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segunda-feira, abril 26, 2010
Campanha dos 7 erros

segunda-feira, abril 12, 2010
Porque não voto em Dilma
Me contaram uma historinha que não sei se é verdadeira ou se apenas uma alegoria. Ei-la:
Um fazendeiro, dono de muitas terras e empregador de vasta mão de obra, mandou a filha única para São Paulo, onde a menina cursaria História na USP.
Ao final do primeiro semestre a filha voltou para passar as férias na fazenda. Depois dos carinhos de boas vindas, a menina pôs-se a contar as novidades. Logo o pai percebeu as mudanças acontecidas na maneira da filha ver as coisas, uma visão mais socialista do mundo, jargões do tipo “mais valia”, capital ao invés de “fazenda”, “companheiros” no lugar de empregados e por aí adiante.
No meio desse palavreado “modernizado”, propôs ao pai:
- Por que o senhor não divide seu latifúndio com os companheiros campesinos, lhes ajuda nos custos de produção e, depois, como o senhor, a princípio, é o mantenedor, fica com 60% da produção e divide o restante com os parceiros? No ano seguinte eles próprios manterão a produção e assim seu percentual passa a ser proporcional ao total de produtores?
O pai, macaco velho nas negociações com sindicatos, bancos, produtores e todo o universo de pessoas e entidades que envolvem a produção do país, apenas escutava, tentando aparentar algum interesse, mas enfadado por dentro.
- Tá, filha, boa idéia. Vou pensar com carinho. Mas enquanto isso, me diga como vão as coisas na faculdade.
- Ah, está tudo ótimo, só tiro dez, me adaptei fácil, os professores gostam de mim. Mas não foi sem esforço. Normalmente eu estudo até duas, três da manhã, estou sempre na biblioteca, participo dos seminários, faço parte de grupos de estudos. É duro, mas compensa no final do semestre. Passei direto em tudo.
- Ótimo! Parabéns. E como está se saindo a Raimundinha, filha do Deodoro, que foi com você?
- Aquela ali, pai, não quer nada com nada. Não perde uma balada, namora todo mundo, fica na farra até de madrugada todos os dias e só tira zero.
- E por que você não a ajuda?
- Ajudar como, pai, se ela não se esforça, não quer estudar, prefere a bagunça?
- Ora, simples. Como você só tira dez e ela só tira zero, você poderia dar cinco pontos dos seus pra ela e ambas passariam com média cinco.
Com olhos esbugalhados, ofendida, descrente do que ouvia, a garota estourou.
- O senhor tá louco? Eu me esforço, uso da minha capacidade intelectual, suo, perco horas de sono, me dedico pra depois dividir o que consegui a duras penas com quem não bate prego no mamão? Nem pensar!
- Ah, bom, entende agora porque não divido o que venho amealhando há anos a custa de suor, noites sem sono, negociações duríssimas com bancos, governo, fornecedores, Receita Federal e tudo o mais com quem trabalha sem compromisso com nada a não ser com seus horários e com o salário no final do mês?
A mentalidade do governo de Lula é comparável ao raciocínio da filha universitária. A classe média sua para produzir em troca de salários nem sempre justos para depois ver seus impostos serem usados para bancar as benesses das “elites” que o governo diz odiar, mas não deixa de abraçar e acarinhar a cada nova proposta de mudança econômica. Não bastasse bancar os ganhos e benesses dos mandatários, ainda banca as bolsas, cotas e esmolas das classes menos favorecidas, como se fosse dela, a classe média, a culpa de todas as mazelas sociais que herdou e que se multi´plicam desde o Brasil Colônia.
Votar na Dilma é dar continuidade a essa política distorcida, injusta com quem produz, que deixou a meritocracia mofando num armário trancado. Sem falar na política externa que nos levou à proximidade do submundo do Terceiro Mundo, nos afastando mais e mais dos países desenvolvidos.
Não é rompendo com quem desenvolve o mundo que mudaremos o que há de errado. Se o sistema de produção está ultrapassado, primeiro demos o exemplo de um novo sistema justo, progressivo de fato e não somente de propaganda, para podermos dar o exemplo e mudar o mundo.
Não fizemos isso e nem ensaiamos sequer nos aproximarmos disso. Maquiamos com marketing o modelo secular e universal, continuamos a privilegiar o capital, mesmo num governo que se diz socialista.
Não bastasse a necessidade de alternância de poder, são muitos os motivos para eu não votar em Dilma, até porque nem mesmo o carisma para mentir e enganar enquanto é aplaudido, que Lula tem, a ex-terrorista tem.
©Marcos Pontes
terça-feira, março 09, 2010
Pelas barbas do PT!
A primeira moda lançada por Lula foi a barba. Quando começou a popularizar-se com as greves dos metalúrgicos, nos jurássicos anos 80 do século passado, a barba desgrenhada de quem não tinha dinheiro para comprar giletes passou a ser imitada. Tirando Karl Marx, Lênin, Che Guevara e Fidel Castro, não me lembro de um socialista/comunista notório que usasse o adereço facial.
