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sexta-feira, março 13, 2009

Sexta de bruxas

Sinovaldo, Jornal NH, RS

  • Até que enfim a dita oposição resolveu mostrar alguma coisa, embora tímida, para o povão. A propaganda dos Democratas, escrachando com a "marolinha" do beócio-mor é, pelo menos, uma demonstração de que existem 16% de brasileiros ainda com algum senso crítico.

  • O Copom parece que entendeu o recado que o primeiro mundo está mandando, antes da equipe econômica do governo. Baixar os juros em mais de 1%, algo impensável há dois meses, pode ser um incentivo para os industriais, embora não deva trazer algum resultado bom imediatamente. As demissões continuam e já chegaram ao comércio. Tomara que ainda dê tempo.

  • Na fábrica francesa da Sony os funcionários detiveram o presidente para exigirem melhores termos de dispensa, quando a fábrica fechar em abril. Já que o desemprego vem mesmo, pelo menos que venha com alguma recompensa financeira. A economia francesa vem, há décadas, exagerando nos benefícios sociais. Ainda com Miterrand, inventaram a semana de 36 horas, o que onerou assustadoramente a previdência social. Assim como no Brasil, muita gente mamando, além daqueles que têm direito a benefícios, e, cada vez mais, menos gente contribuindo. É lógico que uma hora o barco faz água. Nessa hora de crise mundial e previdência deficitária, os trabalhadores em vias de demissão fazem justiça com as próprias mãos. Se os sindicatos brasileiros não fossem todos petistas - com exceção de alguns patronais -, o exemplo que a França manda poderia ser um perigo.

  • Ignacio La Russa, ministro da defesa italiano, ainda não se conformou com a decisão de Tarso Genro de dar asilo político ao terrorista Battisti. La Russa disse que a argumentação (desesperada) de Tarso Genro em defender sua posição é "agressiva e caluniosa". Tarso, em audiência pública no Senado, voltou a defender sua decisão e, por tabela, o bandido. O sindicato do crime também é unido na República dos Sindicatos.

  • Acabaram com os jetons dos parlamentares há alguns anos, mas, pelo visto, não fez qualquer falta. Os caras inventam de tudo para nos roubar (receber sem trabalhar, pra mim é roubo). São tantos benefícios, além de 13º, 14º e 15º salários, auxílio-moradia, auxílio-paletó e mais uma porrada de auxílios. Para piorar, faem escola entre os funcionários. Um dos bandidos, aquele mequetrefe que se demitiu na semana passada depois de ser pego com a mão na mansão não declarada (vai devolver? Vai ser investigado? Vai ressarcir o que não declarou? Porra nenhuma!), saiu aplaudido pelos cúmplices, ou melhor, colegas de trabalho. Agora vem o escândalo das horas-extras. Quantas outras falcatruas os marginais de segundo-escalão aprontam e a gente jamais fica sabendo?

  • Deixa eu voltar pro meu romance, o livro. Tô gostando da brincadeira.
©Marcos Pontes
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terça-feira, março 10, 2009

Casei


Agora é oficial.

Definitivamente formada a parceria de fato e de direito entra Simpatia e Esculacho e Compulsão Diária, com os filhos CD Lado B, Letras de Dois e Contos de Um. Uma família que já nasce grande.

A propósito, a foto de nossas alianças foi feita sobre a capa do Aurélio.







©Marcos Pontes

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sábado, março 07, 2009

É sempre assim, quando a gente tem que escrever sobre um tema pré-determinado fica na dúvida sobre que enfoque dar para evitar que caia no lugar comum e, no final das contas, aparecem vários posts com, praticamente, o mesmo texto.

Com a proposta da Esther de se falar sobre inclusão social numa blogagem coletiva, a dúvida persistiu até agora, poucas horas antes da meia noite, mas eis que vem a luz. Já que hoje é dia internacional da mulher, por que não falar de ambas as coisas? Afinal de contas, por séculos seculorum a posição social da mulher foi de pura subserviência.

É mais que conhecida a história que deu origem à data de 8 de março como Dia Internacional da Mulher, a tragédia numa indústria têxtil em Nova Iorque e tudo o mais. As mulheres já estavam no mercado de trabalho, muitas já eram arrimos de família, mas tinham condições laborais inferiores às dos homens – alguém já viu isso em algum lugar? – e foi num protesto contra essa desigualdade que mais de cem delas foram mortas num incêndio. Oficialmente, jamais foi provado o dolo, mas, pelo relatos da época, não resta dúvida que as mulheres assassinadas foram trancafiadas no interior da fábrica incendiada sabe-se lá por quem.

Hoje, nos tempos politicamente corretos, discute-se a inclusão dos pobres aumentando-lhes o poder de compra; dos negros, dando-lhes cotas para o ensino superior e instituindo-se várias ditas “políticas afirmativas”; das minorias étnicas, dando-lhes reconhecimento legal e tome-lhe cotas e coisas que tais. A mulher, urbana e rural, já incluída na sociedade, perdeu a condição de minoria (são maioria na população, nas universidades, no eleitorado e em algumas profissões), mas ainda não são reconhecidas como tão capazes e eficientes (quando não são mais) que os homens.

