arquivo”, mas, por ser uma corrente ideológica diferente, porém com as mesmas práticas, e com a autopromoção de ser a única ética, legal, respeitadora dos direitos humanos e defensora dos interesses populares, criou a terminologia “justiciamento”. Nome diferentes, práticas semelhantes, pelo menos quando se trata de crimes e meios de livrar-se dos empecilhos crônicos.
Se Berzoini não tem, de fato, interesse em revelar qualquer segredo sujo do PT, por que, então, deixa vazar sua insatisfação e sua ameaça em abrir o bico? Simples, para fazer pressão e reconquistar o prestígio que Dilma e seus favoritos vêm lhe tirando. Mais uma sujeira para sua ampla ficha de sujeiras: a chantagem.
Dos males o menor, estaria chantageando seus iguais, fazendo seu justiciamento contra todos aqueles que se acham mais limpos que eles, freqüentadores do mesmo chiqueiro.

©Marcos Pontes



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sexta-feira, abril 22, 2011

FHC X LULA, a guerra que não cessa

lula-fhc

Esta semana aconteceu o tuitaço sob a hashtag #OrgulhoFHC, o que chateou uma boa parte dos petistas e lulistas, levando-os a criarem a hashtag #OrgulhoLula, o que levou à contrarresposta #vergonhalula. Enquanto isso, escondida atrás da moita, Dilma e sua equipe econômica tentam evitar o caos econômico preparado pelo seu antecessor.

A “herança bendita” que a então candidata citava vem-se transformando em dupla dor de cabeça para ela e sua equipe econômica: 1. Os números maquiados mostram sua cara sem blush e rimel; 2. Ela não pode culpar o “governo anterior”, embora tenha tentado uma vez, por ela ter sido o principal nome da dita administração e por ter jurado que daria continuidade ao governo que a antecedeu.

Comparou-se o governo de Lula com o de FHC na tentativa, que terminou mostrando-se eficiente, de alavancar a candidatura de Dilma. Com gastos 60% superiores ao de FHC em propaganda em seu último ano de mandato, não foi preciso muito esforço. Sem ética, mascarando a verdade e vilanizando as privatizações, não foi preciso muito esforço do PT para tornar FHC o homem mau e Lula o salvador da pátria e paladino dos pobres e oprimidos.

Em seu último artigo FHC alegou que Lula não tinha porque insultar sua administração uma vez que apenas dera continuidade ao que ele, FHC, fizera. Essa declaração da majestade tucana poderia ser acrescentada, não fosse a humildade, com o “incompetentemente”. De fato, Lula continuara a política econômica de seu antecessor tanto que foi mantido Henrique Meireles nas rédeas da economia, mantendo e ampliando as privatizações (há estudo que mostra que Lula privatizou mais do que FHC, embora a acusação dos tucanos não tenha sido sequer a sombra do que acusaram os petistas, numa demonstração clara que a campanha de Serra fora equivocada, pífia e covarde, ou ética, como preferem os que o acompanharam de perto).

Meireles foi tão importante no comando da economia, que foi só ele passar o cargo para o governo atual começar a desfazer-se em inflação, desvalorização do dólar, aumento do desemprego, déficit comercial e outras mazelas que já assustam os que viveram a era da hiperinflação. Ou por competência o gerenciamento econômico ou na majestade na alteração dos números oficiais, Meireles mostra que FHC ganhou de Lula na sua seleção para comandar o Banco Central. Com FHC e Lula, o continuísta, os índices oficiais ficaram satisfatórios; após sua saída, mostrou-se o desarranjo. Ganha FHC por tê-lo descoberto, ganhou Lula por ter percebido a boa descoberta de FHC, na carona do tucano.

Dilma, que ddia após dia vem-se mostrando perdida e, consequentemente, contraditória, alega, por exemplo, que os direitos humanos são seu principal foco na política externa para, no mesmo discurso, enaltecer os novos rumos do comércio exterior com a China, um dos principais violadores dos direitos humanos no mundo, o país que seqüestra e some com seus opositores, o regime de um partido só. Na economia essa falta de rumo e clareza também se mostram.

