Pesquisar neste blog e nos da lista

segunda-feira, agosto 10, 2009

Novo Milênio

mariano

Comecemos o segundo milênio de postagens agradecendo aos que se manifestaram por aqui e pelo Twitter em razão dos mil posts. Obrigado, rapaziada!

E para começar a nova leva, o e-mail que mandei esta tarde para os senadores depois de ouvir os discursos de Collor e de Mão Santa:

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Senador(a),

Peço à V. Exa. e a seus pares que não menosprezem nossa inteligência e poder de crítica. Ao ouvir os discursos dos senadores Collor e Mão Santa invertendo a responsabilidade dos desmandos de que o presidente José Sarney é acusado para a imprensa e os eleitores, me sinto insultado.

A imprensa não inventou fatos, no máximo interpretou errado, as coisas vêm acontecendo de forma errada há quase duas décadas com atos secretos, falta de fiscalização, privatização do erário por parte de funcionários superpoderosos e ineficiência do senadores em administrar a Casa de Leis.

O presidente Sarney de maneira legal ou não, assim como a maioria de V. Exas. têm apadrinhados políticos, parentes ou cabos eleitorais, trabalhando em gabinetes de outros colegas no que o populacho apelidou de “nepotismo cruzado”, tentando evitar o flagrante ato de contratação se parentes sem concurso para a máquina legislativa.

Não foi a imprensa ou nós, cidadãos insultados nos discursos dos senadores, que inventamos isso, são fatos que o senador Duque, sem o mínimo respeito pelos cidadãos, arquivou antes de investigar. Não deu a oportunidade do senador Sarney provar sua inocência, deixando em nós, cidadãos palhaços pagadores de impostos e sem representatividade efetiva no Senado, a sensação de que ele, Sarney, tem todas as culpas no que é acusado e foi absolvido pela amizade, pelo fisiologismo e pelo corporativismo e não pela comprovação cabal da inocência.

Não há campanha insidiosa, como disse Mão Santa, pela condenação de José Sarney, mas fica clara que há uma campanha imoral, traiçoeira e injusta pela tropa de choque peemedebista e governista para inocentar José Sarney sem qualquer julgamento.

Peço, portanto, aos excelentíssimos parlamentares mais respeito aos cidadãos comuns como eu e mais cento e setenta e cinco milhões ou, pelo menos, os que têm discernimento e senso crítico.

Saudações cidadãs, democráticas e republicanas.

Marcos Pontes

Resposta do senador Paulo Paim, PT-RS, o único que se dignou me responder:

Caro Senhor Marcos,

Com muito respeito, recebo a mensagem enviada a este gabinete.

Embora eu tenha alcançado um mandato público de senador, tenha certeza que não esqueço dos cidadãos e cidadãs de bem que represento nesta Casa e muito menos de quem me colocou aqui. A cobrança da população por transparência e os clamores feitos são legítimos e dignos de um povo trabalhador que quer ser bem representado no Congresso Nacional.

O Senado Federal vive uma crise sem precedentes. O receio que tenho é a mistura que se faz de pessoas envolvidas em atos ilícitos com a Instituição Congresso Nacional, que é  um dos pilares da Democracia. Temos que dar graças por essa democracia, pois nos tempos da ditadura acontecia isso e muito mais, mas não havia a imprensa fiscalizadora para divulgar, como temos hoje.

Nunca mudei de posição, defendo o afastamento do Presidente José Sarney. A Bancada do PT lançou uma nota e não mudou de posição, pediu o afastamento de Sarney. Reitero a minha postura firme pela apuração rigorosa de todas as denúncias.

                         Já li a nota da Bancada em plenário e confesso que refleti muito sobre ir à tribuna e falar mais sobre esse assunto. Tenho posição clara sobre essa crise e tenho falado à imprensa todos os dias com muita transparência e verdade. O problema é que sou um viciado por trabalho e acho que o povo brasileiro merece que eu continue a me dedicar de corpo e alma às questões para as quais fui eleito. Como já disse, posso falar com muita tranquilidade sobre este tema, pois tenho atuado na vida pública com  transparência e profundo respeito ao bem público.

                        Mas só falar não basta, o  que verdadeiramente o Brasil precisa é um novo Senado e essa longa crise deve surtir  efeitos: temos a presença dura do Ministério Público, da Polícia Federal e do Tribunal de Contas na Casa.Com certeza todos os culpados deverão de ser rigorosamente punidos.  

