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terça-feira, agosto 30, 2011

Dirceu, Veja e o tempo

Capa veja
Sendo verdade o que consta no boletim de Ocorrência que Zé Dirceu registrou contra o repórter da revista Veja, que teria tentado invadir sua suíte no seu bunker 5 estrelas, tenho que reprovar a atitude da revista e de seu jornalista, algo, porém, não me leva a crer muito nisso: O tempo.
Por que, somente na véspera da revista chegar às bancas, dias depois da “invasão” do jornalista, o lobista-capo-consultor-traficante de influência-e outros adjetivos nada nobre foi à delegacia? Por que não o fez na data do ocorrido que, sejamos lógicos, não ocorreu na data da queixa policial uma vez que não haveria tempo para que a reportagem fosse escrita, revisada, discutida, diagramada, imprimida e distribuída no exemplar do dia 31 de agosto, sem falar que a primeira foto da reportagem data de 7 de junho, quase dois meses antes.
Uma vez que Dirceu e seu fiel séquito comparam a atitude de Veja com as bisbilhotagens que destruíram um jornal e a credibilidade de Rupert Murdoch, na Inglaterra, não consigo deixar de fazer uma comparação com o caso Strauss-Khan, que tirou da competição o mais provável sucessor de Sarkozy, no eixo Nova Iorque-Paris. Só que em caminho inverso.
Em Nova Iorque uma camareira de moral duvidosa destruiu a imagem de um todo poderoso, em Brasília um todo poderoso de moral comprovadamente enlameada tenta destruir a reputação de uma revista com 43 anos de serviços prestados à democracia e à nação.
Não tenho procuração ou interesse para defender a revista Veja, mas não deixo de lembrar o furor comemorativo da esquerda quando o número 1 de veja foi às bancas com os símbolos comunistas na capa, em pleno 1968, quando eu era apenas um garoto de calças curtas interessado nas leituras do pai, leitor compulsivo.
O tempo, ah, o tempo... Nos esquecemos de muitas coisas à toa e de algumas importantes, mas nos lembramos sem esforço da história acontecendo à frente dos nossos narizes. A esquerda que tinha Veja como aliada, hoje a apedreja como inimiga mortal, dedicando à Carta Capital o status de seu único e confiável porta voz. Contudo, a revista de Mino Carta que fique esperta. É inerente à esquerda, desde Lênin até Celso Daniel, Palocci-Dirceu, Dirceu-Dilma, decapitar os aliados que não têm mais serventia.

©Marcos Pontes

14 comentários:

ampg5 disse...

Simplesmente brilhante. Direto ao ponto.

Voz de Paranaidji disse...

Concordo plenamente. E quanto a decapitação de aliados sem serventia, seguem a risca o exemplo de um dos grandes ídolos dos esquerdopatas: Stalin.
A história só comprova os fatos e as atitudes!

CHUMBOGROSSO disse...

A verdade para a esquerda é totalmente alcoolizada, andando sempre em "zigue-zagues" cambaleantes... mas sempre para a esquerda !

Ajuricaba disse...

Matou a pau meu caro. Faltava-me um dedinho de alerta para poder por a pá de cal nas "queixas" do chefe da quadrilha. Grato pelo argumento.

Zinha_09 disse...

Vc tem toda razão,Marcos! Foi bastante esclarecedor.
Abç,

decicote disse...

O que fazer a não ser concordar com você e com toda essa gente do bem que já opinou. Parabéns meu caro, belo texto.

Sonia disse...

Matou a pau, como disse o cacique, rsrs
Sempre no tempo certo, sem errar sua marca, você chega e arrasa!
Esse é o ponto. A falta de respeito pela vida, onde pessoas não passam de meros instrumentos:retrato perfeito da esquerda.

AJ disse...

É ALGO A JUSTFICAR PARA OS SEUS SEGUIDORES ADORMECIDOSO. PARA NÓS NÃO PASSA DE MAIS UMA MENTIRA OU ARMAÇÃO DA GANGUE PETRALHA.

Rose disse...

Esse pessoal tem tanta certeza da impunidade que José Dirceu só percebeu do que se tratava quando recebeu as perguntas para a matéria.
Fato comprovado com os argumentos que você apresenta, referentes à questão do tempo.

Felipe Adad disse...