Na guerra das hashtags houve petista acusando FHC de ter feito “apenas” o Plano Real. Ao afirmar isso o pobre rapaz é mal intencionado ou não conhece o passado recente de seu país. Quem viveu não esquecerá os tempos em que se acordava com o preço do pão x e ia dormir com o pão custando x + y. Passando por Figueiredo, Sarney e seus fiscais inócuos, Collor e sua única bala, a inflação crescia e engordava, até surgir FHC e sua equipe de intocáveis, no governo Itamar, e matar o bicho utilizando-se de méis heterodoxos, totalmente diferente do aumento regular de juros que Figueiredo e Sarney fizeram e sem o confisco irresponsável e ladrão que Collor fizera na poupança. Contra o aumento de juros ou o Plano Real, o PT empunhava sua bandeira.

Que medida o atual governo comete para evitar a volta galopante da inflação? O inócuo aumento de juros. Sem criatividade ou competência, volta-se à ortodoxia que tanto condenou, fazendo greves, piquetes e manifestações barulhentas.

A história mostrou que aumento de juros não para inflação porque esses juros são repassados para os preços, que aumentam, elevando, consequentemente, a inflação. Do outro lado da corda, no lado fraco, ficam os salários. Aumento de juros engordam a inflação, mesmo diminuindo o consumo. A história ensina, mas petistas, sejam Lulas ou Dilmas, não costumam esforçar-se muito para aprender.

As comparações entre FHC e Lula prometem continuar por muito tempo, mas ela é apenas virtual, à base de hashtags. A comparação real, aquela que vale, só o distanciamento histórico, em 10, 1 anos, comprovará, sem a fantasia das propagandas multimilionárias, o que os mais atentos já sabem: FHC dá um banho em Lula e todo o seu séquito.

 

©Marcos Pontes

domingo, abril 17, 2011

O povo não existe

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Povo: 1 Conjunto de pessoas que vivem num mesmo país e que estão sujeitas às mesmas leis (povo brasileiro).

          2 Os habitantes de uma localidade ou região

           3 Conjunto de pessoas que não necessariamente habitam o mesmo país ou região mas que são ligadas por laços culturais, línguísticos etc. (povo cigano).

           4 Grande número de pessoas

           5 O conjunto de pessoas que pertencem à classe mais pobre.

           6 Fig. O conjunto de pessoas que pertencem à mesma família ou à mesma casa

           7 Pop. Grupo de pessoas, gente, turma

Proletariado: 1 A classe dos proletários.

                      2 Conjunto dos proletários de uma cidade, uma região, um país etc.

 

Proletariado tornou-se uma palavra velha, imediatamente associada ao comunismo, tanto foram repetidos seus jargões em que trabalhadores, populares ou qualquer outro substantivo que se refira a um profissional ou a um ajuntamento de indivíduos, eram repetidos à exaustão numa referência à ditadura dos trabalhadores em detrimento dos empresários e industriais, revolução esta que jamais se deu, graças a Deus.

Bem alerta o Padre Paulo Ricardo em suas palestras e cursos de teologia, direito canônico e filosofia on line, que o tal proletariado ou os “trabalhadores”, heróis por trabalharem, foram substituídos pelo “povo” nos discursos mal intencionados ou nos discursos de marias-vão-com-as-outras que não analisam o que falam e deixam-se manobrar, ajudando a popularizar o novo termo que engloba toda a massa de manobra popular, ávida por um salvador de suas pobres almas calejadas pelo trabalho.

Para Marx fazia sentido ver um trabalhador como herói, uma vez que o próprio Marx jamais deu-se ao trabalho de bater o ponto numa repartição ou encarregar-se oito horas – se bem que naquele tempo não haviam leis trabalhistas e neguinho trabalhava até o patrão liberá-lo.

Eis aí mais uma contradição do comuno-socialismo: como se deixar convencer que o trabalhador deve se insurgir contra o patrão se a lição vem de quem viveu de mamatas e de patrocínio de amigos? Mas essa é outra questão.

Vitimizou-se tanto a figura do trabalhador no decorrer dos séculos que no Brasil, terra do jeitinho, da esperteza e da preguiça, é comum ouvir um funcionário de qualquer escalão, salário ou emprego referir-se ao seu ofício como “a batalha”, “a luta”, “a guerra”, dando-se de uma só tacada as vestes de sacrificado, vítima e herói, como se ele, um sujeito do povo, levasse sozinho a nação nas costas.