“Comunistas” de norte a sul passaram a copiar o líder recém surgido. A barba era usada como uma espécie de crachá. Não bastasse estarmos saindo dos deselegantes anos 70 em que barba, cabelo e bigode grandes, além das pantalonas e bocas de sino, eram aceitos, hoje restritos à Argentina, a barba socialista era um identificador entre seus pares. O equivalente feminino era a falta de depilação, os cabelos de piaçava e as batas indianas. Homens e mulheres se igualavam nas bolsas a tiracolo e nas sandálias de couro de bode, mas essa é outra conversa.
Dessa época vem a piada de uma festa regada a rum cubano e charutos cubanos e paraguaios, se é que me entendem. Os barbados identificavam-se como policiais cubanos e tinham passe livre. Um penetra imberbe é barrado na porta. Tentando imitar os barbudos que entraram antes, também disse ser da polícia de Castro, o leão-de-chácara duvida, alega que falta a barba. O imberbe mostra os pêlos pubianos e sussurra “polícia secreta”.
Os socialistas enriqueceram, pelo menos os mandatários. Depois do fim da ditadura saíram da clandestinidade, formaram um partido que mais tarde tornou-se mais um sindicato como os muitos sindicatos que sempre comandaram, só que um sindicato de ladrões; elegeram-se legisladores, de vereadores a senadores, fizeram estardalhaço na Assembléia Nacional Constituinte; ascenderam às prefeituras e subiam mais, às governadorias e, por fim, à presidência da República. A cada degrau da subida a barba se fazia presente.
Petista sem barba era objeto de desconfiança, embora pudesse ser da “polícia secreta” de Lula. Talvez fosse essa a intenção, assim prestássemos atenção às barbas e esquecêssemos de notar os caráteres defeituosos que elas escondiam, superficialistas que somos.
Já existiam e proliferavam os lulistas e eles se dividiam e se dividem em dois grupos: os que creem cegamente em seu líder e os que se aproveitam do brilho de seu inegável carisma para fazerem negócios e negociatas na sombra. No primeiro grupo, além da barba, outra característica de Lula era imitada: a língua presa. Não são poucos os lulistas de primeira ordem que ou tinham essa característica nata ou, simplesmente, copiavam o chefe. Vicentinho talvez seja o melhor exemplo da língua presa do primeiro escalão.
A respeito do Vicentinho, quando percebeu que estudar não doía, distanciou-se do antigo companheiro e… retirou a barba.
Mas prender a língua dá trabalho, é incômodo e pode ser esquecido no meio de uma discussão, tipo de ação em que os vermelhinhos são pródigos. A barba era mais fácil de manter.
Com a escalada social petista a barba transformou-se. Zé Dirceu, por exemplo, tirou a barba, manteve o bigode por um tempo e hoje, nem isso. Fazendo parte da turma que trabalha nas sombras, de preferência as mais escuras, Dirceu mostra que não é tão lulista e muito menos socialista, é capitalista dirceusista puro, dono do próprio bigode e intenções.
Marco Aurélio Garcia mantém uma barba totalmente desalinhada, mas esse é um deselegante completo. Dentes com tártaro secular, ternos amassados, gestos obscenos e mente transversa. Um verdadeiro lulista que não evoluiu, manteve-se nos 80, fora a influência e a conta bancária.
Berzoini, que nunca privou da amizade íntima de Lula, reduziu a barba a um asqueroso cavanhaque; Vaccari, o desonesto tesoureiro, herdeiro de outro desonesto tesoureiro barbudo, o delúbio, repete a barba desenhada do mestre depois de usar um emaranhado de pêlos na época de início de ascenção; Mercadante, o capachão, a estrela em decadência, também usa os pêlos aparados como Lula; Suplicy jamais usou barba, talvez por isso mesmo tornou-se petista do bloco do “eu sozinho”. Marta tirou a barba com depilação permanente.
Até lula mudou de barba. Hoje a desenha meticulosamente e só a mantém por ter ela tprnado-se um símbolo pessoal depois da eternização do “sapo barbudo” proferido pelo Mário Amato. Até tentou apenas o bigode por um tempo, mas voltou à velha iagem externa. Internamente esqueceu-se que foi pobre e que a gilete era cara. A pobreza passada ficou apenas para os discursos populistas.
A barba petista é símbolo mais revelador do caráter de quem a usa do que a estrela vermelha relegada à lapela do rebutalho da militância. Quanto mais se aproxima dos altos negócios e negociatas do vértice superior da pirâmide petista, mas a barba é trabalhada ou excluída.
domingo, março 07, 2010
Elas
Toda mulher é Maria. Felicidades infindas a todas as Marias.

sábado, fevereiro 20, 2010
Diz-me Com quem andas que direi quem és
