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terça-feira, julho 15, 2008

lulatarsomendes300

Sobrou para alguém: o delegado Protógenes. Ah! O delegado tinha que fazer um curso obrigatório... Está explicado.

Não, não está!

Prosopopéia flácida para bovino adormecer.

Se não havia crise, como fizeram questão de falar o ministro Genro e o ministro-juiz Mendes, por que cargas d’água tiveram que apelar para Lula? O que o presidente tem a ver com os problemas do Judiciário? Ah! O presidente assume o cargo de “magistrado-mor”, segundo a Constituição... está explicado.

Não, não está!

A mesma Constituição prega a independência dos Poderes, o que não ocorre na prática. O que há, de fato, é a interdependência dos Poderes. Eles, os Poderes, negociam entre si constantemente, seja de maneira legal, seja com ameaças, chantagens ou “verbas extras”, o que significa propina oficializada.

Com a prática do cala-boca, práxis histórica, ou se compra o silêncio ou arrebenta-se a corda do lado mais fraco. O delegado Protógenes foi o lado mais fraco da corda momento. Lamento por ele. Esse delegado, independentemente de sua competência, sua honestidade e seus bons propósitos, será colocado na geladeira, enviado para um local distante,como a fronteira com a guiana, por exemplo, e ninguém mais falará seu nome por toda a vida. Em nome da moralidade, do direito amplo de defesa e outros preceitos legais, Daniel Dantas e sua gang continuarão livres e os processos a que respondem no momento, serão zerados, todas as investigações recomeçarão do zero e se arrastarão até que consigam a prescrição dos crimes por ventura cometidos.

Num país sério, Naji Nahas estaria definitivamente banido do mercado financeiro desde a primeira vez em que quebrou a bolsa de valores, época em que pegava dinheiro emprestado de bancos oficiais e aplicava essa grana em ações de suas próprias empresas ou em empresas de amigos, fazendo com que essas ações se supervalorizassem. Daí ele as vendia, pagava os empréstimos feitos e ficava com a fortuna acumulada com a venda dessas ações podres que não valiam nada. Qual o quê! Continuou livre e cada vez mais poderoso.

O que Grenhalg fez foi legal? Procurar o assessor direto da presidência para investigar se seu cliente, o santinho Braz, estava sendo perseguido pela Polícia Federal, pode ser considerado legal? A meu ver, isso é, no mínimo, tráfico de influência e obstrução da justiça. Ou será que qualquer advogado pode apelar para o mesmo expediente? Qualquer advogado pode ter acesso às investigações secretas da Polícia Federal para livrarem a cara de seus constituintes? Advogados comuns sequer têm acesso ao secretário do presidente, Grenhalg consegue isso por ter influência, por ser amiguinho do chefe. Isso é tráfico de influência!

Como aceitar como normal o protesto do presidente do STF momentos depois da prisão dos bandidos? Ou alguém, além de Mendes, têm dúvida que eles são bandidos? E o mesmo Mendes, que já havia protestado contra a operação, julgar os habeas corpus dos presos. Não há aí conflito de interesses? Houve abuso de autoridade? Passar algemas é bandidos é abuso de autoridades? Para que servem as algemas? Para pobres donas de casa que roubam leite no supermercado?

Protestam contra a espetacularização das ações da Polícia Federal. Pois eu acho essa espetacularização essencial no atual momento político-judiciário. Se não fosse essa espetacularização, capaz de sequer sabermos das prisões. Sequer saberíamos que o pobre delegado foi punido com uma promoção (parece piada, mas é muito sério); sequer saberíamos que os juízes rezam por cartilhas diferentes e os ministros do Supremo tratam os juízes de primeira e segunda instâncias como débeis mentais despreparados. Se não fosse a espetacularização seríamos mais desinformados do que já somos por uma imprensa medrosa, mais comprometida com seu status quo do que com a verdade da informação.

Denial Dantas, Naji Nahas, Pitta, Verônica e todos os demais componentes da quadrilha devem estar rindo da cara do pobre Protógenes, do juiz De Sanctis e dos outros dois delegados afastados. Diga Mendes o que disser, mas, para nós, otários pagadores de impostos, a impunidade está definitivamente institucionalizada.

segunda-feira, julho 14, 2008

AUTO_novaesjb

  • O governo de Bush aprendeu com a América Latina? O cara despejou uma fortuna para salvar duas gigantes do financiamento hipotecário estadunidenses. É o fim do neoliberalismo? Os caras têm uma empresa privada, por erros de administração por visarem o lucro fácil e não sustentável, a empresa quebra. Com o dinheiro público o governo salva a empresa da bancarrota... Por que ficamos com um gostinho de déjà vu quando lemos algo assim?

