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segunda-feira, março 23, 2009



Quem escreve na internet, volta e meia é copiado. Há quem goste de ser plagiado, sente nisso uma pontinha de orgulho. Confesso que não costumo muito me incomodar quando isso acontece.
Normalmente, quem copia o faz por incompetência de fazer igual, por inveja de não ter sido o autor ou por admiração. Confesso que copio várias vezes, mas em todas elas eu cito o autor e a fonte. Basta ver as charges que quase sempre ilustram meus posts. Neles sempre está o nome do desenhista e o link para o Charge On Line, de onde normalmente os retiro.
Hoje, porém, tomei conhecimento de que fui completamente copiado por uma bacharela em Letras, da USP, revisora e olaboradora de "várias revistas", como ela diz em seu blog, sem especificar quais são, o que também não vem ao caso.
Abaixo, transcrevo o e-mail que enviei para os administradores do portal no qual ela tem uma página e onde postou meu trabalho como sendo de sua autoria:

Senhores, por meio do Extreme Tracking do meu blog (www.simpatiaeesculacho.blogspot.com) percebi que um de meus textos está sendo muito procurado por meio de sistemas de pesquisa. Curioso, copiei um período do dito texto - um artigo sobre o novo acordo ortográfico (http://simpatiaeesculacho.blogspot.com/search?q=acordo+ortogr%C3%A1fico) - e pesquisei no Google.
Para minha surpresa e indignação, encontrei o mesmo texto, com os links das minhas pesquisas e tudo o mais, menos meu nome ou qualquer referência ao meu blog, na página da senhora Ana César (http://stoa.usp.br/anacesar/weblog/40206.html).Sendo a dita senhora uma Bacharela em Letras, da USP, e participante ativa deste portal acadêmico, além de em várias outras revistas, é lamentável que tenha usado do expediente de copiar na íntegra material de minha autoria e propriedade intelectual sem meu consentimento e sem fazer qualquer alusão à origem do mesmo.
Maior espanto tive ao perceber que sua postagem deu-se no mesmo dia em que escrevi em meu blog, o que pode até causar confusões em relação à autoria que poderia ser comprovada, apenas, com a comprovação da hora de postagem, o que não consta da postagem da senhora professora.Adianto, ainda, que além de em meu blog pessoal, o dito artigo foi publicado ainda nas minhas páginas pessoais nos sites linkados abaixo:
Lamento que na página da senhora Ana César não exista um e-mail para comunicar-me com ela, por isso uso do expediente de me comunicar com os senhores, administradores do portal, do qual não posso fazer parte. Espero que os senhores tomem as devidas e certeiras medidas ou terei de recorrer aos meios legais para que esta senhora se retrate de seu lamentável e reprovável erro.
Exijo que:
1. Meu texto seja imediatamente retirado da página da senhora Ana César;
2. Ela peça desculpas, na mesma página, pelo deslize de usar texto de outrem sem a devida autorização e sem o crédito necessário, referindo-se diretamente a mim.
Como autor de dois livros e com dois outros em produção, asseguro que não tenho qualquer interesse de plagiar quem quer que seja, transferindo à senhora Ana César a culpa de cópias indevidas de texto meu. Algo inaceitável quando praticado por qualquer indivíduo e completamente reprovável quando feito por uma acadêmica de tão polida reputação entre seus pares, intelectuais e os demais quadros uspianos ou de quantas outras universidades e publicações.
Aguardo suas providências imediatas e as escusas de tão digna professora.
Saudações indignadas.
Enviarei para todos meus contatos e-mail também contando esse caso. Por gente que se diz produtora cultural, confesso que não tenho qualquer orgulho de ser copiado. Esse tipo de gente se mostra mais incompetente do que as pessoas comuns que admitem que são incapazes de compor textos mais elaborados.
Up-date: Depois de uma enorme troca de e-mails, pedidos de desculpas por parte da professora (parcialmente aceitos) e insistência dela em manter o postado (depois de me dar o crédito, mas não linkar a fonte), não arredei pé e insisti pela retirada do post dela. O que, enfim, foi feito. Entre mortos e feridos, apenas a postura acadêmica dela saiu arranhada.

©Marcos Pontes
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domingo, março 22, 2009

Lane, A Charge On Line

  • Dona Dilma, a terrorista é quase um gênio da análise política. Sozinha ela chegou à conclusão que a crise financeira abalou a popularidade do presidente Luís Inácio Marolinha da Silva. Depois da pesquisa Datafolha que anuncia - até que enfim - a queda de 9 pontos percentuais na popularidade do beócio-mor, imagino como seu ego arranhado deve estar reagindo. Mais medidas populistas devem vir por aí, afinal de contas, além do próprio ego marolista, ainda tem a candidatura da terrorista para alavancar.

  • E o Supremo deu mais da metade do estado de Roraima para alguns poucois milhares de índios. Permitiram a criação de uma nação dentro do Brasil. Antes que alguém jogue pedras, quero deixar claro que aprovo a criação de reserva indígena e do reconhecimento do direito dos silvícolas a terras, mas não há necessidade de que a extensão dessas terras seja tão grande. A densidade demográfica da reserva criada é menor que a do deserto do Saara, sem falar que são falsos cidadãos, já que são iniputáveis e não precisam obedecer às mesmas leis que o cidadão comum. Muita coisa pode ser dita contra e a favor da criação desta nação, e não aspiro a elevação de meu pensamento ao patamar das verdades absolutas, apenas exponho minha opinião. Essas políticas aformativas, às vezes, vão longe demais para meu gosto.