Ora, o povo não é ninguém! O povo é o rebanho que, bem ao gosto dos socialistas, anula a vontade, anseios e sonhos individuais em nome de um bem comum. E aquele que refere-se ao povo como um ser só, e não um conjunto de indivíduos, é justamente assim que o vê: um bicho acéfalo que pode ser tangido de um lado para o outro ao bel prazer de sue pastor.

O povo, para esses pastores, só pode ter uma vontade: a vontade do próprio pastor; só pode trilhar um caminho: aquele que seu pastor determinar; só pode ter uma aspiração: a que seu pastor escolheu.

Quando um ministro recém empossado no STF, como o senhor Fux, diz que o povo não soube votar no plebiscito de 2005 em que a proposta de desarmamento foi reprovada por 64% da população, ele age como o pastor que viu seu rebanhou estourar, fugir do seu controle. E o que faz o bom pastor nessas horas? Compra novos cães, reagrupa o rebanho e o toca na direção que El, o pastor, determinou previamente.

O exemplo do senhor Fux, um empregado contratado pelos comunistas de plantão para lhes dar legitimidade, voz, apoio e diretrizes no alto escalão do Judiciário, é apenas um. Que fiquemos alertas cada vez que um pastor ou candidato a referir-se ao povo. Ou o dito cujo é um que ainda não entendeu que “o povo” não existe ou um espertalhão que sabe que “o povo” existe e é manobrável como uma manada que deseja apenas pasto, água fresca, ar e sombra.

 

Obrigado @BeatrizMMoura pelo mote.

 

©Marcos Pontes

quarta-feira, abril 13, 2011

Negação da experiência e falta de autoridade

pai e filho

 

Raras são as vezes que posto por aqui texto de outrem, para fazer isso tenho que gostar muito do escrito. E é isso que acontece com esse texto da @BeatrizMMoura.

Compactuo com sua análise, por mais dura que possa ser aos comandantes (professores, pais, bispos, delegados…) e não poderia deixar de divulgá-lo.

Não por mim, mas pela autora, peço que comentem, concordando ou não. Ela merece esse feed-back. Vamos ao que interessa:

 

Apocalipse de São João:  ”Porque tu és morno; nem és quente, nem és frio, começar-te-ei a vomitar de minha boca”

Não há qualquer dúvida que enfrentamos há anos uma crise de autoridade.

Qualquer pessoa lúcida percebe que a juventude não reconhece mais a autoridade, seja ela qual for.

E como poderiam os jovens reconhecerem a autoridade nesses adultos (que eles chamam de véi)? Ora, são pais cujo ideal máximo é serem iguais aos filhos.

Toda e qualquer autoridade mãe, pai, professor, bispo, pastor, delegado, presidente da República....etc. foi relegada ao lugar de adultos acuados.

A questão é perceber que a autoridade não é simplesmente saber quem manda.

A autoridade não deve ser a do poderoso, novo rico sem tradição, que fianancia o carrão no banco e não paga a prestação, nem do carro , nem a mensalidade do colégio, porque “precisa” levar os filhos pra Disney, nem daquele que dá carteirada. A autoridade deve ser do sábio.

E quem quer saber alguma coisa, hoje?

Quando a gente reduz o campo da experiência – do pai lavrador, operário, professor, médico ou a da mãe dona de casa, costureira, enfermeira, advogada, que levou anos para se formar - a gente supervaloriza o poder e retira qualquer aura do saber prático – saber cozinhar, plantar, etc - do campo de legitimidade ética.

A questão é, no horizonte dessa nossa sociedade do politicamente correto ainda somos capazes de produzir sábios?

Sem a mediação de uma tradição que possa provocar, instigar a que o jovem pense, o que acontece? Esse jovem vive em permanente desamparo.

A noção de autoridade explode e aí fica só a figura do irmão, do colega, do amigão.... jamais a do pai.

