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terça-feira, setembro 29, 2009

Voltando aos bons papos

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  • Quando estourou a questão do Zelaya na embaixada brasileira em tegucigalpa, fiquei me perguntando como ele havia voltado ao seu país. Confesso que desconfiei de cara na possibilidade de ter viajado em avião da FAB com licença diplomática, uma vez que as aeronaves venezuelanas estavam na mira das Forças Armadas Hondurenhas desde a primeira tentativa de regresso, em julho. Hoje leio notícia em que Celso Amorim, o embaixador trapalhão, afirma que Zelaya solicitou-lhe avião, mas ele negou. Vamos às entrelinhas: se Zelaya pediu avião ao Amorim, então o chanceler brasileiro sabia da intenção do presidente deposto em voltar a seus país; se Amorim sabia, Lula sabia, óbvio; se Lula e Amorim sabiam, ambos mentiram, mais uma vez, para a imprensa e para a população. Isso é grave, muito grave.

 

  • Nem vou discutir as razões de ser a favor da retirada de Zelaya da embaixada, seja para entregá-lo Às autoridades hondurenhas, seja para retirá-lo do país e entregá-lo para asilo político onde bem desejasse e fosse aceito. Apenas me permito protestar contra sua portura de fazer da sala de nosso embaixador, vazia desde julho, seu gabinete de um pseudo-governo paralelo. É como alguém hospedado em nossa casa desse ordem à empregada, arrumasse confusão com o vizinho, esvaziasse a despensa e não contribuísse com as despesas. Se não sabe ser hóspede, que se retire.

 

  • Até dia 3 de outubro a imprensa brasileira vai estar se ufanandpo da possibilidade de sediarmos a Olimpíada de 2016, que o Rio é a cidade mais maravilhosa do mundo, das características maravilhosas da população, do empenho dos governos estadual e municipal do Rio de Janeiro e do federal em trazer os jogos para cá e blá-blá-blá, o que ninguém falará é das possíveis consequências negativas dessa vitória, caso ela venha a acontecer, e de como pode tornar-se uma tremenda derrota. Nem vou usar o tão batido argumento da violência que reina na cidade e no estado fluminenses, uma vez que já ocorreram a ECO-92, os Jogos Pan-Americanos, a visita do Papa e tantos outros eventos monstruosos e nada além da já desagradável realidade aconteceu. O que me preocupa é a possível repetição dos roubos que ocorreram no erário quando dos preparativos e realização dos Pan. Há CPI na Assembléia do Legislativa do Estado do Rio de Janeiro que não sai do lugar, há investigações do Tribunal de Contas da União que levará anos para chegar ao total de desvios, do Tribunal de Contas do Estado do rio de Janeiro que é um outro poço sem fundo de imoralidades, desmandos e incompetência (para não dizer corrupção). Enfim, para jogos de países do continente a dinheirama derramada chegou a mais de 1000% dos preços inicialmente sugeridos e quase nada foi deixado para a cidade depois que o circo foi desmontado, como não desconfiar que o buraco deixado por um evento que reunirá atletas, imprensa, autoridades e turistas de mais de 200 países será tão grande que jamais será descoberto seu fundo? Sou contra a realização dos jogos não por ser ranzinza e do contra, mas por saber que necessidades básicas como educação, sáude, moradia, segurança e transporte terão que doar parte de seus orçamentos para a construção de elefantes que ficarão brancos depois de arriada a bandeira olímpica.

 

  • Caro amigo leitor, me responda com franqueza, por favor. Se eu lhe dissesse “obrigado pela sensatez nos comentários. Não é preciso ser equilibrado como você foi para ter minha admiração, os radicais também podem tê-la se usarem do argumento, da palavra bem dita”, você tomaria isso como uma ofensa, um elogio ou uma demonstração de indiferença da minha parte? Pois um médico e fisioterapeuta formado pela UFPE (uma das mais conceituadas universidades do país na área), mestrado no exterior e  diretor de 1 hospital e uma pronto-clínica pela prefeitura do Recife que atende, em média, mais de 45 mil pessoas ao mês viu ofensa nessa minha resposta. Mesmo não assinando seu nome, apenas um pseudônimo com iniciais minúsculas, ainda diz que não sou nenhum anônimo, petista ou 'radical' como queria sugestionar aí à seus leitores. Parodiando a velho Mário Quintana, quando você tem que explicar o que escreveu, alguém é bobo, ou quem escreveu (eu) ou quem leu (ele). Na minha empáfia, recuso-me a ver segunda interpretação no meu texto além do que eu falei. Eu não quis falar, eu falei.

