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domingo, maio 23, 2010

Emprego para dona Marisa Letícia

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Uma das práticas mais comuns nos quadros dos Poderes Executivos municipais, estaduais e federal, desde sabe-se lá quando, é a nomeação da primeira dama (a quase totalidade dos mandatários ainda é masculina) para a pasta de assistência social. É uma prática nepotista, mas, pelo menos, tirava da mulher a figura decorativa da primeira dama dondoca. No atual governo federal a primeira dama nos fez regredir, não abre a boca (e isso é muito bom) e lambuza-se com as benesses do cartão corporativo. Não foi nomeada ministra, não ocupa cargo oficial, mas tem salário sem fundo e benefícios mil.

O nepotismo deu lugar às despesas secretas, tratadas como de “segurança nacional” (uma elevação no status estratégico do Botox, do colorante capilar e mais um estoque de cosméticos e horda de cosmetólogos que a deixa com a mesma aparência das primeiras damas dos generais e qualquer outro governante brega da república desde Getúlio. Tirando dona Tereza Goulart que, além de jovem, era lindíssima e autêntica.

Dona Marisa Letícia, se não fosse semianalfabeta como o marido, poderia cuidar dos programas sociais federais, algo que qualquer Márcia Helena Carvalho Lopes é capaz de gerir a partir do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, um nome pomposo e quilométrico, bem do jeitinho petista de se propagandear.

A dona Marisa poderia ter feito o Fome Zero, que morreu no nascedouro e transformou-se num conjunto de ações, tivesse resistido à mortalidade infantil que o vitimou. Diz o Ministério que o FZ tem por objetivo dar acesso aos alimentos, fortalecimento da agricultura familiar, geração de renda e articulação, mobilização e controle social. E assim tem sido feito, embora jamais tenha prestado contas do dinheiro arrecadado em doações, com grana, obras de arte, artefatos de celebridades a serem leiloados... Já o fortalecimento da agricultura familiar tornou-se uma mentira – mais uma – que vai desde a falta de assistência técnica às famílias agricultoras, passando pela burocracia proibitiva para se conseguir crédito, dificuldade de escoamento da produção. Enfim, tudo como dantes no quartel de Abrantes. Com esses empecilhos que se mostraram intransponíveis, a geração de renda fica por conta do plantador e não do auxílio oficial.

Por outro lado, existe a bolsa Família, carro chefe da assistência social, que dona Marisa também poderia administrar com facilidade. A coisa é muito simples, desde o cadastramento das famílias a partir do CadÚnico, que é um sistema centralizado de cadastro da situação sócio-econômica das famílias até a retirada da grana na boca do caixa de uma lotérica pertinho de você. Não há fiscalização (daí as constantes denúncias em quase todos os municípios de gente que recebe o benefício sem ter direito ao mesmo e à evasão escolar das crianças beneficiadas, mas não fiscalizadas). A contrapartida não é vigiada, por isso a primeira dama estaria apta a verificar a aplicação e prestação de contas.

Junto com o ministro Lupi, do Trabalho, dona Marisa poderia dirigir o programa Primeiro Emprego, que prometia isentar de 1% do Imposto de Renda a empresa que desse o primeiro emprego a jovens de 18 anos. Este programa, se não me engano, ocupa a cova ao lado da do que prometia um lap top por aluno de escola pública. No caso do primeiro, os empresários fizeram as contas: sairia mais caro contratar jovens sem formação técnica do que pagar 1% dos impostos. Já o segundo foi abortado depois de se provar que os devaneios do presidente em produzir computadores a manivela, literalmente, além de caro geraria monstrengos ciberneticamente inúteis e ultrapassados. A indústria entrou em guerra pela concessão, mas desistiram ao perceber a inaplicabilidade da tarefa.

Mas não seja eu tão pessimista. Ainda resta emprego para dona Marisa, mui digníssima agraciada com a Ordem do Rio Branco, comenda máxima do Ministério das Relações Exteriores, historicamente conhecido pela pomposo alcunha Itamaraty, por seus préstimos incomparáveis na política externa brasileira (cá pra nós, deve ser a conselheira de confiança do ministro Celso Amorim).