O resultado disso é um conjunto de adultos patéticos, isto é, de pessoas maduras que não reconhecem o valor da experiência vivida que tiveram (porque, às vezes, simplesmente não viveram, eram sonâmbulos que sobreviviam ao stress enquanto adquiriam bens de consumo) e têm como único objeto parecer jovens a partir de procedimentos cirúrgicos que apontam para o corpo como trampolim para o mergulho no caos.

Esse caos onde o amor é um sentimento cor-de-rosa, meigo, nesse clima de novela nostálgica de paz e amor, bicho, pós maio de 68.

O amor, caros pais e mães, só é verdadeiro se vier acompanhado por um profundo ódio por tudo aquilo que ameaça o ser amado.

A mãe que ama verdadeiramente seu filho drogado odeia a droga ao ponto de não admitir que a droga entre em sua casa nem escondida no corpo envenenado desse filho.

Na era do amor covarde, específico do politicamente correto, o amor é um xarope, um tatibitate meloso que não separa o certo do errado e, desse modo, não é luta, nem é aliança pela vida.

O amor verdadeiro não é cego, senhores pais, ele é foco que ilumina o perigo que ronda o filho.

Amar é ter autoridade conquistada pelo sacrifício durante a vida que proporcionou aprender e conquistar o saber

Amar seu filho, não bajular pra ser curtido. Amar seu filho é mostrar-lhe o erro, ser firme e mostrar que não desiste de colocá-lo no caminho certo. Amar é querer ser admirado e não parecer um “véi manero”.

 

©Beatriz Mecozzi Moura

segunda-feira, abril 11, 2011

Chips, a nova enganação

tornozeleira

 

Imitamos, ou tentamos imitar, a prática americana de rastrear condenados pela justiça em liberdade provisória por meio de tornozeleiras eletrônicas. Há, entretanto, uma diferença fundamental entre o código penal de lá e o nosso. Nos Estados Unidos a fuga ou tentativa de fuga é agravante, aumentando a pena a que o prisioneiro está sujeito, enquanto que por aqui, país em que legisladores são defensores de bandidos desde há muitas décadas, a fuga “é um direito do preso”. Numa das nossas muitas contradições legais, esse “direito” é um salvo conduto para que o condenado desobedeça à decisão judiciária sem comprometimento de sua liberdade.

Está, portanto, suspenso o uso de tornozeleiras para esse fim. Bandidos 1 X 0 Estado.

Há um número enorme de brasileiros defendendo a discriminalização das drogas como forma de reduzir a violência do tráfico e seus agente. Baseado em meus parcos e empíricos conhecimentos da mente criminosa da média dos brasileiros, me oponho radicalmente a esse caminho.

Discriminalizar a venda de drogas seria apenas a lavagem de mãos do poder público, seu atestado de incompetência em enfrentar e tentar resolver o problema. É a forma institucionalizada do velho jargão popular “se não pode vencê-los, junte-se a eles”. Já discriminalizaram o consumo e deu no que deu.

Quem tem mais de 40 anos deve lembrar-se da época em que quem fosse flagrado com uma trouxinha ou um cigarro de maconha era imediatamente levado à delegacia, levava uma espinafrada dos policiais, via de regra tinha os cabelos raspados e era preso. No início dos 90, findo o regime militar, qualquer lei passou a ser considerada ditatorial e se o Estado passou a tomar conta da vida pessoal, até chegar ao ponto de proibir os pais a darem uma palmadinha pedagógica em seus filhos, como reza a lei aprovada no último ano, por outro lado passou a abolir qualquer malefício ao bem comum em nome da liberdade individual.

Atirando no próprio pé, ao permitir que o cidadão consuma sua droga em qualquer lugar, mal se preocupando se sob o efeito de narcóticos o usuário torne-se uma ameaça pública, com a conivência irresponsável dos legisladores, os governos permitiram a criação espontânea das cracolândias em quase todas as cidades brasileiras e, depois do cadeado arrombado, aparece com falsas políticas curativas e decreta o aumento do consumo um caso de saúde pública, ao invés de de segurança pública como era antes. Ninguém mais corre da polícia se for flagrado com um cigarrinho de marijuana no bolso. Em sua defesa basta alegar que é usuário e dependente. Para o Estado, o sujeito roubar as coisas da família ou assaltar um cidadão para poder comprar sua droga nada tem a ver com a discriminalização das drogas, são dois fatos paralelos. Finge-se de cego para cegar a opinião pública e, pior, conta com a conivência dos veículos de comunicação, convenhamos, cheios de usuários de mato, pó, pedra e otras cositas más.

