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segunda-feira, setembro 28, 2009

Resposta a mim mesmo

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O meu antepenúltimo post a partir deste teve uma boa visitação, segundo o Extreme Tracking, mas não o suficiente para despertar o interesse dos leitores em comentá-lo.

Aí veio o Neto, comumente contra minha postura política, até insinuando que sou emprenhado pela mídia, embora esse argumento seja usado tanto pelos defensores do atual governo quanto pelos opositores. Não medio comentários e jamais mediarei, já escrevi até post sobre isso. Nada contra quem o faz, mas eu me sujeito a receber críticas do mesmo modo que recebo elogios, aliás, críticas bem embasadas são muito melhores do que elogios vazios.

Já tentaram me ofender nos comentários, já me ameaçaram, já me encheram a bola por motivos diferentes do assunto de determinado texto e já debateram entre si vários leitores por mais de uma vez. Ótimo! Que debatam, que disputem a força de seus argumentos, quero mais é o debate.

Não posso concordar, porém, com a postura do “anônimo”. O anonimato, além de ser prática condenada pela Constituição Federal, em seu artigo 5°, é, a meu ver, um ato de covardia. Se é para discordar, que o faça mostrando a cara. Eu serei o primeiro a defender-lhe o direito de se manifestar, mas mesmo que seus argumentos sejam os mais corretos e incontestáveis que possam haver, ficarei contra pela postura de seu autor.

Imagino, “anônimo”, que você concorde com meus argumentos, mas arrumou péssima maneira de demonstrar isso.

Por outro lado, não é nem um pouco louvável a maneira que o Zé Povo - blogueiro que deixei de freqüentar há um bom tempo justamente por conta de seu anonimato, também covarde, acho eu, e me permita o direito à opinião – arrumou de defender o Neto.

Como o próprio Neto disse, somos inversos em nossas opiniões, ótimo. Sempre, ou quase sempre, o fomos, isso não diminui meu respeito por ele e nem pela suas idéias e defesa velada do presidente Ilusionista e sua tropa. Nos dois primeiros anos do primeiro mandato, mantive-me na postura de apoio e incentivo ao governo, até que minha credulidade foi mortalmente atingida depois de tantos desmandos, tantas trapalhadas, tantos discursos vazios, projetos de curto prazo sem visão à distância, incompetência, intromissão cada vez maior do Estado nas decisões individuais, a partidarização da máquina pública, as coligações danosas à nação... Me bastaram dois anos para eu assumir a postura crítica que mantenho até hoje.

Voltem à leitura das primeiras postagens, embora a mais antiga seja de quatro anos, e verão como vim me tornando mais mordaz nas críticas. E não acontece isso somente pelo que leio na imprensa, embora, assumamos, tudo o que sabemos que acontece nas esferas dos três Poderes é pela imprensa, mas também pelo meu senso crítico.

Vejo naqueles que me criticam, via de regra, a repetição das palavras de Lula, Mercadante, Meireles, Delúbio, Jeferson, Berzoini, Ideli, Serys... Não há mudança de discurso e nem argumentação pessoal, apenas repetição do que os situacionistas de primeiro escalão falam nos microfones. No discurso do Neto até que há uma centelha de pensamento próprio, mas o recheio é xerox do discurso oficial. Talvez vejam no meu discurso traços fortes do que se vê na mídia, mas não há como brigar com os fatos, não deixo, porém, de fazer minha análise e por várias vezes vi dois, três dias depois de uma postagem minha, a mesma idéia aparecer no texto do Noblat, ou do Azevedo ou de algum analista tão famoso quanto. Daí fica a impressão que eu repeti suas palavras. Pois que seja.

Mas faço um desafio a quem tiver paciência para pesquisar. Procurem minha primeira alusão ao golpe em Honduras e a primeira do Azevedo, por exemplo e vejam quem falou primeiro. Como fiquei sabendo do golpe? Pela imprensa, lógico, mas minha opinião veio antes da opinião dos caciques dos blogs.

