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segunda-feira, março 30, 2009

Segundinha

Duke, O Tempo, MG
  • Esta é a Yoani, blogueira cubana de muita coragem, inteligência e que conta com minha admiração e de muita gente mundo a fora. Aqui você pode votar nela. É rápido, grátis e indolor. The Times pode ajudar, se esta moça ganhar, a dar voz ao cidadão cubano que não pode manifestar-se livremente.
  • Aí vem um bombeiro apagar as cinzas - já são cinzas, sacaram? - e diz que o lance dos "olhos azuis" foi uma retórica do Lula. Ah, bom! Se é retórica, então não é discriminação, racismo, idiotice e nem falta de educação para com o primeiro-ministro de um país europeu. Tá desculpado, Marolinha. Melhor seria ter ficado calado, como sempre fazem quando o chefe lá deles fala besteira.

  • Até entendo alguns esforços do governo federal em dar uma alavancada na economia. Podem até ser louváveis as intenções. Com a prorrogação de isenção do IPI, se o comércio de automóveis zero se aquecer, aonde vamos colocar tantos carros? Já passou da hora de se investir em outros tipos de meios de transporte de massa. Num país desse tamanho, com tantas mortes nas estradas, não seria de bom tamanho ressuscitar as ferrovias, aumentar a malha ferroviária, criar hidrovias (só em ouvir falar em hidrovias os ecoxiitas ficam com coceira generalizada)? Haveria um enorme mercado novo criado, milhares de milhares de empregos, geração de renda, escoamento mais fácil da produção de fronteiras agrícolas mais distantes e criação de novas... Enfim, o país daria uma alavancada não só na indústria automobilística, mas em toda a economia. Cadê as PPP? Com certeza, grupos europeus investiriam de bom grado nesse filão. Um dia teremos um governo sem rabo preso com as indústrias estabelecidas e com projetos de longo prazo. Um dia...

  • No Brasil ministro compra tapioca com cartão corporativo; na Inglaterra, ministra aluga filme pornô para o marido com dinheiro público. Viu? Político é sem vergonha em qualquer país do mundo.

  • Será que vai ser sempre assim? É preciso uma desgraça ou ameaça de, para que o povaréu comece a entender que tem algo errado? 54,5% dos entrevistados numa pesquisa da CNT/Sensus acreditam que a situação do emprego piorou no Brasil. Essa pedra está sendo cantada há, pelo menos, três meses, mas neguinho continua acreditando nas palavras do Marolinha do que nas manchetes dos jornais. Ih! Esqueci que brasileiro não lê jornal e boa parte dos que lêem não consegue entender o que foi lido, muito menos analisar as notícias. Em terra de analfabetos, quem tem faixa presidencial é rei.

  • O Banco Central diz que as ações do governo (projeto moradia, isenção de IPI - inclusive para a construção - e coisas tais), além da queda da inflação, ajudarão o PIB a crescer. Oxalá Meireles e sua gang estajam certos.

  • Me recuso a comentar isso. Coitadinhos..

©Marcos Pontes
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domingo, março 29, 2009

Dominguim

Lane, A Charge On Line
  • Alguém já tem o que agradecer ao presidente marolinha pelo pacote-moradia, os donos de lojas de material de construção. Os preços já apresentam aumento. Não vai aqui nenhuma crítica, é a velha lei da oferta e da procura. Os propósitos do pacote eram dois: dar uma injeção na economia em tempos de crise e alavancar a popularidade de Dilma, que ainda não apresentou alta, mas vai apresentar. O primeiro propósito já começou a ser cumprido, só depende agora da burocracia da CEF e da vontade real do governo diminuir o déficit de moradias; o segundo vai depender do sucesso do programa e dos acordos que Zé Dirceu vai fechar por baixo dos panos. Lógico, alguns desses acordos serão à luz do dia, mas os inconfe$$áveis... Esses ficam na surdina dos encontros sub-reptícios.

