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domingo, outubro 31, 2010

Perdemos Todos

Dilma-Roussef-Inconfidencial

 

O PT ganhou, perdemos todos.

Argentinos e ingleses não se engolem desde a guerra das Malvinas/Falkland. Numa dessas Copas do mundo, jogaria o Brasil contra a Inglaterra. Na ocasião o jornal El Clarín, de Buenos Aires, lançou a manchete “Que percam ambos!”. Ao ver o resultado da eleição que elevou a senhora Roussef à presidência da República, lembrei-me dessa manchete.

Seja por identificação ideológica (minoria); seja por ter melhorado de vida por esforço próprio, seja pelas “bolsas sociais” (uma boa parte); seja por achar que votando na senhora Roussef, estaria votando em seu mento (maioria absoluta), os eleitores que fazem com que os incompetentes, corporativistas e ditadores petistas amealhem mais, pelo menos, quatro anos de poder, escândalos, desvios, censura e vitimização, também perderam.

Como democrata, espero estar completamente errado. Não sou da turma do “quanto pior, melhor”, como eram os petistas quando oposição. Pelo contrário. Como brasileiro que bate ponto, estuda e sua para pagar as contas, quero mais é que o país dê certo e ande para a frente. Mas que dê certo de verdade, não essa falsa imagem de que o país está nos trilhos que as propagandas oficiais dão a entender.

Como oposicionista a esse governo e seus programas falsificados, poderia aqui fazer análises mais rebuscadas para justificar a derrota da oposição, como a compra de votos por meio de artifícios legais, como as “bolsas sociais” ou a exploração exacerbada da imagem do presidente que, por ser o “mais popular” de todos os tempos, confunde os eleitores menos esclarecidos como sendo também o “mais competente”, fato longe de ser verdadeiro. Poderia culpar os opositores de brincadeirinha que olharam mais para o próprio umbigo, de olho na campanha de 2014, como Aécio Neves e Arthur Virgílio (apenas como exemplos). Poderia utilizar do artifício barato de culpar a mídia. Não farei nada disso. Para essas análises existem os “experts” – a maioria chutadores bem assalariados. Me reduzirei à posição de cidadão envergando luto e tristeza.

Na atual campanha não elegi meu governador, meu senador e nem meu presidente. Jamais votei em tantos derrotados nesses 28 anos de eleitor, mas ver a senhora Roussef eleita é a maior das minhas tristezas. Não por ela simplesmente, mas por toda a caga de incompetentes, sindicalistas inoperantes exercendo cargos de chefia, o PNDH-3 que pode ser aplicado na íntegra diante do Congresso venal que se elegeu, dos amiguinhos da tropa que estarão pongados nos cargos e mandando, desmandando e perseguindo quem a eles se opuser.

Que a senhora Roussef é uma mentirosa patológica e uma incompetente de quatro costados, não é novidade, mas, pior, é uma traidora contumaz. Traiu os companheiros de guerrilha a quem dedurou ou “justiçou” (para quem não sabe o que significa esse termo, faça uma pesquisazinha e assuste-se ao final), traiu o marido, traiu os eleitores gaúchos a quem deixou com os cofres da Secretaria da Fazenda vazios. Trairá seus eleitores.

Volto a afirmar meu profundo desejo de estar completamente enganado e que seja apenas um opositor ranzinza e ferido, mas, infelizmente, acho que estou correto.

Zé Dirceu, Lula, Palocci, Delúbio, Mercadante, Erenice, Jaques Wagner, Ünger, Greenhalgh, Tarso Genro, Toffoli... Essa gangue venceu, o país inteiro perdeu, apenas ainda não percebeu e só perceberá muito tarde.

 

©Marcos Pontes

sexta-feira, outubro 29, 2010

acabou!

serra dilma

 

Acabou!

Depois de quatro anos de campanha presidencial, acaba amanhã, oficialmente, essa campanha. Depois de amanhã começa a campanha para 2014. Já vi e ouvi analista da Globo News fazendo exercício de adivinhação e lançando Lula, Marina e Aécio como candidatos mais fortes para a sucessão do sucessor de Lula.

Não vejo em quê esse tipo de especulação pode ajudar ao país. Ainda sequer decidimos quem assumirá no próximo 1o de janeiro e os ditos especialistas já especulam. Vejo essa gente tratando a presidência da República como a novela das oito, que no primeiro capítulo já sabemos quem vai comer quem, quem vai roubar, quem vai em cana, quem terminar junto e feliz e qual o bandido que sairá por cima causando falsa indignação no populacho.

A atual campanha foi fraca. Ouvimos muitas acusações de lado a lado, umas com fundamento, o outras apenas para municiar os ditos militantes – no caso de uma certo partido, mais apropriado seria denominá-los meliantes. Foram desenterrados os passados dos principais contendores, um com muita história de progressão intelectual e serviços prestados, outra com um passado obscuro e ajudado a se manter escondido por aqueles que um dia foram seus inimigos, os militares.

Vimos candidato propondo mudanças para melhorar o pouco que já foi feito e vimos candidata prometendo continuar o que está aí. Seria ótimo se a situação atual fosse o mar de rosas que a propaganda oficial mostra num faz de conta marqueteiro.