Não concordo também com a ironia do Neto quando ele diz “@Marcos
Se você se acha uma pessoa tão bem conceituada para o setor candidate-se a presidente ou a um cargo político, eu o apóio. Quem sabe sentado naquela cadeira lá, você possa fazer melhor que estes que estão aí, ou talvez descobrir que as coisas não são exatamente assim como a gente imagina do lado de cá. Das duas, uma”.
Nunca me disse uma pessoa tão bem conceituada para presidir a nação. Nunca administrei sequer lanchonete ou carrinho de pipoca. Não me comparo a Lula, nem a FHC ou ao prefeito da minha cidade. Não comparo nem mesmo Lula a Sarney, a Collor, a FHC ou a JK ou Getúlio, como o próprio Lula o faz com uma enorme constância. A comparação é a mãe da discórdia. Comparo Lula com Lula, o Lula teórico de 20 anos atrás com o realizador de hoje; comparo Lula que não se reúne com os ministros para discutir questões técnicas porque não consegue entender o que eles estão falando, com o Lula que se reúne com seus ministros apenas para discutir política; comparo o Lula que conheci pessoalmente e com quem discuti sua candidatura massacrada de 89 com o Lula que não teve escrúpulos para jogar sujo em suas duas vitórias; comparo o Lula que pregava a igualdade com o Lula que pratica a desigualdade, que incentiva a luta de classes, que justifica o roubo como justiça social.

Não aspiro a presidência com a ganância com que Lula aspirou, como se tivesse um grande projeto, mas que frustrou a todos ao deixar claro que não há projeto, apenas propaganda, assistencialismo que ele antes condenava, politização da coisa pública, acobertamento da desonestidade dos que o apoiam, troca do pragmatismo da política externa por uma pseudo política de afirmação como liderança que termina mostrando-se um grande engodo do qual o governo (Amorim, Marco Aurélio Garcia, Lula, Mercadante e demais) não tem a mínima idéia de como safar-se, partindo agora para a acusação aos Estados Unidos por este não ter intercedido antes...

No início do texto anterior me referi aos louros colhidos pelo governo nas áreas política e econômica mundo a fora, mas me reservo o direito de achar alguns desses louros exagerados, falaciosos, ouro de tolo.

Não me chateio com o que me disse, Neto, mas como o fez no fechamento de seu comentário.

Ao “anônimo”, obrigado por tentar mostrar-se solidário a mim, mas lamento muito a maneira como o fez. Não aprovo e nem posso fazê-lo.

Luma, Fábio Mayer, Cachorro Louco (um anônimo que ainda não me decepcionou, achando eu que a crítica que ele faz aos situacionistas é generalizada e não direcionada ao Neto, e espero estar certo nessa minha análise) e Bea, obrigado pelos comentários e pela sensatez.

Roberto Hydra, imagino que você, assim como o Zé Povo, veio parar por aqui pelo alerta que alguém deu, uma vez que não são leitores desse blog. Bem vindo, e imagino que o Neto deva estar grato a você pela defesa, embora em nada tenha acrescentado ao teor do texto. Muito fácil opor-se sem argumentação, por isso fica claro que você não leu meu texto, apenas os comentários agressivos e descabidos do “anônimo”. Faz parte do jogo.

Senhor “parábolas”, mais um anônimo, que pena, obrigado pela sensatez nos comentários. Não é preciso ser equilibrado como você foi para ter minha admiração, os radicais também podem tê-la se usarem do argumento, da palavra bem dita.

Quanto ao senhor, senhor Zé Povo, eu não gostaria de ter sua presença por aqui outra vez. Não pelo fato de o senhor ser um situacionista; não pelo fato de o senhor ser contraditório ao pedir uma visão independente para que haja um bom julgamento quando o senhor é um dos mais tendenciosos blogueiros que conheço; não pelo fato de o senhor ser um anônimo; não pelo senhor ser um papagaio que repete exaustivamente o discurso oficial como faziam os papagaios russos durante a ditadura do proletariado mentirosa que experimentaram; não por o senhor ser um cego político que finge ter boa visão utilizando-se do sectarismo pseudo-inteligente apenas por usar o português correto e idéias batidas quase até o ponto de tornarem-se verdades como pregava Göebels, o líder ideológico de seus ídolos Franklin Martins e Zé Dirceu; não por o senhor, um homem adulto e inteligente, se deixar guiar cegamente pelo analfabeto (repito, Neto, analfabeto) vaidoso como se ele fosse a própria encarnação do Messias que nos livrará a todos das garras do Mal; mas por tudo isso. O senhor é nocivo e não me faz bem.

©Marcos Pontes

8 comentários:

Beatriz disse...