 

  • E a InBev está ajudando a diminuir o desemprego nos EUA. Em sua fusão com a Anheuser-Busch, todos os empregos da norte-americana serão mantidos. Para completar, as duas empresas juntas assumem a liderança na venda de cerveja na China, Estados Unidos, Rússia, Brasil e Alemanha. Quem diria que um dia uma emprsa brasileira estaria ajudando a economia estadunidense durante uma crise violenta dessas?

 

  • Ano eleitoral sempre foi sinônimo de greves, não tem jeito. Os Correios, agora a Petrobrás... Já não basta termos que agüentar a mentirada dos candidatos, agora temos as ações dos sindicatos.

 

  • Clodovil vai apresentar proposta para diminuir o número de deputados. Tenho que dizer que concordo com a proposta do deputado, mas, cá pra nós, se esses mesmos deputados estão querendo aumentar o número de vereadores, fica difícil acreditar que aceitariam diminuir o número deles próprios. Clodovil, definitivamente, não conhece o Brasil.

 

  • A Polícia Federal afirma que Daniel Dantas fez lobby dentro do Palácio do Planalto para fazer suas tramóias. Pelo que vimos na semana passada, o mesmo aconteceu dentro do Judiciário, Gilmar Mends capitaneano a nau dos venais. É triste ler essa notícia...

 

  • E Tarso genro quer enganar quem com esse papo de que "a Polícia Federal não protegerá ninguém do PT"? Tá na cara que a PF não protegerá ninguém, e nem precisa, já tem o Palácio do Planalto e a o Supremo para fazerem isso.

sexta-feira, julho 11, 2008

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O que aconteceu de fato, talvez nunca saibamos, mas o texto abaixo que o Heber me mandou traz algumas coisas inegáveis: 1. Há revanchismo, sim. Quantos ex-guerrilheiros e "subversivos", como os define o coronel Ustra, hoje exercem cargos de poder e buscam a vingança? Quantos pedem e recebem indenizações vitalícias sem que a população conheça os processos que lhes concederam esses benefícios?; 2. A história é contada pelos vencedores. Engana-se o coronel Ustra quando diz que os militares ganharam a guerra contra o comunismo. Hoje os terrorista de antanho estão no poder e fazem das diretrizes stalinistas uma política de estado; 3. A resposta do coronel realmente não será publicada. A imprensa está nas mãos de interessados em verbas milhonárias de propaganda que o governo federal usa para calar as penas dos repórteres. A revista Época lembra aquele antigo quadro do Sílvio Santos: A Semana do Presidente. Não interessa quem seja o presidente, as Organizações Globo sempre o apóia; 4. A revista está fazendo um pré-julgamento e lançando à lama a vida do coronel, outro defeito sério dos jornalistas brasileiros.

A história não acabou:

"