Dona Marida poderia, fácil, fácil, administrar a política de cotas nas universidades e escolas técnicas federais. Em nome da igualdade e justiça social, o governo adotou a política da discriminação oficial pela cor da pele, condição física e/ou social. Os jovens pobres, pretos e deficientes não precisam mais se preocupar com acesso á universidade ou cobrar a melhoria da qualidade do ensino das escolas públicas. Estudando um pouquinho só a mais que seus colegas também pretos, pobres e deficientes físicos, seu acesso á universidade federal está garantido. Quanto ao emprego, não se preocupe. Pode fazer como as 500 costureiras que o governo do ceará treinou, mas que se recusaram a serem empregadas pela indústria para não perderem o direito à já citada bolsa Família. Pegue seu diploma, faça um monte de filhos e fique na rede ganhando seu sustento às custas dos filhos que não podem trabalhar, graças ao PETI – Programa de Erradicação do trabalho Infantil -, mas lhe dão dinheiro oficial em nome de justiça social.

Aliás, o PETI foi um grande avanço social, mas radicalmente severo. Erradicar o trabalho infantil é uma coisa, mas ele chega a ponto de proibir o pai, um sapateiro, por exemplo, de contar com a ajuda de seu filho como auxiliar em sua oficina. Se o PETI existisse desde os anos 50, Antônio Ermírio e Lauro Setúbal não teriam feito a fortuna que fizeram, Silvio Santos seria camelô até hoje e diversas outras fortunas não teriam se formado, além dos milhões de empregos e dólares que elas geraram para o país.

Fico agora em dúvida sobre o que é pior, o nepotismo em que são empregados incompetentes pelas mãos de padrinhos desonestos ou a ociosidade remunerada de parentes despreparados que sugam o erário em nome da segurança nacional e sua pseudo-beleza.

 

©Marcos Pontes

sábado, maio 22, 2010

Mudança de tática urgente!

A-campanha-politica

O PT é famoso, desde sua criação, pelo poder de mobilização de seus seguidores durante campanhas eleitorais.

Com o passar dos anos o sectarismo se infiltrou tão profundamente na alma dos petistas que a capacidade de discernimento e autocrítica foi para o espaço. Se a liderança do partido disser uma coisa, logo aparece uma horda vermelha repetindo o que foi dito. Isso às vezes, ou muitas vezes, cria situações hilariantes quando, por exemplo, o presidente fala uma coisa e um outro cacique fala o inverso e aí ficam duas correntes do partido falando coisas diferentes sobre o mesmo tema, numa clara demonstração se acompanhamento cego das palavras dos capitães do comando central.

Se essa postura da militância é nociva ao debate político, uma vez que evita-se o debate racional quando este se fixa na repetição das palavras que “o mestre mandou”, como numa brincadeira de boca-de-forno, por outro lado tem sido ela a maior responsável pelo crescimento eleitoral do PT. Por décadas repetindo a postura de papagaio analfabeto, que fala, fala, fala, sem saber exatamente sobre e o que está falando, a militância petista vem arrebanhando outros seguidores da lei do menor esforço, o eleitor que não questiona, que não se esforça em conhecer o Brasil e seus problemas, que perdeu o poder de vigilância e cobrança de seus representantes. E assim vem elegendo mais e mais gente.

Desde que assumiu o comando do talão de cheques, a coisa tem ficado mais fácil para o PT e seus caciques. Se não arregimentam pelo convencimento, o fazem pelo poder da grana. A imprensa é o mais cobiçado representante da sociedade civil organizada. Depois que a lei eleitoral proibiu os showmícios, os artistas foram alijados do processo eleitoral de convencimento, dando lugar aos jornalistas. Não foi à toa que o governo federal ampliou em mais de 2000% a verba de veiculação de propaganda, com mais e mais veículos transmitindo as cascatas de Brasília. Rádios, Jornais e televisões, além de sites internéticos, são mais e mais cooptados pelo poder da grana, seja o legal do PT, seja o do erário expropriado pelos marqueteiros do partido/governo, que terminaram se fundindo, confundindo a coisa pública com as posses milionárias do PT e seus chefes, ou donos, como preferirem.

“A força da grana que ergue e destrói coisas belas” ajuda a calar bocas e mudar consciências. Troca o lay out e a postura da candidata do PT à presidência, ensina-lhe a sorrir, a vestir-se, a tentar parecer mais simpática e eleva seu índice de popularidade eleitoral. Enquanto isso a oposição e sua militância dispersa perde mais tempo em espinafrar os institutos de pesquisa do que em elevar seus candidatos.