Essa resposta a você mesmo é uma das melhores demonstrações do pensamento democrático. Pouco sei sobre política. Não li o debate a que se refere no último post. Entretanto não há como negar a delinquência adolescente(pleonasmo?) de mtos líderes da AL. quase todos. Eles estão é se enforcando com tanta corda dada. A UE já percebeu que essa lambança de uma esquerda ultrapasssada...bláblá..sabemos o que é foi longe demais. Pois, ficamos nós aqui , como sempre, a reboque da história.
E não sou passional qdo analiso o que vc escreve pelo viés da relação pessoal. Já discordamos em muitas questões mas dessa vez você tem razão. Não como dono da verdade pq é maduro e vivido pra saber que isso não existe, mas pelo direito de ter sua opinião formada - não aquela velha do Metamorfose Ambulante declarado que nos preside no auge de sua arrogância e inadequação sintomática. Peca pelo excesso, Lula. Aliás, sempre. A desmedida é parte de seu show - mas
pela lucidez que o caracteriza.
Aos aos reacionistas de plantão que parecem crianças mimadas, frustradas pq papai é imperfeito... desiludidos de plantão que esperneiam diante do mau comportamento de seu "líder ator" só LHES Tenho Horrror.
Beijo "se liga" como diz o Marco Luque rsss

Neto disse...

Olá @Marcos
É óbvio que discordamos em alguns pontos mas creio que isto é salutar. Debates são para isto mesmo. Posições e opiniões diferentes sendo colocadas todas encima de uma mesa para que aja uma compilação e boa análise.

Pena que muitos não saibam este significado e usem o anonimato apenas para o desrespeito aos outros e promoverem a desordem e a discórdia. Não voltei a comentar pois não dou ibope para essa gente.


Existe um ditado por aí que diz que 'as opiniões mudam' mas, particularmente, acho um falso ditado. Acredito firmemente que quem usa este argumento covarde tem apenas o interesse da conveniência e por conseguinte não detém o menor príncipio.
Aprendi desde cedo a defender minhas posições com base em meus princípios e, para mim, isto é algo imutável. Minhas opiniões são convictas porque são refletidas e baseadas nos meus princípios.

É evidente, entretanto, que ao expô-las ou tentar discorrer sobre elas posso ser mal interpretado. Por uma ou outra palavra mal colocada ou, de alguma forma, ter dado maior enfâse em um parágrafo ou até por ter me expressado mal, o que também pode ocorrer.

No entanto, em nenhum momento aqui usei de ironia com você pois, não é de meu feitio, e seria menos ainda com quem não conheço. Quem me conhece bem sabe. Defendi minha visão e dei uma sugestão pelo que li no seu post a qual lembrarei sempre com firmeza se for necessária.

Conheço sua história Marcos, por meio deste próprio blog, e não o conheço pessoalmente (já disse que admiro sua posição e a coragem que demonstra) e o tenho por respeito. Quero que saiba que, desde cedo, aprendi a defender minha opinião porque ela é refletida antes de ser tomada. É fundamentada e não é cega. Mas eu não sou, nunca serei e nem me considero o dono da verdade. E muito menos tenho, ou terei, a solução para os problemas de ninguém - se assim fosse seria psicanalista e não investidor rs

Entendo sua luta por um Brasil possivel e por justiça social e acredito que é uma luta válida pois também é a minha. Ser democrático de verdade é ser assim. O resto é falácia e fingimento.

Ao deixar minha opinião no seu último post houve sim uma tentativa minha de tentar-lhe mostrar uma outra visão dos fatos, no entanto apesar de ser um defensor ferrenho de minhas posições, também não sou tapado a ponto de não saber o que deve e o que não deve ser repensado à luz de novos tempos.

À guisa dos argumentos tentei lhe fazer ver o lado positivo do governo Lula que comparado aos últimos governos de oposição tem se sobressaido melhor. Há problemas, há! E sempre haverá. Até porque boa parte dos problemas reside na mentalidade do 'ser humanus'. É ele quem, negativamente, projeta em sua mente todos os dissabores que carrega em sua vida real, privada e pessoal. E uma pessoa assim não é bom para amigos, nem para o Brasil, nem para a política ou à sociedade.

Ainda somos, verdadeiramente, um país carente de praticamente, tudo. Portanto, creio que todo e qualquer pequeno passo que tenha sido dado para melhorar a condição de vida do brasileiro deve ser valorizado. E só não o fará àqueles que não são patriotas, ou que vivem fingindo-se de democratas.

No mais, sou uma pessoa serena e justa em todos os meus relacionamentos Marcos e, a única coisa que me irrita são 'vandâlos e anônimos' que, por não terem sequer um argumento que justifique o debate, partem para ofensas pessoais e para o desrespeito.