1ª Parte: Ustra na confusão
Por   Paulo Moreira Leite
            O repórter Matheus Leitão publica um furo no portal de www.epoca.com.br: o texto de defesa do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que comandou o DOI paulista entre 1970 e 1974, quando ocorreram 60 mortes e centenas de pessoas foram torturadas, e que hoje é alvo de uma ação pioneira do Ministério Público para apurar suas responsabilidades no caso.
            O fato de Ustra ter constituído um advogado, Paulo Esteves,  e ter redigido um documento de defesa, é em si um dado positivo — mostra que o processo pode ir adiante, o que seria ótimo para um país que até hoje não foi capaz de ajustar as contas com o passado da ditadura.
            Mas a defesa de Ustra também mostra a intenção — previsível — de quem pretende confundir mais do que esclarecer. Ele chama o senador Romeu Tuma como testemunha de defesa, sustentando que, nos anos da ditadura, o então delegado do DOPS era uma presença permanente e comprometida com a violência que ocorria na masmorra da rua Tutóia, em São Paulo, onde funcionava o DOI. Mesmo que isso seja verdade, o que está longe de ter sido demonstrado, pois até o momento Tuma não foi ouvido a respeito, a acusação é um óbvio recurso desviacionista. O mesmo se pode dizer sobre a idéia de convocar os atuais comandantes militares para depor. O coronel também nega que tenha dado ordens de tortura nas dependências de seu comando, alegação pouco crível diante da imensa quantidade de testemunhas que sustentam o contrário.
Ustra se diz vítima do revanchismo e reclama que não pode ser abandonado pelos atuais comandantes militares. São argumentos antigos.
            O país precisa encarar seu passado e conhecer a verdade sobre tantas mortes não esclarecidas, tanta violência que permanece escondida até hoje.
            Sem isso, o país arrisca-se a repetir erros e tragédias que todos gostariam de esquecer — não fosse tão grande a dor guardada na memória.
            Concorda?
  (Publicado no portal: www.época.com.br  pelo jornalista  Paulo Moreira Leite - 26 de Junho de 2008).
            2ª Parte: Vamos aos fatos:
            No dia 25/06/2008, fui procurado em minha residência pelo repórter Matheus Leitão e um fotógrafo  que disseram já ter ouvido pessoas de minhas relações. Desejavam uma entrevista para a Revista Época,  sobre a Ação Cívil que seis Procuradores da República estão movendo contra mim. Informei-lhes que havia estabelecido  uma regra pela qual não daria entrevistas, pois sempre que isso acontece as minhas palavras são desfiguradas quando publicadas.  
             Como estavam com problemas para comprar o meu livro  "A Verdade Sufocada (inclusive estavam usando um emprestado da Biblioteca do Senado Federal), propus-me a oferecer-lhes a 4ª edição desse livro. Como sugestão  do meu advogado, Dr. Paulo Esteves, entreguei-lhes também o histórico de minha passagem pelo DOI - "Contestações às injúrias e difamações contra mim"-, que escrevi para a concatenação da minha defesa.
            Na ocasião pediram-me cópias de minhas Folhas de Alterações (histórico de minha vida militar), insistindo, inclusive, para levá-las, xerocarem e depois me devolverem. Ofereci-lhes, apenas, cópias do período em que estive no DOI. Portanto, tudo que eles receberam de mim foram documentos escritos, dos quais poderiam usar, como manifestações minhas, as transcrições de meus textos.
            As palavras usadas  por Paulo Moreira Leite, no seu artigo intitulado "Ustra e a confusão", tratam-se de conclusões e idéias dele, um  ex-militante da LIBELU (Liberdade e Luta), organização subversiva, sem muita expressão, a que pertenceu.
            Hoje, pela manhã, surpreendi-me com  as declarações  do referido senhor, diretor da  Revista Época, que, ao que parece, não leu a Ação Cívil, nem  o histórico sobre minha atuação no DOI.
            Passo a comentar, por tópicos, o que Paulo Moreira Leite escreveu:
             PML - O repórter Matheus Leitão publica um furo no portal de www.epoca.com.br: o texto de defesa do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que comandou o DOI paulista entre 1970 e 1974, quando ocorreram 60 mortes e centenas de pessoas foram torturadas, e que hoje é alvo de uma ação pioneira do Ministério Público para apurar suas responsabilidades no caso.
            Resposta: Ele contabiliza 60 mortos, quando na Ação Cívil são listados, durante o meu comando no DOI, 47 mortos. No meu histórico relaciono 37 mortos em confronto com o DOI e 10 que nunca estiveram sob minha  guarda e responsabilidade.
            PML - O fato de Ustra ter constituído um advogado, Paulo Esteves.