Vimos gente com passado ilibado, embora os adversários tentem de todos os modos e com todas as armas, inclusive bombas sujas, macular, sem, contudo, apresentarem fatos e provas cabais. E vemos uma senhora que se escondeu sabe-se onde no período de 64 a 85, nos restando apenas flashs esporádicos de seu passado obscuro.

Vimos um administrador com obras vencedoras em todas as suas realizações públicas, de parlamentar, ministro, prefeito e governador e uma candidata que exerceu algumas direções de órgãos públicos com histórias de insucesso repetidas, seja na Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul, de onde saiu deixando um enorme rombo ao Casa Civil da Presidência da República, onde entrou substituindo um ministro afastado por desmandos e condenado por corrupção e de onde saiu deixando uma companheira que saiu pelos mesmos motivos do antecessor da candidata. Aliás, ao ser afastada, a última ministra chefe da Casa Civil foi a décima primeira pessoa a ser afastada do segundo escalão do governo por envolvimento em corrupção. Com exceção do primeiro, justamente o todo poderoso do partido e do governo, nenhum outro foi devidamente punido e todos estão ainda prestando serviços ao governo petista, seja em cargas de terceiro escalão, seja dirigindo o partido, seja como parlamentares, governadores ou prefeitos. A turma suja do PT não largou o osso e nem foi repreendido pelo partido, faz de conta nada que aconteceu diante da cegueira da Justiça e da conivência dos seus pares, que contam com a desinformação do público passivo.

Temos um homem de longa história de meritocracia se opondo a uma curta e secreta história de incompetência no trato tanto da coisa pública como na administração de coisas particulares, que vão de casamentos mal sucedidos e plenos de traições à falência de loja de produtos populares.

Estudando os currículos, as amizades, as realizações, a moral, a ficha policial, a competência administrativa, enfim, o conjunto biográfico dos dois candidatos, não é difícil escolher o melhor em quem votar.

Se sairá vitorioso, não dá pra fazer exercício de adivinhação, apenas torcer. Em caso da vitória do melhor candidato, todo o país sairá ganhando, embora não se desenhe um caminho colorido e iluminado pela frente, já que contará com um Congresso hostil, mas se ganhar a senhora de muitas vidas secretas, todos perderemos, mesmo e talvez por isso mesmo, ela tendo o Congresso companheiro para apoiá-la e ajudá-la a instalar no país um Estado intromissor, incompetente, fisiológico e nada meritocrático.

Continuemos na batalha incessante e incansável de fazer desse país o país que todos queremos que ele seja nos fazendo presente e participativos na construção de sua história. As urnas nos esperam de boca aberta, não a decepcionemos colocando lixo em seu interior.

©Marcos Pontes

domingo, outubro 24, 2010

Quem manda

Zé Dirceu.....Lula

 

Deu nO Globo, a maioria dos mais de mil artistas e “intelectuais” (as aspas são em homenagem àqueles e àquelas que escrevem um livrinho e passam a dizerem-se intelectuais) que se fizeram presentes no ato no Teatro Casa Grande, Rio, em apoio à candidatura da senhora Rousseff declarou que votaria nela por causa de Lula. Ou seja, o presidente tem poder de transferência de votos também nessa classe dita culta e intelectualizada. O que essa gente não percebeu é que quem vai presidir o país, caso a senhora Rousseff seja eleita, não será Lula, mas ela.

Bom, aí há controvérsias.

Em discurso há, mais ou menos, um mês, em Salvador, Zé Dirceu mandou um recado à candidata, “quem governará será o PT. Será posto em prática o projeto de poder (muita atenção aqui, não é projeto de governo, mas de poder) do PT, algo que não ocorreu no governo Lula. Lula ficou maior que o partido, chegou a hora do partido tomar as rédeas”.

Lógico, as palavras exatas não são essas, mas foi esse o subtexto.

Aí há outra explicação necessária.

Quando Dirceu diz que quem comandará será o partido, e sendo o partido uma entidade abstrata, formada por milhares de pessoas, como pode o partido mandar em algo? É como dizer que a inflação aumentou por capricho do mercado, como se o mercado pensasse e agisse por vontade própria, fosse um ser autônomo.

O que Dirceu deixou claro para a senhora Rousseff e todos os seus luas pardas que esperam uma pontinha de poder num eventual governo Dilma, embora usando palavras tortas, é que quem governará será o mesmo grupo que tentou governar sobre Lula, mas foi atropelado e traído por este diversas vezes.

O PT não é apenas um partido, é uma frente que nasceu da esquerda radical e juntou todo o rebutalho vermelho, sempre ávido de poder, que foi se agregando. MR-8, COLINA, Luta Operária, Libelu,... São muitas vertentes do comunismo emaranhadas sob a estrela vermelha. Alguns foram aos poucos sendo defenestrados, os exemplos mais notórios são Heloísa Helena, Luciana Genro, Marina Silva, Babá, Plínio de Arruda Sampaio. Percebendo que sua corrente ideológica perdia espaço para os capitalistas stalinistas gramscianos e larápios na decisão das linhas de atuação do partido, ou desligaram-se por bem, ou por mal.