Está na hora de aprendermos com os petistas a nos mobilizarmos uníssonos, a batermos sem ouvir as vaias da torcida, em focarmos em questões deveras importantes, além da aparência física da adversária. A verdade nem sempre importa ao eleitor, que não tem saco em pesquisar se o que ouviu é ou não verdade, produto de uma educação em que a pesquisa sempre foi relegada a uma postura de copia-cola. Talvez devêssemos copiar a postura petista de apenas repetir o que diz o candidato sem questionarmos demais se ele tem ou não razão, se fala a verdade ou divaga, se suas idéias são viáveis ou delírio de louco. Chega de falar mal das pesquisas e trabalhar sério para reverter esse crescimento da candidatura pseudo-vermelha petista.

Não precisamos mentir, roubar, comprar votos e consciências, como tornou-se prática do PT, uma reprodução da política de seus líderes Lênin, Stálin e Mao, mas podemos aprender a falar a língua do eleitor que não lê jornal e nem conhece seu país além do campo da visão.

©Marcos Pontes

segunda-feira, maio 17, 2010

Acordo ou teatro?

IRAN-TURKEY-BRAZIL-NUCLEAR-POLITICS 

Turquia e Brasil se regozijam – pelo menos seus governos – de terem convencido o Déspota, Mahmoud Ahmadinejad, a aceitar a proposta da ONU de trocarem seu urânio enriquecido em país que permita a transação. Parece tudo muito bonitinho e seria se:

a. O presidentes Lula e o primeiro ministro  Recep Tayyip Erdogan, não propalassem aos quatro ventos que o plano é deles, quando, na verdade, apenas trocaram o local da troca. A ONU havia proposto França ou Alemanha;

b. O Irã não continuasse disposto, e o fará, a enriquecer urânio a 20%, embora o medo ocidental é que o país já domine tecnologia para enriquecer a uma porcentagem maior, a ponto de poder tornar-se combustível de uma bomba;

c. Não houvesse por trás da “boa ação” turca um dedinho de Moscou, que, no dia seguinte à divulgação do acordo Irã-Brasil-Turquia, anunciou que havia acordado com a Turquia a construção da primeira usina nuclear em território turco;

d. Nós, pobres e invisíveis mortais soubéssemos exatamente o que foi discutido e firmado nesse acordo. O fato de Estados Unidos e Israel não sentirem firmeza no aperto de mãos entra Ahmadinejad, Erdogan e Lula não significa que eles não estejam do lado certo da força. Era de se esperar que ambos se opusessem ou ficassem com a pulga atrás da orelha em se tratando de acordo entre seu arquiinimigo (no caso dos EUA, ex-aliado), o Irã, e um que acha que tudo que é contrário aos interesses ianques é bom para o mundo, o Brasil, mas o fato é que só saberíamos o que realmente ocorre nos bastidores e na cabeça do Déspota iraniano se aparecer um telepata que soubesse árabe.

e. O Irã não fosse famoso por descumprir acordos internacionais. Aliás, Ahmadinejad nem esperou secar a tinta das assinaturas no acordo para revelar que Irã continuará o enriquecimento de urânio a 20%.

Não vou ser o urubu a torcer que o acordo seja inócuo, que a tensão nuclear continue no Oriente Médio e, de quebra, no resto do mundo, já que Rússia coloca-se de um lado da briga e os Estados Unidos no lado oposto, enquanto a China faz de conta que apenas assiste (algo difícil de acreditar. As negociações e espionagens por baixo dos panos são muito mais ricas e severas do que as estampadas nos jornais). Embora as questões étnicas naquela região remontem da dissolução da prole de Salomão e as guerras entre as 12 Tribos de Judá, as questões modernas relativas à abundância de petróleo e escassez de água na região alimentam o surgimento de uma nova guerra fria, dessa vez com os antigos personagem “apenas” manipulando os títeres, nos quais o brasil se coloca de intruso e arrotando a grande participação como protagonista desse teatro.

Gostaria muito que a paz nascesse no Oriente Médio e persistisse pelo menos o mesmo tempo em que ocorrem as guerras, mas é difícil de acreditar nisso, levando-se em conta os personagens em cena.

Se o Amorim e o lula estiverem certos, darei o braço a torcer e esperar que eles, em mais um esforço internacional, salvem as vidas dos prisioneiros políticos da Venezuela e Cuba, países governados por ditadores travestidos de democratas muito amiguinhos do ocupante atual do Palácio da Alvorada e cercanias.