Abraços

Adao Braga disse...

A despeito das melhorias que o Neto diz existir no governo Lula, e que não existia, nem existiu noutros governos anteriores, não é lá tanta verdade. Para tal, basta acessar e ler a Sintese de Indicadores Sociais – Uma análise das condições de vida dos Brasileiros. - Se você quiser fazer um apanhado Marcos, será muito bom para nós outros - E, com dados, informações, se veremos por exemplo, que a situação dos pretos e dos brancos nas universidade, continua a mesma,

- O saneamento não sofreu mudanças.
- A educação também não.
- A segurança não!
- A saúde não!

Houve melhoras, só as que os apoiadores dizem e repetem. Na média geral, até a renda do governo anterior era melhor e maior. E, a base da comparação, é minha renda. A situação atual economica e estrutural é diferente dos governos anteriores, e teria, que ser, muito mais incompetente, para não saber manter uma direção.

Os demais exemplos nós vemos e ouvimos nos jornais, revistas, TV e rádio.

Quanto aos comentários, leia meu texto e você entenderá que nossos melhores textos, tem a menor quantidade de comentário. Deve ser porque você consegue obter a maior aprovação, e a menor desaprovação. E mesmo que vá discordar, não encontra como fazê-lo.

parabolas disse...

Até porque boa parte dos problemas reside na mentalidade do 'ser humanus'. É ele quem, negativamente, projeta em sua mente todos os dissabores que carrega em sua vida real, privada e pessoal.

E só não o fará àqueles que não são patriotas, ou que vivem fingindo-se de democratas.

Pegando essas duas frases do Neto dá pra ver que ele é bem educado quando quer dar uma sugestão (ou seria um tapa sem mão?) em alguém. Eu já não sou assim, sou mais direto.

E sim, vim aqui através do blog dele, ao qual sou leitor e amigo embora, não necessariamente, isto indique que aceito o modo de julgamento dele ao qual venho sempre discordando respeitosamente. Não estou comentando aqui por incentivo dele, vim porque fui citado e antes foi por curiosidade.

Sou médico e fisioterapeuta formado pela UFPE (uma das mais conceituadas universidades do país na área), tenho mestrado no exterior e sou diretor de 1 hospital e uma pronto-clínica pela prefeitura do Recife que atende, em média, mais de 45 mil pessoas ao mês. Não sou nenhum anônimo, petista ou 'radical' como queria sugestionar aí à seus leitores.

E não é porque escrevo inutilidades lá no meu blog (que uso como válvula de escape) que deva ser chamado ou considerado "inútil" pelo senhorio como fez aqui. Me admira muito que um professor renomado e instruído como você, ao longo de todos esses anos que diz estar escrevendo não tenha angariado tantos leitores ou não tenha feito bons amigos. Talvez seja o caso da tal 'mentalidade' a que se referia o Neto ali encima ou talvez não, nunca se sabe. A única certeza que tenho é que não voltarei mais aqui porque minha experiência médico/clínica já me fez perceber onde existe muito 'lixo tóxico' distribuido pelo ser humano. Uma pena para quem agrega um currículo de educador.

Carlos Emerson Junior disse...

Veja como são as coisas: no meu antigo blog passei dois anos baixando o cacete direto no analfabeto e seu bando, turma já bem conhecida por mim na época em que trabalhei na Docas de Santos...

Mas a minha maior decepção foi mesmo com o eleitorado que apoia e sustenta uma súcia de sindicalistas vagabundos e políticos da pior espécie, bandidos inclusive.

Aí fui desanimando e hoje em dia pouco toco no assunto mas, de jeito nenhum vou aceitar, compactuar ou acobertar essa gente. Só que eles estão no poder e, como são muito experientes nisso, vai ser muito difícil tira-los de lá.

Enfim... sou leitor assíduo e gosto do Neto, blogueiro inteligente e educado, coisa rara nesses nossos dias. Da mesma forma como acompanho a alguns anos o Esculacho e Simpatia e sou fã do escritor Marcos Pontes.

Aí fica difícil "brigar" com meus amigos!!!!

Um belo debate, meu caro.

Ronaldo disse...

Fala meu irmão. Tenho percebido que seus posts tem ficado cada vez mais indignados. Mas o que mais admiro é a "audácia" que tens de enviá-los aos políticos eleitos.