Houve uma limpeza por parte dos coronéis, uns devidamente aparelhados intelectualmente e com estudo fisiológico, ideológico, bélico e guerrilheiro suficiente para sufocar as correntes opositores dentro da agremiação, outros apenas para não perderem as benesses que se ganham estando pendurados no saco dos mandatários. Entre os primeiros, aqueles que realmente comandam o partido e o país, estão Zé Dirceu, o capo di tutti capi, o manda-chuva, o mafioso-mor, Greenhalgh, Palocci, Mangabeira Ünger, Berzoini, Zé Eduardo Dutra, Zé Eduardo Cardoso e mais uma pequena meia dúzia. Se o eleitor se esforçar um pouquinho, poderá acrescentar essa lista.

No segundo grupo, dos despreparados intelectualmente, mas que não largam o osso, nem que para isso seja necessário dormir com os líderes, estão Genoíno, Mercadante, Marta e Eduardo Suplicy, enumerando os mais notórios.

Há, óbvio, o terceiro grupo, a multidão sem poder de análise, aqueles que repetem à exaustão as palavras de ordem enviadas subliminarmente pelo grupo do alto da pirâmide. Essa multidão, autodenomida “militantes”, é a enorme massa de manobra que dá risada quando os chefes mandam e metem a porrada quando os chefes sugerem e, exaustivamente para nossos ouvidos e paciência, repetem o que os capi falam.

Colocando-se assim o fluxograma das decisões petistas, espero ter deixado claro para os artistas e “intelectuais”, assim como para a própria senhora Rousseff e seus eleitores que quem comandará o país caso a desgraça se abata sobre nossas cabeças e ela seja eleita, não será ela e nem o temerário Temer – muito próximo da faixa presidencial com a doença que está causando dores, cansaços e mal estar constante na candidata, embora seja assunto proibido pelo Politburo nazipetista -, mas o mafioso milionário Zé Dirceu e seus capitães-generais, o braço forte, impositivo e perseguidor do alto comando.

(Obrigado à @Val_Ce pela sugestão do tema desse post.)

 

©Marcos Pontes

sexta-feira, outubro 22, 2010

Mentiroso e belicoso

Belicoso

Hoje minha empregada chegou toda animadinha. Ouvinte assídua de rádio e amiga conversadeira da vizinhança em que vive num bairro do subúrbio, me comentava efusiva que na “radia” e no bairro todo mundo falava mal do Lula. Segundo ela, um dos comentários ouvidos foi “como é que pode, um homem velho daquele, com a barba já ruça, mentir tão descaradamente?”.

Confesso que a mentira do presidente dos petistas não me surpreendeu. Desde seus tempos de torneiro mecânico, antes mesmo de tornar-se presidente do sindicato dos metalúrgicos, promovia seu umbigo e desfilava sua arrogância às custas de falácias. O próprio dedo cortado há quem desconfie que seja uma peça pregada na Previdência Social.

Parênteses. O que impede um metalúrgico de trabalhar numa das muitas funções da indústria a falta do dedo mínimo? Se ele tivesse direito a uma indenização pecuniária, que a recebesse, mas aposentadoria? É escárnio com quem trabalha todos os dias, até mesmo em cadeira de rodas, cego ou maneta. Fecha parênteses.

Quem assistiu este senhor manifestar-se em cinco campanhas presidenciais nem precisa conhecer sua vidinha boçal de sindicalista ou apagada de deputado federal constituinte para relembrar suas cascatas.

Mas, vamos lá, esqueçamos esses períodos e nos fixemos nesses oito anos sob sua pseudopresidência (os presidentes de fato são um colegiado nazipetista por demais conhecido por quem lê jornais e tem discernimento).

Cadê os 4% do PIB prometidos para a Ciência e Tecnologia? Cadê o computador por aluno de escola pública ou, menos, o lap top por professor? Cadê o Fome Zero natimorto? Cadê a reconstrução do Haiti? Cadê a Saúde perfeita? Cadê o “quem apostar contra Palocci, vai perder” (se bem que perdemos todos mesmo com a saída do superministro)?

Confesso, minha memória é curta para lembrar todas as mentiras.

O que me causa temor real, séria preocupação com o futuro que se desenha agora que este senhor pode tirar sua máscara de paz e amor e revestir a verdadeira ele de déspota comunista, é o fato de tratar um candidato à presidência como eu trataria um marginal que me batesse a carteira. Preocupante é seu espírito beligerante que insufla seus partidários ou, como eles gostam de autodenominar-se, militantes a agirem fisicamente com a mesma truculência com que ele age verbalmente.

Me assusta o fato de ele recitar o currículo do médico que atendeu ao candidato tucano como que se o fato dele ter trabalhado sob a administração de César Maia fizesse dele, automaticamente, um farsante. Bem ao feitio dos muito negados dossiês que, volta e meia, acusam os petistas de preparar contra alguém (já foram vítimas Dona Ruth Cardoso, FHC, Eduardo Jorge, Mendonça de Barros, Verônica Serra e tanta gente mais), Lula usa de seus espias para debulhar a vida do doutor Jacob Kligerman em público e desmerecer um oncologista renomado pela sua ânsia de vencer uma eleição.

Um estadista, antes de tudo, é aquele que sabe de suas responsabilidades como representante de todo um país, não apenas da parte dos cidadãos que votaram nele e, na condição de maior juiz do país, cabe a ele a agregação do seu povo em busca o melhor projeto político-econômico-social para todos.