A queima de sutiãs em praça pública (na verdade, no primeiro protesto das feministas contra a condição de mulher-objeto não houve queima de sutiãs, a prefeitura de Atlantic City não permitiu o uso de fogo), foi um protesto simbólico que teve desdobramentos que se prolongam à sociedade atual. As próprias feministas tomaram caminhos diferentes. Atualmente já não pedem mais igualdade com os homens (graças a Deus!), mas respeito. Querem e merecem ser respeitadas tanto pelos homens quanto pelas mulheres conservadoras que, por medo ou comodismo, não lutam por esse reconhecimento. Empresas já não ousam discriminar abertamente por conta do sexo, afinal isso dá processos judiciais milionários, mas não é raro encontrar mulheres tendo salários menores que seus pares masculinos que exercem as mesmas funções.

Por outro lado, porém, torna-se cada vez mais comum encontrar mulheres como CEO de grandes companhias. Lógico, assim como no movimento dos sem terra ou na briga entre arrozeiros e índios em Roraima, tem gente que se aproveita para levar vantagens pessoais no meio de uma pendenga coletiva. Uma grande apresentadora de tevê, por exemplo, diz que quer um homem que permita que “o que é dele seja nosso, mas o que é meu, é meu”. Uma das vertentes do novo feminismo – como algumas lideranças negras – já não querem mais a igualdade, mas, em nome do maldito “resgate histórico”, querem vantagens, superioridade reconhecida por lei, indenizações pelos anos de inferiorização imposta... A continuarmos nessa política de indenizações absurdas inaugurada no atual governo petista, brevemente cada mulher terá direito a uma pensão vitalícia por terem suas avós proibidas de votar.

A inclusão social, seja de negros, índios, deficientes físicos, mulheres, transexuais, seja lá que minoria for, merece acontecer pela simples condição de serem todos humanos, mas a ascensão deve respeitar o mérito, a capacidade do indivíduo e não os decretos que seus padrinhos eventuais têm o poder de outorgar.



©Marcos Pontes


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Sábado corridinho

  • O tempo anda curto para escrever aqui e visitar os blogs amigos e vai ficar ainda mais curto. Criei coragem e comecei a escrever meu romance, isso significa que as passagens por aqui ficarão um pouco rareadas. Como disse o camarada da charge do Aroeira, "não me deixem só!', aparecerei sempre que puder.

  • No início da semana alguém passou por aqui e disse que reclamo mais que uma velha reacionária. Tá legal, então vou tentar falar só de coisas boas. Por exemplo, a Petrobrás teve lucro recorde de R$ 33 bilhões em 2008. Eba! Não consigo entender porque, com todo esse lucro, a empresa precisou pedir empréstimo (eles diem financiamento) à China, mas, tudo bem. Eba! A Petrobrás quebrou a banca! Somos um país rico!

  • O minstro do Trabalho, Carlos Lupi, está seguro que o nível de empregos deve se recuperar em fevereiro. Tudo bem que já estamos quase no meio de março, o que significa que o governo federal é lerdo para fechar suas contas, mas se o ministro diz que as coisas andam bem, quem sou eu para duvidar? A imprensa deve ter inventado as 250 mil demissões no último mês ou deixou de noticias as mais de 250 mil admissões. Deve ser isso.

  • O governo federal vai realiar 27 ações para reduir a violência em Vitória. Que maravilha! O foco principal das ações é a prevenção contra a criminalidade. Muito provavelmente serão criados ou financiados alguns "projetos" do tipo Olodum, Afro Reggae que, se não diminuem a violência, criam trilhas sonoras magníficas nas "comunidades". Uma das ações previstas (a gente nunca sabe se as verbas chegam para realiar os projetos) refere-se à reestruturação penitenciária, seja lá o que isso for. Talvez pintem os presídios, talve melhorem os refeitórios, talvez equipem a enfermaria... Como uma velha reacionária, não acredito em reformas profundas ou mesmo mudanças no sistema penitenciário, mas se o presidente falou, quem sou eu pra duvidar?

  • “Somos um continente democrático e pacífico e os Estados Unidos têm que olhar para cá com um olhar desenvolvimentista e não apenas pensando em narcotráfico, em crime organizado”, disse Lula. Muito bem, presidente! Mostre pra essa gente o que é que a baiana tem ! Eles pensam o quê? Que somos um país de corruptos? Que nossos políticos são apenas populistas sem projetos? Que metade de nós vive em favelas e que nossas instituições públicas são retrógradas? Não conseguem ver nossos avanços sociais e o espírito desenvolvimentista de nossos governantes?

