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terça-feira, setembro 29, 2009

Voltando aos bons papos

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  • Quando estourou a questão do Zelaya na embaixada brasileira em tegucigalpa, fiquei me perguntando como ele havia voltado ao seu país. Confesso que desconfiei de cara na possibilidade de ter viajado em avião da FAB com licença diplomática, uma vez que as aeronaves venezuelanas estavam na mira das Forças Armadas Hondurenhas desde a primeira tentativa de regresso, em julho. Hoje leio notícia em que Celso Amorim, o embaixador trapalhão, afirma que Zelaya solicitou-lhe avião, mas ele negou. Vamos às entrelinhas: se Zelaya pediu avião ao Amorim, então o chanceler brasileiro sabia da intenção do presidente deposto em voltar a seus país; se Amorim sabia, Lula sabia, óbvio; se Lula e Amorim sabiam, ambos mentiram, mais uma vez, para a imprensa e para a população. Isso é grave, muito grave.

 

  • Nem vou discutir as razões de ser a favor da retirada de Zelaya da embaixada, seja para entregá-lo Às autoridades hondurenhas, seja para retirá-lo do país e entregá-lo para asilo político onde bem desejasse e fosse aceito. Apenas me permito protestar contra sua portura de fazer da sala de nosso embaixador, vazia desde julho, seu gabinete de um pseudo-governo paralelo. É como alguém hospedado em nossa casa desse ordem à empregada, arrumasse confusão com o vizinho, esvaziasse a despensa e não contribuísse com as despesas. Se não sabe ser hóspede, que se retire.

 

  • Até dia 3 de outubro a imprensa brasileira vai estar se ufanandpo da possibilidade de sediarmos a Olimpíada de 2016, que o Rio é a cidade mais maravilhosa do mundo, das características maravilhosas da população, do empenho dos governos estadual e municipal do Rio de Janeiro e do federal em trazer os jogos para cá e blá-blá-blá, o que ninguém falará é das possíveis consequências negativas dessa vitória, caso ela venha a acontecer, e de como pode tornar-se uma tremenda derrota. Nem vou usar o tão batido argumento da violência que reina na cidade e no estado fluminenses, uma vez que já ocorreram a ECO-92, os Jogos Pan-Americanos, a visita do Papa e tantos outros eventos monstruosos e nada além da já desagradável realidade aconteceu. O que me preocupa é a possível repetição dos roubos que ocorreram no erário quando dos preparativos e realização dos Pan. Há CPI na Assembléia do Legislativa do Estado do Rio de Janeiro que não sai do lugar, há investigações do Tribunal de Contas da União que levará anos para chegar ao total de desvios, do Tribunal de Contas do Estado do rio de Janeiro que é um outro poço sem fundo de imoralidades, desmandos e incompetência (para não dizer corrupção). Enfim, para jogos de países do continente a dinheirama derramada chegou a mais de 1000% dos preços inicialmente sugeridos e quase nada foi deixado para a cidade depois que o circo foi desmontado, como não desconfiar que o buraco deixado por um evento que reunirá atletas, imprensa, autoridades e turistas de mais de 200 países será tão grande que jamais será descoberto seu fundo? Sou contra a realização dos jogos não por ser ranzinza e do contra, mas por saber que necessidades básicas como educação, sáude, moradia, segurança e transporte terão que doar parte de seus orçamentos para a construção de elefantes que ficarão brancos depois de arriada a bandeira olímpica.

 

  • Caro amigo leitor, me responda com franqueza, por favor. Se eu lhe dissesse “obrigado pela sensatez nos comentários. Não é preciso ser equilibrado como você foi para ter minha admiração, os radicais também podem tê-la se usarem do argumento, da palavra bem dita”, você tomaria isso como uma ofensa, um elogio ou uma demonstração de indiferença da minha parte? Pois um médico e fisioterapeuta formado pela UFPE (uma das mais conceituadas universidades do país na área), mestrado no exterior e  diretor de 1 hospital e uma pronto-clínica pela prefeitura do Recife que atende, em média, mais de 45 mil pessoas ao mês viu ofensa nessa minha resposta. Mesmo não assinando seu nome, apenas um pseudônimo com iniciais minúsculas, ainda diz que não sou nenhum anônimo, petista ou 'radical' como queria sugestionar aí à seus leitores. Parodiando a velho Mário Quintana, quando você tem que explicar o que escreveu, alguém é bobo, ou quem escreveu (eu) ou quem leu (ele). Na minha empáfia, recuso-me a ver segunda interpretação no meu texto além do que eu falei. Eu não quis falar, eu falei.

©Marcos Pontes

segunda-feira, setembro 28, 2009

Resposta a mim mesmo

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O meu antepenúltimo post a partir deste teve uma boa visitação, segundo o Extreme Tracking, mas não o suficiente para despertar o interesse dos leitores em comentá-lo.

Aí veio o Neto, comumente contra minha postura política, até insinuando que sou emprenhado pela mídia, embora esse argumento seja usado tanto pelos defensores do atual governo quanto pelos opositores. Não medio comentários e jamais mediarei, já escrevi até post sobre isso. Nada contra quem o faz, mas eu me sujeito a receber críticas do mesmo modo que recebo elogios, aliás, críticas bem embasadas são muito melhores do que elogios vazios.

Já tentaram me ofender nos comentários, já me ameaçaram, já me encheram a bola por motivos diferentes do assunto de determinado texto e já debateram entre si vários leitores por mais de uma vez. Ótimo! Que debatam, que disputem a força de seus argumentos, quero mais é o debate.

Não posso concordar, porém, com a postura do “anônimo”. O anonimato, além de ser prática condenada pela Constituição Federal, em seu artigo 5°, é, a meu ver, um ato de covardia. Se é para discordar, que o faça mostrando a cara. Eu serei o primeiro a defender-lhe o direito de se manifestar, mas mesmo que seus argumentos sejam os mais corretos e incontestáveis que possam haver, ficarei contra pela postura de seu autor.

Imagino, “anônimo”, que você concorde com meus argumentos, mas arrumou péssima maneira de demonstrar isso.

Por outro lado, não é nem um pouco louvável a maneira que o Zé Povo - blogueiro que deixei de freqüentar há um bom tempo justamente por conta de seu anonimato, também covarde, acho eu, e me permita o direito à opinião – arrumou de defender o Neto.

Como o próprio Neto disse, somos inversos em nossas opiniões, ótimo. Sempre, ou quase sempre, o fomos, isso não diminui meu respeito por ele e nem pela suas idéias e defesa velada do presidente Ilusionista e sua tropa. Nos dois primeiros anos do primeiro mandato, mantive-me na postura de apoio e incentivo ao governo, até que minha credulidade foi mortalmente atingida depois de tantos desmandos, tantas trapalhadas, tantos discursos vazios, projetos de curto prazo sem visão à distância, incompetência, intromissão cada vez maior do Estado nas decisões individuais, a partidarização da máquina pública, as coligações danosas à nação... Me bastaram dois anos para eu assumir a postura crítica que mantenho até hoje.

Voltem à leitura das primeiras postagens, embora a mais antiga seja de quatro anos, e verão como vim me tornando mais mordaz nas críticas. E não acontece isso somente pelo que leio na imprensa, embora, assumamos, tudo o que sabemos que acontece nas esferas dos três Poderes é pela imprensa, mas também pelo meu senso crítico.

Vejo naqueles que me criticam, via de regra, a repetição das palavras de Lula, Mercadante, Meireles, Delúbio, Jeferson, Berzoini, Ideli, Serys... Não há mudança de discurso e nem argumentação pessoal, apenas repetição do que os situacionistas de primeiro escalão falam nos microfones. No discurso do Neto até que há uma centelha de pensamento próprio, mas o recheio é xerox do discurso oficial. Talvez vejam no meu discurso traços fortes do que se vê na mídia, mas não há como brigar com os fatos, não deixo, porém, de fazer minha análise e por várias vezes vi dois, três dias depois de uma postagem minha, a mesma idéia aparecer no texto do Noblat, ou do Azevedo ou de algum analista tão famoso quanto. Daí fica a impressão que eu repeti suas palavras. Pois que seja.

Mas faço um desafio a quem tiver paciência para pesquisar. Procurem minha primeira alusão ao golpe em Honduras e a primeira do Azevedo, por exemplo e vejam quem falou primeiro. Como fiquei sabendo do golpe? Pela imprensa, lógico, mas minha opinião veio antes da opinião dos caciques dos blogs.