Com sua postura de brucutu, Lula, no apagar das luzes de seus mandatos, dá mais uma demonstração de que é o mais despreparado presidente que a República já teve nas últimas décadas. Na sua carona, o presidente do seu partido, sua candidata e os maiorais do partido que repetem como papagaios sua argumentação rasa para justificarem a agressão de algum petista mais aloprado que a média, confirma o PT como o partido ideal para Lula.

©Marcos Pontes

sexta-feira, outubro 15, 2010

a fé desfaz presidente?

1 a evan religiao politica

 

Até dois dia atrás eu e a Dona Chica (para os desavisados, Dona Chica é minha mui digna esposa), tínhamos um amigo, residente em outro estado, mas que já foi recebido em nossa casa e estava com passagem comprada para voltar a nos visitar e aqui ficaria hospedado.

O dito ex-amigo diz-se budista, tem um baita emprego público, é homossexual, adicto de drogas ilegais (não sei de todas suas experiências, mas já foi socorrido pela Dona Chica após uma quase over dose de cocaína, anos atrás) e tem profundas cicatrizes existenciais que inquietam sua existência mundana.

Pelo pouco que sei do budismo, é uma doutrina que visa levar o indivíduo ao nirvana, o fim dos sofrimentos, por meio do equilíbrio, este alcançado a partir do autoconhecimento. Estou errado? Me corrijam.

Não há religião ou filosofia milagreira. O indivíduo não atingirá o nirvana ou a santidade, seja lá qual for seu ideal de fim de sofrimento, sem antes passar pelo sofrimento em si. Ninguém é alçado a instância espiritual superior se não for pelo esforço, pela disciplina, pelo conhecimento, pelo aprendizado. Não basta se dizer desta ou daquela doutrina se “assina” sua ficha de adesão, mas não segue seus princípios. Não será católico de verdade se desrespeitar sem culpa os dez mandamentos, não será evangélico de fato se tiver em sua estante uma imagem da virgem Maria, e nem atingirá o nirvana se não encontrar no sofrimento mundano as portas para o equilíbrio.

Não se tem na história da República uma campanha que tenha se utilizado tanto dos princípios religiosos, principalmente os cristãos com fins eleitoreiros. E, por mais que a candidata petista acuse a oposição de ter levantado falsas acusações sobre sua religiosidade e seus princípios cristão, foi ela própria quem se colocou na berlinda ao assumir, durante entrevista À Folha de São Paulo, sua posição a favor do aborto por qualquer mulher que o quisesse fazer, e com recursos públicos. Ao dizer-se contrária, então já pré-candidata petista à presidência, armou os opositores. Não por sua defesa do aborto, mas por mentir.

Ser a favor do aborto é democrático, cada cidadão tem suas convicções, é direito garantido pela Constituição Federal a manifestação sobre esta ou aquela fé, esta ou aquela posição social (só o nazismo e a pedofilia são proibidos, mas esse é papo pra conversa mais longa), o que é inadmissível num candidato à presidência é a mentira deslavada, a mudança de posições de uma hora para a outra de acordo com suas aspirações eleitorais.

Dilma, educada em escola católica, mostrou que sequer sabe fazer o sinal da cruz, algo que não se esquece pela falta de prática, mas que, para tentar desfazer a imagem de abortista que ela mesma construiu, foi à missa no santuário de Nossa Senhora Aparecida. A mentira também é pecado condenado pelo catolicismo ou, pior, falar o santo nome de Deus em vão.

Agindo como agiu, Dilma além de macular sua já obscura imagem, quebrou sua candidatura em mais de mil pedaços. Voou pedaço de candidatura para todos os lados. Unindo-se a isso sua amizade, também negada, com Erenice 6% (seria um belo apelido para meretriz, o que não é o caso, fique claro), aquela que teve até artigo assinado por Marcos Coimbra na Folha de São Paulo, no dia 3 de outubro, elevando-a à presidência incontestavelmente, perdeu o fôlego, como o “cavalo paraguaio” do ideário popular.

Ela ajudou a se destruir do mesmo modo que nosso ex-amigo ajudou a destruir a nossa amizade por meio da religião.

Como e já disse, gay, ele deseja ver Dilma presidente para que o PNDH-3 se torne política de Estado e ele tenha o aval do estado para contrair “matrimônio” com companheiro homófilo. Justamente ele, tão destruído em suas convicções, com o espírito esfacelado que o budismo não conseguiu consertar, por isso mesmo não consegue manter um relacionamento por mais de duas semanas, desde que o conhecemos.

Ousou, o pobre rapaz, agredir Dona Chica naquilo em que ela mais tem convicção: sua fé católica. O mesmo fez Dilma. Destruiu a amizade que se parecia sólida entre sua candidatura e o eleitor religioso ao ferir sua religiosidade, seja com a defesa do aborto, seja com o pecado da mentira. Pior, mentira repetida à exaustão na esperança de que se tornasse verdade, o que não ocorreu e, ao que parece, não acontecerá.

(O tema desse post é uma junção das sugestões dos dois amigos tuiteiros @PoncianoMartins e @PhoenixVeritas, a quem agradeço).

 

©Marcos Pontes

quarta-feira, outubro 13, 2010

chefes e líderes

Piñera

Quando aconteceu a tragédia do furacão Katrina, arrasando New Orleans, a principal crítica que se fez ao então presidente George W. Bush, além da demora de envio de recursos às vítimas, do desvio de dinheiro para o socorro, foi a ausência dele no local.