  • O Senado já votou alguma matéria importante nesses três primeiros meses de 2009? Não. Mas já consumiu mais de R$ 400 milhões, algo em torno de R$ 5 milhões/dia. É mole ou quer molho? Não me venha Sarney com o papo de sanear a casa e nem os digníssimos parlamentares defender suas mordomias, não engulo nenhuma das duas. Cada senador tem direito a uma média de 100 funcionários. Como são 81 sanguessugas, forma-se um exército de 8100 sanguessuguinhas para aumentarem nossa anemia financeira. País é assim mesmo, dinheiro pode ser jogado no ralo sem trauma.

  • Gostei da posição do Brasil no Fórum Mundial da Água. Se do ponto de vista humanístico pode ser reprovável o não reconhecimento do acesso à água como um direito humano básico, como política de soberania nacional, é louvável. Não podemos dar a mínima margem para que outros países venham apitar no uso de nossos recursos naturais. Se a Europa já destruiu suas florestas, assim como os Estados Unidos, e todo o mundo usa os rios e oceanos como lixeira, problema desles. Se fizermos o mesmo, problema nosso, ninguém tem que nos pentelhar.


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quarta-feira, março 18, 2009

Ique, Jornal do Brasil, RJ
  • Quem se opõe ao governo atual é taxado de torcer pelo pior. Tá bom, que eu seja este. Mas fica difícil acreditar no Carlos Lupi, ministro do trabalho, que diz esperar a recuperação de 100 mil empregos formais em março. Ele espera que isso ocorra só com a diminuição do IPI dos automóveis? Tá, os caras estão sendo coerentes e falando a mesma língua. Lula, Mantega e a terrorista já disseram que o PIB voltará a crescer ainda no primeiro trimestre, mas discursos bastam? O presidente marolinha (adorei isso quando li), negou o quanto pôde a existência de uma crise. Agora vem como a conversa mansa de que é uma crisezinha à toa. Queria vê-lo falar isso olhando na cara dos duzentos e tantos mil desempregados do último mese.

  • Para calar a boca do povaréu, antes que este acorde e perceba que Marolinha está mentindo para ele, já se estuda o "bolsa gás". Lá se vai mais grana de quem trabalha para os bolsos dos indolentes profissionais, mesmo que eles usem lenha nos cafundós de algum sertão. Estão comprando votos para Dilma na cara da Justiça que, realmente, é cega quando lhe convém.

  • Dinheiro também, desde os tempos do império, para os usineiros. O BNDES jogou R$ 1.000.000.000,00 nas burras de usinas que agora são multadas por condições "inadequadas" de trabalho de seus operários. Só uma coisinha, pequeno palhaço pagador de impostos, o BNDES não tem dinheiro, essa grana é a nossa que poderia ser empregada de maneira mais honesta e proveitosa para a geração de empregos, educação, saúde e não apenas para engordar ainda mais a conta bancária de viciados em benesses públicas de pai pra filho desde D. João VI.

  • Tá bom, Sarney, vai limpar e sanear o Senado... Se... Que tal começar pelo suicídio?

©Marcos Pontes

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domingo, março 15, 2009

Cordel

Não sou muito de falar por aqui dos assuntos da moda, mas como recebi esse cordel por e-mail e hoje é domingo, pede cachimbo, e eu gosto de cordel e o Miguelzim de Princesa se mostrou divertido e como já escrevi demais hoje e como eu tô meio de saco cheio pra falar de política nacional e como agora estou sem fazer nada... Enfim, por um monte de motivos, tome lá:

A EXCOMUNHÃO DA VÍTIMA
Miguezim de Princesa

I
Peço à musa do improviso
Que me dê inspiração,
Ciência e sabedoria,
Inteligência e razão,
Peço que Deus me proteja
Para falar de uma igreja
Que comete aberração.

II
Pelas fogueiras que arderam
No tempo da Inquisição,
Pelas mulheres queimadas
Sem apelo ou compaixão,
Pensava que o Vaticano
Tinha mudado de plano,
Abolido a excomunhão.

III
Mas o bispo Dom José,
Um homem conservador,
Tratou com impiedade
A vítima de um estuprador,
Massacrada e abusada,
Sofrida e violentada,
Sem futuro e sem amor.

IV
Depois que houve o estupro,
A menina engravidou.
Ela só tem nove anos,
A Justiça autorizou
Que a criança abortasse
Antes que a vida brotasse
Um fruto do desamor.

V
O aborto, já previsto
Na nossa legislação,
Teve o apoio declarado
Do ministro Temporão,
Que é médico bom e zeloso,
E mostrou ser corajoso
Ao enfrentar a questão.

VI
Além de excomungar
O ministro Temporão,
Dom José excomungou
Da menina, sem razão,
A mãe, a vó e a tia
E se brincar puniria
Até a quarta geração.

VII
É esquisito que a igreja,
Que tanto prega o perdão,
Resolva excomungar médicos
Que cumpriram sua missão
E num beco sem saída
Livraram uma pobre vida
Do fel da desilusão.

VIII
Mas o mundo está virado
E cheio de desatinos:
Missa virou presepada,
Tem dança até do pepino,
Padre que usa bermuda,
Deixando mulher buchuda
E bolindo com os meninos

IX
Milhões morrendo de Aids:
É grande a devastação,
Mas a igreja acha bom
Furunfar sem proteção
E o padre prega na missa
Que camisinha na lingüiça
É uma coisa do Cão.

X
E esta quem me contou
Foi Lima do Camarão:
Dom José excomungou
A equipe de plantão,
A família da menina
E o ministro Temporão,
Mas para o estuprador,
Que por certo perdoou,
O arcebispo reservou
A vaga de sacristão.


₢Marcos Pontes

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