 

©Marcos Pontes

Poema para um Beócio

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Se enganas inteira nação

Fingindo bom moço ser,

Messias das causas perdidas,

Da moral e ética guardião,

Aquele que a leva a crescer

Salvador de todas as vidas

 

Se mentes sem medo ou rubor,

Falcatruas te enriquecem, Barrabás,

E aos crápulas dás total proteção;

Se aos bons só destinas furor,

Aos honestos passas para trás,

Ratos e cobras formam teu brasão

 

Compras consciências, votos e sins

Às custas de moedas do erário

Calas opositores com censura e dobrões,

Empregas a ralé, te alias aos ruins,

Assalarias o corrupto, o ímpio e o falsário

Que, por precaução, não nomeio ladrões

 

Causas dó aos desavisados

Contando do miserável que foste

E vitimizas aos porcos que guias

Gastando todos os nossos dobrados

Na tentativa de elegeres teu poste

Deixando-o terminar o mal que farias

 

©Marcos Pontes

quarta-feira, maio 12, 2010

E-mail ao Jucá

Jucá

E-mail que enviei ao senardor Romero Jucá. Você pode fazer algo do tipo não só para o Jucá (romero.juca@senador.gov.br), como para qualquer outro. Os endereços de e-mail deles está na página do Senado: http://www.senado.gov.br/sf/senadores/senadores_atual.asp?o=1&u=*&p=*

 

Excelentíssimo senhor senador, por favor, resista à tentação de apadrinhar seus pares que respondem a processos na Justiça e os que já têm condenação em segunda instância e pense nos 4 milhões de brasileiros que assinaram o projeto de lei popular dos Fichas Limpas.

Não deixe seu partido em situação pior do que a já se encontra diante da opinião pública que dá 80% de aprovação para o presidente e a metade disso para o partido. Não nos deixe com a certeza de que o Partido dos Trabalhadores é uma agremiação que apadrinha os malfeitores da República, de sindicalistas que jamais fizeram qualquer esforço pelo crescimento do país, mantendo-se alimentados, tanto no sentido real quanto no figurado, que seria uma referência ao enriquecimento sem esforço ou mérito (caso do próprio presidente da República a políticos profissionais, como os senhores José Dirceu e Genoíno, que engana a nação e continuam locupletando-se com desvios do erário.

Senador, não ache o senhor que remendando o projeto popular, abrindo brechas para que os bandidos continuem se elegendo e reelegendo, ou mesmo evitando que ele vá a votação, o senhor estará fazendo um favor aos bandidos de colarinho branco. Não se pode mais se esconder da força popular. Seu nome e os do que a não aprovação do projeto beneficiária, teoricamente, cairão em massa na boca do povo através da internet ou de impressos Brasil a dentro e a tentativa de apadrinhar bandidos apenas os exporá ainda mais. São, pelo menos, 4 milhões de brasileiros vigiando a tramitação do projeto e cada um dos parlamentares.

Faça seu papel de representante dos eleitores e faça aquilo que os eleitores desejam, senador: não ponha-se contra a aprovação da vontade popular, isso seria um tiro que poderia sair pela culatra.

Não crie empecilhos e nem faça manobras imorais, mesmo que legais, para nos deixar a ver navios. Agilize a aprovação, senador Jucá, não menospreze a força do cidadão apenas pelo fato de manipular nossa vontade com o auxílio de outros como o senhor. Lembre-se do Diretas Já, que o senhor e seus partidários se orgulham tanto de terem defendido, até mesmo alguns posicionam-se como se fosse o PT o único partido a lutar pelas eleições diretas. Mas isso é outra história.

Pois bem, evitaram as eleições diretas o quanto puderam, mas chegou o momento em que tornou-se inevitável sua aprovação. Assim é o Ficha Limpa. Não adianta fugir. Os senhores podem até adiar, mas não podem evitar sua aprovação, então por que adiar o inevitável?

Salve os seus colegas não condenados, senador, e jogue os crápulas condenados às ações da Justiça. Não traia a vontade de um povo inteiro para acobertar alguns salafrários. Honre seu mandato, seu nome, seu cargo, sua liderança, seu Estado. Honre o Senado Federal, colocando os anseios populares à frente do corporativismo partidário. Ainda há tempo de sair como um herói da moralidade, mesmo isso não sendo 100% verdade, ao invés de entrar para a história como um acoitador de desonestos.