©Marcos Pontes

segunda-feira, setembro 28, 2009

Resposta a mim mesmo

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O meu antepenúltimo post a partir deste teve uma boa visitação, segundo o Extreme Tracking, mas não o suficiente para despertar o interesse dos leitores em comentá-lo.

Aí veio o Neto, comumente contra minha postura política, até insinuando que sou emprenhado pela mídia, embora esse argumento seja usado tanto pelos defensores do atual governo quanto pelos opositores. Não medio comentários e jamais mediarei, já escrevi até post sobre isso. Nada contra quem o faz, mas eu me sujeito a receber críticas do mesmo modo que recebo elogios, aliás, críticas bem embasadas são muito melhores do que elogios vazios.

Já tentaram me ofender nos comentários, já me ameaçaram, já me encheram a bola por motivos diferentes do assunto de determinado texto e já debateram entre si vários leitores por mais de uma vez. Ótimo! Que debatam, que disputem a força de seus argumentos, quero mais é o debate.

Não posso concordar, porém, com a postura do “anônimo”. O anonimato, além de ser prática condenada pela Constituição Federal, em seu artigo 5°, é, a meu ver, um ato de covardia. Se é para discordar, que o faça mostrando a cara. Eu serei o primeiro a defender-lhe o direito de se manifestar, mas mesmo que seus argumentos sejam os mais corretos e incontestáveis que possam haver, ficarei contra pela postura de seu autor.

Imagino, “anônimo”, que você concorde com meus argumentos, mas arrumou péssima maneira de demonstrar isso.

Por outro lado, não é nem um pouco louvável a maneira que o Zé Povo - blogueiro que deixei de freqüentar há um bom tempo justamente por conta de seu anonimato, também covarde, acho eu, e me permita o direito à opinião – arrumou de defender o Neto.

Como o próprio Neto disse, somos inversos em nossas opiniões, ótimo. Sempre, ou quase sempre, o fomos, isso não diminui meu respeito por ele e nem pela suas idéias e defesa velada do presidente Ilusionista e sua tropa. Nos dois primeiros anos do primeiro mandato, mantive-me na postura de apoio e incentivo ao governo, até que minha credulidade foi mortalmente atingida depois de tantos desmandos, tantas trapalhadas, tantos discursos vazios, projetos de curto prazo sem visão à distância, incompetência, intromissão cada vez maior do Estado nas decisões individuais, a partidarização da máquina pública, as coligações danosas à nação... Me bastaram dois anos para eu assumir a postura crítica que mantenho até hoje.

Voltem à leitura das primeiras postagens, embora a mais antiga seja de quatro anos, e verão como vim me tornando mais mordaz nas críticas. E não acontece isso somente pelo que leio na imprensa, embora, assumamos, tudo o que sabemos que acontece nas esferas dos três Poderes é pela imprensa, mas também pelo meu senso crítico.

Vejo naqueles que me criticam, via de regra, a repetição das palavras de Lula, Mercadante, Meireles, Delúbio, Jeferson, Berzoini, Ideli, Serys... Não há mudança de discurso e nem argumentação pessoal, apenas repetição do que os situacionistas de primeiro escalão falam nos microfones. No discurso do Neto até que há uma centelha de pensamento próprio, mas o recheio é xerox do discurso oficial. Talvez vejam no meu discurso traços fortes do que se vê na mídia, mas não há como brigar com os fatos, não deixo, porém, de fazer minha análise e por várias vezes vi dois, três dias depois de uma postagem minha, a mesma idéia aparecer no texto do Noblat, ou do Azevedo ou de algum analista tão famoso quanto. Daí fica a impressão que eu repeti suas palavras. Pois que seja.

Mas faço um desafio a quem tiver paciência para pesquisar. Procurem minha primeira alusão ao golpe em Honduras e a primeira do Azevedo, por exemplo e vejam quem falou primeiro. Como fiquei sabendo do golpe? Pela imprensa, lógico, mas minha opinião veio antes da opinião dos caciques dos blogs.