  • O MST, movimento social altamente progressista e democrático, fechou um acordo com a Suíça para exportar soja orgânica. Que beleza! Além do governo brasileiro, esse partido popular com técnicas ortodoxas, agora conta também com o apoio explícito de um governo neutro europeu. Os sem terra não poderão mais reclamar da falta de renda.

  • O presidente Lula está pressionando o PT paulista para que Palocci seja lançado candidato ao governo estadual na próxima eleição. Um verdadeiro estadista que preza pela legalidade, a transparência e a honestidade, nosso líder está prenhe de raão em defender ou impor a candidatura de um dos mais probos homens públicos da nação. O Brasil e São Paulo precisam de homens assim, dignos copmo esses dois.

  • Os ruralistas ocupam a Comissão do Meio Ambiente na Câmara, o que significa um avanço em termos de ambientalismo brasileiro. Isso é maravilhoso! E pensar que até seis atrás, os ruralistas eram tidos como os vilões, os degradadores, os destruidores, os monstros ue destroem a naturea. Que país fantástico que se renova a cada dia e que surpreende o mundo com sua reestruturação social progressista e original!


©Marcos Pontes

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terça-feira, março 03, 2009

Trasnferência


Recebi o texto abaixo de um coronel reformado do Exército com quem tenho antigas e perfeitas relações. Não citarei seu nome aqui porque não tenho sua autoriação e para não expô-lo.
Vejo que as Forças Armadas estão começando a se encher com apecha de que são culpados por qualquer coisa de ruim que aconteceu ou acontece no Brasil. Há algum tempo a culpa de tudo era do Exército e da Rede Globo, hoje a Globo é a heroína da história e está cedendo sua vez para a Veja e a Folha. O velho escapismo de quem não assume suas responsabilidades e transfere para outrem as reponsabilidades que lhe cabem.
O general se refere justamente à transferência que más autoridades fazem de seus problemas, delegando à União e, por tabela, às Forças Armadas, o combate dos crimes que cabe às suas polícias.
Os estados contam com duas polícias: a Militar, responsável pelo policiamento preventivo, e a Civil, reponsável pelas investigações e perícias. Ambas, via de regra, são mal aparelhadas, mal treinadas e mal vistas por sua operância capenga. A União conta com a Polícia Federal, esta, sim, deveria fazer o patrulhamento das fronteiras, mas também é mal equipada e treinada e conta com menos quadros do que deveria. Aliás, muito menos quadros. Daí a transferência de suas obrigações para as Forças Armadas e elas que fiquem com o ônus das operações enquanto os governadores e o presidente ficarão com os eventuais bônus, já que as Forças Armadas não subirão em palanques e nem aparecerão nos jornais televisivos para espalharem os louros que colherem.

Leiam e opinem:




O Almirante disse:(O autor é o Almirante de Esquadra Lourenço - Ministro do STM).

Caros amigos,Permitam um comentário sério nesta web que nós tanto nos divertimos.Estou, realmente, cansado de tanto ouvir besteiras acerca do emprego das FFAA em Segurança.Estou anexando uma página de um artigo, publicado em 1999, da revista "Strategy & Tatics" cujo título é "War and the military Revolution in the 21st Century". Marquei a página naquilo que mais interessa!Vejam que pra patrulhar a fronteira americana das drogas (México) são necessários: 96 batalhões de infantaria, 53 companhias de helicópteros (mais ou menos 150 aeronaves), 210 navios de patrulha e 110 aviões de busca!Os Governadores adoram esse papo vazio... e estão sempre empurrando a missão pras FFAA, porque tira das costas deles a responsabilidade pelo que acontece em seus Estados e esconde, com muito oportunismo, o fato de não terem liderança sobre as suas polícias.Enfim, o assunto é extenso e não vou me alongar, mas sempre que disserem a vocês que as FFAA devem vigiar o crime nas fronteiras (terrestres, marítimas e aéreas) perguntem ao fulano se ele tem idéia do que é necessário.A resposta mostrará se ele é um demagogo, um oportunista, ou somente um idiota.Quando eu era Chefe do EM de Defesa estive com o Min da Defesa em MT e o Governador reclamava da vigilância nas fronteiras eargumentava: "só em Cáceres já existem mais de 400 pontos de venda de drogas". E falava como que indignado! Mas era incapaz de mandar a polícia dele fechar, pelo menos, uns 200 pontos! Já melhorava, não é?Ah, mas dessa decisão ocorreriam mortes, tiroteios, prisões, ações na Justiça, inquéritos, direitos humanos, enfim, dor de cabeça desnecessária.É melhor que a culpa seja da fronteira!
Caso queiram, enviem esse e-mail pros seus amigos, em especial pros que estão nas FFAA.Vamos deixar de ser bucha de canhão (se algo der errado, a culpa será nossa).
O que devemos declarar a todos é: As FFAA estão cansadas de cobrir incompetências Municipais, Estaduais e Federais.




©Marcos Pontes

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