Não concordo também com a ironia do Neto quando ele diz “@Marcos
Se você se acha uma pessoa tão bem conceituada para o setor candidate-se a presidente ou a um cargo político, eu o apóio. Quem sabe sentado naquela cadeira lá, você possa fazer melhor que estes que estão aí, ou talvez descobrir que as coisas não são exatamente assim como a gente imagina do lado de cá. Das duas, uma”.
Nunca me disse uma pessoa tão bem conceituada para presidir a nação. Nunca administrei sequer lanchonete ou carrinho de pipoca. Não me comparo a Lula, nem a FHC ou ao prefeito da minha cidade. Não comparo nem mesmo Lula a Sarney, a Collor, a FHC ou a JK ou Getúlio, como o próprio Lula o faz com uma enorme constância. A comparação é a mãe da discórdia. Comparo Lula com Lula, o Lula teórico de 20 anos atrás com o realizador de hoje; comparo Lula que não se reúne com os ministros para discutir questões técnicas porque não consegue entender o que eles estão falando, com o Lula que se reúne com seus ministros apenas para discutir política; comparo o Lula que conheci pessoalmente e com quem discuti sua candidatura massacrada de 89 com o Lula que não teve escrúpulos para jogar sujo em suas duas vitórias; comparo o Lula que pregava a igualdade com o Lula que pratica a desigualdade, que incentiva a luta de classes, que justifica o roubo como justiça social.

Não aspiro a presidência com a ganância com que Lula aspirou, como se tivesse um grande projeto, mas que frustrou a todos ao deixar claro que não há projeto, apenas propaganda, assistencialismo que ele antes condenava, politização da coisa pública, acobertamento da desonestidade dos que o apoiam, troca do pragmatismo da política externa por uma pseudo política de afirmação como liderança que termina mostrando-se um grande engodo do qual o governo (Amorim, Marco Aurélio Garcia, Lula, Mercadante e demais) não tem a mínima idéia de como safar-se, partindo agora para a acusação aos Estados Unidos por este não ter intercedido antes...

No início do texto anterior me referi aos louros colhidos pelo governo nas áreas política e econômica mundo a fora, mas me reservo o direito de achar alguns desses louros exagerados, falaciosos, ouro de tolo.

Não me chateio com o que me disse, Neto, mas como o fez no fechamento de seu comentário.

Ao “anônimo”, obrigado por tentar mostrar-se solidário a mim, mas lamento muito a maneira como o fez. Não aprovo e nem posso fazê-lo.

Luma, Fábio Mayer, Cachorro Louco (um anônimo que ainda não me decepcionou, achando eu que a crítica que ele faz aos situacionistas é generalizada e não direcionada ao Neto, e espero estar certo nessa minha análise) e Bea, obrigado pelos comentários e pela sensatez.

Roberto Hydra, imagino que você, assim como o Zé Povo, veio parar por aqui pelo alerta que alguém deu, uma vez que não são leitores desse blog. Bem vindo, e imagino que o Neto deva estar grato a você pela defesa, embora em nada tenha acrescentado ao teor do texto. Muito fácil opor-se sem argumentação, por isso fica claro que você não leu meu texto, apenas os comentários agressivos e descabidos do “anônimo”. Faz parte do jogo.

Senhor “parábolas”, mais um anônimo, que pena, obrigado pela sensatez nos comentários. Não é preciso ser equilibrado como você foi para ter minha admiração, os radicais também podem tê-la se usarem do argumento, da palavra bem dita.

Quanto ao senhor, senhor Zé Povo, eu não gostaria de ter sua presença por aqui outra vez. Não pelo fato de o senhor ser um situacionista; não pelo fato de o senhor ser contraditório ao pedir uma visão independente para que haja um bom julgamento quando o senhor é um dos mais tendenciosos blogueiros que conheço; não pelo fato de o senhor ser um anônimo; não pelo senhor ser um papagaio que repete exaustivamente o discurso oficial como faziam os papagaios russos durante a ditadura do proletariado mentirosa que experimentaram; não por o senhor ser um cego político que finge ter boa visão utilizando-se do sectarismo pseudo-inteligente apenas por usar o português correto e idéias batidas quase até o ponto de tornarem-se verdades como pregava Göebels, o líder ideológico de seus ídolos Franklin Martins e Zé Dirceu; não por o senhor, um homem adulto e inteligente, se deixar guiar cegamente pelo analfabeto (repito, Neto, analfabeto) vaidoso como se ele fosse a própria encarnação do Messias que nos livrará a todos das garras do Mal; mas por tudo isso. O senhor é nocivo e não me faz bem.

©Marcos Pontes

domingo, setembro 27, 2009

Republicação

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Poste de 4 anos atrás. O Hino Nacional tem sido motivo de manchetes, notícias e brincadeiras nas últimas semanas, graças à cantora esquecida que, antes de admitir sua vergonha em não saber cantar o Hino, mesmo sendo de um tempo em que o mesmo era ensinado nas escolas obrigatoriamente, preferiu criticar a letra como se a culpa fosse do mundo e não de sua ignorância.

Em setembro de 2005 eu publiquei esta minha livre interpretação da letra de Osório Duque Estrada:

"Quem dá sardinha em lata em plena beira de mar é coqueiro"
- Aldir Blanc-

Ouviram do Ipiranga

Foi ouvido, desde as margens tranqüilas do Riacho do Ipiranga, o grito barulhento de um povo bravo e lutador. A partir daí os raios brilhantes da Liberdade iluminaram o céu do país como um sol.
Se a garantia da igualdade prometida pelos ideais da Revolução Francesa nosso povo conseguiu conquistar com decisão, no colo da Liberdade desafiamos a nossa própria morte com o peito aberto para defendê-la.
Salve! Salve! Nossa Pátria amada, adorada.
Desce à terra brasileira um raio brilhante de amor e de esperança, basta o Cruzeiro do Sul aparecer com sua grandeza no céu do Brasil.
Um país que já nasce grande, lindo, forte, gigante que nada teme e que já mostra os reflexos dessa grandeza no próprio futuro.
Entre todas as pátrias, amada é o Brasil, nossa Pátria adorada.
Essa Pátria é a mãe atenciosa e carinhosa de todos que nela nascem.
No novo continente, a América, o Brasil encontra-se em posição privilegiada pela beleza magnífica, um mar e um céu sem fim. O país brilha como o ornato de pedras preciosas da coroa do continente, que por si só já mostra a majestade.
Nossa natureza é rica, única, sendo essa a terra mais alegre, mais brilhante. A fauna e a flora são as mais ricas do planeta. Com tudo isso nesta terra nossas vidas são as mais românticas, mais cheias de amor.
Salve! Salve! Nossa Pátria amada, adorada.
A bandeira estrelada que o Brasil mostra erguida que seja o símbolo eterno do amor e que o verde dessa bandeira exprima as glórias que tivemos em nossa história e a paz que teremos no futuro.
Se o Brasil precisar pegar em armas para defender a Justiça, não verá nenhum brasileiro fugir da luta e os que o amam não terão medo da morte ao defendê-la.
Entre todas as pátrias, a amada é o Brasil. Nossa Pátria adorada.
Essa Pátria é a mãe atenciosa e carinhosa de todos que nela nascem.


Essa "tradução" livre do nosso hino mostra como eram idelaistas e românticos nossos ancestrais e como as gerações futuras - incluindo as nossas - traíram esses ideais.

quarta-feira, setembro 23, 2009

O itamaraty não é mais o mesmo

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O Ilusionista tá com a bola toda: prêmio internacional por defesa da democracia, considerado político mais popular do mundo, o Brasil recebe o grau de investimento por agência internacional,  o Rio tem reais chances de ser escolhida sede da Olimpíada de 2016,… Enfim, o Brasil está na moda e os petistas, lulistas e agregados têm seus motivos para estarem exultantes. Mesmo discordando da política partidária que o presidente defende como se fosse presidente de partido e não de uma nação heterogênea, da idéia de que sediemos a Olimpíada por causa dos rombos que ocorrerão no erárioe de que ele seja deveras defensor da democracia, reconheço que o país tem sido visto com mais notoriedade mundo a fora, mesmo que sob uma óptica distorcida, mais pela novidade de um semianalfabeto que faz de conta que sabe o que fala e menos pelos progressos reais que o país tem experimentado.

O Brasil sofreu pouco com a cise mundial, mas não é grande mérito. Sofremos pouco porque arriscamos pouco. Sofreram mais os países que mais investiram em seu crescimento, como pouco crescemos, pouco sofremos. Sofreram pouco também o Chile, o Egito, a Coréia do Sul (que estava em descenso)… Quem pouco crescia, pouco tinha a perder, por isso perdeu pouco. O resto é propaganda.

O problema é que quando a maré está boa neguinho tende a relaxar. O ilusionista sofre de megalomania e egolatria há muito tempo, agora, então, esbraveja verdades absolutas mesmo que dez minutos depois tudo o que diga seja contradito por algum assessor. A tática tem dado tão certo que ela tem sido insistentemente usada. Sabendo que o populacho escuta tudpo o que diz com brilho nos olhos e sonho de grandeza, o presidente fala o que bem quer, vomita populismo, transpiração eleição já que jamais desceu do palanque e é aplaudido. Quem l~e jornais, conhece os fatos, sabe ler notícia e analisá-las, cobra as verdades do discurso, aí vem um inistro, um bedel ou um simples capacho, como Mercadante, João Pedro, Ideli, Serys ou um outro mané qualquer, fala um pouco de verdade, coloca os pingos tortos em alguns ii e o povaréu não escuta, encontra-se sonhando com o ouro mostrado pelo ídolo de barro. Assim tem sido.