Todas as medidas tomadas para conter os gastos públicos no Congresso Nacional terão meu inteiro apoio. 

Defendo ainda a transparência total, mas infelizmente não é o que acontece hoje, por isso apresentei nesta Casa Legislativa o Projeto de Lei do Senado (PLS) nº 209/05, que prevê tornar insuscetíveis de fiança e de liberdade provisória os crimes de corrupção ativa e passiva.

Sou autor também da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 23, que visa instituir o Orçamento Participativo a nível federal.Acredito que um orçamento participativo poderá evitar a maior parte dos desvios de recursos, pois a população saberá o que e como fiscalizar. 

Apresentei também a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 50/2006 que prevê o fim do voto secreto em todas as situações no âmbito do Congresso Nacional.

Sou autor do Projeto de Lei do Senado (PLS) nº 153/2009 que altera o art. 24 da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, para vedar o financiamento de campanha eleitoral por pessoa jurídica que tenha firmado contrato administrativo com a Administração Pública pertinente a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações, decorrente de licitação ou de sua dispensa.

Um abraço fraterno,

PAULO PAIM

Senador-PT/RS

 

Caros leitores, sintam-se à vontade para copiar e mandar em seus próprio nome, caso desejarem. Os endereços dos e-mail dos parlamentares está aqui:

acmjr@senador.gov.br <acmjr@senador.gov.br>,  adelmir.santana@senador.gov.br <adelmir.santana@senador.gov.br>,  almeida.lima@senador.gov.br <almeida.lima@senador.gov.br>,  alvarodias@senador.gov.br <alvarodias@senador.gov.br>,  antval@senador.gov.br <antval@senador.gov.br>,  arthur.virgilio@senador.gov.br <arthur.virgilio@senador.gov.br>,  augusto.botelho@senador.gov.br <augusto.botelho@senador.gov.br>,  cesarborges@senador.gov.br <cesarborges@senador.gov.br>,  cicero.lucena@senador.gov.br <cicero.lucena@senador.gov.br>,  cristovam@senador.gov.br <cristovam@senador.gov.br>,  crivella@senador.gov.br <crivella@senador.gov.br>,  delcidio.amaral@senador.gov.br <delcidio.amaral@senador.gov.br>,  demostenes.torres@senador.gov.br <demostenes.torres@senador.gov.br>,  ecafeteira@senador.gov.br < ecafeteira@senador.gov.br>,  eduardo.azeredo@senador.gov.br <eduardo.azeredo@senador.gov.br>,  eduardo.suplicy@senador.gov.br <eduardo.suplicy@senador.gov.br>,  efraim.morais@senador.gov.br <efraim.morais@senador.gov.br>,  eliseuresende@senador.gov.br <eliseuresende@senador.gov.br>,  expedito.junior@senador.gov.br <expedito.junior@senador.gov.br>,  fatima.cleide@senadora.gov.br <fatima.cleide@senadora.gov.br>,  fernando.collor@senador.gov.br <fernando.collor@senador.gov.br>,  flavioarns@senador.gov.br <flavioarns@senador.gov.br>,  flexaribeiro@senador.gov.br <flexaribeiro@senador.gov.br>,  francisco.dornelles@senador.gov.br <francisco.dornelles@senador.gov.br>,  garibaldi.alves@senador.gov.br <garibaldi.alves@senador.gov.br>,  gecamata@senador.gov.br <gecamata@senador.gov.br>,  geraldo.mesquita@senador.gov.br <geraldo.mesquita@senador.gov.br>,  gilberto.goellner@senador.gov.br <gilberto.goellner@senador.gov.br>,  gilvamborges@senador.gov.br <gilvamborges@senador.gov.br>,  gim.argello@senador.gov.br <gim.argello@senador.gov.br>,  heraclito.fortes@senador.gov.br <heraclito.fortes@senador.gov.br>,  ideli.salvatti@senadora.gov.br <ideli.salvatti@senadora.gov.br>,  inacioarruda@senador.gov.br <inacioarruda@senador.gov.br>,  j.v.claudino@senador.gov.br <j.v.claudino@senador.gov.br>,  jarbas.vasconcelos@senador.gov.br <jarbas.vasconcelos@senador.gov.br>,  jayme.campos@senador.gov.br <jayme.campos@senador.gov.br>,  jefferson.praia@senador.gov.br <jefferson.praia@senador.gov.br>,  joaodurval@senador.gov.br <joaodurval@senador.gov.br>,  joaopedro@senador.gov.br <joaopedro@senador.gov.br>,  joaoribeiro@senador.gov.br <joaoribeiro@senador.gov.br>,  jose.agripino@senador.gov.br <jose.agripino@senador.gov.br>,  josenery@senador.gov.br <josenery@senador.gov.br>,  jtenorio@senador.gov.br <jtenorio@senador.gov.br>,  katia.abreu@senadora.gov.br <katia.abreu@senadora.gov.br>,  leomar@senador.gov.br <leomar@senador.gov.br>,  lobaofilho@senador.gov.br <lobaofilho@senador.gov.br>,  lucia.vania@senadora.gov.br <lucia.vania@senadora.gov.br>,  magnomalta@senador.gov.br <magnomalta@senador.gov.br>,  maosanta@senador.gov.br <maosanta@senador.gov.br>,  marco.maciel@senador.gov.br <marco.maciel@senador.gov.br>,  marconi.perillo@senador.gov.br <marconi.perillo@senador.gov.br>,  maria.carmo@senadora.gov.br <maria.carmo@senadora.gov.br>,  marinasi@senado.gov.br <marinasi@senado.gov.br>,  mario.couto@senador.gov.br <mario.couto@senador.gov.br>,  marisa.serrano@senadora.gov.br <marisa.serrano@senadora.gov.br>,  mercadante@senador.gov.br <mercadante@senador.gov.br>,  mozarildo@senador.gov.br <mozarildo@senador.gov.br>,  neutodeconto@senador.gov.br <neutodeconto@senador.gov.br>,  osmardias@senador.gov.br <osmardias@senador.gov.br>,  papaleo@senador.gov.br <papaleo@senador.gov.br>,  patricia@senadora.gov.br <patricia@senadora.gov.br>,  paulo.duque@senador.gov.br <paulo.duque@senador.gov.br>,  paulopaim@senador.gov.br <paulopaim@senador.gov.br>,  raimundocolombo@senador.gov.br <raimundocolombo@senador.gov.br>,  renan.calheiros@senador.gov.br <renan.calheiros@senador.gov.br>,  renatoc@senador.gov.br <renatoc@senador.gov.br>,  robertocavalcanti@senador.gov.br <robertocavalcanti@senador.gov.br>,  romero.juca@senador.gov.br <romero.juca@senador.gov.br>,  romeu.tuma@senador.gov.br <romeu.tuma@senador.gov.br>,  rosalba.ciarlini@senadora.gov.br <rosalba.ciarlini@senadora.gov.br>,  sarney@senador.gov.br <sarney@senador.gov.br>,  sergio.guerra@senador.gov.br <sergio.guerra@senador.gov.br>,  serys@senadora.gov.br <serys@senadora.gov.br>,  simon@senador.gov.br <simon@senador.gov.br>,  tasso.jereissati@senador.gov.br <tasso.jereissati@senador.gov.br>,  tiao.viana@senador.gov.br <tiao.viana@senador.gov.br>,  valdir.raupp@senador.gov.br <valdir.raupp@senador.gov.br>,  valterpereira@senador.gov.br <valterpereira@senador.gov.br>,  webmaster.secs@senado.gov.br <webmaster.secs@senado.gov.br>,  wellington.salgado@senador.gov.br <wellington.salgado@senador.gov.br>,  zambiasi@senador.gov.br <zambiasi@senador.gov.br>

sábado, agosto 08, 2009

1000

1000

Nós, brasileiros, temos uma certa atração pelos múltiplos de dez e os comemoramos com mais gosto as conquistas decimais. Como bom brasileiro, não poderia deixar de comemorar meu milésimo post nesse blog.

Antes de criar o Simpatia e Esculacho, eu já havia tido dois blogs, um no finado Weblogger, que não passou de seis meses de vida porque o hospedeiro era muito chinfrim, e um no Zip Net, de onde fui defenestrado depois de encabeçar uma campanha contra aquele sistema de comentário em que é necessário ser adivinho para traduzir as letrinhas anti-spam.