Parecendo alguém que conhecemos, o presidente da mais poderosa militar, econômica e tecnológica nação do mundo afirmou que jamais havia sido alertado para a real magnitude da tragédia que se avizinhava. O presidente tatibitati não enviou tropas suficientes, gêneros alimentícios, remédios e assistência em quantidade e em tempo aceitáveis. Pior, ausentou-se, ele próprio.

Ao contrário dele, o prefeito de Nova Iorque, Rudolph Giuliani, não arredou pé dos arredores do atentado duplo ao World Trade Center. Sua ação pronta, a disponibilidade imediata de todos os recursos disponíveis e, principalmente, sua liderança constante o alçaram ao patamar de herói nacional, sendo mesmo lembrado à disputa pela presidência, disputa que, muito provavelmente, seria vitoriosa, não fosse o câncer para lhe interromper a trajetória.

A comparação entre esses dois atos levam bem à diferenciação entre chefe e líder. Bush tinha às mãos todos os recursos que quisesse, seja material, seja de pessoal, do seu próprio país ou de nações amigas, principalmente daquelas que têm brigadas bem preparadas e equipadas para socorrer vítimas de tragédias naturais, mas se ausentou. Sua boçalidade de semideus, a prepotência texana, lhe diziam que sua simples envergadura da faixa presidencial (isso é apenas uma figura de linguagem. Faixas presidenciais só existem em paizinhos subdesenvolvidos) bastavam para resolver tudo. Já Giuliani tinha noção de que a presença do chefe, o exemplo do guardião legal de um povo ajudam a elevar a moral dos seus comandados, não deixam esmorecer o ânimo, fazem o sangue da tropa circular mais rápido e desprega as mãos dos corpos inertes, levam à ação efetiva. A boa palavra e o exemplo contagiam.

Vimos agora, por quase 24 horas, Sebastián Piñera ao lado de sua tropa, depois de 69 dias de planejamento, investimento, engenhosidade, desprendimento e, principalmente, presença junto aos seus subordinados, resgatar um a um dos 33 mineiros que se encontravam confinados a mais de meio quilômetro abaixo de seus pés.

Piñera, independentemente dos dividendos políticos que arrebanhará, para despeito dos que têm alma pequena, foi líder. Não deixou de valorizar seu ministro de minas e o engenheiro chefe, outros dois comandantes que não arredaram pé do sítio em que se montou o quartel general de campanha e ação.

Não bastasse o presidente, estava ali a primeira dama, serena, acompanhando as famílias dos mineiros, aflitas e ainda mais inquietas com a proximidade do resgate. Não foi simplesmente uma boca de silicone e feições de botox sob uma cabeleira aloiradamente artificial maquiada para as capas de revistas e jornais. Foi companheira do seu homem e ombro amigo de seu povo.

Não pude deixar de escrever este texto, não pelo clamor da obviedade do momento, mas porque, enquanto assistia ao último homem sair daquela cápsula, um caixão que tira da terra ao invés de empurrá-lo para o fundo, me veio à mente a presença desses líderes e chefe em momentos cruciais para seu povo. Como se diferenciam os que dão ordens porque podem dá-las e os que sabem ouvir seus comandados e municiarem-nos de recursos para que executem da melhor forma a tarefa que sabem fazer.

Por dois anos Santa Catarina sofreu com enxurradas, cidades foram destruídas, vidas foram perdidas, famílias ficaram sem teto, e onde estava o presidente brasileiro? Entocado no palácio. Até os recursos parcos e atrasados que o governo federal enviou foram desviados. Investigações que apurariam o envolvimento das mãos sujas do filho presidencial foram engavetados.

Tragédias outras, em pouco espaço de tempo, ocorreram em São Paulo e Rio de Janeiro e o presidente da República sequer tirou a sunga verde com que se bronzeava nas águas reservadas da Praia do Forte.

Mais recentemente Recife e o interior pernambucano também sofreram o flagelo das enchentes. Nem em seu estado natal o presidente pôs os pés. Fez um voo de helicóptero, e só. Muito mais por propaganda do que por solidariedade.

Definitivamente, nosso Brasil não tem um estadista ou um líder no comando, no máximo um chefe que sequer sabe dar ordens e impor moral. Suas ordens são descumpridas e, quanto ao moral, cada contribuinte que dê seu jeito de elevar a sua.

 

©Marcos Pontes

segunda-feira, outubro 11, 2010

Primeiro round

debate

 

E a Marina esfrega as mãos...

O Brasil viu a nova, ou melhor, a verdadeira face de Dilma no debate de ontem. Cansada de tentar ser a Dilminha Paz e Amor, à imagem e semelhança de seu tutor, resolveu passar ao ataque, mas, como disse o Augusto Nunes, em seu blog na Veja, “partir para o ataque não é para principiantes”, o que, em outras palavras, quer dizer, bateu por bater, sem preparo, irascível e se perdeu.

A imprensa internacional, como jornais da Espanha, Portugal, Argentina, Venezuela e EE.UU, os que tive a oportunidade de ler logo após o encerramento do debate, também notaram a nova postura da candidata petista.