Esquerdóides mal informados ou mal intencionados têm a rodo, cabos eleitorais de cabresto ou de esmola se espalham por todos os lados e os sofismas se espalham como se o messias estivesse traduzindo os desejos mais íntimos do Divino. São tão catequisados em seu sectarismo que não consegue permitir-se sequer questionar alguma maluquice mais estranha deflagrada ao pé do ouvido, numa intimidade ensaiada, pelor senhor de todas as verdades, o todo poderoso de Garanhuns, onisciente Lula.

Mesmo tendo mil mentiras desmascaradas, como Fome Zero, Primeiro Emprego, Pró-Álcool, dez milhões de empregos… Sua popularidade continua intocável. Descobriu a desculpa perfeita do “eu não sabia” e esta continua colando. a indefectível desculpa que de tão perfeita passou a ser utilizada pela mesma eficiência pelos seus cúmplices, como Z’El Bigodon, que não apresentou uma prova de seus desmandos, apenas negou conhecimento e teve absolvição automática sem o direito de defender-se. O Ilusionista faz escola e assim entrará para a história: O Presidente Inatingível, mesmo com incontáveis motivos para ter sidi deposto. Ah, se houvesse oposição efetiva, competente e comprometida com a verdade, a justiça e o desejo popular…

Na sua onipotência, Lula recebe Zelaya em nossa embaixada, propriedade de todos os brasileiros, e depois de questionado sobre as razões de dar guarida a um sujeito que responde à justiça de seu país por ferir a constiutição federal, corrupção, tentativa de suborno de autoridades, golpe de estado branco e tantos outros crimes, de interferir na autonomia de um estado estrangeiro (pior, dentro desse próprio estado), Lula repete a mentira infalível: eu não sabia, quando vimos Zelaya já estava batendo à porta de mala e cuia, por uma questão humanitária lhe demos guarida.

Para o mais absoluto analfabeto em política internacional, fica difícil acreditar que Zelaya viajou durante quinze horas, desde a fronteira de Honduras com El Salvador e, entre tantas embaixadas, tenha vindo bater justamente na porta da nossa – por que não na da Venezuela ou da Nicarágua, países publicamente comprometidos com seu retorno à presidência? – embaixada sem o conhecimento do embaixado, portanto do chanceler Celso Amorim e, consequentemente, do presidente brasileiro.

Não bastasse acoitar um bandido perseguido em seu próprio país, o embaixador brasileiro ainda permitiu que Zelaya insuflasse a população à uma reação violenta contra o governo. Foram feitas propostas amigáveis pelo governo de Micheletti prontamente recusadas por Zelaya. O presidente deposto voltou ao seu país ciente de que haveriam confrontos entre populares, que o Exército e as forças de segurança entrariam em ação, sabia dos riscos de derramamento de sangue. Aliás, todo o mundo sabia, inclusive os diplomatas brasileiros. Por isso o governo brasileito tem parcela grande de responsabilidade sobre os saques, as mortes, os confrontos e tudo o mais que vem acontecendo no solo hondurenho.

Não ficará barato para o Brasil a conta política que a irresponsabilidade de Celso Amorim, Lula e todos os que dão cobertura a Zelaya em solo brasileiro dentro de Honduras estão arrumando.

 

©Marcos Pontes

segunda-feira, setembro 21, 2009

Carta aos deputados

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E-mail enviado a todos (ou quase todos) os deputados federais, cujos os e-adress se encontram lá em baixo. Os endereços foram retirados do site da Câmara que, como todas as repartições públicas, funciona à meia boca, por isso alguns dos e-mail enviados voltaram e alguns deputados não tem endereço registrado no site. Calculo que 443 deles receberam, o que já é alguma coisa. Se responderão? provavelmente não, mas se o fizerem, colarei aqui suas respostas.

Exmo(a). Sr(a). Deputado(a),

Mesmo sabendo que boa parte dos senhores, se não a maioria, não tem a mínima idéia das reais funções de um parlamentar na esfera federal, que muitos estão legislando por conta da popularidade atingida em suas regiões em atividades outras que não as de política partidária, que os salário, as benesses do cargo e as possibilidades de negócios privados em esferas públicas são incentivo melhor que a prestação de serviços em prol da melhoria de vida de toda a população, de Norte a Sul, de São Gabriel da Cachoeira ao Cabo Branco, insisto em tentar chamar a atenção de Vas. Exas. para as aspirações de boa parte dos brasileiros e o que espera que nossos representantes façam para nos representarem de fato, não apenas de direito.

Talvez aí esteja o maior segredo do descontentamento dos eleitores com os parlamentares eleitos. Do ponto de vista legal, Vas. Exas. são eleitas para serem nossas vozes, para transformarem em leis e fiscalização o que nós, eleitores, gostaríamos que se tornasse leis e cobranças. Mas só na lei. Não é isso o que acontece de fato. Não nos sentimos representados, não vemos nossos legisladores, sejam os municipais, estaduais ou federais fazerem nas casas de leis o que reivindicamos nas ruas, em nossas correspondências aos jornais ou aos senhores, nas conversas em família ou nas raras vezes em que recebemos sua visita em nossas cidades, em nossas comunidades, nas poucas oportunidades em que nos vemos no mesmo ambiente de vossas excelências e conseguimos nos comunicar diretamente.

Como podem Vas. Exas. nos representarem se não nos ouvem, não discutem conosco, não se preocupam com nossas aspirações? E não é muito o que pedimos. A maioria dos desejos populares se resumem a atitudes mais do que investimentos. Não queremos, via de regra, esmolas ou assistencialismo, mas trabalho, renda e condições honestas, seguras e reconhecidas para sustentarmos nossas famílias com a possibilidade de ascensão social pelo mérito e pelo esforço próprio e não pelo apadrinhamento, pelo pistolão ou por recursos alheios indevidamente transmitidos de uma classe social a outra sem o devido comprometimento de quem recebe, sem a contrapartida social, sem a obrigatoriedade em dar retorno em ações, trabalho e serviço de quem recebe.

Pagamos caro, excelências, por educação, saúde, transporte, moradia, mas só contamos com esses serviços de qualidade quando desembolsamos novamente, já que o Estado não nos retorna em serviços o que já pagamos em impostos. Precisamos pagar de novo a empresas privadas, se quisermos ser assistidos com respeito e qualidade. Enquanto isso, lemos nos jornais que nossos parlamentares discutem uma inconclusa reforma eleitoral. Aliás, depois de saírem alguns avanços do Senado, boa parte é desfeita na Câmara, dando-nos duas impressões: 1. Os deputados federais querem que tudo fique como está porque está bom demais (para eles, vós), uma vez que, por exemplo, a doação secreta (leia-se caixa 2) continua valendo, assim como a tentativa de coibir a veiculação de propagandas, opiniões e ofensas pela internet. Desculpem-me a franqueza, excelências, mas isso é burrice. É remar contra a maré. A voz não precisa ser ouvida para ser gritada. A censura que Vas. Exas. defendem não calará os críticos, analistas, partidários e inimigos dessa ou daquela candidatura; 2. Vas. Exas. têm interesses inconfessáveis ou, como disse no primeiro parágrafo, não têm a mínima idéia do que estão fazendo na Câmara. Ou ambos.

Vejo deputados(as) anulando-se como cidadãos de opinião, donos do próprio raciocínio e desejos em favor de ordens de “superiores” que nada mais deveriam ser que os representantes dos partidos. Fala-se tanto contra a ditadura militar, mas, justamente o partido que mais prega o julgamento daqueles que calaram uma nação no período de 1964 a 1985 aplicam a mordaça em seus próprios partidários. É um contrassenso, uma estupidez que me faz perguntar o que leva homens e mulheres adultos, inteligentes e livres se sujeitarem a essas ordens sem questioná-las. O que esses pseudo defensores da liberdade recebem em troca da nulidade, o que ganham para virarem as costas para os anseios de seus eleitores para atender as ordens de seus colegas tidos como autoridades entre as autoridades.

Ouçam, excelências, o que as ruas lhes dizem. Num tempo em que se fala com todo o país com a mesma facilidade com que se conversa com a vizinha do outro lado do muro, não adianta tenta calar a internet, as informações sobre as atuações de Vas. Excelências no Congresso voam alto e rápido, tanto que nem mesmo os senhores e senhoras conseguiriam acompanhar. Essas informações de computador em computador, de e-mail em e-mail, de Twitter em Twitter ajudarão a definir boa parte dos eleitos em 2010. Não se iludam que as campanhas com cestas básicas em bairros pobres ou promessas nos grotões serão suficientes para elegê-los. O maior muro a ser pichado, o maior palanque a ser ocupado, o maior banner a ser pendurado nos postes é virtual. Seus eleitores podem ainda não estarem informatizados, mas o que corre na grande rede chegará aos seus ouvidos. Preocupem-se mais em ouvir-nos, excelências, estamos de olho e trocando muitas informações.