Agora, após o massacre da escola do Realengo, o governo volta a falar em desarmamento da população e chips nas armas. Mais uma vez a intenção de desarmar o cidadão comum, para quem já é praticamente impossível comprar uma arma legalmente e conseguir a autorização legal para usá-la, dada a enormidade de exigências para tal. Mais uma vez tenta colocar sobre nossos olhos a mesma venda hipócrita tecida pela emotividade em massa suscitada pelo choque do momento.

Se nos Estados unidos existe um banco de dados nacional em que, pelas ranhuras deixadas pelo cano da arma no projétil disparado, possível identificar seu uso em mais de um crime, no Brasil, na quase totalidade de seus municípios, sequer existe polícia técnica para avaliações minimamente complexas, como exames de balística. Se nos Estados Unidos o bandido que usa tornozeleira eletrônica procura não fugir da rota previamente determinada pela justiça, no Brasil elas são serradas e jogadas no lixo. Se nos Estados Unidos exames laboratorias conseguem recuperar o número de série raspado do cano de uma arma, no Brasil inventa-se de chipar armas, como se bandidos usassem armas legalizadas e fossem burros demais para inutilizar os chips das armas legais que roubarem para suas ações criminosas.

Não acredito que os planos do José Eduardo Cardozo sejam fundamentados apenas num desconhecimento da mentalidade dos nossos criminosos, senão no velho compromisso da esquerda em ajudar o crime organizado, compromisso firmado nos anos 60 no presídio da Ilha Grande.

 

©Marcos Pontes

domingo, abril 10, 2011

Fim do milagre

economiabrasil

Tenho me colocado a perguntar se Lula era deveras um bom administrador, apenas produziu vitrines enfeitadas que escondiam produtos bolorentos, a Dilma, que fora braço direito em boa parte do governo anterior, não está sabendo dar continuidade à maravilha econômica que Lula produzira, tudo isso junto ou nada disso. Estou confuso.

A marolinha chegou bem antes de Lula ter anunciado que somente ela chegara, havia uma bolha crescendo sob nossos pés, que poderia estourar a qualquer momento. Por meio de artifícios a equipe econômica a esvaziava com aumento de impostos, propaganda enganosa e tentativas de reduzir o consumo. A terceira sabemos que não surtiu efeito, o brasileiro consome cada vez mais. Nem sempre paga, é verdade, mas não deixa de comprar.

A equipe econômica continua quase a mesma, com exceção de Henrique Meireles, fritado por Palocci e enviado para a salinha escura no sub-solo, onde coordenará os desvios de verbas da Olimpíada e da Copa. Pois com praticamente a mesma equipe, o caldo desandou.

Talvez e provavelmente os números oficiais continuam sendo maquiados o que torna a situação ainda pior do que o que vem se desenhando. A inflação aumenta, o desemprego aumenta, o dólar continua caindo, mas não se vê qualquer sinal de preocupação em massa. Letárgica, a população espera o leão sair da jaula para ficar alerta. O problema é que a jaula está aberta e todos fingem não ver.

Não se há notícia que o atual governo tenha diminuído as verbas de propaganda ou de veículos de comunicação contratadas para veiculá-las, o que talvez explique o silencio obsequioso da imprensa. Enquanto o brasileiro se informar apenas pelo Jornal Nacional, que menos do que um jornal é apenas um amontoado de manchetes sem conteúdo consistente, o governo dará as cartas sem medo de ser incomodado pela insatisfação dos contribuintes/consumidores/eleitores.