  • Marolinha e seus cúmplices vivem reclamando da pirotecnia das ações da Polícia Federal, já eu sou plenamente a favor dela. Se, mesmo fazendo barulho, chamando as tevês e os jornais para participarem de suas ações, a PF vê todos seus esforços jogados na lama por juízes venais, legislação pífia, autoridades comprometidas em esconder os crimes, gente graúda com pauzinhos para mexer em todos os setores, imagina se a PF não fizesse esse jogo de cena todo. Jamais eu, tu e o rabo do tatu ficaríamos sabendo de zilhões de falcatruas que acontecem em Pindorama. Durante a semana falou-se um bocado sobre os 94 anos de prisão da dona da Daslu e mais um bocado sobre as investigações sobre o patrocínio ilegal da Camargo Correa a políticos de todos os matizes. Pois bem, já não tem mais ninguém em cana e as acusações, no caso da empreiteira, já começam a voltar para a PF, como se ela fosse responsável por uma prática secular na política brasileira: empreiteiras e lobistas comprarem o silêncio e os votos de políticos em campanhas políticas. Os governistas se gabam de que nunca a Polícia Federal prendeu tantos corruptos, mas esquecem de contabilizar que nunca tantos corruptos foram inocentados das acusações que sofreram ou tantas denúncias foram engavetadas em instâncias superiores.

  • Para fechar esta edição ordinária, a última do marolinha, genial: "Época de crise não é para trabalhador pedir aumento". Pela lógica do sujeito, os brancos de olhos azuis provocam a crise, mas os pardos de olhos marrons têm que pagar a conta com seu silêncio e postura de vaquinhas de presépio. O lado bom é perceber que o sindicalista-mor desse país já não existe mais.

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quinta-feira, março 26, 2009

Não resisti e peguei do Duh, do Pagos Pra Vadiar:

Lula visita a rainha da Inglaterra e lhe faz uma pergunta:
- Majestade, como consegue escolher ministros tão maravilhosos?
Sua majestade responde:
- Eu apenas faço uma pergunta inteligente. Se a pessoa souber responder, ela é capacitada a ser ministro.
Vou lhe dar um exemplo. A rainha manda chamar Tony Blair e pergunta:
- Mr. Blair, seu pai e sua mãe têm um bebê. Ele não é seu irmão nem sua irmã. Quem é ele?
Tony Blair responde
- Majestade, esse bebê sou eu.
Ela vira pra Lula:
- Viu só? Mereceu ser ministro.
Lula, maravilhado, volta ao Brasil. Chama a ministra Dilma Roussef e lasca a pergunta:
- Companheira Dilma, seu pai e sua mãe têm um bebê. Ele não é seu irmão nem sua irmã. Quem ele é?
A ministra responde:
- Senhor Presidente, vou consultar nossos assessores e a base aliada e lhe trago a resposta, assim que possível.
E, ela sai a procura da resposta. Ninguém sabe.
Aconselham perguntar ao ex-presidente FHC, que julgam ser muito inteligente.
Dilma liga pra FHC:
- Sr. Fernando Henrique, aqui é a Dilma Roussef. Tenho uma pergunta para o senhor: se seu pai e sua mãe têm um bebê e esse bebê não é seu irmão nem sua irmã, quem é esse bebê?
O ex-presidente responde imediatamente:
- Ora senhora ministra, é lógico que esse bebê sou eu!
A ministra agradece e vai correndo levar a resposta ao Lula:
- Sr. Presidente, se meu pai e minha mãe têm um bebê e esse bebê não é meu irmão nem minha irmã, é lógico que ele só pode ser o Fernando Henrique Cardoso…
Lula dá seu sorrisinho sabido e diz:
- Te peguei, companheira Dilma. Sua resposta está completamente errada… o bebê é o Tony Blair!

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quarta-feira, março 25, 2009

Rebu

Já que o papo de ontem rendeu, vamos a alguns esclarecimentos e outros nem tanto, mas que servirão apenas para colocar mais lenha na fogueira, porém, com a responsabilidade da melhor informação que eu puder dar.

Vamos por partes:

1. A professora copiou meu artigo do Overmundo, isso a fez se sentir tanquila e amparada pela tal License Creative Commons, uma vez a CC, que veio parar no Brasil por conta da ingerência de alguns interessados “promotores de cultura” brasileiros em conluio com a matriz estadunidense junto ao Ministério da Cultura comandado pelo mau informado ou ingênuo Gilberto Gil.

Colocaram na cabeça de Gil que a Creative Commons era uma coisa moderna e democrática, quando na verdade é uma ferramenta que permite a qualquer um copiar qualquer coisa de qualquer um. A CC é aceita pela legislação estadunidense, mas choca-se frontalmente com as leis brasileiras que defendem a propriedade intelectual. Não é, portanto, porque o Overmundo está sendo administrado dentro da política da CC que os autores têm que aceitar a pirataria gratuita.