Saudações democráticas, republicanas e patrióticas.

Marcos Pontes

 

E-adress dos deputados:

 

dep.abelardocamarinha@camara.gov.br,  dep.abelardolupion@camara.gov.br,  dep.aceliocasagrande@camara.gov.br,  dep.ademircamilo@camara.gov.br,  dep.aeltonfreitas@camara.gov.br,  dep.affonsocamargo@camara.gov.br,  dep.afonsohamm@camara.gov.br,  dep.airtonroveda@camara.gov.br,  dep.albanofranco@camara.gov.br,  dep.albericofilho@camara.gov.br,  dep.albertosilva@camara.gov.br,  dep.alceniguerra@camara.gov.br,  dep.aldorebelo@camara.gov.br,  dep.alexandresantos@camara.gov.br,  dep.alexandresilveira@camara.gov.br,  dep.alexcanziani@camara.gov.br,  dep.alfredokaefer@camara.gov.br,  dep.aliceportugal@camara.gov.br,  dep.alinecorrea@camara.gov.br,  dep.anaarraes@camara.gov.br,  dep.andreiazito@camara.gov.br,  dep.andrevargas@camara.gov.br,  dep.andrezacharow@camara.gov.br,  dep.angelaamin@camara.gov.br,  dep.angelaportela@camara.gov.br,  dep.angelovanhoni@camara.gov.br,  dep.anibalgomes@camara.gov.br,  dep.anselmodejesus@camara.gov.br,  dep.antonioandrade@camara.gov.br,  dep.antoniobulhoes@camara.gov.br,  dep.antoniocarlosbiffi@camara.gov.br,  dep.antoniocarlosbiscaia@camara.gov.br,  dep.antoniocarloschamariz@camara.gov.br,  dep.antoniocarlosmagalhaesneto@camara.gov.br,  dep.antoniocarlosmendesthame@camara.gov.br,  dep.antoniocarlospannunzio@camara.gov.br,  dep.antoniocruz@camara.gov.br,  dep.antoniofeijao@camara.gov.br,  dep.antoniopalocci@camara.gov.br,  dep.antonioroberto@camara.gov.br,  dep.aracelydepaula@camara.gov.br,  dep.ariostoholanda@camara.gov.br,  dep.arlindochinaglia@camara.gov.br,  dep.arnaldofariadesa@camara.gov.br,  dep.arnaldojardim@camara.gov.br,  dep.arnaldojardim@camara.gov.br,  dep.arnaldovianna@camara.gov.br,  dep.arnonbezerra@camara.gov.br,  dep.aroldedeoliveira@camara.gov.br,  dep.asdrubalbentes@camara.gov.br,  dep.assisdocouto@camara.gov.br,  dep.atilalins@camara.gov.br,  dep.atilalira@camara.gov.br,  dep.augustofarias@camara.gov.br,  dep.belmesquita@camara.gov.br,  dep.beneditodelira@camara.gov.br,  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sexta-feira, setembro 18, 2009

Sexta

jb

 

  • Toda véspera de eleição, há anos, se fala em reforma político-eleitoral e nada muda. No senado até surgiram coisas novas, como a permissão do uso da internet para campanha. Mas aí vem a Câmara e anda pra trás. Uma martelada no prego, outra no dedo. Muda tudo pra ficar a mesma coisa.

 

  • Mantiveram a autorização de doações de campanha não declaradas e voltaram os bingos, duas ferramentas essenciais para o caixa 2. Legislam em causa própria desde que aqui aportou a família real montando seu parlamento.

CHARGE DO JUNI√O

  • Marco Maciel tinha assessor preso recebendo salário e o irmão deste solto, recebendo pelos dois. Por outro lado, vários parlamentares que deveriam estar presos, inclusive Galheiros, autor da denúncia pela metade, se eternizam em liberdade e impunidade.

 

  • Quando o PSDB aprenderá que a lenga-lenga de seus pré-candidatos não é saudável? Desgasta a imagem deles e o partido eterniza a pecha de indeciso. Além de fornecer munição aos adversários e afugentar os possíveis coligados. A cada quatro anos a mesma novela.

 

  • Há três meses o Ilusionista ainda tentava emplacar o etanol no resto do mundo. Estava dando muito trabalho e não colava. Trabalho não é para sindicalistas, mais fácil apelar para outra propaganda. Assim foi, por exemplo, com o Fome Zero. Como não colou, depois de arrebanhar muita grana e simpatia mundo a fora, partiu-se para outra mentira e as mentiras se sucederam. Alguém teve e abrilhante idéia de divulgar o pré-sal, já descoberto há décadas, mas esquecido e um prato cheio a ser capitalizado pelos petistas. Para engrossar o caldo, é divulgada pesquisa que comprova que o álcool polui tanto quanto o petróleo, a disposição do governo liberar carros a diesel, coisa proibida também há décadas e o etano, foi jogado para escanteio. Para completar, baixa-se uma portaria proibindo o plantio de cana para álcool na Amazônia, cortando uma possibilidade de desenvolvimento regional. antes de estudos sérios e profundos, mais fácil proibir. É a velha política do “vamos fazer, depois a gente estuda”.

 

  • Preparando um e-mail para os deputados. Breve postado por aqui.

©Marcos Pontes

quarta-feira, setembro 16, 2009

Quarta de novidades

AUTO_amorim

 

  • O cara sabe que poupança é um investimento de baixo risco. Previdente, aplica uma graninha do salário todos os meses na esperança de ter uma velhice tranquila. Se aposenta, fica velho, aí aparece um governo “socialista” e leva 22% de tudo o que o investimento de anos render. Isso é justiça social?

 

  • E os negros, com certa razão, mas às vezes exagerada, reclamam de desigualdade de que são vítimas. Querem ser iguais, serem tratados como tais. São cidadãos como todos os demais, bradam inequivocadamente. Nessa luta secular de terem seus direitos reconhecidos, exigem cotas e criam o Estatuto da Igualdade Social, já apelidado de Estatuto dos Negros. Para serem iguais, fazem tudo para serem privilegiados. Que venham o Estatudo dos Judeus, Estatuto dos Aborígenes, Estatudo nos Nisseis, Estatuto dos Filhos de Santo…

 

  • Fingindo boa vontade e serem defensores da liberdade de expressão, Z’El Bigodon, Mecardante Capachão, Ilusionista e catreva defendem a liberdade da internet para as campanhas políticas. Nem precisava esse alarde. O artigo Quinto da Constituição Federal já prega a liberdade de manifestação de idéias e pensamentos, vedado o anonimato, exatamente como saiu na reforma eleitoral. Qualquer juíz com o mínimo de má intenção daria ganho de causa a quem se sentisse prejudicado.

 

  • Com a corja podendo fazer campanha na net, preparem-se para os spans de que seremos vítima.

 

  • O que pouca gente percebeu na reforma eleitoral é que ficou liberada a doação secreta. Ou seja, o caixa dois continua do jeitinho que era. Isso é muito mais interessante pra eles.

 

  • O risco dessa liberdade é os calhordas resolverem instituir o horário eleitoral obrigatório na internet.

 

  • Na esperança de não ser banida da F1, a Renault demitio Flávio Briatore. Piquetzinho vai pro inferno, mas leva gente.

 

  • Correios em greve. Por que o Parlamento e a Presidência também não grevam? Ganharíamos todos.

 

  • A mídia é inimiga das instituições. Z’El Bigodon é inimigo da imprensa, logo, Z’El Bigodon é inimigo das instituições.

 

  • País grande é assim. No Sul, calamidade pública por causa das chuvas; no Nordeste, por causa da seca.

©Marcos Pontes

segunda-feira, setembro 14, 2009

Segunda-unda-unda

AUTO_samuca

  • Já dizia o Stanislaw Ponte Preta: Quando a maré não está boa, urubu de baixo caga na cabeça do de cima. Nessa fase se encontra a governadora gaúcha Yeda Crusius. Foram quase três anos de governo sem um segundo de sossego. Agora até chamusca por fogareiro de chimarrão a mulher foi. Se fosse baiana já teria procurado um terreiro pro descarrego.