Mesmo discordando diametralmente da linha política de seu partido e de sua postura coronelesca, arrogante e truculenta, espero poder admirar sua coragem em trair os interesses amorais de políticos Fichas Sujas.

 

©Marcos Pontes

domingo, maio 09, 2010

Da boca de quem sabe

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Ontem fui com Dona Chica a um show do Guilherme Arantes. Não aguentando tranquilo o calor no salão e a demora em começar o espetáculo, dei uma saidinha pra fumar. Lá fora encontro um dos maiores empresários da região, homem riquíssimo, dono de postos de gasolina e fazendas de café. Eu sei quem ele é e ele sabe quem sou, embora jamais tenhamos sido apresentados ou sequer trocado um cumprimento.

Na solidariedade tácita entre fumantes, os párias da sociedade moderna politicamente correta, engendramos um papo sobre política.

De cara ele já foi vomitando seu ódio contra o atual presidente e sua política econômica mais de propaganda do que de resultados. O empresário havia acabado de assistir ao Jornal Nacional e ainda não havia deglutido a oferta de Lula a mandar ajuda econõmica para a Grécia.

Como mandaríamos U$ 200 milhões – confesso que não vi qualquer alusão a essa quantia, mas foi a que ele citou – para um país com quem temos insignificantes relações comerciais, políticas ou culturais, quando o país tem carência em toda a infraestrutura e sempre alega falta de recursos? O homem estava indignado a tal ponto que minha indignação parecia birra de menino mimado.

A prosa, sabe-se lá por que liame, logo emendou com uma reunião que havia acontecido entre produtores rurais e a equipe do governador, Jaques Wagner, mais um petista que escuda-se mais no fiosologismo sindicalista-peista do que na competência administrativa. Nada tinha a ver com o fato do governador fazer o maior carnaval com sua vinda a Porto Seguro para entregar 30 casas num município que tem carência de algumas centenas de moradias, mas com a conversa que tivera com o deputado federal Sérgio Carneiro, filho do senador pedetista João Durval e do prefeito de Salvador, também pedetista, João Henrique. Sérgio, numa das espertezas das oligarquias familiares, é petista. a família usa a velha tática dos peemedebistas que se dividem para ganhar sempre.

Além dos dois, fazia parte da rodinha um fazendeiro paulista, vizinho de fundos de uma fazenda do lulinha, o filho pródigo de Lula, que consegue fazer fortuna em tempo recorde, mesmo nunca tendo batido prego num mamão. O paulista dizia, sem saber quem é Sérgio Carneiro, que Lulinha estava comprando todas as fazendas que faziam fronteira com a sua e que a sua era a próxima a ser comprada, segundo lhe mostrara num mapa, um dos assessores do lulinha, filho daquele mentiroso compulsivo que, por vinte anos, pregava publicamente, contra os latifúndios.

o fazendeiro paulista, porém, afirmava que não venderia suas terras por qualquer preço e sob qualquer ameaça ou chantagem, táticas que, segundo ele, foram usadas por Lulinha para convencer os demais vizinhos a lhe venderem suas terras.

Sérgio Carneiro, na cegueira típica dos sectários venais, partiu em defesa do “primeiro filho”, que o rapaz era de boa índole e não tinha essas fazendas todas. Como resposta recebeu um cala a boca pela frente. Teria dito o paulista, “o senhor não sabe de nada, deputado. Pode entender das fazendas que o sen hor e sua família tem em Feira de Santana, mas nunca foi à fazenda do Lulinha em qualquer um daqueles aviões e helicópteros que aterrissam diariamente por lá”. O deputado saiu de fininho ao perceber que não estava falando com bêbados de um boteco, mas com empresários que conhecem o país e é quem, de fato, constroi o país, negando a empáfia de Lula que é seu governo quem leva o Brasil pra frente, mesmo havendo governo desse naipe.

O último tópico da nossa conversa foi sobre a geração de empregos e o cafeicultor terminou me dando razão no que venho dizendo há meses.

O governo se vangloria do fato de ter gerado 12 milhões de empregos, o que de fato não aconteceu. aliás, pode até ter acontecido, mas aí vem uma questão de semântica para contrariar as estatísticas oficiais. Precisa-se diferenciar emprego de ocupação temporária.