            Resposta:  Recebi uma intimação para apresentar minha defesa no prazo de 15 dias, após ser citado. Quem não constituiria um advogado num processo desse tipo? Além do mais, constituir advogado pressupõe o uso do direito ao contraditório e não qualquer admissão de culpa.
            PML - ... e ter redigido um documento de defesa, é em si um dado positivo — mostra que o processo pode ir adiante, o que seria ótimo para um país que até hoje não foi capaz de ajustar as contas com o passado da ditadura.
            Resposta: Seria realmente excelente para o país se todos tivessem espaço e voz na mídia, sem que suas palavras fossem adulteradas, e não se desse vez apenas a ex-militantes subversivos e hoje revanchistas, que não sossegarão enquanto não conseguirem colocar na cadeia, a exemplo de outros países sul-americanos, os que lutaram contra a implantação de uma ditadura comunista no Brasil. Ganhamos a batalha, mas perdemos a guerra, por falta de mídia, de espaço, de vez.
            Seria ótimo que os arquivos fossem abertos, sem modificações e que fossem expostos os crimes cometidos pelos "heróis de hoje".
            Seria ótimo que se levasse ao público a verdadeira motivação que levou esses "jovens que lutaram pela liberdade" a lançarem-se na luta armada.
            Seria ótimo que o povo soubesse que um delírio qualquer, mesmo a existência de uma simples japona, agora é suficiente para que se diga que um preso foi morto sob tortura.
            Seria ótimo que os gritos que pareciam provir de um jovem, que uma testemunha nem conhecia, ouvidos na madrugada, no período em que desapareceu  um menino de 18 anos, não servissem como prova de que vinham desse desaparecido e de que ele foi morto  sob tortura, no DOI.
            Seria  ótimo que apenas  o testemunho de um filho, dizendo que me viu matar seu pai a pauladas no pátio do DOI, fossem averiguadas e que não servissem de provas contra mim, já que seu pai, que assassinara o industrial Henning Albert Boilesen, foi morto em confontro com a polícia, enquanto eu convalescia de um problema cirúrgico havia apenas um dia.
            Seria ótimo que fossem averiguadas as palavras desse mesmo rapaz,  que também serve como testemunha no caso da morte de Yoshitame Fujimore   em confronto com o DOI, meses após ter matado a coronhadas o Tenente PMESP Alberto Mendes Júnior. Segundo ele, o Inquérito Policial que apurou  o caso foi forjado, porque um motorista de táxi, do qual não sabe o nome e nem a placa do carro, "lhe contou que Fujimore fora torturado na rua e levado com vida para o DOI".
            São inúmeras as denúncias de morte por torturas que, se investigadas, restariam desmoralizadas e descartadas de imediato.
            Assim, na maioria da mídia enviesada, todas as nossas versões são falsas e os inquéritos e julgamentos nas auditorias militares uma farsa.
            Não existe interesse da esquerda armada para  que a verdade apareça.    O mito de "jovenzinhos inocentes" e  massacrados pela ditadura hoje dá prestigio, dinheiro, voto e vende revista.
            A quem interessa desfazer essas balelas? Somente a nós, que lutamos para que o Brasil não virasse uma Cuba, ou, na melhor das hipóteses, uma Colômbia, com as FARC matando e seqüestrando por 40 anos.
            PML: Ustra se diz vítima do revanchismo e reclama que não pode ser abandonado pelos atuais comandantes militares. São argumentos antigos.
            Resposta: Do revanchismo acho que somente os ligados à "causa" não pensam dessa maneira. Quanto aos atuais comandantes militares, eles conhecem a história, malgrado os mais velhos ainda serem cadetes naqueles tempos. Viveram a  violência da época. Sabem que houve uma reação oficial das Forças Armadas à ação de grupos de subversivos, de terroristas e de  muito poucos inocentes úteis.
            PML: Mas a defesa de Ustra também mostra a intenção — previsível — de quem pretende confundir mais do que esclarecer. Ele chama o senador Romeu Tuma como testemunha de defesa, sustentando que, nos anos da ditadura, o então delegado do DOPS era uma presença permanente e comprometida com a violência que ocorria na masmorra da rua Tutóia, em São Paulo, onde funcionava o DOI. Mesmo que isso seja verdade, o que está longe de ter sido demonstrado, pois até o momento Tuma não foi ouvido a respeito, a acusação é um óbvio recurso desviacionista. O mesmo se pode dizer sobre a idéia de convocar os atuais comandantes militares para depor. O coronel também nega que tenha dado ordens de tortura nas dependências de seu comando, alegação pouco crível diante da imensa quantidade de testemunhas que sustentam o contrário.