 

  • Se bem que nós, baianos, é que estamos a fim de descarregar o governador, mas não num terreiro, mas num bueiro qualquer da história. Por quarenta anos boa parte dos baianos reclamaram do carlismo. Foi o velho morrer que o medo sumiu. Um petista foi eleito, esperava-se enterrar a oligarquia. Eis que o sindicalista eleito tem feito uma administração tão ruim para a educação, saúde, moradia e transporte e vias públicas que a população já sente saudades dos antigos governantes. Pesquisa do Ibope divulgada no último final de semana mostram a intenção da maioria dos eleitores elegerem Paulo Souto para o Palácio de Ondina. Mais uma citação: Quem não tem competência, não se estabelece.

 

  • Tenho lido que Z’El Bigodon e o Ilusionista discursam contra a intenção de alguns parlamentares de fiscalizar a internet como veículo de campanha eleitoral a partir de 2010, a ser ‘El Bigodon, o Ilusionista e seu fiel capacho (taí, a partir de agora chamarei Mercadante de Capachão) são contra censura à internet, estou começando a fica a favor. Lógico que não ficarei, mas é sempre bom desconfiar das boas intenções desse trio.

 

  • Essa eu perdi. Havia uma rede de divulgação de pirataria no próprio Senado? Pô, legal. Se um terço deles já responde a alguma ação na Justiça, agora todos são cúmplices por violação de direitos autorais.

 

  • O cinismo do Ilusionista é algo deveras irritante. Quando da pendenga da demarcação da Reserva Raposa Serra do Sol, foram muitas as vozes reclamando da questão econômica. Como retirar centenas de produtores rurais de uma área e torná-la improdutiva? Isso seria regressão. Pelas normas da demarcação, os índios poderiam explorar o solo e suas riquezas com autorização e fiscalização da União. O problema é que não faz parte da cultura indígena a agricultura ou a mineração, sem falar que dar crédito para aquele povo é bem complicado pela documentação exigida dos beneficiários. Ou seja, faz-se a lei para depois pensar se ela é aplicável ou não. Despreparo técnico e demagogia populista. Não há planejamento a longo prazo, não se fazem estudos sobre a viabilidade e aplicabilidade das leis, depois chora-se o leite derramado. E foi o que o ilusionista fez em Roraima. Só agora percebeu o choque econômico que sua campanha e da Seringueira trariam ao estado.

 

  • A Febraban divulgou: a inadimplência aumentou 9% em um ano. Não sou profeta do apocalipse, mas estou vendo a bolha inchar. Tomara que murche, mas já dá pra ficar alerta.

©Marcos Pontes

sábado, setembro 12, 2009

Sábado folgado

a-virus

 

  • O avião presidencial é um Airbus, certo? A Embraer constrói aviões executivos altamente elogiados, certo? Então que moral o Ilusionista tem de cobrar da Vale a compra de navios chineses? Macaco senta no rabo pra falar do rabo alheio.

 

  • Já virou hábito um dos membros do governo federal falar uma coisa e logo em seguida outro contradizer. O Ilusionista anunciou a compra dos caças franceses, o Togado veio e contradisse. Nervozinho o Ilusionista se justifica dizendo que a decisão é política e ele quem decide. Ou seja, de forma velada ele está dizendo que a Rafale fica com o contrato, mesmo sem explicar por que politicamente negociar com a França é mais vantajoso, mas para tentar parecer justo, dá até dia 21 de setembro, daqui a nove dias, para as concorrentes apresentarem suas propostas. Eu, se fosse das empresas concorrentes, mandaria ele mastigar, deglutir e fazer o que melhor lhe aprovesse com sua proposta indecente.

 

  • O show de idiotice de ontem ficou por conta do Maconheiro-do-Colete-Dourado. Chapadão na Chapada, como diz Dona Chica, defende a legalização da droga e diz ter inveja da decisão argentina. Simples, mude-se pra lá. Ele resolveria seu problema de não ter que fumar escondido e nós resolveríamos o nosso de termos um ministro incompetente, drogado e apologista da imbecilidade emaconhada.

 

  • A imbecilidade à moda lulista é tão grande que a Rússia limitou a venda de cerveja para combater o alcoolismo. Ora, até as topeiras do Alasca sabem que russo consome muito mais vodca do que cerveja. Medvedev deve ter feito algum curso em Brasília.

 

  • E a coisa ficou feia pro Piqetzinho. admitir que bateu o carro para obedecer ordens não diminui sua falta de carater e nem sua falta de talento. Quem dará emprego ao rapaz no automobilismo? E Briatore, bem à moda candinha italiana resolve colocar o possível homossexualismo do rapaz em jogo como se isso fosse servir para esconder sua desonestidade. A F1 jamais será a mesma…

 

  • Depois da catástrofe catarinense em 2008, foram destinados R$ 350 mi para as vítimas pelo governo federal, dinheiro que nunca chegou. Pra piorar, o genro do Ilusionista está sendo investigado pelo desvio de boa parte da grana. Aí vem outra catástrofe de mesma origem – o que mostra a imbecilidade das autoridades estaduais que não aprenderam nada no ano passado – e o govrno manda mais R$ 81 milhões. Esse dinheiro chegará ou ficará mais uma vez nas mãos da famiglia?

 

  • O Cabo Anselmo pediu indenização. Alega que se os vermelhinhos tem direito a pensão vitalícia por perseguição sofrida na ditadura, ele também tem. Tá, faz sentido. legalmente, o pau que bate em Chico, bate em Francisco. Só que não é bem assim na ditadura sindicalista. A comissão que analisa os pedidos disse que o pedido do dedo duro está incompleto, por isso não poderá ser analisado. Tudo bem ao jeitinho do Tarso Genro que da tudo aos amigos e nada a quem não reza de sua cartilha. Mais stalinista só Franklin Jornalista e o Lua Parda Dirceu.

 

  • Marco aurélio Mello está demorando a dar seu parecer sobre Battisti porque ainda não chegou a um acordo sobre o preço da liberdade do terrorista com os defensores de seu asilo (leia-se Ilusionista e Genro)?

©Marcos Pontes

quinta-feira, setembro 10, 2009

Quinta arrumada

 

elvis

 

Nem tudo está perdido. Quase tudo, mas nem tudo.

O genro de Sarney, Jorge Murad está sendo processado pelo Tribunal de Justiça do Maranhão; O Ilusionista está arrolado como testemunha no processo do mensalão que corre no STF, algo inédito na história da República, ter o presidente como testemunha; Battisti, o terrorista italiano, está quase tendo seu refúgio cassado pelo mesmo STF... Uma semana auspiciosa em se tratando de resoluções da Justiça.

Escaldado, já espero pela absolvição em julgamento ou por decurso de prazo que levaria à extinção da pena por caducação dos possíveis crimes; que o depoimento do Ilusionista seja cheio de meias palavras e nenhuma verdade levando aos juízes tomarem como verdade absoluta e provas incontestes tudo o que ele disser, levando à extinção do processo contra Roberto Jeferson, Delúbio Soares, Marcos Valério e quem mais estiver sendo processado; e que Cesare Battisti ganhe liberdade e asilo político. Pessimista? Talvez. Mas ninguém pode negar que motivos tenho de sobra pra pensar assim.

Mudando de tema, mas mantendo o assunto, me perguntaram porque chamo o presidente de O Ilusionista. Pelos mesmos motivos porque chamo sua ministra da Casa Civil de A Terrorista Quase Humana: 1. Porque é verdade; 2. Para ensaiar uma possível fuga da censura caso a internet comece a ser censurada com a mudança das leis eleitorais ou seja aprovado o projeto de lei do Eduardo Azeredo.

Azeredo e meia dúzia de policiais ideológicos fantasiados de parlamentares querem que todo internauta se identifique. Até entendo, para desgosto de muitos amigos. Se o Artigo Quinto da Constituição Federal assegura o direito de opinião, ele também renega o anonimato. Quanto ao anonimato, não tenho problema, sempre me identifiquei, o que tenho medo é da censura das idéias. Por mais inocente que me considere, dado o direito que tenho de falar o que quiser, quando e como desejar, sei que alguns malucos podem tentar me calar, como vem tentando e até conseguindo amordaçar vários blogs e sites. Eu ter direitos não significa que não corro o risco de encarar advogados, promotores, juízes e muita aporrinhação apenas por abrir a boca.

Aprendi com os jornais e revistas da época da ditadura. Quando tinham uma matéria censurada, publicavam no espaço receitas de bolo ou poesias chinfrins ou não. Escamoteavam os nomes de autoridades e políticos com pseudônimos. Arrumavam maneiras bem humoradas de driblar a tesoura cega. Aliás, este substantivo tem duplo sentido. Cega por não ter fio, cortar errado, burramente, deixando pontas soltas e mal acabadas; cega também por não ver. Censores são burros por excelência. Só asnos se sujeitam à missão criminosa de censurar a opinião alheia por discordarem delas ou por não as compreenderem.