Como pode se ver nos meus posts dos últimos cinco anos, não reconheço em Lula, Dilma e Mantega, além de Palocci, lógico, nem um sinal de bons administradores. São ótimos atores com seus ensaios de preocupação, de gente preocupada com os rumos econômicos do país, seus chorinhos de apaixonados e não de administradores sérios. São enganadores preocupados com a própria imagem e com a de paladino da justiça que ainda tentam dar ao partido a que pertencem. O segredo da crise ainda não ter se manifestado no consciente coletivo talvez esteja na propaganda, mas o fim da manipulação acintosa de números negativos deve-se à saída de Meireles e isso se comprovará no que ele fará com os números das reformas e construções hiperinflacionadas de estádios, vila olímpica, transporte, uniformes, alimentação, viagens e tudo o mais que se referir à infraestrutura e realização dos dois mega-eventos esportivos que se aproximam.

Meireles talvez seja o mago das cifras adulteradas e sua ausência do primeiro escalão da economia acabe com essa fabricação de índices, assim como Lula era o mago da propaganda via emoções populares, algo que sua sucessora não é. Esses fatores mostram o fim do milagre econômico versão petista.

 

©Marcos Pontes

terça-feira, abril 05, 2011

Discriminar é ordenar

Racismo-thumb

 

Maniqueístas que somos, culpa da educação primária que nos convence que só existem o preto e o branco, o bem e o mal, o certo e o errado, não nos habituamos a ver as nuances, as entrelinhas. Fazer análise de dados é para poucos, muito mais cômodo é aceitar, sem questionar, as interpretações alheias.

Três palavras têm-se tornado a base do novo raciocínio coletivo ocidental: discriminação, preconceito e igualdade, sem que as massas sequer procurem entender a morfologia delas, as palavras.

Discriminar nada mais é do que diferenciar, distinguir, descrever, especificar. Se elefante é elefante e formiga é formiga, para que você se faça entender não deve dizer que a formiga usa a tromba para banhar-se. Cada substantivo e adjetivo diferencia as coisas umas das outras e essa diferenciação é essencial para que haja ordem. No pensamento politicamente correto, não nascido hoje, apenas tido como a forma correta de pensar nessa nova ordem mundial, deu uma conotação negativa à discriminação, como se toda ela fosse nociva à dignidade humana. Se você me chama de Raimundo, não o atenderei, não por ter algo contra os Raimundos, mas por não chamar-me Raimundo. Seu nome e sobrenome ajudam a discriminá-lo, diferenciá-lo, dos seus homônimos.

Quem criou o conceito de raças humanas vermelha, branca, negra e amarela? Com finalidade científica essa classificação sempre foi aceita em todo o mundo ao redor do planeta sem jamais haver acusação de racismo contra seu autor. Hoje, cientificamente, já não há uma classificação de humanos por raça, mas por etnia ou cor da pele, todos pertencentes à mesma raça, a humana. Mas algum preconceituoso às avessas dá-se ao trabalho de conhecer a ciência, ela atrapalharia seus planos de criar um terrorismo social.

Igualdade, mais do que um conceito, é uma utopia. Mostre-me duas plantas, dois animais, duas nuvens, dois gêmeos univitelinos iguais. Não existem! Nem mesmo duas folhas de papel fabricadas pelas mesmas máquinas a partir do mesmo lote de celulose são iguais. Assim são os indivíduos, ou alguém gostaria de ser tratado igual ao seu irmão ou à velha louca do segundo andar?

Não há e nem deveria haver igualdade entre as pessoas. Os países tidos comunistas até tentaram tratar todos, pelo menos a ralé política, do mesmo modo, vide os uniformes sociais coreanos e chineses. Alguém poderia, em sã consciência, defender que isso fez bem àquelas populações?

Se todos fôssemos engenheiros, como viveríamos sem pedreiros? Se todos fôssemos médicos, quem seriam as enfermeiras?

Nesse discurso pela igualdade, como se a imposição por meio de leis mudasse o íntimo do indivíduo, chega ao ridículo de pregar tratamentos diferentes para se provar que somos todos iguais, como se cada pessoa se resumisse à cor da pele, ou à orientação/opção/determinação sexual, ou à classe social.

Para que haja igualdade de tratamento não há necessidade que sejamos pessoas iguais, muito menos legislação punitiva, senão educação. Não a educaçãozinha ideológica de regimes totalitários, mas educação analítica e questionadora. Educação, porém, não é o forte desses vermelhinhos que proliferam nos comandos mundo a fora.