Coincidência ou não, justamente dois dias depois de ser anunciado o boquirroto Ciro Gomes como um dos coordenadores de sua campanha, Dilma começou atacando a mulher do Serra por esta ter-lhe criticado as duas caras em se tratando de aborto. Usando do jogo de palavras típico de quem não tem argumento, ela chamou Serra de mil caras. Aí também se perdeu.

Serra apenas regulamentou, quando ministro da saúde, o aborto para mães que corriam risco de morte com a gravidez que se desenvolvia, regulamentação essa depois de discutido e aprovado no Congresso. A postura dele, um homem com aços estreitos com a Igreja Católica, como todo com convivente com os italianos da Mooca, Serra não contrariou sua postura de antiabortista, mas mostrou-se um democrata que assimila a vontade da maioria.

Acusando a oposição, a começar pelo candidato a vice, Índio da Costa, de lançar boatos contra ela, Dilma foi quem puxou o assunto, mas foi desmascarada pelo adversário que falou que os vídeos da sabatina da Folha em que ela deixa bem claro sua posição a favor do aborto.

Embora o aborto seja questão complexa, que mesmo em países onde a prática é legal há uma cisão entre os cidadãos, até mesmo com atentados contra clínicas, em se tratando de plataforma eleitoral não passa de tema secundário. Um presidente sozinho não decide sobre a questão. A celeuma toda em torno do tema deu-se mais pela mudança eleitoreira da postura da candidata, que agora diz-se contra e usa isso como mote de campanha.

Serra, excessivamente cavalheiro no trato com a adversária, perdeu boas chances de desmascará-la em outras mentiras, como a reforma dos aeroportos, que começaram no governo FHC, mas que contaram com vários apagões aéreos durante o governo Lula.

Sou testemunha de que as reformas aeroportuárias começaram antes do governo Lula. Pelo menos três aeroportos pelos quais passei foram reformados e/ou ampliados no mandato anterior: Porto Seguro, Fortaleza e Belém, sem contar com Salvador, que até teve o nome trocado de 2 de Julho para Luís Eduardo Magalhães.

Outro tema pouco explorado por Serra foi a mentira da capitalização da Petrobrás, que passou uma semana de desvalorização depois de passado o efeito da injeção de dinheiro público em algo que sequer se sabe se dará certo, o pré-sal. Mas, na insistência da petista na questão das privatizações, ele foi assertivo, embora raso, talvez devido ao pouco tempo para explorar o tema. O fato é que o Brasil se comunica com muito mais facilidade e mais barato do que na era pré-FHC em que telefone era para ricos e sortudos, dada a pequena oferta de linhas, principalmente as residenciais.

Em muito eles são iguais, como na sua origem esquerdista, mas, enquanto a Dilma fazia oposição armada À ditadura, ações que se tornaram inócuas no restabelecimento da democracia, Serra fazia parte dos que usavam o cérebro antes de usarem as armas, como Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Teotônio Vilela, Paulo Brossard e tantos outros grandes nomes que a história teima em esquecer, mas que foram preponderantes no restabelecimento dos direitos civis que ora o PT e seus aliados tentam derrubar por terra com o PNDH-3.

A agressividade de Dilma serviu apenas para dar palavras de ordem para seus seguidores pouco analíticos, mas, eleitoralmente, a empurrou um ouço mais para o fundo do poço que ela, Ciro, Vaccareza e Lula estão cavando para enterrá-la.

O PT já anunciou que ela não participará dos próximos debates, sendo 6 os agendados. Talvez considerem os 7 pontos percentuais de vantagem que o Datafolha lhe imputa como irreversíveis e a eleição garantida. Contar com o ovo nas entranhas da galinha pode ser apenas mais um erro da coordenação de sua campanha, mas um erro fatal. Resta à oposição explorar bem sua ausência.

Esperemos enquanto trabalhamos.

 

©Marcos Pontes

terça-feira, outubro 05, 2010

maré verde-amarela

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Há sabe Deus quantas gerações, conheci um grupo de universitários que combatiam a ditadura, da qual meu pai fazia parte indiretamente, já que era oficial do Exército.

Um parênteses para explicar um pouco a postura do Chico, meu pai, antes que apareça um julgador prévio e o acuse de torturador e outras desinformações espalhadas pela esquerda idiota – desculpem, mais uma vez não consegui evitar a redundância.

Quando deu-se o golpe que, quer queiram, quer não, foi uma revolução, meu pai colocou-se contra. Na época ele servia no 230 Batalhão de Caçadores, em Fortaleza, justamente a terra de Humberto Castelo Branco, o primeiro general a sentar na cadeira da presidência. Haviam, então, três tipos de punição por insubordinação: cadeia, expulsão e exílio na fronteira. Por ser bom militar, meu pai foi enviado para Guajará-Mirim, no então Território Federal de Rondônia, lá na fronteira com a Bolívia, onde só era possível chegar em barcos pelo Rio Madeira-Mamoré ou por aviões da FAB.