Depois falo mais nisso, voltemos ao caso da professora.

Qualquer acadêmico, de qualquer academia e, ainda por cima, alguém de uma das maiores universidades brasileiras e com um tremendo currículo de produção intelectual, tem a obrigação de saber que quando usa qualquer obra tem a obrigação de citar autor e fonte. É inadmissível que a dita professora consiga cometer esse deslize. O irônico é que em textos de autores conhecidos ela cita seus nomes, mas não no meu, um Zé Mané qualquer.

Pior, no blog dela, logo abaixo do título do artigo, estava escrito “Escrito por... (o nome dela)”. Ora, pois, ela não escreveu, copiou. Depois da nossa discussão de ontem, curiosamente, seus posts começam com “Postado por... (o nome dela)”. Com Creative Commons ou sem, isso é inadmissível! Por isso mandei o e-mail para a administração do site Stoa, de acadêmicos da USP, exigindo a retirada do post.

Por diversas vezes, leitores pediram para usar algo que eu escrevi e em momento algum me recusei a permitir. O próprio post sobre o acordo ortográfico foi solicitado por professores nos comentários e por amigos pessoalmente e a autorização foi dada, desde que citado o autor. A nobilíssima professora não solicitou, copiou e não se referiu a mim em qualquer momento.

Já à noite, trocamos e-mails nos quais ela insistia em manter e colocaria meu nome e a fonte, mas me recusei e exigi que apagasse, o que ela fez. Recebi conselhos para processá-la, mas já estava satisfeito com a retirada do post e dado por encerrado o problema. Mas eis que aparecem dois cavalheiros para defenderem a professora;

2. O senhor Luiz Armesto vem, indubitavelmente em nome do Overmundo. Pois permitam-me falar um pouco sobre este site.
É uma idéia muito boa que terminou se transformando num quintal de petistas que recebem pro-labore pago pela Petrobrás – ou seja, dinheiro público – para administrar com mão de ferro (um deles, em discussão com os colaboradores, afirmou literalmente “este site não é uma democracia”, deixando a entender que era um feudo deles).

Aliás, a professora tem um perfil no site, sob pseudônimo, desde 8 de junho de 2007 e não tem sequer um trabalho postado. Me pergunto, por que alguém tem uma página num site literário se não tem interesse em publicar? Eu, que entrei em 22 de março de 2008 tenho 94 colaborações publicadas. Só para terem uma idéia.

Para quem tiver paciência e quer ter uma idéia do que se passa no Overmundo, vão três links para algumas discussões sérias que rolaram por lá (muitos dos comentários foram apagados pelos filhotes de déspotas): aqui, aqui e aqui.

Foram muitas as discussões sobre o Creative Commons e muita gente abandonou o site por se sentir lesado ou ofendido. Publicações são sumariamente excluídas pelos administradores (ditadura!), colaboradores são expulsos sem direito a defesa (ditadura!) e downloads das publicações são feitos a torto e a direito sem que o autor possa ter conhecimento de quem acessou e com que propósito copiou (transparência zero). Ainda mais, se o autor quiser excluir seus escritos seja por que motivo for (não concorda mais com o que escreveu, deseja aprimorar o conteúdo ou a forma, pretende usar o escrito em outro meio...) não pode fazê-lo. Para isso tem que solicitar aos administradores que o façam e esperar que eles concordem em fazê-lo. Ou seja, o site passa a usar e abusar do seu escrito como lhe convier sem consultar o autor. Isso é Creative Commons e inconstitucional, segundo a legislação brasileira.

O senhor Luiz Armesto, antes de me dar conselhos, deveria pesquisar sobre a minha participação no Overmundo e as polêmicas levantadas pela ditadura imposta e seus desdobramentos. Só uma curiosidadezinha: o senhor Luiz Armesto defende o site, mas não tem perfil por lá, o que significa que é um laranja de alguém.

Já o senhor Ewout ter Haar é uspiano e amigo da professora na sua rede social do Stoa. Muito justo aparecer aqui para defender a amiga, mesmo depois dos administradores do Stoa terem se solidarizado comigo, me mandado um e-mail confirmando o alerta dado à professora para que ela corrigisse a falha. Numa coisa, porém, o senhor Ewout tem razão e o agradeço por isso. Havia um selo do Creative Commons nesse blog, colocado pela minha mulher e já devidamente retirado. Aqui é Copyright e ponto final. Quem quiser usar algo, é só pedir, pegar na mão grande, nem pensar.