Monsieur, está de parabéns! Deu à cara a bater. Até então não li nenhum blog (exceto da Veja) falando sobre o caso. A Veja errou digamos, perante a lei, que na qual, não presta para nada! Uma prova concreta é o próprio Dirceu ainda está livre, leve e solto. Roubar milhões e chefiar uma máfia pode? Agora, uma revista de 43 anos de serviços investigar a máfia não pode? A Veja ultimamente está fazendo o trabalho da Polícia Federal dizendo: Federais, é assim que se faz. Aprenda!

... disse...

(Comentário 1) Eu nem cogito a idéia de tentativa de invasão. Goering Dirceu é advogado - e não advogado - dos melhores. Sabe muito bem manipular as leis. Dirceu é tão falso que nem o rosto dele é verdadeiro. A única coisa que sai de verdade daquela latrina que chama de boca é que ama o PT.
Cenário: Um advogado poderoso; um escritório de advocacia poderoso; um grupo (Naoum) com ligações com o governo.
Ora, se eu estivesse nessa situação, inventaria qualquer coisa. Pegaram uma camareira, um segurança e pautaram seus depoimentos. Ou vc se esquece das escutas telefônicas do caso Celso Daniel em que Gilberto Carvalho e o iMundíssimo Greenhalg monitoraram todos os depoimentos das testemunhas?
***
VEJA era a revista preferida de qualquer iMundo. Mercadante não tirava uma debaixo do sovaco quando da queda de Collor. Genoíno, aquele que assina sem ler, já declarou que sua revista de cabeceira era... VEJA. O mesmo acontece com a Globo. Até 2005, nada tinham contra a emissora, foi só Bob Jeff abrir o bico que Walter Pomar lançou a campanha do "golpe midiático". E assim se colou essa falácia iMunda nos quatro cantos do Brasil, quiçá, do mundo. (Continuo no comentário 2)

... disse...

(Comentário 2) A tática de Walter Pomar, segundo más línguas, foi tirada da queda de Chavez na Venezuela.
O que Goering Dirceu fez foi desviar o foco da matéria que denuncia um esquema iMundo de governo paralelo criminosamente articulado.
Vejo vários iMundos comentando a suposta TENTATIVA de invasão, mas não o esquema mafioso de Goering D.
E era isso que ele queria... Parece que o crime dele, que é maior, se tornou menor frente à uma tentativa frustada de invasão em seu esgoto de luxo.
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Já escrevi diversas vezes que a iMunda não luta por democratização dos meios de Comunicação, muito menos pela isenção, mas pelo controle das mídias de massa, o que caracteriza estado de guerra.
Sim, a primeira precaução num estado de guerra é o Estado controlar os meios de comunicação ( de massa). A iMunda quer quantidade - e não qualidade como divulga. Fossem o seu, o do Jubiraca ou o meu blog lidos por mais de 500 mil pessoas POR DIA, por exemplo, estaríamos na mira dos iMundos e passíveis de processos.
Nas Teorias da Comunicação, há duas delas que essa gente quer controlar: a Hipodérmica e a Fucionalista.
A hipodermia é a ação direta da mensagem no receptor (público) . E a mais perigosa, para iMundos, é a funcionalista, pois espalha de forma sutil e sólida idéias que são passadas por formadores de opinião. Lembra de Lulla atacando os formadores de opinião?
VEJA, por exemplo, é pra formador de opinião, já que é uma revista mais elitizada. JN é hipodérmico, atinge o Hommer. Mas, como disse José Nêumanne Pnto em seu novo livro sobre Lulla, "brasileiro se dá muito bem com a corrupção".
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Resumindo, implicitamente, a iMunda (esquerda) está em guerra, já que quer controlar a mídia. E os inimigos somos nós, os formadores de opinião. Porque, eliminando a Funcionalista, Lulla estará livre para a Hipodérmica, basta ver a propaganda do Governo Diuma em que uma mão de Deus dá benefícios ao povo. Não é à toa que Lulla disse que admira Hitler, pois a Teoria Hipodérmica se desenvolveu no NAZISMO.

Augusto Alexandre disse...

As viúvas do muro de Berlim, gostam mesmo desse discurso, de pseudo liberdade, onde o que vale para eles é o absoluto controle, parece até que eles usam como cartilha o Livro 1984.

hxmx13 disse...

Um perigo mesmo essa história de censura institucionalizada.