Não concordo também com a ironia do Neto quando ele diz “@Marcos
Se você se acha uma pessoa tão bem conceituada para o setor candidate-se a presidente ou a um cargo político, eu o apóio. Quem sabe sentado naquela cadeira lá, você possa fazer melhor que estes que estão aí, ou talvez descobrir que as coisas não são exatamente assim como a gente imagina do lado de cá. Das duas, uma”.
Nunca me disse uma pessoa tão bem conceituada para presidir a nação. Nunca administrei sequer lanchonete ou carrinho de pipoca. Não me comparo a Lula, nem a FHC ou ao prefeito da minha cidade. Não comparo nem mesmo Lula a Sarney, a Collor, a FHC ou a JK ou Getúlio, como o próprio Lula o faz com uma enorme constância. A comparação é a mãe da discórdia. Comparo Lula com Lula, o Lula teórico de 20 anos atrás com o realizador de hoje; comparo Lula que não se reúne com os ministros para discutir questões técnicas porque não consegue entender o que eles estão falando, com o Lula que se reúne com seus ministros apenas para discutir política; comparo o Lula que conheci pessoalmente e com quem discuti sua candidatura massacrada de 89 com o Lula que não teve escrúpulos para jogar sujo em suas duas vitórias; comparo o Lula que pregava a igualdade com o Lula que pratica a desigualdade, que incentiva a luta de classes, que justifica o roubo como justiça social.

Não aspiro a presidência com a ganância com que Lula aspirou, como se tivesse um grande projeto, mas que frustrou a todos ao deixar claro que não há projeto, apenas propaganda, assistencialismo que ele antes condenava, politização da coisa pública, acobertamento da desonestidade dos que o apoiam, troca do pragmatismo da política externa por uma pseudo política de afirmação como liderança que termina mostrando-se um grande engodo do qual o governo (Amorim, Marco Aurélio Garcia, Lula, Mercadante e demais) não tem a mínima idéia de como safar-se, partindo agora para a acusação aos Estados Unidos por este não ter intercedido antes...

No início do texto anterior me referi aos louros colhidos pelo governo nas áreas política e econômica mundo a fora, mas me reservo o direito de achar alguns desses louros exagerados, falaciosos, ouro de tolo.

Não me chateio com o que me disse, Neto, mas como o fez no fechamento de seu comentário.

Ao “anônimo”, obrigado por tentar mostrar-se solidário a mim, mas lamento muito a maneira como o fez. Não aprovo e nem posso fazê-lo.

Luma, Fábio Mayer, Cachorro Louco (um anônimo que ainda não me decepcionou, achando eu que a crítica que ele faz aos situacionistas é generalizada e não direcionada ao Neto, e espero estar certo nessa minha análise) e Bea, obrigado pelos comentários e pela sensatez.

Roberto Hydra, imagino que você, assim como o Zé Povo, veio parar por aqui pelo alerta que alguém deu, uma vez que não são leitores desse blog. Bem vindo, e imagino que o Neto deva estar grato a você pela defesa, embora em nada tenha acrescentado ao teor do texto. Muito fácil opor-se sem argumentação, por isso fica claro que você não leu meu texto, apenas os comentários agressivos e descabidos do “anônimo”. Faz parte do jogo.

Senhor “parábolas”, mais um anônimo, que pena, obrigado pela sensatez nos comentários. Não é preciso ser equilibrado como você foi para ter minha admiração, os radicais também podem tê-la se usarem do argumento, da palavra bem dita.

Quanto ao senhor, senhor Zé Povo, eu não gostaria de ter sua presença por aqui outra vez. Não pelo fato de o senhor ser um situacionista; não pelo fato de o senhor ser contraditório ao pedir uma visão independente para que haja um bom julgamento quando o senhor é um dos mais tendenciosos blogueiros que conheço; não pelo fato de o senhor ser um anônimo; não pelo senhor ser um papagaio que repete exaustivamente o discurso oficial como faziam os papagaios russos durante a ditadura do proletariado mentirosa que experimentaram; não por o senhor ser um cego político que finge ter boa visão utilizando-se do sectarismo pseudo-inteligente apenas por usar o português correto e idéias batidas quase até o ponto de tornarem-se verdades como pregava Göebels, o líder ideológico de seus ídolos Franklin Martins e Zé Dirceu; não por o senhor, um homem adulto e inteligente, se deixar guiar cegamente pelo analfabeto (repito, Neto, analfabeto) vaidoso como se ele fosse a própria encarnação do Messias que nos livrará a todos das garras do Mal; mas por tudo isso. O senhor é nocivo e não me faz bem.