            Resposta: A minha defesa foi totalmente deturpada e creio que nem mesmo foi lida pelo Sr Paulo Moreira Leite. 
            Jamais pretendi confundir.
            Relacionei o Senador Romeu Tuma  como testemunha de defesa, exatamente por ser ele um dos poucos cidadãos hoje vivos que trabalharam em São Paulo, na mesma época que eu, e que era elemento de ligação entre o  DOPS, do qual era delegado, e o comando do II Exército e o DOI.
            Jamais escrevi na minha defesa que o Senador Romeu Tuma "era uma pessoa comprometida com a violência que ocorria nas masmorras do DOI". Trata-se de um homem sem mancha em sua carreira pessoal ou política e com o qual convivi, freqüentemente, em reuniões no QG II Exército, no DOI , no DOPS e em reuniões sociais.
            É risível esse detrator dizer que a invencionice que ele próprio atribui a mim é "óbvio recurso desviacionista" e que "mesmo que isso seja verdade, o que está longe de ter sido demonstrado, pois até o momento Tuma não foi ouvido a respeito". Além de ridicularia, trata-se de claro pré-julgamento movido pela negligência em deixar de ouvir o senador.  
             O Senhor Paulo Moreira Leite, sem nenhum compromisso com a verdade, deturpa o que eu escrevi em meu documento de defesa. Além do mais, joga-me, com insinuações e invenções, contra uma  testemunha que, tenho certeza, jamais negará o que afirmo abaixo  na conclusão do documento de 31 páginas, entregue ao repórter:
"Legalmente e fielmente, estive sob as ordens do Presidente da Republica, general Emílio Garrastazu Médici, que assinou a Diretriz que criou os DOI; do Ministro do Exército, general Orlando Geisel; dos comandantes do II Exército, generais José Canavarro Pereira e Humberto de Souza Mello; dos chefes do EM II Exército, generais Ernani Ayrosa da Silva, Enéas Martins Nogueira e Mário de Souza Pinto; e do Chefe do Centro de Informações do Exército (CIE), general Milton Tavares de Souza. Todos, infelizmente, já falecidos.
No DOI cumpri, rigorosamente, as ordens emanadas dos meus superiores. Nunca recebi uma ordem absurda, nem emiti nenhuma determinação desse tipo. Jamais fiz prisões ilegais, permiti torturas, abusos sexuais, homicídios, desaparecimentos forçados e ocultação de cadáveres. Jamais fui chamado à atenção por qualquer dos chefes citados. Tenho a certeza de que esses homens, com a sua estirpe e com o seu passado, se vivos fossem não me deixariam só nesta hora em que os revanchistas de plantão, por vingança, querem colocar-me em julgamento.
O Exército Brasileiro é uma Instituição Nacional Permanente e creio ser ele quem deve dar a devida resposta a esses detratores, dentro da lei e no interesse da Justiça. Omissão nunca foi característica das suas tradições em nenhuma época. Não fez parte de a sua História perder os anéis para salvar os dedos. Certamente, será assim neste momento.
            Desejando que a História não seja deturpada e que os fatos narrados por mim sejam comprovados como verdadeiros, apresento como minhas testemunhas:
              - o senador Romeu Tuma, que acompanhou e viveu a situação de violência da época e o trabalho do DOI/II Ex, já que, como delegado da Polícia Civil, era o elemento de ligação entre o Comando do II Exército e o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), órgão no qual estava lotado; e
            - os oficiais do Exército Brasileiro ocupantes, no momento de sua oitiva neste processo, das funções de Comandante do Exército Brasileiro, Comandante Militar do Sudeste, Chefe do Estado Maior do Sudeste e Chefe do Centro de Inteligência do Exército (CIE). Eles, hoje, são os substitutos legais dos chefes, que, na época do meu comando do DOI/II Ex, deram-me as ordens cumpridas por mim, rigorosamente.
           Tais militares, ainda que jovens naquela época - cadetes, aspirantes ou tenentes -, vivenciaram ou acompanharam a violência daquela quadra conturbada, em instruções, palestras e ouviram os testemunhos dos combatentes pró-democracia. "
            PML: O país precisa encarar seu passado e conhecer a verdade sobre tantas mortes não esclarecidas, tanta violência que permanece escondida até hoje.
            Sem isso, o país arrisca-se a repetir erros e tragédias que todos gostariam de esquecer — não fosse tão grande a dor guardada na memória.
            Concorda?
            Resposta: Não só concordo, como digo que nós, que vencemos a luta armada e combatemos a violência que só tendia a crescer, seríamos os mais beneficiados caso os arquivos fossem abertos e sem cortes. A verdade daí afloraria e as denúncias contra nós não teriam a menor consistência.
            CARLOS ALBERTO BRILHANTE USTRA, Cel Reformado."