Criado no ambiente militar e mais tarde estudante no internato do Colégio Militar de Manaus, aquela liberdade cantada e requisitada por aqueles jovens cabeludos, maconheiros, com bolsas a tiracolo e sandálias de couro de bode, me encantou (tirando a maconha, da qual nunca fui amiguinho). O ambiente de clandestinidade, mais por brincadeirinha de super herói, de alguns, o ar tenso das armações sub-reptícias contra o poder estabelecido, a propagação da idéia de igualdade para todos, as catequeses esquerdistas, o ar grave com que alguns levavam a sério as maquinações que mais tinham como fundamento a lavagem cerebral e incutir idéias bolcheviques na cabeça da negrada que sequer assistia às aulas sérias, a mim parecia, de fato, brincadeirinha de mocinho e bandido que eu travava com meus irmãos depois de assistir aos banguês-bangues nas matinês domingueiras no Cine Melhém. Estava em Belém.

Mas algo disso tudo eu filtrava: deveras era necessário democratizar o país.

Entre aqueles cabeludos fedorentos e as fedorentas de batas indianas, havia gente de todos os matizes vermelhos, do mais desbotado, quase róseo, ao mais vivo carmim. MR-8, Libelu, Colina, Luta Operária, PCB, PCdoB e sabe-se lá que outras letrinhas combinadas nessa sopa mal temperada. Todos queriam que seus grupos saíssem da clandestinidade, no que eu, idealista sem ideal ideológico, concordava.

Nas primeiras eleições livres para governador, aquela em que o MDB deu um baile na Arena e ganhou quase todas as governadorias do país, pasmem, votei em Jáder Barbalho. Essa conta eu terei que pagar a São Pedro.

Nunca participei de ações vândalas mais sérias do que pichar os muros do cemitério de madrugada, no máximo participei de algumas manifestações estudantis, fugi de uns cassetetes e aspirei algum gás lacrimogênio, clandestino do governo e da minha mãe, que sabia que essas minhas idéias “comunistas” poderiam me levar à cadeia ou a uma repreensão ao pai milico. O fato é que eu estava mais pra dar em cima das fedorentinhas de bata indiana, tomar tatuzinho de graça e fazer farra do que na intenção de derrubar qualquer governo à força. Eu simpatizava muito mais com os políticos que negociavam a abertura com convicções, argumentos e ações legais do que com aqueles aloprados adolescentes que achavam que poderiam mandar num paizão desse tamanho como mandava em seus tabuleiros de Banco Imobiliário ou War.

Aqueles caras terminaram criando o PT. Eu vi a salada vermelha que era o partido e vaticinava aos amigos de fora do grupelho, “o dia em que esses caras conseguirem o poder, vai ser uma briga de foice entre eles pra ver quem ficará no comando”. E isso aconteceu. O PT pariu o PSTU, o PSOL, o PCO e sabe-se lá quantos outros partidos. Uma turma mais séria, mais consciente de sua ideologia, de olho na real melhora do país, da Amazônia e do planeta foi ficando, ficando, ficando, até que emancipou-se e tornou também um partido, não só com gente fugindo do PT, mas de organizações não governamentais, que ainda não tinham essa deplorável classificação, de outros partidos e universidades, cérebros independentes que não se deixaram esmorecer pelos preconceitos, gozações e descrédito.

O Partido Verde sempre foi sério, embora apresente aqui e acolá um ficha suja que se aproveita da seriedade dos verdes para esconder suas intenções desonestas.

O Partido Verde de hoje é o PT dos anos 80, com uma grande vantagem, ele não quer conquistar o mundo, quer melhorá-lo e pode ajudar muito a melhorar esse Brasil nosso que vem sendo pintado de vermelho. Marina não conseguiu o segundo turno, o que é uma pena já que para todos seria muito mais promissora uma disputa entre ela e Serra do que entre Serra e a candidata do governo, mas bem poderia, mesmo com sua alma petista, emancipar-se do câncer que é aquele partido para sempre e ajudar Serra na luta contra o dragão encarnado que prepara-se para nos engolir sem mastigar.

 

©Marcos Pontes

segunda-feira, outubro 04, 2010

receita para vencer

Jose-Serra (1)

Meus pitacos para que a campanha de José Serra seja vitoriosa no segundo turno. Se são factíveis, se alguma delas for útil, podem mandar para Serra e seus marqueteiros. Se não tiver pé nem cabeça, fica a sugestão para que se faça tudo ao contrário. Seja lá como for, na condição de eleitor minimamente informado e antipetista de quatro costados, espero estar dando minha colaboaraçãozinha para que a ditadura vermelha que se avizinha morra no nascedouro.

1. Marina será o fiel da balança. Se somarem-se os votos que teve aos obtidos por José Serra, eles superarão os conquistados pela candidata do Planalto. Seria um tremendo golpe na campanha petista/peemedebista e um ponto enorme para o carisma do vice Índio se ele procurasse a Marina e oferecesse a ela seu cargo. Parece loucura? Não, seria um golpe de mestre.

Se o Índio renuncia ao posto e Marina o aceita (logicamente em troca de uns dois ministérios), ele sairia como com um homem de alma grande, comprometido com a causa, nome forte para as eleições de 2012 e, lógico, lembrado para 2014. Roubaria de Aécio a faixa de mais eminente colaborador da campanha, levando este a se desdobrar no apoio ou, aí o risco, enciumar-se e enclausurar-se em seu ciúme.