Mesmo os empregos que Lula e sua gang distribuíram entre os amigos despreparados e sindicalistas – o que quase significa a mesma coisa – na máquina governamental, mas que poderão ser devolvidos no próximo governo, os números não são verdadeiros e isso pode ser comprovado pelo número crescente de pedidos de seguro-desemprego. Esse número, aliás, não é divulgado e nem a imprensa vai atrás para revelar a verdade.

Meu interlocutor dizia, “só nessa semana eu assinei 350 carteiras de trabalho e devo assinar mais 350 nas duas próximas semanas, mas é só para a colheita do café. daqui a dois meses esse povo todo vai estar desempregado de novo, mas essas estatísticas o governo não revela”. E é justamente isso que sempre digo.

Se o governo contrata duzentos homens para construir 30 casas populares, como as que o governo da Bahia entregou em Porto seguro, esses mesmo duzentos homens estarão novamente desempregados findada a construção. Assim é na lavoura, na construção civil, no comércio em épocas festivas como os 8 dias das mães, oito dias dos pais, sete Natais, oito carnavais, quinze férias escolares e em várias outras atividades sazonais.

Numa coisa esse governo é deveras campeão, na propaganda. Mesmo sem provas que corroborem seus milagres econõmicos e sociais, o governo Lula consegue emplacar todas suas mentiras como se palavras divinas fossem.

segunda-feira, maio 03, 2010

Post chupado

Este post foi lançado pelo Joe Brazuca em sua página no Facebook. Tentei compartilhá-lo no Twitter, mas nem todos os leitores que me acompanham tem conta no site e, por isso mesmo, não conseguiram acessá-lo. Confesso que não chequei as informações, mas como já havia ouvido histórias como esta, resolvi publicar aqui sem a licença do Joe, mas sei que ele compreenderá.

 

ACREDITÁVEL !!!

Hoje às 16:30

E...POR FALAR EM "FICHA LIMPA" O QUE ACHAM DISSO ? :
ACREDITÁVEL!!
Vejam o que aconteceu no Ceará,
quando tentaram empregar algumas costureiras......
Curso para 500 mulheres
Como o setor têxtil é de vital importância para a economia do Ceará, a demanda por mão de obra na indústria têxtil é imensa e precisa ser constantemente formada e preparada.
Diante disso, o Sinditêxtil fechou um acordo com o Governo para coordenar um curso de formação de costureiras.
O governo exigiu que o curso deveria atender a um grupo de 500 mulheres que recebem o Bolsa Família.
De novo: só para aquelas que recebem o Bolsa Família.
O importante acordo foi fechado dentro das seguintes atribuições: o Governo entrou com o recurso; o Senai com a formação das costureiras, através de um curso de 120 horas/aula; e o Sinditêxtil, com o compromisso de enviar o cadastro das formandas às inúmeras indústrias do setor, que dariam emprego às novas costureiras.
Pela carência de mão obra, a idéia não poderia ser melhor.
Pois bem.
O curso foi concluído recentemente e, com isso, os cadastros das costureiras formadas foram enviados para as empresas, que se prontificaram em fazer as contratações.
E foi nessa hora que a porca torceu o rabo, gente. Anotem aí: o número de contratações foi ZERO. Entenderam bem? ZERO!
Enquanto ouvia o relato, até imaginei que o número poderia ser baixo, mas o fato é que não houve uma contratação sequer. ZERO.
Sem qualquer exagero.
O motivo?
Simples, embora triste e muito lamentável, como afirma com dó, o diretor do Sinditêxtil: todas as costureiras, por estarem incluídas no Bolsa Família, se negaram a trabalhar com carteira assinada.. Para todas as 500 costureiras que fizeram o curso, o Bolsa Família é um benefício que não pode ser perdido.
É para sempre.
Nenhuma admite perder o subsídio
SEM NEGÓCIO.
Repito: de forma uníssona, a condição imposta pelas 500 formandas é de que não se negocia a perda do Bolsa Família.
Para trabalhar como costureira, só recebendo por fora, na informalidade.
Como as empresas se negaram, nenhuma costureira foi aproveitada.
Casos idênticos do mesmo horror estão se multiplicando em vários setores.
É O LULA CRIANDO ELEITORES DE CABRESTO, COMPRADOS ATÉ EM SUA DIGNIDADE, RECUSANDO-SE A TRABALHAR PELO SEU SUSTENTO !!!

domingo, maio 02, 2010

Wilma ensina marketing

Colagem

Tendemos a ver os defeitos de nossos adversários para esquecermos dos nossos e de nossos aliados, o que no popular equivale a “macaco senta no próprio rabo para falar do rabo dos outros”. Longe de querer escrever um textozinho de auto-ajuda num arremedo de Paulo Coelho ou do canastrão Içami Tiba, quero mesmo é dar um freio de arrumação para ver o que ambos os lados estão fazendo nessa campanha que já começou.