©Marcos Pontes

domingo, setembro 27, 2009

Republicação

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Poste de 4 anos atrás. O Hino Nacional tem sido motivo de manchetes, notícias e brincadeiras nas últimas semanas, graças à cantora esquecida que, antes de admitir sua vergonha em não saber cantar o Hino, mesmo sendo de um tempo em que o mesmo era ensinado nas escolas obrigatoriamente, preferiu criticar a letra como se a culpa fosse do mundo e não de sua ignorância.

Em setembro de 2005 eu publiquei esta minha livre interpretação da letra de Osório Duque Estrada:

"Quem dá sardinha em lata em plena beira de mar é coqueiro"
- Aldir Blanc-

Ouviram do Ipiranga

Foi ouvido, desde as margens tranqüilas do Riacho do Ipiranga, o grito barulhento de um povo bravo e lutador. A partir daí os raios brilhantes da Liberdade iluminaram o céu do país como um sol.
Se a garantia da igualdade prometida pelos ideais da Revolução Francesa nosso povo conseguiu conquistar com decisão, no colo da Liberdade desafiamos a nossa própria morte com o peito aberto para defendê-la.
Salve! Salve! Nossa Pátria amada, adorada.
Desce à terra brasileira um raio brilhante de amor e de esperança, basta o Cruzeiro do Sul aparecer com sua grandeza no céu do Brasil.
Um país que já nasce grande, lindo, forte, gigante que nada teme e que já mostra os reflexos dessa grandeza no próprio futuro.
Entre todas as pátrias, amada é o Brasil, nossa Pátria adorada.
Essa Pátria é a mãe atenciosa e carinhosa de todos que nela nascem.
No novo continente, a América, o Brasil encontra-se em posição privilegiada pela beleza magnífica, um mar e um céu sem fim. O país brilha como o ornato de pedras preciosas da coroa do continente, que por si só já mostra a majestade.
Nossa natureza é rica, única, sendo essa a terra mais alegre, mais brilhante. A fauna e a flora são as mais ricas do planeta. Com tudo isso nesta terra nossas vidas são as mais românticas, mais cheias de amor.
Salve! Salve! Nossa Pátria amada, adorada.
A bandeira estrelada que o Brasil mostra erguida que seja o símbolo eterno do amor e que o verde dessa bandeira exprima as glórias que tivemos em nossa história e a paz que teremos no futuro.
Se o Brasil precisar pegar em armas para defender a Justiça, não verá nenhum brasileiro fugir da luta e os que o amam não terão medo da morte ao defendê-la.
Entre todas as pátrias, a amada é o Brasil. Nossa Pátria adorada.
Essa Pátria é a mãe atenciosa e carinhosa de todos que nela nascem.


Essa "tradução" livre do nosso hino mostra como eram idelaistas e românticos nossos ancestrais e como as gerações futuras - incluindo as nossas - traíram esses ideais.

quarta-feira, setembro 23, 2009

O itamaraty não é mais o mesmo

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O Ilusionista tá com a bola toda: prêmio internacional por defesa da democracia, considerado político mais popular do mundo, o Brasil recebe o grau de investimento por agência internacional,  o Rio tem reais chances de ser escolhida sede da Olimpíada de 2016,… Enfim, o Brasil está na moda e os petistas, lulistas e agregados têm seus motivos para estarem exultantes. Mesmo discordando da política partidária que o presidente defende como se fosse presidente de partido e não de uma nação heterogênea, da idéia de que sediemos a Olimpíada por causa dos rombos que ocorrerão no erárioe de que ele seja deveras defensor da democracia, reconheço que o país tem sido visto com mais notoriedade mundo a fora, mesmo que sob uma óptica distorcida, mais pela novidade de um semianalfabeto que faz de conta que sabe o que fala e menos pelos progressos reais que o país tem experimentado.

O Brasil sofreu pouco com a cise mundial, mas não é grande mérito. Sofremos pouco porque arriscamos pouco. Sofreram mais os países que mais investiram em seu crescimento, como pouco crescemos, pouco sofremos. Sofreram pouco também o Chile, o Egito, a Coréia do Sul (que estava em descenso)… Quem pouco crescia, pouco tinha a perder, por isso perdeu pouco. O resto é propaganda.