Azeredo, ao propor a censura, está fazendo o jogo do Ilusionista que mira-se em El Loco que fecha rádios, lacra jornais, cassa televisões que não aceitam seu autoritarismo bolivariano. O governo brasileiro tem calado a imprensa opositora com a compra de espaços publicitários, mas não consegue calar/comprar a todos, daí o risco de apelar para a cassação da palavra, o fechamento sumário, o processo penal fantasiado de legalidade. Azeredo não percebeu que está armando o inimigo. Até parece o Papaléo, o tucano de estrelinha no peito e Sarney na cabeça.

©Marcos Pontes

segunda-feira, setembro 07, 2009

E-mail aos senadores

senadores

Os amigos leitores já sabem que costumo enviar e-mail para os senadores, pois acabo de enviar outro. O texto está aí embaixo à disposição de quem quiser copiar e enviar também. estejam à vontade para modificar, acrescentar oi retirar, só não deixem de mandar aos nossos “representantes”. Lá embaixo está a lista com o e-adress de cada um. Sirvam-se e divulguem, por favor. Não podemos ficar calados para não corrermos o risco de sermos os próximos amordaçados.

Excelentíssimos Senadores,

Preocupa o constante cerceamento da liberdade de expressão pregado pela Constituição Federal em seu Artigo 5°.

Não bastassem os exemplos preocupantes que chegam diariamente dos nossos países vizinhos onde veículos de comunicação de massa são fechados numa constância nunca dantes vista e jornalistas e cidadãos comuns são presos e processados por terem exercido o direito natural de manifestarem-se livremente e exporem suas posições político-ideológicas, a prática vem acontecendo silenciosamente no Brasil.

O Judiciário tem dado cobertura aos processos, cassando a palavra, a voz do cidadão comum que quer apenas expressar-se, fazer-se ouvir pelas autoridades. Aos cidadãos de bem que lêem jornais e revistas, que assistem aos telejornais e entendendo as matérias veiculadas não é mais permitido discordar sem o medo de ver-se perseguido. Pior, com a anuência de nossos juízes, aqueles que deveriam defender os direitos do cidadão contra o autoritarismo.

Se vossa excelência é da base governista, deve lembrar-se que foi bandeira de sua geração a luta pela liberdade de expressão; se vossa excelência é da oposição, deve ter percebido que está sendo difícil se fazer ouvir mesmo gritando alto, muito pior quando não se tem a tribuna, as câmaras de televisão e os microfones das rádios. Se a propaganda governista é tão ruidosa eu abafa as vozes de vossas excelência, muito mais duro tem sido para o eleitor comum que ainda tem de combater a censura oficiosa do Judiciário.

Posso citar os exemplos da jornalista Alcinéia Cavalcante, do Amapá (http://www.alcinea.com/), do senhor Chico Bruno (http://www.chicobruno.com.br/), do senhor Correa Neto (http://www.correaneto.com.br/) . Mais gente tem estado na mira dos políticos que desmandam e fazem questão de manter-se sem serem importunados e apelam para a Justiça que tem visto apenas o lado dos mais fortes. Não é à toa que a imagem das instituições públicas e de seus homens e mulheres está desgastada, sem credibilidade. O cidadão já não sente-se representado e quando tenta levantar a voz é amordaçado. Excelências, isso não é democracia, mas uma ditadura disfarçada e nós, eleitores, estamos sendo calados paulatinamente, um após outro, enquanto que o governo aumenta seu alcance de propaganda através de blog, rádio on line e TV on line. Está se apoderando dos meios de comunicação em peso, seja comprando a opinião dos veículos privados através de patrocínio, seja montando sua própria rede de pseudo-informação, seja calando as vozes opositoras.

Fiquemos atentos, excelências. Não deixemos que os exemplos de países vizinhos se repita por aqui. Não pedimos muito, apenas que a Constituição Federal seja respeitada e possamos nos manifestar livremente, sem mordaça, sem autoritarismo. Pode-se calar algumas vozes por algum tempo, mas não todas as vozes para sempre e uma boca amordaçada torna-se símbolo para que todas as demais bocas gritem.

Espero ouvir manifestações de vossas excelências no plenário, nos jornais, rádios, sites e tevês contra esse desmando branco por parte dos políticos e dos juízes coniventes.

Saudações de um brasileiro preocupado.

E-adress de cada um dos senadores:

acmjr@senador.gov.br <acmjr@senador.gov.br>,  adelmir.santana@senador.gov.br <adelmir.santana@senador.gov.br>,  almeida.lima@senador.gov.br <almeida.lima@senador.gov.br>,  alvarodias@senador.gov.br <alvarodias@senador.gov.br>,  antval@senador.gov.br <antval@senador.gov.br>,  arthur.virgilio@senador.gov.br <arthur.virgilio@senador.gov.br>,  augusto.botelho@senador.gov.br <augusto.botelho@senador.gov.br>,  cesarborges@senador.gov.br <cesarborges@senador.gov.br>,  cicero.lucena@senador.gov.br <cicero.lucena@senador.gov.br>,  cristovam@senador.gov.br <cristovam@senador.gov.br>,  crivella@senador.gov.br <crivella@senador.gov.br>,  delcidio.amaral@senador.gov.br <delcidio.amaral@senador.gov.br>,  demostenes.torres@senador.gov.br <demostenes.torres@senador.gov.br>,  ecafeteira@senador.gov.br < ecafeteira@senador.gov.br>,  eduardo.azeredo@senador.gov.br <eduardo.azeredo@senador.gov.br>,  eduardo.suplicy@senador.gov.br <eduardo.suplicy@senador.gov.br>,  efraim.morais@senador.gov.br <efraim.morais@senador.gov.br>,  eliseuresende@senador.gov.br <eliseuresende@senador.gov.br>,  expedito.junior@senador.gov.br <expedito.junior@senador.gov.br>,  fatima.cleide@senadora.gov.br <fatima.cleide@senadora.gov.br>,  fernando.collor@senador.gov.br <fernando.collor@senador.gov.br>,  flavioarns@senador.gov.br <flavioarns@senador.gov.br>,  flexaribeiro@senador.gov.br <flexaribeiro@senador.gov.br>,  francisco.dornelles@senador.gov.br <francisco.dornelles@senador.gov.br>,  garibaldi.alves@senador.gov.br <garibaldi.alves@senador.gov.br>,  gecamata@senador.gov.br <gecamata@senador.gov.br>,  geraldo.mesquita@senador.gov.br <geraldo.mesquita@senador.gov.br>,  gilberto.goellner@senador.gov.br <gilberto.goellner@senador.gov.br>,  gilvamborges@senador.gov.br <gilvamborges@senador.gov.br>,  gim.argello@senador.gov.br <gim.argello@senador.gov.br>,  heraclito.fortes@senador.gov.br <heraclito.fortes@senador.gov.br>,  ideli.salvatti@senadora.gov.br <ideli.salvatti@senadora.gov.br>,  inacioarruda@senador.gov.br <inacioarruda@senador.gov.br>,  j.v.claudino@senador.gov.br <j.v.claudino@senador.gov.br>,  jarbas.vasconcelos@senador.gov.br <jarbas.vasconcelos@senador.gov.br>,  jayme.campos@senador.gov.br <jayme.campos@senador.gov.br>,  jefferson.praia@senador.gov.br <jefferson.praia@senador.gov.br>,  joaodurval@senador.gov.br <joaodurval@senador.gov.br>,  joaopedro@senador.gov.br <joaopedro@senador.gov.br>,  joaoribeiro@senador.gov.br <joaoribeiro@senador.gov.br>,  jose.agripino@senador.gov.br <jose.agripino@senador.gov.br>,  josenery@senador.gov.br <josenery@senador.gov.br>,  jtenorio@senador.gov.br <jtenorio@senador.gov.br>,  katia.abreu@senadora.gov.br <katia.abreu@senadora.gov.br>,  leomar@senador.gov.br <leomar@senador.gov.br>,  lobaofilho@senador.gov.br <lobaofilho@senador.gov.br>,  lucia.vania@senadora.gov.br <lucia.vania@senadora.gov.br>,  magnomalta@senador.gov.br <magnomalta@senador.gov.br>,  maosanta@senador.gov.br <maosanta@senador.gov.br>,  marco.maciel@senador.gov.br <marco.maciel@senador.gov.br>,  marconi.perillo@senador.gov.br <marconi.perillo@senador.gov.br>,  maria.carmo@senadora.gov.br <maria.carmo@senadora.gov.br>,  marinasi@senado.gov.br <marinasi@senado.gov.br>,  mario.couto@senador.gov.br <mario.couto@senador.gov.br>,  marisa.serrano@senadora.gov.br <marisa.serrano@senadora.gov.br>,  mercadante@senador.gov.br <mercadante@senador.gov.br>,  mozarildo@senador.gov.br <mozarildo@senador.gov.br>,  neutodeconto@senador.gov.br <neutodeconto@senador.gov.br>,  osmardias@senador.gov.br <osmardias@senador.gov.br>,  papaleo@senador.gov.br <papaleo@senador.gov.br>,  patricia@senadora.gov.br <patricia@senadora.gov.br>,  paulo.duque@senador.gov.br <paulo.duque@senador.gov.br>,  paulopaim@senador.gov.br <paulopaim@senador.gov.br>,  raimundocolombo@senador.gov.br <raimundocolombo@senador.gov.br>,  renan.calheiros@senador.gov.br <renan.calheiros@senador.gov.br>,  renatoc@senador.gov.br <renatoc@senador.gov.br>,  robertocavalcanti@senador.gov.br <robertocavalcanti@senador.gov.br>,  romero.juca@senador.gov.br <romero.juca@senador.gov.br>,  romeu.tuma@senador.gov.br <romeu.tuma@senador.gov.br>,  rosalba.ciarlini@senadora.gov.br <rosalba.ciarlini@senadora.gov.br>,  sarney@senador.gov.br <sarney@senador.gov.br>,  sergio.guerra@senador.gov.br <sergio.guerra@senador.gov.br>,  serys@senadora.gov.br <serys@senadora.gov.br>,  simon@senador.gov.br <simon@senador.gov.br>,  tasso.jereissati@senador.gov.br <tasso.jereissati@senador.gov.br>,  tiao.viana@senador.gov.br <tiao.viana@senador.gov.br>,  valdir.raupp@senador.gov.br <valdir.raupp@senador.gov.br>,  valterpereira@senador.gov.br <valterpereira@senador.gov.br>,  webmaster.secs@senado.gov.br <webmaster.secs@senado.gov.br>,  wellington.salgado@senador.gov.br <wellington.salgado@senador.gov.br>,  zambiasi@senador.gov.br <zambiasi@senador.gov.br>

