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terça-feira, março 06, 2007

Roland Topor


Pão

Assar pão
No alçapão
Ou alça e pão
No assarpão matuto
Alta ação
De sapo com tração
Nas quatro.

segunda-feira, março 05, 2007

Vasqs, A Charge Online


  • Há dois anos Marquinhos de Ogum passou por aqui e alertou: "os Estados Unidos ainda irão se arrepender de ter permitido a entrada da China na Organização Mundial do Comércio". Nem precisava ser um excelente (hihi) profeta como ele. A economia mundial - não é o caso do Brasil que, assim como os EUA, pertence a um mundo próprio - ia muito bem, mar calmo, de repente, uma galinha espirrou em Xangai e as pedras do dominó da economia de fachada, aquela feita de capital especulativo que entra e sai de países sem entrar no bolso de ninguém, começaram a cair. Os economistas já colocam as barbas grisalhas em solução aquosa, os investidores mais sabidinhos já começam a realizar lucros e tirar o seu da reta antes que a bomba pipoque... Sei não, mas se Marquinhos de Ogum estivesse aqui, já teria mandado os poucos nobres leitores venderem suas ações e aplicarem na caderneta de poupança, pobre, mas limpinha.


  • O banco Opportunity e seu cacique, Daniel dantas, abrem um processo contra o jornalista Rubens Glasberg, editor do site Teletime News. A pedido da Carta Capital a notícia sobre o processo foi colocado em acesso livre. Antes era só para assinantes. Glasberg enviou uma série de perguntas ao presidente da Comissão de Valores Mobiliários sobre o processo que corre contra o banco. Passadas duas semanas sem receber resposta, o jornalista publicou as perguntas feitas e não respondidas. Isso aconteceu numa quinta-feira. Na segunda-feira seguinte os advogados do Opportunity entraram com uma ação alegando danos morais ao banco e a seus sócios. Do jeito que a coisa anda, até donas candinhas na janela poderão ser processadas se conversarem sobre a hora em que a filha da vizinha voltou da festa. Me fez lembrar um antigo quadro de um programa humorístico cujo o jargão do personagem era "perguntar não ofende". Nos tempos chatos do políticamente correto, perguntar tanto ofende quanto pode mandar um jornalista bem intencionado para a cadeia, enquanto ministros do Supremo tentam derrubar a Lei da Improbidade Administrativa para deixarem livres figurinhas processadas como Paulo Maluf, Celso Pitta, o ex-ministro Ronaldo Sardemberg que levou toda a família para tirar férias em Fernando de Noronha viajando em avião da FAB, e um ministro do próprio Supremo, Gilmar Mendes, processado em 2000.


  • O orçamento para as obras do Pan no Rio de Janeiro, apresentado quando a cidade era apenas candidata a sede, era de R$ 178 milhões, hoje já passa de R$ 350 bilhões, 1967 vezes mais. Quem paga? Todos nós, brasileiros, e não só o povo fluminense, uma vez que a grana vem dos cofres da União, ou seja, do nosso bolso. A pergunta é: o que nós vamos ganhar com isso? A segunda pergunta é: o que vai ficar de bom para o povo carioca depois que acabar a festa? Vejam bem, não estou perguntando o que vai ficar na cidade, mas o que o povo vai ganhar. Apartamentos que não poderá comprar? Estádios, pistas, raias olínpicas, velódromos que não poderá acessar? Piscinas olímpicas onde sequer poderá molhar os pés? Muito oba-oba para um povo pobre e carente como o nosso. Gosto do Nuzman como administrador, mas a distância entre ele e o povo carente é abismal.


  • Acreditem se quererem: O vereador Carlos Apolinário, do PAL de São Paulo, apresentou um projeto para que seja instituído o Dia do Orgulho Heterossexual. O nobre edil, evangélico, se defende com as pérolas: "Os gays precisam entender que estão dentro de uma sociedade. Eles não podem impor à sociedade uma cultura gay"; " Você vai a um restaurante com a sua família. Dois homens chegam, começam a se beijar e acham que isso é normal. Eu acho que não é normal, nem para o gay nem para o hétero"; "Daqui a pouco vai ter na cidade um outdoor dizendo: 'Gay, você ainda vai ser um'. Ou um cartão na farmácia : 'Gay, 10% de desconto'". E Apolinário se ofende se for chamado de homofóbico. Se seu projeto for aprovado, é capaz de algum colega seu propor a instituição do Dia do Orgulho Bissexual.

domingo, março 04, 2007

Noa


Noa

Horas
Ora bolas
Ora
Hora canônica
Noa
Orai por Orós
Hora da Hera
Nova era
Era uma vez uma era
Hora bolas
Um bolo de horas
Forma um relógio
Relógico
Livro de horas para se orar
Aro horário
Erário
Hora de erradicar o erário
Aurora
Boa hora
Noa-hora
Nora reza
Vamos embora
Mas não chora
Essa lágrima inodora.

sábado, março 03, 2007

Desculpem a ausência, senhoras e senhores. É que hoje recebi a homenagem melhor que recebi em toda a minha vida e ainda estou em estado de choque. Juro que volto, assim que me recompuser.

quinta-feira, março 01, 2007

Simanca, A Tarde, BA


Como ser mal humorado ouvindo essas coisas numa única manhã?

  • O Davi é tão gordo que quando foi ao Chile a barriga ficou sobre o Pacífico e a bunda na Argentina.

  • - Qual o seu tipo de mulher preferido?
    - Tanto faz, gosto de mulher de qualquer sexo.

  • O garoto perguntou à mãe por que era preciso lavar as mãos depois de ir ao banheiro. A mãe explicou que o corpo da gente é cheio de bactérias, é preciso evitar que essas bactérias sejam transportadas para a boca, para os alimentos, para os olhos... Lavar as mãos evita doenças.
    Ah, bom!
    Na escola ele aprende com a professora que o médico passa álcool no braço da gente antes de aplicar uma injeção porque o álcool faz uma limpeza no local e evita que a agulha seja contaminada pelos micróbios e as doenças entrem no nosso organismo.
    Ah, bom!
    Juntando as duas coisas, em casa o menino resolve lavar a genitália com álcool.
    Tadinho, o saco está rosinha e só de lembrar da ardida experiência, cai no choro.

  • Inventei um hobby que está começando a dar dor de cabeça. Resolvi pintar. Até aí tudo bem, o problema é que não sei o que fazer com os quadros. Eles são muto ruins para eu dar de presente ou vender; jogar fora, nem pensar. Aí, ficam aqui,entulhando a casa.