Não sem essa influência, acabo de entregar minha dissertação e o tema passa por uma série dessas suas críticas. Observei no caso das hidrelétricas de Rondônia que o Presidente e seus asseclas tentaram passar por cima da legalidade de diversas maneiras, até mesmo com a criação do Instituto Chico Mendes para pressionar o Ibama.

Felizmente o pouco conhecimento que tenho sobre Adminstração Pública me confere uma certa tranquilidade a respeito dos caminhos da legitimidade. Ou seja, apesar de querer fazer certas coisas, ainda existe um limite imposto por legislações nacionais e tratados internacionais que impede o total desmando no país.

Voltando à minha pesquisa, construí um instrumento (ainda incipiente, admito) para analisar os atos políticos em uma cadeia de governança. Tive um resultado surpreendente, por um lado, ao perceber que a estrutura de governança existe e faz com que as coisas ainda funcionem dentro de uma legalidade. Mas pude constatar o lado triste que você costuma denunciar, de que as pressões e ingerências do partido da situação têm procurado caminhos escusos para conseguir os resultados que pretende.

Como apenas os resultados chegam aos ouvidos do povo, o Partido termina por levar vantagem e vende uma imagem imaculada de protetor das camadas sociais mais humildes.

Como poucos sabem o significado da legalidade, da governança e da moralidade, os atos estranhos deste governo passam totalmente desapercebidos pelos olhos da maioria.

Como os legisladores, legítimos fiscais dos atos do Executivo, estão mais preocupados com seus negócios (e por negócios assuma-se tudo o que recebeu esse significado), não há uma voz legítima para dizer "chega".

E como, pela maldita sorte que tem, o Presidente já nomeou mais da metade do STF, tenha certeza de que o próximo mandato do Partido será a configuração de um "golpe branco".

Por tudo isso, mano, torço para que suas posições e indignação cheguem aos ouvidos de alguém que possa fazer algo para nos libertar desse futuro negro que está se desenhando.

Um abraço.

Reserva o camarão que eu tô chegando...

Fábio Mayer disse...

Algumas pessoas entendem que Lula não erra. E que o governo do PT é imune a críticas porque um dia, foi oposição. E mais ainda, que a corrupção que sabemos que existe no Brasil de hoje, se justifica na corrupção havida no governo anterior, de FHC. E a partir disso, entendem toda e qualquer mínima crítica contra atos deste governo, como uma tentativa de golpe contra ele, como perseguição da imprensa ou até como motivo pessoal para briga de rua.

O problema é que Lula, seu governo e o PT erram, e muito, embora menos do que seus antecessores tucanos.

Isso não tira os méritos deles em termos de sucesso econômico, pelo contrário, aceitar isso é ser democrata, do mesmo jeito que é ser democrata aceitar o fato de que o Brasil passou bem pela tormenta econômica e isso é mérito de Lula e do PT.

Mas isso não lhes dá salvo-conduto para fazer o que bem entendem, e aliarem-se a qualquer marginal que apareça com discurso esquerdofrênico defendendo um "Brasil grande" e influente em política externa.

E por consequencia, não autoriza ninguém a ofender ninguém por discordar de Lula e do PT.

Muito menos lhes dá o direito de envergonhar o país com casos como este com Honduras.

Porque aceitar que o Brasil receba ordens de Hugo Chaves para salvar um oligarca, latifundiário e mafioso como Manuel Zelaya, é muito pior que ter complexo de vira-latas, é ter complexo de rato de esgoto, ainda mais quando se constata que o Brasil teve que pedir óleo diesel para e embaixada dos EUA, para conseguir abrigar o presidente deposto de Honduras e seus puxa-sacos.

Você não escreveu nada de errado. Nem o Neto, se bem que ele exagerou um pouco ao pedir para você se candidatar... agora, anônimos de qualquer natureza só são aceitáveis quando não ofendem ninguém, o que não foi o caso aqui.

Mas sinceramente, no meu blog, anônimo que ofende terceiros eu não aceito, pode ofender até a eu mesmo, mas não a terceiros.

A crítica na democracia é livre, mas nossa Constituição VEDA o anonimato. E se não pudermos criticar o presidente por conta de atos falhos, presunçosos e tresloucados como este que envolveu Honduras, então devemos mais é apoiar o projeto de Lei do Senador Azeredo e transformar a internet numa coisa controlada... pelo menos, numa situação assim, nem nós poderemos criticar, nem os anônimos poderão encher o saco.

Kukla disse...

Gosto des eu blog............
Isso é suficiente