O problema é que quando a maré está boa neguinho tende a relaxar. O ilusionista sofre de megalomania e egolatria há muito tempo, agora, então, esbraveja verdades absolutas mesmo que dez minutos depois tudo o que diga seja contradito por algum assessor. A tática tem dado tão certo que ela tem sido insistentemente usada. Sabendo que o populacho escuta tudpo o que diz com brilho nos olhos e sonho de grandeza, o presidente fala o que bem quer, vomita populismo, transpiração eleição já que jamais desceu do palanque e é aplaudido. Quem l~e jornais, conhece os fatos, sabe ler notícia e analisá-las, cobra as verdades do discurso, aí vem um inistro, um bedel ou um simples capacho, como Mercadante, João Pedro, Ideli, Serys ou um outro mané qualquer, fala um pouco de verdade, coloca os pingos tortos em alguns ii e o povaréu não escuta, encontra-se sonhando com o ouro mostrado pelo ídolo de barro. Assim tem sido.

Esquerdóides mal informados ou mal intencionados têm a rodo, cabos eleitorais de cabresto ou de esmola se espalham por todos os lados e os sofismas se espalham como se o messias estivesse traduzindo os desejos mais íntimos do Divino. São tão catequisados em seu sectarismo que não consegue permitir-se sequer questionar alguma maluquice mais estranha deflagrada ao pé do ouvido, numa intimidade ensaiada, pelor senhor de todas as verdades, o todo poderoso de Garanhuns, onisciente Lula.

Mesmo tendo mil mentiras desmascaradas, como Fome Zero, Primeiro Emprego, Pró-Álcool, dez milhões de empregos… Sua popularidade continua intocável. Descobriu a desculpa perfeita do “eu não sabia” e esta continua colando. a indefectível desculpa que de tão perfeita passou a ser utilizada pela mesma eficiência pelos seus cúmplices, como Z’El Bigodon, que não apresentou uma prova de seus desmandos, apenas negou conhecimento e teve absolvição automática sem o direito de defender-se. O Ilusionista faz escola e assim entrará para a história: O Presidente Inatingível, mesmo com incontáveis motivos para ter sidi deposto. Ah, se houvesse oposição efetiva, competente e comprometida com a verdade, a justiça e o desejo popular…

Na sua onipotência, Lula recebe Zelaya em nossa embaixada, propriedade de todos os brasileiros, e depois de questionado sobre as razões de dar guarida a um sujeito que responde à justiça de seu país por ferir a constiutição federal, corrupção, tentativa de suborno de autoridades, golpe de estado branco e tantos outros crimes, de interferir na autonomia de um estado estrangeiro (pior, dentro desse próprio estado), Lula repete a mentira infalível: eu não sabia, quando vimos Zelaya já estava batendo à porta de mala e cuia, por uma questão humanitária lhe demos guarida.

Para o mais absoluto analfabeto em política internacional, fica difícil acreditar que Zelaya viajou durante quinze horas, desde a fronteira de Honduras com El Salvador e, entre tantas embaixadas, tenha vindo bater justamente na porta da nossa – por que não na da Venezuela ou da Nicarágua, países publicamente comprometidos com seu retorno à presidência? – embaixada sem o conhecimento do embaixado, portanto do chanceler Celso Amorim e, consequentemente, do presidente brasileiro.

Não bastasse acoitar um bandido perseguido em seu próprio país, o embaixador brasileiro ainda permitiu que Zelaya insuflasse a população à uma reação violenta contra o governo. Foram feitas propostas amigáveis pelo governo de Micheletti prontamente recusadas por Zelaya. O presidente deposto voltou ao seu país ciente de que haveriam confrontos entre populares, que o Exército e as forças de segurança entrariam em ação, sabia dos riscos de derramamento de sangue. Aliás, todo o mundo sabia, inclusive os diplomatas brasileiros. Por isso o governo brasileito tem parcela grande de responsabilidade sobre os saques, as mortes, os confrontos e tudo o mais que vem acontecendo no solo hondurenho.

Não ficará barato para o Brasil a conta política que a irresponsabilidade de Celso Amorim, Lula e todos os que dão cobertura a Zelaya em solo brasileiro dentro de Honduras estão arrumando.

