O affaire Battisti foi o réquiem para o STF, que de há muito vinha bambeando as pernas e, subordinando – se, totalmente ao imperial executivo.
Aquela subordinação pode ser uma decorrência de pelo menos três hipóteses:
- a submissão de muitos de seus togados ao poderoso executivo por terem assumido o vistoso cargo por indicação daquele;
- por declarada falta de compreensão de que representam um dos três Poderes da República, alicerces dos princípios democráticos, e canhestramente, abrem mão da altivez e da grandeza que simbolizam, para subordinar - se aos ditames de outro poder;
- finalmente, por convicção ideológica. Neste caso, apesar de terem votado pela manutenção da Lei da Anistia, o fizeram a contra - gosto; pois não extraditando o Battisti, optaram pelo caminho da decisão ideológica. Ou seja, pelo STF, o Battisti foi anistiado.
É gritante a constatação de que o Poder Executivo é o lúgubre Senhor dos Anéis, que manda e desmanda, que trapaceia e embroma, e que o Poder Legislativo é a sua massa de manobra; sobraria incólume o Poder Judiciário, que lamentavelmente, a cada decisão suprema transpira o fétido odor de total submissão ao Executivo.
Diante de atos e fatos tão explícitos, quando é patente que os nossos doutos cidadãos, sejam do judiciário ou não, endossam que a anistia é válida somente para os terroristas como o Battisti, é licito supor - se que a benfazeja Comissão da Verdade, nascerá impregnada e orientada segundo esta convicção, e sacramentará tudo o que os lamuriosos e indenizados terroristas nacionais alegarem.
A parcialidade dos propósitos da Comissão inicia - se a partir das premissas para a sua composição, buscar a verdade numa das partes, a que primava suas ações pela quebra da lei e da ordem.
Seria cômico se não fosse verdade. O desgoverno monta um palco para buscar a verdade, e propõe - se a vasculhar a indigesta verdade, nas declarações daqueles que eram os criminosos.
A situação é tragicômica, inverossímil, entretanto, ante os acontecimentos que pululam o entorno do desgoverno, tudo é possível.
Se na casa Civil, onde transita a mais pura essência da excelência nacional (?), onde indivíduos escolhidos a dedo comandam, apontam, confabulam e decidem os destinos nacionais, é esta Casa, na verdade, um reluzente valhacouto e covil de corruptos.
Cumpre indagar, o retrato do Brasil é a Casa Civil da Presidência da República?
Pode não ser, mas o seu DNA é comprometedor.
Hoje, basta a retirada de uma gota do lamacento sangue da Casa Civil, para sabermos qual é o DNA do desgoverno petista.
Se, pela “amostra” do DNA o resultado é tenebroso, o restante é de causar justificado pavor.
Brasília, DF, 16 de junho de 2011
General de Brigada Reformado Valmir Fonseca Azevedo Pereira
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