Em relação à discriminação excludente pela cor da pele já existe a Lei Afonso Arinos há mais de 30 anos, aplicada incontáveis vezes, mas foi suficiente para acabar com essa imbecilidade? Não, e nem será enquanto as educações formal e familiar não tiverem compromisso com a cidadania. O resto é lavagem cerebral coletiva para a imposição de valores deturpados, algo mais doutrinador do que educativo.

 

Tema sugerido pela magnífica @BeatrizMMoura

 

©Marcos Pontes

segunda-feira, abril 04, 2011

E-mail ao Joaquim Barbosa

Joaquim Barbosa

Excelentíssimo Magistrado,

 

Como cidadão minimamente informado sobre a estrutura governamental brasileira e o que reza nossa Constituição Federal, tão desrespeitada por nossas autoridades nos últimos anos, e ciente da enorme responsabilidade do nosso Poder Judiciário, recorro a Vossa Excelência como um cidadão que gostaria que nossas autoridades nos representassem de fato, não apenas de direito.

Nessa condição de cidadão costumeiramente traído, mesmo sabendo que um juiz deve analisar os fatos do processo a si entregue e não apenas ao desejo popular, apelo – e sei que milhões de brasileiros também apelariam se tivessem o hábito de fiscalizar os atos de seus representantes – para que não deixe caducar o processo contra os ditos “mensaleiros”. Se isso vier a ocorrer, Vossa Excelência estará contribuindo para que os desonestos que ocupam cargos eletivos continuem achando o que acham há 511 anos: autoridades e “colarinhos brancos” são tão inimputáveis quanto deficientes mentais, embora de deficientes mentais nada tenham. Pelo contrário, são muito espertos, o que têm defeito são seus caráteres.

Confesso, Excelência, que não tenho a esperança de ver Marcos Valério, os mensaleiros, muito menos os membros do governo que ordenavam a compra de consciências dos parlamentares, punidos. O histórico de julgamentos – isso quando ocorrem – desanimam a crer em punição àqueles desonestos, mas ver crimes não serem sequer julgados porque a justiça é lerda dá a sensação de que os muitos impostos, os excessivos desmandos, a ausência de fiscalização dos atos dos governantes punem o eleitor-contribuinte honesto e trabalhadore sem que bandidos sejam ao menos arranhados.

Me lembro de quando Vossa Excelência disse ao também meritíssimo Gilmar Mendes que fosse às ruas, que ouvisse os anseios populares. Pois, Excelência, espero que ouça o próprio conselho e ouça as vozes das ruas.

Não decepcione uma nação em privilégio daqueles que a traíram e traem sistematicamente, por favor. Um país inteiro aguarda ansioso pela punição àqueles que o furtam ou, de uma vez por todas, o senhor nos condenará à extorsão oficial.

 

Respeitosamente,

 

Marcos Pontes, cidadão brasileiro.

domingo, abril 03, 2011

O Efeito Alencar

FORMIGAS-traicao-corrupcao-e-medidas-de-saude-publica-no-formigueiro[1]

Dos pontos de vista legal, moral e ético, para que pagamos taxas e impostos? Para que o Estado nos sirva naquilo que nós, cidadãos comuns não temos condições de realizarmos sozinhos, em alguns casos até por proibição legal, como, por exemplo, em atendimento à saúde. Auto-medicação ou prescrição de remédios para terceiros é, além de ilegal, colocar em risco a saúde dos atendidos.

Se os pais resolvem educar seus filhos em casa por discordarem da educação pública, seja pelo currículo, pela má qualidade dos profissionais ou pela postura político-ideológica dos professores que tentam imputar aos educandos suas idéias, tem de recorrer à Justiça, sempre lerda e pouco eficaz nas causas populares, do contrário seu filho é declarado analfabeto pelo sistema legal.

Se o trabalhador precisa deslocar-se diariamente a distâncias inaceitáveis para serem feitas a pé ou bicicleta e precisa contar com o sistema público de transporte, algo praticamente inexistente, uma vez que as empresas que praticam esse serviço são privadas e contam apenas com a autorização das prefeituras, governos estaduais ou federal, o faz em ônibus, trens e barcas superlotadas, depauperadas, mau conduzidas (via de regra) e caras.

