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segunda-feira, setembro 05, 2005


O maior defeito da democracia é que somente o partido que não está no governo sabe governar.



Domingo, dia internacional do tédio



Para quem é casado e tem filhos pequenos, é dia de fazer piquenique, passear de bicicleta, fazer um churrasquinho no fundo do quintal, enfim, de reunir todos e botar o carinho em dia.

Para quem tem filhos adolescentes e vive em função deles é dia de começar cortando a grama, arrumar aquela prateleira que está despencando há dias, de lavar o carro... Fazer tudo aquilo que os filhos poderiam ajudar a fazer, mas como dormirão até a hora da macarronada domingueira recuperando-se da balada de sábado, você te que fazer sozinho.

Para os bem mais velhos que têm seus filhos morando fora, preparando-se para cuidarem de seus próprios rebentos, é dia de acordar cedo, coisa em que a vida lhes viciou em fazer. Fazer aquelas coisinhas que se faz todos os dias. A mãe faz pequenos retoques na arrumação da casa, o pai vai à padaria. Depois ficam quietinhos esperando os filhos ligarem ou aparecerem para o almoço.
Para os solteiros, tem-se um mundo de opções. Dormir até tarde, acordar cedo para assistir ao jogo do Brasil contra a Itália. Acordar mais tarde um pouquinho para assistir à fórmula um. Acordar a qualquer hora, pegar a bicicleta e dar umas bandas por aí pra ver se encontra os camaradas. Não acordar.

Se eu morrer no sábado, me enterrem na segunda porque domingo não saio de casa.

Domingo é meu dia de organizar a semana que entra. Na segunda-feira as pessoas costumam ir ao trabalho com cara de quem vai à guerra. Cara de poucos amigos, mau humor, aquelas coisinhas que afastam qualquer um que não vai trazer uma cerveja e meia hora de prosa fiada. Como sou meio formiga, vivo pra trabalhar e sei que é daí que vem meu feijão com arroz, gosto de começar a semana de bom humor. Por isso tiro o domingo pra me preparar. Nada de qualquer tipo de stress.




Os mais atentos e mais antigos devem lembra-se disso. Pois é, falta de inspiração.

domingo, setembro 04, 2005

Os links foram atualizados. Alguns foram retirados e muitos, acrescentados. Aos dispostos a descobrirem coisas novas e boas, boa viagem!

sábado, setembro 03, 2005

Quem disse que a vida é engraçada? Pode ser boa, mas não engraçada.




Independência


Não gosto de pegar carona.
Não gosto de fazer planos que dependam de alguém.
Não gosto de combinar programas.
Não gosto de me apaixonar.
Não gosto de marcar encontros.
Não gosto de marcar viagens.
Enfim, não gosto de nada que nos faça depender de alguém, de seus gostos, seus horários, sua disponibilidade, de seu humor ou falta de, de seu paladar,...

Não fui educado assim e nem nasci assim, uma adolescência dura e solitária me deu isso. Uma das cicatrizes eternas.
Mas isso é outro papo totalmente desnecessário agora. Se bem que meu gosto pela independência também é.

Tô ranzinza, não tô?

Produto de cinco dias coçando a barriga com todos os planos derramados como água em bacia de bebê por indisponibilidade de quem fazia parte dos planos. E por que essa indisponibilidade? Porque quem fazia parte dos planos também contava com outros "alguéns" e assim se formou uma corrente, até que meus planos dependiam de gente que nunca vi na feira vendendo quiabo e quem nem sabia de sua existência.

Melhor parar por aqui que ninguém tem saco pra ladainhas.

Quem for enforcar o feriado, aproveite. Eu vou caçar o que fazer.


quinta-feira, setembro 01, 2005

Liberdade é passar a mão na bunda do guarda.

(Máxima rebelde dos anos 60)



A Explicação


Devo confessar, o propósito do post de ontem foi provocar comentários. Um joguinho para conhecer melhor a "clientela". Calma, eu explico.

"O Casamento dos Pequenos Burgueses" é a letra de uma das músicas da peça A Ópera do Malandro, escrita e musicada por Chico Buarque, uma belezura, como disse a Baratinha logo no primeiro comentário. Depois veio o Morcego e outros amantes da boa música e também identificaram o texto. Ao ler esses dois comentários me senti frustrado e satisfeito. Frustrado pelo medo de que ninguém assumisse sua ignorância em relação àquela poesia, mas feliz porque meus leitores se mostravam pessoas bem informadas e de bom gosto (igual a mim, se me permitem a total falta de modéstia). Por outro lado, ficou evidente que boa parte dos mais jovens, alguns bastante cultos, pelo que vejo em seus blogs, não se ligam muito nos cássicos nacionais. Os "enlatados" ainda são mais chamativos. Né, Selph? Né, Luma? Né, Sônia? Né, Lelinha? Né, Gabriel Brito?

Como o blog é essencialmente um diário, é normal que o leitor associe o conteúdo do texto ao cotidiano do seu autor. As perguntas mais freqüentes eram se eu estava apaixonado, se ia me casar... Hein? É comigo?

Outra coisa que me chamou a atenção e que não foi nem um pouquinho lisonjeiro foi a pergunta direta do Selph: "de quem é?". Nas entrelinhas ele estava dizendo "isso não pode ser seu. Não teria capacidade pra tanto". Confesso que não teria mesmo, mas precisava ser tão direto? Doeu.

Frustrei vocês? Com certeza esperavam algo mais sensacional, mas, confessem, foi original, não foi? Eu pelo menos estou satisfeito. Conheci vocês um pouquinho mais.




O Poetrando está acessível.