- Até que enfim a dita oposição resolveu mostrar alguma coisa, embora tímida, para o povão. A propaganda dos Democratas, escrachando com a "marolinha" do beócio-mor é, pelo menos, uma demonstração de que existem 16% de brasileiros ainda com algum senso crítico.
- O Copom parece que entendeu o recado que o primeiro mundo está mandando, antes da equipe econômica do governo. Baixar os juros em mais de 1%, algo impensável há dois meses, pode ser um incentivo para os industriais, embora não deva trazer algum resultado bom imediatamente. As demissões continuam e já chegaram ao comércio. Tomara que ainda dê tempo.
- Na fábrica francesa da Sony os funcionários detiveram o presidente para exigirem melhores termos de dispensa, quando a fábrica fechar em abril. Já que o desemprego vem mesmo, pelo menos que venha com alguma recompensa financeira. A economia francesa vem, há décadas, exagerando nos benefícios sociais. Ainda com Miterrand, inventaram a semana de 36 horas, o que onerou assustadoramente a previdência social. Assim como no Brasil, muita gente mamando, além daqueles que têm direito a benefícios, e, cada vez mais, menos gente contribuindo. É lógico que uma hora o barco faz água. Nessa hora de crise mundial e previdência deficitária, os trabalhadores em vias de demissão fazem justiça com as próprias mãos. Se os sindicatos brasileiros não fossem todos petistas - com exceção de alguns patronais -, o exemplo que a França manda poderia ser um perigo.
- Ignacio La Russa, ministro da defesa italiano, ainda não se conformou com a decisão de Tarso Genro de dar asilo político ao terrorista Battisti. La Russa disse que a argumentação (desesperada) de Tarso Genro em defender sua posição é "agressiva e caluniosa". Tarso, em audiência pública no Senado, voltou a defender sua decisão e, por tabela, o bandido. O sindicato do crime também é unido na República dos Sindicatos.
- Acabaram com os jetons dos parlamentares há alguns anos, mas, pelo visto, não fez qualquer falta. Os caras inventam de tudo para nos roubar (receber sem trabalhar, pra mim é roubo). São tantos benefícios, além de 13º, 14º e 15º salários, auxílio-moradia, auxílio-paletó e mais uma porrada de auxílios. Para piorar, faem escola entre os funcionários. Um dos bandidos, aquele mequetrefe que se demitiu na semana passada depois de ser pego com a mão na mansão não declarada (vai devolver? Vai ser investigado? Vai ressarcir o que não declarou? Porra nenhuma!), saiu aplaudido pelos cúmplices, ou melhor, colegas de trabalho. Agora vem o escândalo das horas-extras. Quantas outras falcatruas os marginais de segundo-escalão aprontam e a gente jamais fica sabendo?
- Deixa eu voltar pro meu romance, o livro. Tô gostando da brincadeira.
©Marcos Pontes
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