A idéia inicial era comentar notícias menos divulgadas, as coisas que nos acontecem cotidianamente e que pouco nos damos conta, que aparecem lá na trigésima página do terceiro caderno de um jornal qualquer, mas que influenciam diretamente em nossas vidas.

Depois vieram as crônicas e poesias por conta própria e daí para a política, culpa de nossos representantes nos três Poderes que fazem milhões de bobagens por metro quadrado a cada dia. Como bom inconformado, pratico constantemente o esporte de malhar a corja.

Em todas as fases tive o prazer de conhecer muita gente legal, travar amizades reais, lançar meus livros e ser bem acolhido em todo o país e em alguns lugares do exterior, lê gente talentosa e alguns nem tanto, enfim, pelas páginas do blog vivi minha vida paralela que intercedia constantemente na vida de carne e osso.

Reconheço que nem sempre fui bom em reciprocidades. negligenciei algumas amizades, alguns amigos desapareceram, outros deixaram de ser tão amigos e muita gente nova surgiu e vem surgindo.

A cada fase, um grupo de pessoas afinadas com elas surgia. Na época dos textos engraçados, apareciam os humoristas, no tempo das poesias conheci vários poetas, na fase das crônicas apareceram muitos cronistas e agora na longa fase política muitos outros inconformados têm aparecido, cada um com seu enfoque crítico sobre a realidade nacional e todos influenciando e/ou informando para minhas críticas e convicções. Me sinto privilegiado em conhecer tantos brasileiros inteligentes, articulados, críticos das injustiças, desmandos e incompetência dos nossos gestores públicos. Me sinto honrado em fazer parte, mesmo que ínfima, de seu grupo de contatos. Se não compareço mais amiúde é porque os demais interesses diários são muitos e vez por outra o tempo fica escasso, mas isso não é o suficiente para diminuir minha admiração e respeito, além de gratidão, pelos meus leitores constantes ou eventuais.

Obrigado a todos por me suportarem mil vezes nesses pouco mais de quatro anos e por continuarem suportando por vários outros que virão.

quarta-feira, agosto 05, 2009

999

AUTO_lute

  • Estou muito chateado com o Twitter. O site tem-se tornado um grande fórum de debates sobre todos os assuntos em tempo real e com muita gente inteligente, contra e pró o governo. Eu estava também feliz por ter aumentado consideravelmente o número de seguidores. De repente me vejo proibido de acessar o meu perfil e perco todos os contatos.

 

  • O jeito foi fazer um novo perfil e começar do zero com seguidos e seguidores. Quem lê este blog e me segue no Twitter, aí em cima, na coluna da direita, está o link para meu novo perfil. Aguardo-os por lá com muito prazer para continuarmos com os debates ae troca de idéias.

 

  • Como todo mundo, estou esta tarde acompanhando as discussões no Senado. O primeiro desaponttamento já veio. Sarney não teve grandeza de espírito e o mínimo de caráter para se desculpar pelas cagadas que fez e faz e pedir renúncia. Juro que sou um otimista.

 

  • Mas não deixou de mostrar seu maucaratismo. Para defender-se de acusação de nepotismo, empurrou a responsabilidade para a filha. Isso, sim, que é um bom pai.

segunda-feira, agosto 03, 2009

998

OPI-002.eps

  • Às vezes me acho bom nessas coisas de análise política. Já falei aqui dos interesses de lula e do PT no apoio a Sarney. Não era incondicional, apenas eleitoreiro. Bastou ver uma pequena ameaça no horizonte em relação à eleição da Terrorista-Quase-Humana para pular fora do barco como se nunca tivesse estado a bordo. Um canalha que não tem amigos, apenas interesses.

 

  • Saca briguinha de criança na escola: “tia, Raimundinho xingou minha mãe”, “tia, Severino pisou no meu pé”, “tia, Genoveva me chamou de gorda”… Assim está o Senado. Trezentas representações da oposiçãocontra Sarney no Conselho de Ética e não chega-se a lugar nenhum porque a “tia” é relapsa. Aí a situação, sem argumentos para defender Z’El Bigodon contra ataca apresentando denúncia contra o líder do PSDB e nenhuma das denúncias sérias é investigada com seriedade e profundidade. “Tia, Joãozinho soltou outro pum”.

