Esperança ainda há, e mais, crescendo.
Esta semana, numa daquelas pesquisas idiotas que são tomadas como verdade absoluta, “descobriram” que o brasileiro é o segundo mais otimista entre os habitantes de 22 países. Pois, bem, idiota ou não, essa pesquisa me reflete. Sou um otimista. Ranzinza, é verdade, mas otimista.
Antes de começar a campanha política oficialmente – de fato, os candidatos e “pré” já estavam em campanha desde o início do segundo mandato do atual e inominável presidente – eu já havia me colocado do lado aparentemente mais forte contra a gangue que se aboletou no Planalto e em todos os órgãos oficiais do governo brasileiro, fossem dentro do país ou espalhados pelo mundo, inclusive nas dezenas de embaixadas criadas para empregarem os amiguinhos do chanceler e os companheiros vermelhinhos, além dos peemedebistas que vivem pongados nos governos, sejam da coloração ideológico-partidária que for.
Colocar-me contra governos é praxe. Não sou anarquista, mas “si hay gobierno, soy contra”, desde quando aprendi onde fica meu umbigo. Colocar-me contra um governo pseudo-socialista, então, é muito fácil. Pôr-me diametralmente oposto a um governo em que a propaganda mentirosa, exagerada e enaltecedora do ego bêbado do presidente, mais que fácil, é natural.
Iniciada a campanha, coloquei-me na linha de frente do segundo escalão da oposição. Só para esclarecer meu ponto de vista: o primeiro escalão, pelo menos de direito, são os políticos profissionais e partidários dos ditos partidos de oposição. Apenas de direito, porque, de fato, muitas vezes deixaram de postar-se como oposição e participaram da claque do anão moral que nos governa e sua trupe pigméia na integridade.
Mostram-se mais fortes Serra, a senhora que nasceu da cartola de um bêbado e uma ambientalista utópica, quase uma wicca urbanóide. Entre eles, um gene comum: o berço esquerdista. O que os diferencia, a meu ver? A biografia.
Comparando a trajetória dos três, não fica difícil escolher o esquerdista mais capacitado pelas atuações na vida pública, na postura moral, na maneira firma de comandar, sem o ranço autoritário que o atual presidente tenta esconder, mas que vaza nas páginas de jornalistas mais críticos e pela língua dos assessores presidenciais maltratados.
Da candidata A oficial, pouco se sabe, mas o pouco que se sabe são mentiras. Seja seu doutorado falacioso, seja sua crença cristã eleitoreira.
Da candidata oficiosa B, tirando a integridade moral, a aparente honestidade e a firmeza do discurso bem ensaiado, sem titubeios, simpático aos mais desavisados sobre as possibilidades reais de implantação de seu modelo de desenvolvimento; sua paixão platônica por dois idolozinhos de barro dourados pela pena de jornalistas românticos e artistas ignorantes politicamente, o presidentezinho tatibitati e o seringalista pseudo-pacifista que pregava a luta rural, Chico Mendes, nada resta. Marina me lembra uma perdiz: tiradas as penas, sobra quase nada. Tirando os enfeites de seu discurso tão platônico quanto a paixão pelos seus ídolos, quase nada sobra.
Serra é, portanto, o presidente ideal para o Brasil? A meu ver, não. Longe disso. Preferiria alguém que tivesse forças moral e ideológica, firmeza de posicionamento e de atitudes, e coragem para tirar o país dessa posturazinha bom mocista, politicamente correta, enjoativa. Alguém que desse um freio de arrumaçãp e nos colocasse no trilho real do crescimento responsável e não nessa estatização do progresso e a sociabilização dos prejuízos, dos furtos, da impunidade, das mentiras.
Como diz o ditado, se não tem tu, vai tu mesmo. Se o que me resta é o Serra, pois que seja o Serra.
Vai ser fácil? Nem um pouco, mas nesse meu coração bobo e otimista, ainda estarei confiante no segundo turno, até que as urnas me provem o contrário, o que não ocorrerá.
©Marcos Pontes
9 comentários:
Estou contigo. Não sou serrista e não o considero o ideal (menos ainda se fosse o Aécio).
Mas se é o melhor entre as opções apresentadas, vamos com essa.
Amém!
Estou na mesma situação de você, nunca acreditei em esquerdistas e muito menos nessa política tacanha de socialistas preguiçosos que distribuem migalhas aos porcos, desde que estes façam "vista grossa" como referendo à assalto no erário.
Somos órfãos da direita que morreu!
Estou na mesma situação de você, nunca acreditei em esquerdistas e muito menos nessa política tacanha de socialistas preguiçosos que distribuem migalhas aos porcos, desde que estes façam "vista grossa" como referendo à assalto no erário.
Somos órfãos da direita que morreu!
Idem...: Serra.
Marcos Pontes,
Comungamos da mesma esperança, de que terá segundo turno!
Marina Silva é a nova vedete dos tais "sonhadores", esses imbecis que se colocam acima, como seres superiores, "progressistas", enquando nós, somos conservadores sem alma e gelados por dentro. Não bastou Lula para mostrar a esses idiotas que nem tudo que reluz é ouro, que no poder, um líder não pode fazer o que quer. Não bastou. O voto salvacionista em Lula encarna na pele do voto dado a Marina. Que pelo menos, essa tal onda verde, que fez Marina sair de 11 para 14 - um crescimento espantoso - ajuda a ter segundo turno!
Sim mas... Serra também é esquerdista, não esqueçamos disto.
Ele pode ser menos mentiroso, menos criador de mitos que os petistas, mas não deixa de ser de esquerda.
O Francisco Cruz é que tem razão: o Brasil é órfão de uma direita que morreu...
O que nos resta é torcer pelo menos pior, pelo socialista fabiano, já que conservadores, meu amigo, não os temos nessa republiqueta semi-comuna.
eu também estou com Serra, apesar de não ser serrista. O PV e o PSOL são braços do PT, militaram juntos desde sempre, aterrorizaram juntos, desviaram dinheiro público e aprovaram projetos populistas juntos.
Espero que, um dia, pelo menos o voto não seja obrigatório e que as abstenções e votos nulos sejam contabilizados, e se for pedir demais, que acabe-se com o voto de legenda, apoderando candidatos de aluguel na carona dos bem votados.
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