 

©Marcos Pontes

segunda-feira, setembro 21, 2009

Carta aos deputados

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E-mail enviado a todos (ou quase todos) os deputados federais, cujos os e-adress se encontram lá em baixo. Os endereços foram retirados do site da Câmara que, como todas as repartições públicas, funciona à meia boca, por isso alguns dos e-mail enviados voltaram e alguns deputados não tem endereço registrado no site. Calculo que 443 deles receberam, o que já é alguma coisa. Se responderão? provavelmente não, mas se o fizerem, colarei aqui suas respostas.

Exmo(a). Sr(a). Deputado(a),

Mesmo sabendo que boa parte dos senhores, se não a maioria, não tem a mínima idéia das reais funções de um parlamentar na esfera federal, que muitos estão legislando por conta da popularidade atingida em suas regiões em atividades outras que não as de política partidária, que os salário, as benesses do cargo e as possibilidades de negócios privados em esferas públicas são incentivo melhor que a prestação de serviços em prol da melhoria de vida de toda a população, de Norte a Sul, de São Gabriel da Cachoeira ao Cabo Branco, insisto em tentar chamar a atenção de Vas. Exas. para as aspirações de boa parte dos brasileiros e o que espera que nossos representantes façam para nos representarem de fato, não apenas de direito.

Talvez aí esteja o maior segredo do descontentamento dos eleitores com os parlamentares eleitos. Do ponto de vista legal, Vas. Exas. são eleitas para serem nossas vozes, para transformarem em leis e fiscalização o que nós, eleitores, gostaríamos que se tornasse leis e cobranças. Mas só na lei. Não é isso o que acontece de fato. Não nos sentimos representados, não vemos nossos legisladores, sejam os municipais, estaduais ou federais fazerem nas casas de leis o que reivindicamos nas ruas, em nossas correspondências aos jornais ou aos senhores, nas conversas em família ou nas raras vezes em que recebemos sua visita em nossas cidades, em nossas comunidades, nas poucas oportunidades em que nos vemos no mesmo ambiente de vossas excelências e conseguimos nos comunicar diretamente.

Como podem Vas. Exas. nos representarem se não nos ouvem, não discutem conosco, não se preocupam com nossas aspirações? E não é muito o que pedimos. A maioria dos desejos populares se resumem a atitudes mais do que investimentos. Não queremos, via de regra, esmolas ou assistencialismo, mas trabalho, renda e condições honestas, seguras e reconhecidas para sustentarmos nossas famílias com a possibilidade de ascensão social pelo mérito e pelo esforço próprio e não pelo apadrinhamento, pelo pistolão ou por recursos alheios indevidamente transmitidos de uma classe social a outra sem o devido comprometimento de quem recebe, sem a contrapartida social, sem a obrigatoriedade em dar retorno em ações, trabalho e serviço de quem recebe.

Pagamos caro, excelências, por educação, saúde, transporte, moradia, mas só contamos com esses serviços de qualidade quando desembolsamos novamente, já que o Estado não nos retorna em serviços o que já pagamos em impostos. Precisamos pagar de novo a empresas privadas, se quisermos ser assistidos com respeito e qualidade. Enquanto isso, lemos nos jornais que nossos parlamentares discutem uma inconclusa reforma eleitoral. Aliás, depois de saírem alguns avanços do Senado, boa parte é desfeita na Câmara, dando-nos duas impressões: 1. Os deputados federais querem que tudo fique como está porque está bom demais (para eles, vós), uma vez que, por exemplo, a doação secreta (leia-se caixa 2) continua valendo, assim como a tentativa de coibir a veiculação de propagandas, opiniões e ofensas pela internet. Desculpem-me a franqueza, excelências, mas isso é burrice. É remar contra a maré. A voz não precisa ser ouvida para ser gritada. A censura que Vas. Exas. defendem não calará os críticos, analistas, partidários e inimigos dessa ou daquela candidatura; 2. Vas. Exas. têm interesses inconfessáveis ou, como disse no primeiro parágrafo, não têm a mínima idéia do que estão fazendo na Câmara. Ou ambos.

