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quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Nazismo e comunismo, gêmeos em maldade

comunismo-nazismo

Há quem defenda a traição do casal Rosemberg, traidores do programa atômico americano, conhecido como Projeto Manhatan, que acabaria na criação da bomba atômica. Julius e Ethel Rosemberg, executados em 1953 pelo crime de traição, dirigiam uma rede de espionagem soviética e infiltraram espiões, entre eles o cunhado de Julius, sargento mecânico que trabalhava em Los Alamos, onde acontecia o projeto.

Os defensores dessa traição argumentam que foi graças aos segredos enviados pelos Rosemberg que o mundo pode equilibrar-se, tirando dos Estados Unidos o título de única superpotência.

Hoje o programa nuclear iraniano só acontece porque, com o fim da União Soviética, centenas de cientistas desempregados ou recebendo salários famélicos colocaram à venda seus conhecimentos sobre física nuclear e todos os demais ramos que concorrem para a elaboração de um projeto dessa magnitude. Por trás deles uma máfia formada por ex-agentes do estado soviético, também insatisfeitos com a nova realidade russa, traficam componentes essenciais para as plantas nucleares, esquemas técnicos e, desconfia a CIA, até combustível.

De fato, as únicas bombas atômicas lançadas contra um país inimigo, foram as americanas contra o Japão. Sabendo que a URSS também dominavam a tecnologia para o fabrico desse armamento, os EUA preferiram negociar em incontáveis mesas redondas do que provocarem os aloprados soviéticos, mesmo porque Cuba já estava se tornando uma base de mísseis atômicos bem no quintal da Flórida.

Os soviéticos, em busca da luta de classes e desejando criar o homem perfeito, aliou-se ao nazismo de Hitler, também defensor da idéia da raça ariana como a mais preparada e digna de governar o mundo.

Mas Hitler, muito mais aloprado que os sanguinários Lênin e Stalin juntos, achou que poderia engolir a União Soviética também. Foi aí que se deu mal.

Derrubado o III Reich, nazismo tornou-se palavrão. Não são poucos que vêem seu líder como o anticristo e seus seguidores assassinos em potencial, com uma boa dose de razão. Mas e os comunistas?

Bom, esses dominaram o Oriente com a aquiescência velada dos Estados Unidos, que bancavam o Japão como cabeça de ponte no continente asiático, dividiram a Coréia, o Vietnã e mais alguns paisezinhos. Preferiam ter os comunistas como inimigos de estimação do que mexer na casa de marimbondo.

Com Hitler e suas hienas amestradas sob o cabresto, até a Alemanha foi mutilada, cabendo uma parte para os capitalistas e a outra para os comunistas. A propósito, está ali o maior exemplo de que no capitalismo é muito melhor para se viver, mesmo cheio de defeitos, do que no comunismo, basta comparar a qualidade de vida dos cidadãos das duas Alemanhas.

Nazismo tornou-se sinônimo de diabo, coisa de malucos, párias de uma sociedade mundial que se deseja moderna, tolerante e igualitária em suas desigualdades. E o comunismo?

Este infiltrou-se nas universidades, sindicatos, entidades classistas e até no meio empresarial, usando o capital do capitalismo para minar seu desenvolvimento. Não são poucos, inclusive no Brasil, que capitães de empresa e grandes industriais que defendem práticas e governos socialistas, até mesmo bancando seu crescimento apenas para continuarem fazendo negócios e manterem seu status quo.

A bem da verdade, comunismo não é tão bem visto, por isso todos os comunistas, inclusive os da corrente governista há mais de dezesseis anos no poder preferem ser chamados de socialistas, uma versão mais light do comunismo. Mesmo os mais intelectualizados fecham os olhos para o massacre de mais de 100 milhões de pessoas praticado pelos comunistas mundo a fora desde 1917 e que continua matando e oprimindo que ousar contradizer suas regras.

Estima-se que o nazismo de Hitler foi responsável pela morte de um quinto disso, algo em torno de 20 milhões de pessoas, dos quais 6 milhões judeus.

Se esses números estão corretos, o comunismo/socialismo é cinco vezes mais anticristo do que o nazismo e como este também deveria ser proibido, excomungado, negado e vigiado sob leis duras.

Sugiro que assistam aos seis vídeos do documentário The Soviet History, em espanhol, e confirmem a crença de que essa gente pode não ser o Diabo personalizado, mas é bem pior que ele. Mas, aviso, tem que ter estômago forte.

 

Este texto nasceu de um bate papo com o tuiteiro @_LeandroRS .

 

©Marcos Pontes

3 comentários:

Dri Falavigna disse...

O paralelo entre nazismo e comunismo é inevitável e tal como ensina Hanna Arendt em seu "Origens do Totalitarismo", são as faces da mesma moeda. O nazismo tratou do social-nacionalismo juntamente com a eugenia, visando a pureza racial através de diversas medidas, que passaram pelas mortes de doentes mental e deficientes físicos até o extermínios dos judeus, ciganos e prisioneiros de guerra russos, esses considerados subraça.
O comunismo matou, e continua matando, para fins políticos sob a bandeira do proletariado. Parece simples, mas o projeto de poder é complexo e envolve um discurso que arrasta jovens de várias gerações.
No entando, após o final da II Guerra Mundial, estava dentre os vencedores e, assim, escreveu o seu lado da história, com a anuência dos aliados.
A menção do nazismo provoca asco e suscita crimes de guerra. O comunismo, como bem apontado no texto, foi suavizado pela expressão socialismo, até como escape de uma história sangrenta, mas as fotos dos seus percursores estão aí, como sempre.
Dualidade que continua, por mais uma geração, ao menos.

Ana Graña disse...

Bom dia Marcos, seu artigo esclarece (para quem não percebe) e mostra a semelhança entre o nazismo e o comunismo.
Vou assistir aos vídeos com calma. Quando caiu o muro de Berlim, a diferença entre a Alemanha Ocidental e a Oriental era enorme. Se o país é bom, proibir seus habitantes de imigrar torna-se desnecessário, isso é lógico. Não existe americano com vontade de fugir. Eles podem imigrar quando, para onde e como quiserem.
Cuba mantém esta proibição e os presos de consciência, (pessoas que discordam do sistema político), isso é comunismo. Quando estava no colégio aprendi que era comunismo, mas agora ensinam o termo socialismo. Você acertou no alvo.

Ana Graña disse...

Bom dia Marcos, seu artigo esclarece (para quem não percebe) e mostra a semelhança entre o nazismo e o comunismo.
Vou assistir aos vídeos com calma. Quando caiu o muro de Berlim, a diferença entre a Alemanha Ocidental e a Oriental era enorme. Se o país é bom, proibir seu próprio povo de imigrar torna-se desnecessário, isso é lógico. Não existe americano com vontade de fugir. Eles podem imigrar: quando, para onde e como quiserem.
Cuba mantém esta proibição e os presos de consciência, (pessoas que discordam do sistema político), isso é comunismo. Quando estava no colégio aprendi que era comunismo, mas agora ensinam o termo socialismo. Você acertou no alvo.