No mais, desculpem a extensão do post e muitíssimo obrigado a todos que se solidarizaram comigo por comentários ou por e-mail.






©Marcos Pontes

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segunda-feira, março 23, 2009



Quem escreve na internet, volta e meia é copiado. Há quem goste de ser plagiado, sente nisso uma pontinha de orgulho. Confesso que não costumo muito me incomodar quando isso acontece.
Normalmente, quem copia o faz por incompetência de fazer igual, por inveja de não ter sido o autor ou por admiração. Confesso que copio várias vezes, mas em todas elas eu cito o autor e a fonte. Basta ver as charges que quase sempre ilustram meus posts. Neles sempre está o nome do desenhista e o link para o Charge On Line, de onde normalmente os retiro.
Hoje, porém, tomei conhecimento de que fui completamente copiado por uma bacharela em Letras, da USP, revisora e olaboradora de "várias revistas", como ela diz em seu blog, sem especificar quais são, o que também não vem ao caso.
Abaixo, transcrevo o e-mail que enviei para os administradores do portal no qual ela tem uma página e onde postou meu trabalho como sendo de sua autoria:

Senhores, por meio do Extreme Tracking do meu blog (www.simpatiaeesculacho.blogspot.com) percebi que um de meus textos está sendo muito procurado por meio de sistemas de pesquisa. Curioso, copiei um período do dito texto - um artigo sobre o novo acordo ortográfico (http://simpatiaeesculacho.blogspot.com/search?q=acordo+ortogr%C3%A1fico) - e pesquisei no Google.
Para minha surpresa e indignação, encontrei o mesmo texto, com os links das minhas pesquisas e tudo o mais, menos meu nome ou qualquer referência ao meu blog, na página da senhora Ana César (http://stoa.usp.br/anacesar/weblog/40206.html).Sendo a dita senhora uma Bacharela em Letras, da USP, e participante ativa deste portal acadêmico, além de em várias outras revistas, é lamentável que tenha usado do expediente de copiar na íntegra material de minha autoria e propriedade intelectual sem meu consentimento e sem fazer qualquer alusão à origem do mesmo.
Maior espanto tive ao perceber que sua postagem deu-se no mesmo dia em que escrevi em meu blog, o que pode até causar confusões em relação à autoria que poderia ser comprovada, apenas, com a comprovação da hora de postagem, o que não consta da postagem da senhora professora.Adianto, ainda, que além de em meu blog pessoal, o dito artigo foi publicado ainda nas minhas páginas pessoais nos sites linkados abaixo:
Lamento que na página da senhora Ana César não exista um e-mail para comunicar-me com ela, por isso uso do expediente de me comunicar com os senhores, administradores do portal, do qual não posso fazer parte. Espero que os senhores tomem as devidas e certeiras medidas ou terei de recorrer aos meios legais para que esta senhora se retrate de seu lamentável e reprovável erro.
Exijo que:
1. Meu texto seja imediatamente retirado da página da senhora Ana César;
2. Ela peça desculpas, na mesma página, pelo deslize de usar texto de outrem sem a devida autorização e sem o crédito necessário, referindo-se diretamente a mim.
Como autor de dois livros e com dois outros em produção, asseguro que não tenho qualquer interesse de plagiar quem quer que seja, transferindo à senhora Ana César a culpa de cópias indevidas de texto meu. Algo inaceitável quando praticado por qualquer indivíduo e completamente reprovável quando feito por uma acadêmica de tão polida reputação entre seus pares, intelectuais e os demais quadros uspianos ou de quantas outras universidades e publicações.
Aguardo suas providências imediatas e as escusas de tão digna professora.
Saudações indignadas.
Enviarei para todos meus contatos e-mail também contando esse caso. Por gente que se diz produtora cultural, confesso que não tenho qualquer orgulho de ser copiado. Esse tipo de gente se mostra mais incompetente do que as pessoas comuns que admitem que são incapazes de compor textos mais elaborados.
Up-date: Depois de uma enorme troca de e-mails, pedidos de desculpas por parte da professora (parcialmente aceitos) e insistência dela em manter o postado (depois de me dar o crédito, mas não linkar a fonte), não arredei pé e insisti pela retirada do post dela. O que, enfim, foi feito. Entre mortos e feridos, apenas a postura acadêmica dela saiu arranhada.

©Marcos Pontes
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