Saúde, educação e transporte são exemplos de serviços para os quais nossos deveriam ser dirigidos e realizados pelo poder público constituído, determinação feita pela esquecida e desrespeitada Constituição Federal. E é aí que o conceito de democracia que prega que todos são iguais perante a lei deixa de ser observado.

Quem pode, paga por plano privado de saúde. Mas isso não o isenta de continuar pagando a parcela de impostos que deveria ser dirigido ao sistema público de saúde; quem pode matricula seus filhos em escolas particulares, mesmo assim continua pagando impostos que deveriam ser direcionados ao sistema público de educação; se o poder aquisitivo é maior do que a média, o cidadão prefere comprar seu carro, mesmo que isso implique em novos impostos, como o seguro obrigatório, IPVA e impostos embutidos nos combustíveis, ainda que a parte de seus impostos que deveria ser direcionada ao sistema público de transporte desapareça no meio do caminho e continue a ser cobrado.

Enquanto se gastam bilhões na construção e reforma de estádios para a Copa do Mundo, que depois serão cedidos a clubes privados, que deveriam ser empresas, portanto responsáveis por sua própria sobrevivência, discute-se o déficit de moradias país a dentro. Com os dois bilhões de reais direcionados apenas ao Maracanã, quantas casas populares poderiam ser construídas e dadas, a fundo perdido, a brasileiros sem teto? Mas não, prefere-se criar o mentiroso Minha Casa, Minha Vida, burocrático e cheio de exigências, que não cumprirá, mesmo que fosse realizado 100% (algo longe de ocorrer), com 20% da carência de moradias. Seria o mínimo a se esperar de um governo socialista, que passará 20 anos, somando-se os oito de FHC com os oito de Lula e mais quatro garantidos de Dilma.

José Alencar, o ex-presidente recentemente falecido, um homem milionário, bancou quanto de seus 14 anos de tratamento contra câncer? Esses números não são revelados, mas não é maledicência alguma imaginar que os últimos oito anos foram bancados pelo erário. Nesses quatorze anos, quantos cidadãos comuns morreram do mesmo tipo de câncer se terem sequer o mínimo de cuidados que Alencar teve por estarem entregues às moscas, aos maus médicos, aos maus administradores e aos equipamentos sucateados os hospitais públicos?

Nada contra Alencar ter recebido um tratamento de primeira linha, o mesmo que todo pagador de impostos deveria receber, o protesto fica por não termos, pobres mortais, a mesma atenção que teve a autoridade que poderia, pelo poder de sua fortuna, bancar do próprio bolso tais cuidados. Mas, por pagar seus impostos, Alencar não deveria mesmo bancar seu tratamento. Ele já o fez por antecipação. Todos os outros pacientes de câncer Brasil a dentro, milhares a cada ano, também já o pagaram, mas por que não têm o mesmo tratamento?

Na escola aprendemos que a índia tem um sistema de castas injusto, que relega a alguns a condição de superioridade enquanto outros não devem sequer ser cumprimentados nas ruas. Sentimos a dureza injusta desse regime. Mas não é assim no Brasil também?

Lula, quando presidente, ao defender o imortal Sarney pelos seus desmandos, exigiu que fosse dado tratamento especial ao ex-presidente por ele não ser um cidadão comum. O homem que gabava-se de ser “do povo”, um trabalhador (mesmo que não trabalhasse há mais de 20 anos), num dos seus muitos discursos contraditórios, elevou Sarney à condição de supercidadão, acima do bem, do mal, de mim e de você.

Outros semi-deuses atuantes no país são os pongados nas administrações que não fiscalizam as aplicações dos recursos, passam a mão na cabeça dos médicos, professores e amiguinhos que administram órgãos públicos, homens e mulheres intocáveis pelos seus patrões, os cidadãos que pagam seus salários, luxos e roubos. E a fiscalização não existe ou é ineficaz por crime proposital. Se a Receita Federal consegue fiscalizar cada um dos 190 milhões de brasileiros, por que o ministério da Saúde não consegue fiscalizar seus 320 mil médicos, ou seja, 0,16% do total de fiscalizados pela RF? Por ser conivente com os roubos, desvios e demais crimes no meio do caminho.

©Marcos Pontes