 

  • E Sarney, mesmo negando e fazendo-se de vítima, continua aprontando. Com desembargador do tribunal de Justiça de São Paulo na algibeira, censurou o Estadão impedindo o jornal paulista de apresentar reportagem com dados das investigações contra Fernando, filho de Sarney.

 

  • Os jornais comeram mosca no final de semana. Todos deram como certa a renúncia de Sarney. Hoje ele vem a público e diz que sequer pensou em renúncia. isso que dá, senhores jornalistas, acreditarem em assessores de imprensa de um ou de outro lado.

 

  • Muita coisa a se postar, pouco tempo para tal. Aproveitando o momento, peço desculpas aos leitores pela falta de visita a seus blogs. Não imaginam o quanto sinto falta disso, mas é por completa falta de tempo. Assim que puder, voltarei à rotina.

©Marcos Pontes

sábado, agosto 01, 2009

997

Meu post de quatro anos atrás. vemos que algumas moscas mudaram nesse período, mas a bosta continua a mesma:

Democracia neste país é relativa, mas corrupção é absoluta.

(Paulo Brossard)

O festival de cabeças cortadas continua nas esferas próximas ao poder central. Dessa vez foi o presidente do Partido Liberal, o mesmo partido do vice-presidente José Alencar, Valdemar Costa Neto. Ao contrário do que ocorre no Japão, onde os políticos flagrados em atos de corrupção ou arrependidos, vão a público pedir desculpas à população e assumir suas culpas e ao contrário do que aconteceu hoje na Argentina, onde três senadores foram condenados pela Justiça por terem comprado votos, a renúncia de Costa Neto do seu mandato de deputado federal foi apenas uma maneira de se livrar de uma possível cassação e, conseqüentemente, da perda de seus direitos políticos por até 8 anos.
Esse mecanismo já foi utilizado há pouco tempo pelos senadores Antônio Carlos Magalhães, do PFL-BA e Não Sei Quê Lá Arruda, do DF. Isso confirma aquela minha afirmativa de alguns dias atrás de que os maiores beneficiados por essas leizinhas são os próprios políticos corruptos e safados. Por isso eles não mudarão tais leis tão cedo. Não lhes interessa isso. Ao contrário de ser um ato de coragem é um ato de COVARDES! SAFADOS, CORRUPTOS, LADRÕES E COVARDES!
No Partido dos Trabalhadores o presidente Tarso Genro disse que vai pedir explicações a 15 parlamentares envolvidos com as contas de Marcos Valério. Enfim alguém começou a mexer-se e exigir desses senhores esclarecimentos. A população, mormente sua parte que votou neles, espera que se essas explicações não forem convincentes e abonadas por provas cabais, eles sejam excluídos do PT, sejam cassados antes de renunciarem e excluídos da vida pública.
Acontece, porém, dentro do partido, um movimento de cinco parlamentares, entre eles o ex-presidente da Câmara, João Paulo Cunha, e o ex-líder do PT na Câmara, Professor Luisinho, na intenção de renunciarem em bloco. Se fizerem isso estarão assumindo uma culpa indubitável. Mas o líder atual, Arlindo Chinaglia, já disse que isso não está ocorrendo. Esperemos. Honestamente, não quero que renunciem, mas que deixem seus futuros serem decididos pelos julgamentos como homens e esperem suas penas, se for o caso, no exercício de seus mandatos. Basta um covarde nesse momento.
Aí vem o presidente do PSDB e admite que o partido fez uso de "caixa 2" nas campanhas eleitorais. Isso também não foi nenhum arroubo de coragem e hombridade, mas apenas a admissão de uma culpa que todos estamos carecas de saber que é prática nas campanhas de todos os partidos e de todos os políticos. Tentam dar uma de bons moços, mas comigo não cola.
Nesse momento estou assistindo ao depoimento do deputado José Dirceu no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Como esse depoimento deve chegar a altas horas da noite, prefiro falar a respeito amanhã. Mas uma coisa me chamou atenção até o momento. O deputado Roberto Jefferson passou a tentar implicar o presidente Lula na tramóia toda. Isso me surpreendeu. Até o momento ele estava poupando Lula, de repente, ao mesmo tempo em que os políticos do PFL e do PSDB resolvem atacar diretamente o presidente, Jefferson muda seu discurso. Ninguém me tira da cabeça que esse calhorda está a serviço de alguém e essa mudança de rumo parece me dar razão.