Vejo deputados(as) anulando-se como cidadãos de opinião, donos do próprio raciocínio e desejos em favor de ordens de “superiores” que nada mais deveriam ser que os representantes dos partidos. Fala-se tanto contra a ditadura militar, mas, justamente o partido que mais prega o julgamento daqueles que calaram uma nação no período de 1964 a 1985 aplicam a mordaça em seus próprios partidários. É um contrassenso, uma estupidez que me faz perguntar o que leva homens e mulheres adultos, inteligentes e livres se sujeitarem a essas ordens sem questioná-las. O que esses pseudo defensores da liberdade recebem em troca da nulidade, o que ganham para virarem as costas para os anseios de seus eleitores para atender as ordens de seus colegas tidos como autoridades entre as autoridades.

Ouçam, excelências, o que as ruas lhes dizem. Num tempo em que se fala com todo o país com a mesma facilidade com que se conversa com a vizinha do outro lado do muro, não adianta tenta calar a internet, as informações sobre as atuações de Vas. Excelências no Congresso voam alto e rápido, tanto que nem mesmo os senhores e senhoras conseguiriam acompanhar. Essas informações de computador em computador, de e-mail em e-mail, de Twitter em Twitter ajudarão a definir boa parte dos eleitos em 2010. Não se iludam que as campanhas com cestas básicas em bairros pobres ou promessas nos grotões serão suficientes para elegê-los. O maior muro a ser pichado, o maior palanque a ser ocupado, o maior banner a ser pendurado nos postes é virtual. Seus eleitores podem ainda não estarem informatizados, mas o que corre na grande rede chegará aos seus ouvidos. Preocupem-se mais em ouvir-nos, excelências, estamos de olho e trocando muitas informações.

Saudações democráticas, republicanas e patrióticas.

Marcos Pontes

 

E-adress dos deputados:

 

dep.abelardocamarinha@camara.gov.br,  dep.abelardolupion@camara.gov.br,  dep.aceliocasagrande@camara.gov.br,  dep.ademircamilo@camara.gov.br,  dep.aeltonfreitas@camara.gov.br,  dep.affonsocamargo@camara.gov.br,  dep.afonsohamm@camara.gov.br,  dep.airtonroveda@camara.gov.br,  dep.albanofranco@camara.gov.br,  dep.albericofilho@camara.gov.br,  dep.albertosilva@camara.gov.br,  dep.alceniguerra@camara.gov.br,  dep.aldorebelo@camara.gov.br,  dep.alexandresantos@camara.gov.br,  dep.alexandresilveira@camara.gov.br,  dep.alexcanziani@camara.gov.br,  dep.alfredokaefer@camara.gov.br,  dep.aliceportugal@camara.gov.br,  dep.alinecorrea@camara.gov.br,  dep.anaarraes@camara.gov.br,  dep.andreiazito@camara.gov.br,  dep.andrevargas@camara.gov.br,  dep.andrezacharow@camara.gov.br,  dep.angelaamin@camara.gov.br,  dep.angelaportela@camara.gov.br,  dep.angelovanhoni@camara.gov.br,  dep.anibalgomes@camara.gov.br,  dep.anselmodejesus@camara.gov.br,  dep.antonioandrade@camara.gov.br,  dep.antoniobulhoes@camara.gov.br,  dep.antoniocarlosbiffi@camara.gov.br,  dep.antoniocarlosbiscaia@camara.gov.br,  dep.antoniocarloschamariz@camara.gov.br,  dep.antoniocarlosmagalhaesneto@camara.gov.br,  dep.antoniocarlosmendesthame@camara.gov.br,  dep.antoniocarlospannunzio@camara.gov.br,  dep.antoniocruz@camara.gov.br,  dep.antoniofeijao@camara.gov.br,  dep.antoniopalocci@camara.gov.br,  dep.antonioroberto@camara.gov.br,  dep.aracelydepaula@camara.gov.br,  dep.ariostoholanda@camara.gov.br,  dep.arlindochinaglia@camara.gov.br,  dep.arnaldofariadesa@camara.gov.br,  dep.arnaldojardim@camara.gov.br,  dep.arnaldojardim@camara.gov.br,  dep.arnaldovianna@camara.gov.br,  dep.arnonbezerra@camara.gov.br,  dep.aroldedeoliveira@camara.gov.br,  dep.asdrubalbentes@camara.gov.br,  dep.assisdocouto@camara.gov.br,  dep.atilalins@camara.gov.br,  dep.atilalira@camara.gov.br,  dep.augustofarias@camara.gov.br,  dep.belmesquita@camara.gov.br,  dep.beneditodelira@camara.gov.br,  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