2. O marqueteiro de Serra tem de acabar com a imagem de bom moço, cavalheiro, e partir para o ataque. No Nordeste, onde a candidata petista tem seu mais forte desempenho, é característica dos eleitores gostarem de candidatos combativos, que gritam, batem na mesa e não poupam os adversários. Pode não ser lá muito “civilizado”, “moderno” ou politicamente correto, mas é assim que é. São muitos os exemplos atuais, sem contar com os inúmeros exemplos históricos como Deodoro da Fonseca e João Pessoa, que, embora não candidatos, conquistaram seus povos por conta da bravura. Temos na ativa ou há pouco agindo Collor, Ciro e Cid Gomes, ACM, Mão Santa, Tasso Jereissati, Miguel Arraes, Renan Calheiros e tantos outros, campeões de urnas, independentemente de gostarmos ou não de sua ideologia, seu caráter ou sua honestidade.

Para o eleitor analfabeto que vota porque recebeu um saco de farinha ou um cartão de Bolsa Família, chama muito mais a atenção o cabra macho que espinafra os inimigos – para essa gente não existe adversário, palavra difícil e sem sentido, mas “inimigo político”. Mostrar firmeza de convicções e bravura ao encarar os desafetos é muito mais importante do que defender a lisura do pleito, as instituições democráticas, o déficit crescente da Previdência Social...

Não há qualquer necessidade de Serra mudar suas convicções, basta adaptar o discurso ao gosto do eleitor. Não precisa acrescentar às falas um sotaque de Cabrobó ou comer buchada de bode em Itapipoca ou subir de joelhos o horto do Padre Cícero, mas ser firme na postura.

3. Desmascarar Lula, as mentiras de seus números, a conivência com os bandidos que o cercam. Fazer o povão ver o quão desonesto e mentiroso tem sido a gangue vermelha no decorrer desses anos.

Se não quiser fazê-lo diretamente com medo de falar mal do presidente que tem popularidade maior do que a totalidade de habitantes do país, como dizem os mesmos institutos que afirmavam a vitória de sua candidata em primeiro turno, que permita que seus companheiros eleitos e fortalecidos o façam.

Colocar Alkimin, Álvaro Dias, Jatene, ACM Neto, Rosalba Carlini, Blairo Maggi, Aloysio Nunes na linha de frente desmascarando a administração da neopetista e seus assessores, sem papas na língua só poderá ajudá-lo. O fato é que para derrubar essa gangue tão fortalecida, todas as armas legais serão bem vindas.

©Marcos Pontes

sábado, outubro 02, 2010

Vamos?

jose-serra

 

Chegamos, enfim, ao último dia (desculpem a redundância). Nesse muitos meses de campanha, incluindo a permitida e a campanha caixa 2, aquela que corria solta antes do tiro de largada do TSE. Vimos gente subir, gente descer, vimos gente prometer e gente negar. Vimos acertar e gente errar muito feio. Vimos senso de moralidade se consolidar e honestidade ir à lama. Vi gente tentando corrigir erros e gente negando que errou, mesmo com o erro evidenciado por provas, testemunhas e testemunhos, reportagens, fotografias e gravações. Vimos gente reafirmando quem de fato é e gente negando o que falara antes pela necessidade de arrebanhar votos. Vimos gente que asfalta a própria estrada e vimos gente desfilando pelos caminhos tortuosos pavimentados pela mentira, a manipulação dos índices sociais e uma popularidade mentirosa de seu mentor. Vimos gente que tem ficha de amplos serviços prestados à nação e gente que tem ficha corrida policial, ou deveria ter. Vimos gente que sabe o que fala e vimos gente que fala o que o mestre mandar. Vimos gente que tem um passado transparente e vimos gente que tem um passado obscuro, desconhecido e com enormes hiatos na biografia. Vimos gente que tem relação conjugal estável, fidelidade e companheirismo com o cônjuge, filhos e netos e gente que casa e descasa, casa filha com financiamento de empresa amiga e não pode afirmar quem é ou foi o cônjuge, entre tantas aventuras e traições que produziu. Vimos gente fiel a seus princípios e seus pares e vimos gente que traiu os próprios companheiros de luta apenas para ficar bem com os inimigos declarados. Vimos gente que teria direito a indenização e pensão vitalícia por conta de perseguições sofridas em seus tempos de oposição, mas abriu mão por achar moralmente reprovável esse expediente, e vimos gente que, além de indenização e bolsa ditadura, ainda recebe salário de muitos zeros para fazer parte de um conselho fiscal de estatal que jamais se reúne.

Vimos Serra, vimos Marina e vimos Dilma. Os demais candidatos nós não vimos, apenas ouvimos falar que existem

Entre os três principais candidatos à presidência, fica fácil identificar cada um com cada característica acima. Aquele que pontuar mais vezes na primeira categoria dos pares apresentados é, indubitavelmente, o mais preparado entre eles para nos governar, então, por que optar por um dos outros dois?

Aliás, os próprios opositores e seus coligados não refutam a afirmação de quem é o mais capacitado, seja por sua escolaridade, seja pelas suas ações à frente dos executivos estadual e municipal da máquina motriz dessa nação, a cidade e o estado de São Paulo.

Encerrada a campanha desse primeiro turno, voto de cabeça erguida, com a consciência limpa de que estou ajudando a escolher o Brasil e convoco aos amigos que ainda estão em dúvida e os que estão optando pela mais despreparada para me seguirem. Amanhã, vestindo azul e amarelo, vou às urnas e teclarei 45 na escolha à presidência. Vamos?

©Marcos Pontes