Aliás, hipocrisia por hipocrisia, em se tratando de campanha política, a Justiça Eleitoral da o primeiro passo. Com a máxima de que a Justiça só atua depois de provocada por terceiro, ela se exime de tomar a iniciativa de coibir abusos, desmandos e crimes, mesmo que estes aconteçam diante de seus olhos, não à toa, vendados. Não só na área eleitoral, mas em todas.

As campanhas estão nas ruas, os candidatos estão peregrinando em busca de apoios, popularização, coligações e, consequentemente, votos. Por que negar isso?

Aí o presidente sobe num palanque, do qual anda ausente desde que assumiu a presidência, na tal festa do trabalhador, transformando aquilo num comício em prol de sua candidata e a oposição resolve interpelá-lo judicialmente por campanha extemporânea. Também é uma hipocrisia. O Serra não está fazendo muito diferente. Suas peregrinações insistentes ao Nordeste e a Minas, locais que decidirão a eleição e nos quais ele, a princípio, está mais fraco que a candidata situacionista, têm o único propósito eleitoral. Não nos façamos de bobos ao negar isso. Sejamos partidários, torcedores, agentes atuantes nas campanhas, formadores de opinião, mas não neguemos o óbvio para não corrermos o risco de nos mostrarmos mentirosos, sectários e injustos.

Paralelamente às atuações dos candidatos, seus cabos eleitorais oficiais também agem a todo vapor. A governadora Wilma de Faria, do Rio Grande do Norte, por exemplo, fez no Twitter mais do que o assalariado Marcelo Branco e os caciques do PT fizeram até agora, em termos de ataque a Serra. Ao comparar sua ficha como parlamentar constituinte com a do candidato tucano, avaliação esta feita pelo DIAP, Wilma mostra uma média de 9,75 pontos contra 3,75 de Serra.

Para um eleitor pouco esclarecido, mal informado sobre os meandros da política ou encabrestado no voto, essa diferença absurda entre as duas avaliações poderia significar que Wilma é muito mais capacitada do que Serra para presidir a nação. Algo muitíssimo longe da realidade e do bom senso.

Para putas velhas em política e para os curiosos e pesquisadores, o DIAP, Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, como o próprio nome diz, é um organismo ligado a sindicatos, por isso mesmo tendencioso, o que torna suas avaliações suspeitas de tendenciosidade e a certeza dessa tendenciosidade quando se avaliam os critérios.

As ditas notas são dadas dentro de uma agenda socialista montada pelas lideranças sindicais, esse é o primeiro ponto. Seria equivalente oposto a uma avaliação do mesmo tipo feita pelos dirigentes da Fiesp ou de outra feita pela CNBB. Não se pode esperar que a serpente dê nota 10 ao sapo pela agressividade do batráquio e vice-versa.

Além dessa avaliação cega como a Justiça, muito mais reveladores seriam pesquisas aos artigos de jornais da época da Assembléia Nacional Constituinte e aos anais do Congresso Nacional.

Se comparados os números de sugestões de artigos e leis apresentadas por Serra e por Wilma, a lavada do tucano sobre a governadora será acachapante; se levar-se em conta a influência como negociadores e legisladores, Wilma sumirá a trás da montanha que Serra se revelará. Em suma, não há como se comparar uma senhora que sobrevive politicamente às custas de uma oligarquia secular com um homem com o histórico de combate, realizações e história produtiva para a cidade de São Paulo, o estado de São Paulo e, óbvio, para o país, seja como parlamentar, seja como o histórico ministro da saúde que surpreendeu o mundo.

Mas a política é a arte do ilusionismo pelas palavras, Wilma não precisou distorcer as palavras, mostrou as duas fichas apenas e deixou seus leitores fazerem a comparação. Sub-reptícia e inteligente manobra eleitoreira, dando um banho nos marqueteiros muito bem pagos e nos tuiteiros assalariados e acéfalos, como Marcelo Branco. E que as campanhas continuem à revelia da Justiça Eleitoral que mais atrapalha do que ajuda, em certos casos.

 

©Marcos Pontes