©Marcos Pontes

sábado, setembro 05, 2009

Post requentado

AUTO_solda

Como venho fazendo há algumas semanas, aqui vai o post de quatro anos atrás, quando o blog passava pela fase de crônicas. Infelizmente, o mal citado continua atual:

"O demônio pode citar as Escrituras para justificar seus fins."

(Shakespeare).

Pensar dói

Artistas e intelectuais (uns destroem ou eternizam o que outros criaram, mas esse é outro papo) são seres diferenciados.
Se é estrangeiro, é bom.
O presidente da República é o mandatário da nação.
Se é louro(a), alto(a) e de olhos claros, é bonito(a).
O Sul é melhor que o Nordeste.
O Nordeste é melhor que o Sul.
Argentinos são uns malas e brasileiro é legal.
Não sei quem é pior, se quem cria essas máximas como verdade absoluta ou quem as repete como uma verdade divina.
Já dizia o Millôr, "livre pensar é só pensar", mas para a maioria dos humanos esse é um exercício muito doloroso, mais fácil copiar as verdades alheias, mesmo que isso contradiga todo seu modo de viver.
Poucos se dão ao direito de questionar o que engolem no dia a dia, contestar, então...
Aproveitando-se disso que, dia a dia, são-nos empurradas goela abaixo zilhões de coisinhas que muito bem poderiam passar em branco em nossas vidas. Não fariam falta a ninguém, desde idéias até descacador de batatas a laser, de governadores a presonal trainers eletrônicos, de Paulo Coelho a dança da bundinha e outros bondes malucos. A gente engole sem mastigar e ainda lambe os beiços depois de nos "deliciarmos" com tantas fezes.

 

©Marcos Pontes

quinta-feira, setembro 03, 2009

Carta aberta a Lula

Lula

Excelentíssimo senhor presidente, muito tenho me controlado em não lhe enviar sequer uma linha escrita, a simples idéia de me comunicar com v. exa. Me dá vertigem, raiva e nojo, uma miscelânea de sentimentos nada nobres ou agradáveis.

Não é à toa que sinto o que sinto e não são poucos os motivos para que esses sintomas desagradabilíssimos de repulsa se ampliem. Nesses trinta anos que sei de sua existência vi sua trajetória mudar radicalmente, embora jamais tenha saído do campo da mediocridade mental e comportamento social duvidoso. Suas ações de governante máximo do país nos últimos seis anos e meio apenas multiplicaram as evidências do pouco trato que vossa excelência tem com a verdade, a honradez, a honestidade, a moral, o respeito a terceiros e às instituições públicas nacionais.

Por anos a fio vossa excelência bateu na tecla de que era o último defensor das virtudes. Tanto bateu nessa tecla que terminou convencendo aos desavisados que estava certo. A velha máxima de Göebbels – tantas e tantas vezes seguida pelos e seus asseclas – que uma mentira repetida tantas vezes acaba virando verdade, mostrou que é uma verdade per si. Aliás, excelência, seus amigos Zé Dirceu e Franklin Martins, os mentores da propaganda de seu governo, demonstram diariamente que são excelentes alunos do líder da propaganda hitlerista. Desde antes de sua primeira vitória nas urnas, Dirceu e Martins, além de Greenhalgh e alguns outros da corrente mandante do PT, têm demonstrado que seguiriam à risca os mandamentos de Göebbels.

A maior mentira, embora possa parecer a mais inocente para os desavisados, é a desculpa tantas vezes repetida que já poderia ser estampada por carimbo nos comunicados oficiais cada vez que eclode um escândalo: “eu não sabia” ou “eu não sei de nada”, apenas uma pequena adaptação no tempo do verbo saber.

Assim foi no caso do mensalão. Sua palavra bastou como desculpa, explicação, defesa e mote para a absolvição. Vossa excelência disse que não sabia, que os aloprados (a quem o senhor não nominou, demonstrando que escondia nomes na covardia típica de quem não quer se comprometer já estando comprometido) o haviam apunhalado pelas costas. Nas entrelinhas, ao se dizer apunhalado por seus companheiros, mesmo sendo um iletrado orgulhoso dessa condição, vossa excelência deixa transparecer sua megalomania, sua egolatria, ao comparar-se com Júlio César.

Outras tantas vezes, muitas vezes, o senhor presidente fez uso da mesma desculpa. Dentre seus cacoetes verbais do tipo “sabe?”, “quer dizer”, “nunca na história desse país” a desculpa foi repetida à exaustão, como um vício incontrolável. Tantas e tantas vezes repetida que ninguém sequer dá mais importância. Virou verdade.

Verdade tão absoluta e desculpa tão forte, mesmo sendo completamente vazia de argumentação e dados, que passou a ser repetida também por seus camaradas. Os parlamentares comprados não sabiam do mensalão; Delúbio não sabia do caixa dois; Sarney não sabia dos atos secretos; Palocci não sabia da conta do caseiro; Zé Dirceu não sabia dos mensaleiros; seus ministros e assessores não sabiam que os cartões corporativos não deveriam pagar despesas pessoais; dona Mariza não sabia que a cadela Michele usava carro oficial para ir ao cabeleireiro; nós não sabemos onde foram parar os mais de R$ 42 milhões arrecadados para o natimorto Fome Zero... Esse último não foi uma desculpa, apenas uma ignorância coletiva.

A mentira, excelência, assim como a mudança de princípios e de convicções, são constâncias em seu governo e em sua personalidade.

Me lembro que no início dos anos 80 o senhor e sua curriola ensaiadinha, os lulinhas amestrados – alguns, ridiculamente prendem a língua de propósito e usam barba até hoje – pregavam o fim do assistencialismo de estado, que isso era compra de votos e montagem de curral eleitoral. Hoje a Bolsa-Família é seu maior cabo eleitoral; lembro que o senhor falava mal da direita, eram eles o próprio capeta de terno e gravata, hoje anda de braços dados com Collor, Sarney (embora esse não saiba o que é ideologia política, apenas financeira), Calheiros (idem); que o senhor pregava a urgente necessidade de reforma agrária e apoiava a invasão de latifúndios improdutivos e cobrava dos governos, de Geisel a FHC, a dita reforma, mas que mantém a postura e assentou menos famílias que o governo anterior e continua fazendo vista grossa e até financia os terroristas rurais (mais um ato de assistencialismo de estado, pior, a terroristas). São muitos os exemplos. Minha memória não é suficientemente boa para eu listar todos os casos e nem o espaço aqui é suficiente.

De mentira em mentira, insistentemente repetidas, vossa excelência terminou firmando-se como um estadista para o povaréu que engole as informações saem mastigar, sem questionar. Pensar dói, mais fácil aceitar a versão oficial. Nisso o senhor é bom, percebeu essa fraqueza nos milhões de despreparados intelectuais. Reconheceu-se entre eles, identificou-se com os que não pensam. Soube manipular suas consciências e senso crítico, firmou-se como líder dos beócios. O beócio-mor.

Suas duas últimas e mais insistentes mentiras têm nome: Dilma e pré-sal. A primeira é mentira completa com nome, sobrenome e currículo. Ela fez da mentira sua escada. Mentiu e traiu companheiros de luta, dissimulou dentro da célula de que participou, dissimulou até sua biografia para parecer-se mais do que é ou que me faz pensar que é ela é muito menos do que é de fato.