quinta-feira, julho 10, 2008

AUTO_bira

- Quanto o Gilmar Mendes levou da bolada para liberar o habeas corpus? O cara mostrou-se indignado com a prisão desde a hora em que ela aconteceu, daí, ele próprio julga o recurso. Não há conflito de intersse nisso? Se alguém criticar a decisão do STF, pode pegar processo por desobediência civil, mas o juiz pode criticar a Polícia Federal? Suspeito... Muito suspeito.

AUTO_marcoaur

- Outro povo que lucra bastante são os grandes escritórios de advocacia. Não interessa se o sujeito vendeu até a mãe (do vizinho, patrimônio dele não é mexido), tem sempre um advogado pronto para santificá-lo em troca de muitos zeros.

amarildo

- Cada vez fica mais claro que autoridades só vão às tevês e jornais reclamar da impunidade quando um adversário se da cadeia. Quando é um parceiro, eles reclamam da truculência da polícia e da rigidez da Justiça.

willy

- Hoje é feriado em Brasília: Dia Nacional da Pizza. Estou tomando nojo desse prato.

quarta-feira, julho 09, 2008

AUTO_lute

O Heber me mandou o texto abaixo por e-mail. Não sei a veracidade, mas vocês podem conferir essa e muitas outras bombas no blog do Serrão:

"Se não for solto logo, Daniel Dantas ameaça vazar na imprensa contas secretas de senadores e deputados

Por Jorge Serrão

Exclusivo – O banqueiro Daniel Dantas acaba de telefonar prum senador da base aliada pra reclamar da "sacanagem que foi feita contra ele". Dantas ameaçou que, se não houver um relaxamento da sua prisão até hoje, vai "deixar vazar na imprensa" as contas secretas de vários senadores e deputados, com a intermediação do megainvestidor Naji Nahas, também preso. Dantas reclamou que toda a operação da Oi com a Brasil Telecom foi feita com ordens de cima, com toda anuência do Palácio do Planalto.
Brasília é um alvoroço tremendo. Dantas tem metade dos senadores nas mãos. Grande parte do Congresso também. Mas quem se apavora mesmo é o Palácio do Planalto. A sorte é que o chefão Lula, estrategicamente, está no Japão, na lorota do G-8. A base aliada também se assustou porque as informações privilegiadas pra operação Satiagraha, que investiga desdobramentos do escândalo do mensalão, vieram de autoridades norte-americanas. Mais precisamente do Federal Reserve. Tudo porque o Citicorp também estaria envolvido.
Outro escândalo prestes a estourar – como o Alerta Total já antecipou – é o vazamento de informações da Nova Bolsa (Bovespa BM&F), por uma falha de segurança no sistema de informática. As informações são "hackeadas" no sistema de dados antes de serem lançados no painel da Bolsa. As informações sigilosas e privilegiadas são segredos de corretoras. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já investiga o caso, em sigilo, com a Polícia Federal.
A Operação Satiagraha - que hoje prendeu ilustres como Daniel Dantas, dono do grupo Opportunity, o especulador Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta - começou há quatro anos com investigações sobre o Mensalão. A partir de documentos enviados pelo Supremo Tribunal Federal pra Procuradoria da República no Estado de São Paulo, foi aberto um processo na 2ª Vara Criminal Federal. Na apuração foram identificadas pessoas e empresas beneficiadas no esquema montado pelo empresário Marcos Valério pra intermediar e desviar recursos públicos.
O chamado esquema do mensalão envolvia o suposto pagamento de dinheiro a deputados da base aliada do desgoverno Lula da Silva, em troca de apoio no Congresso. As denúncias do esquema derrubaram figuras importantes do governo petista, como o então ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, que já teme que o caso respingue nele, por suas ligações com Dantas. Neste caso não sobraria só pro Zé, mas pra todo o desgoverno, cujos integrantes são unha e carne com Daniel.
Os federais apuraram então a existência de uma grande organização criminosa, que seria comandada pelo empresário Daniel Dantas, do grupo Opportunity, envolvida com a prática de diversos crimes. O grupo montava várias empresas de fachada. Em seguida, foi descoberta a existência de um segundo grupo formado por empresários e doleiros que atuavam no mercado financeiro como forma de lavar o dinheiro obtido nos negócios. Este grupo era comandado pelo megainvestidor Naji Nahas. Além de fraudes no mercado de capitais, a organização atuaria no mercado paralelo de moedas estrangeiras."