Como Dilma, a Terrorista Quase Humana, o pré-sal corre o risco de se tornar verdade.

Não temos tecnologia para retirar óleo daquelas profundezas em menos de 20 anos. Os materiais utilizados têm-se rompido à grande profundidade e não há previsão para que as falhas sejam superadas. Daqui a vinte anos, quando e se o óleo brotar, muito provavelmente boa parte dos motores a combustão de combustíveis fósseis em todo o mundo terá sido substituída por motores de combustão de combustíveis renováveis e energia limpa (solar, eólica...). A urgência de aprovar o “pacote pré-sal” no Congresso esconde coisas inconfessáveis e que a oposição faz de conta que não sabe. Ao transferir recursos do FGTS para o pré-sal, demonstra-se que a empresa não tem recursos próprios para investir na aventura. A falta de dinheiro, aliás, ficou evidente quando a empresa pediu empréstimo à China e pagará a dívida em óleo por décadas.

Fora a falta de recursos, há a campanha eleitoral. Vossa Excelência, sob orientação do “goebeliano” Franklin Martins, colocou a oposição contra a parede. Se os opositores baterem nas intenções de seus camaradas, na campanha serão acusados de antinacionalistas, de privatizadores celerados. Por outro lado, se caírem na esparrela de aprovarem o pacote, o senhor ficará com a faca, o queijo e a empresa nas mãos. Terá a empresa como cabo eleitoral.

Vossa excelência continuará mandando e desmandando enquanto não tiver oposição organizada e limpa, além de poder comprar votos sem que a Justiça Eleitoral abra os olhos. Tenho medo que faça seu(ua) sucessor(a), o que nos condenará a mais quatro anos, pelo menos, de mentiras, manipulação, corrupção galopante e inatacável, Judiciário vendido, Legislativo inoperante e população ludibriada, idiotamente cega.

Medo, excelência, muito medo de que o que vossa excelência fez desse país se perpetue e sejamos eternamente condenados à imbecilização coletiva e à esmola institucionalizada em troca de votos e favores.

 

©Marcos Pontes

terça-feira, setembro 01, 2009

Passeata pela paz

passeata 2

Há poucos dias fiz um post sobre o assassinato de um ex-aluno e um protesto por causa da violência que toma conta do país, inclusive do interior. Nem a zona rural, antes sinônimo de inocência e paz, está sendo invadido pelas hordas criminosas.

Dias depois escrevi o artigo abaixo no site local Radar 64. O retorno foi imediato.

Com quase 200 comentários de apoio, o artigo levou os clubes de serviço, entidades de classe, sindicatos e escolas se unirem num tempo recorde e formar a passeata mostrada aqui em algumas fotos que fiz com meu celular.

passeata 4

Me colocaram em cima de um carro de som discursando durante o trajeto. Com tantos políticos presentes, preferi tomar conta do microfone do que deixar que imbecis tentassem capitalizar politicamente sua parca e oportunista participação.

A imprensa local, mais a Record News e a sucursal da Globo em Itabuna estiveram cobrindo a manifestação e logo poderei mostrar mais fotos e notas. Por enquanto fica a torcida para que nossas reivindicações cheguem aos ouvidos do governador e atitudes positivas sejam tomadas pelo sindicalista incompetente que nos governa em Salvador.

Chego em casa à meia noite, mas não posso entrar. Tenho que fica dentro do táxi esperando que os quatro adolescentes terminem de cheirar sua cocaína e desobstruir o portão. Ainda dentro do táxi telefono para a polícia. Um policial sonolento diz que não pode mandar uma viatura porque a corporação só conta com dois carros e que ambos estão em diligência.


No quarteirão onde moro, no centro iluminado da cidade, um bar dá festa. Uma pequena multidão se concentra ao redor das mesas. Álcool legalizado e drogas ilegais juntos são potenciais pavios para a explosão de violência, mas não há um policial sequer por perto. Aliás, há um, mas este está se embriagando em sua hora de folga.

passeata 6


De manhã abro os sites de notícias locais e o sangue escorre pelo monitor do computador. Um técnico químico é assassinado, traficantes são assassinados, estudante dá tiro dentro de ginásio de esportes, empresária é morta na estrada, ônibus urbano é assaltado mesmo tendo câmara de segurança, balconista de livraria é assaltada, criança é assaltada e tem o celular furtado às dez horas da manhã, as viaturas da Polícia Militar estão sem combustível, grupo de bandidos de Sergipe é preso no perímetro da cidade... Os jornais tornaram-se páginas policiais. O crime é o que acontece de novo a cada dia na cidade e ficamos presos em casa, calados, sem nos manifestar, sem cobrar das autoridades.
Passou a hora dos clubes de serviço (maçonaria, Lions, Rotary...), das entidades de classe (CDL, OAB, CREA, CRM, CUT, CGT...), dos veículos de comunicação (rádios, jornais, sites, revistas...), Conselho Municipal de Segurança, partidos políticos, Câmara de Vereadores, escolas, igrejas (Católica, Batista, Presbiteriana, Adventista, Messiânica,...), faculdades, Ministério Público, enfim, toda a população fazer alguma coisa em conjunto e parar de reclamar à boca pequena, de falar mal em pequenas rodas. É necessário gritar, nos fazermos ouvir.


Peço, encarecidamente, como cidadão e educador, que os clubes de serviço se reúnam e organizem um abaixo assinado a ser enviado ao secretário de segurança pública do Estado da Bahia, César Nunes, exigindo mais policiais civis e militares, mais viaturas, mais combustível, mais armas e mais treinamento para os policiais da cidade e da região. Que este abaixo assinado seja levado aos bairros, às empresas, em praça pública.


A entidade Cidadania em Ação, que em 1997 recenseou toda a cidade num trabalho voluntário que durou semanas e depois caiu num viés político-partidário o que a levou ao ostracismo, está na hora de voltar à ativa. Pode ser uma voz importante a ser ouvida. Com sua experiência de mobilização, poderia dividir-se em equipes e cobrir toda a cidade num tempo curto e conseguir assinaturas em massa para pressionarmos o governo estadual que esquece que Eunápolis existe quando não são tempos de eleições.

passeata 7


Há dois anos as autoridades apareceram nos jornais para alardear a entrega de motos para os policiais fazerem as rondas. Onde estão essas motos? Onde estão essas autoridades? Que fim levou o curso de formação de soldados? Onde estão os deputados, senadores e governadores que em tempos de campanha apareceram aos montes pedindo votos e desapareceram depois de eleitos? Onde está o prefeito que não se manifesta publicamente, nem ao menos com uma declaração sobre o momento assustador pelo que a cidade passa? Onde estão os pais que trancam os filhos em casa cercados de pavor, mas que não se manifestam exigindo o direito à segurança que nossos impostos nos dão?


Termos segurança, policiais que a garantam, condições para que eles executem essa nobre missão a contento, não é presente de nenhum governo, é direito que a Constituição Federal nos dá e o dinheiro que botamos nos cofres públicos compra. Nós pagamos para termos esse direito assegurado, por isso podemos cobrar por ele. Pois cobremos! Não fiquemos reféns da vontade ou falta de por parte do senhor Jaques Wagner ou do secretário César Nunes, exijamos que eles nos devolvam nossos impostos em forma de serviço.


Senhor prefeito, senhores conselheiros, mexam-se! Coloquem o bloco na rua! Mobilizem a cidade como elemento de pressão contra a pasmaceira do governo estadual! Senhora secretária da Educação e senhora gerente da Direc, coloquem estudantes e professores reunidos num bloco uníssono, grande e barulhento gritando pelo respeito às nossas vidas e nosso direito de ir e vir sem o perigo de termos nossos caminhos interrompidos pela vontade de algum bandido! Senhores padres e pastores, chacoalhem o ânimo de suas ovelhas, levem-nas em procissão rumo ao palácio, ao Fórum, aos governantes!


Cidadãos, não somos empregados e nem subservientes ao Estado; ele, o Estado, é que tem que estar aparelhado para nos servir naquilo de que precisamos e que as leis determinam ser obrigação dele. Não podemos nos deixar capitanear por autoridades inoperantes e bandidos sanguinários.


Reunamo-nos, pois!


Os que lideram alguma coisa, telefonem-se, proponham-se um encontro e juntemos toda a cidade em volta de uma bandeira branca de paz e um estandarte de reivindicações urgentes e justas.


É só marcar data e local que eu serei dos primeiros a me apresentar.

passeata 1

Atualização:

A Marcha Pela Paz já aconteceu e pode ser vista nos sites abaixo:

G1

Jornal A Tarde

Radar 64

Site Popular

Atlântica News

Eunanotícias.com

O Xarope

Agência O Globo

Blog do Zé Simpatia

Geovane Viana

Bahia Notícias

Imprensa Livre

 

©Marcos Pontes