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sábado, janeiro 07, 2006

Xuxa não pensa, logo, não existe.


Voa, voa longe!
Voa, voa longe


Pelos vãos da grade benca da janela, observa os assanhaços e sabiás que passam, a jato, pelos galhos do pau-brasil.

O sol e abrisa vespertina mimam seu pequeno universo.

As folhinhas miúdas que se soltam das galhas invadem o quarto de onde não tem vontade de sair. Seu mundo se resume à sua vista.

Bem sabe que a vida não espera e corre além da porta, mas a dele estagna dentro do peito. Nada mais importa, tudo são cores desbotadas, menos a morenice da pele dela tatuada na memória, o escuro dos seus olhos marcado em sua retina.

Se os passarinhos parecem felizes em sua algazarra, vôos e saltinhos em frente à sua janela, a falta de poesia em sua alma não vê beleza nisso. Despeito gerado pela tristeza?

Dos passarinhos só queria as asas e a capacidade de voar. Ir longe, atravessar a distância entre ele e o coração dela. Romper os ventos para encontrá-la em outra janela, a do quarto de onde ela vê a rua.

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Um aluno de 13 anos conversando com outro:
- Deixa de ser burroo!! O cara do ramones morreu de cancêr na próspora
!

(Retirada de uma comunidade do Orkut)


Que viagem!
Viagem de Férias

Férias são boas e necessárias. Eu ia escrever legais e necessárias, mas a palavra legal teria duplo sentido e ambos corretamente aplicáveis na oração. Legal como dentro da lei; lógico a lei prevê as férias, é obrigação do empregador e direito do empregado. Legal, gíria, uma coisa boa. Pois é, férias é uma coisa boa, é legal.

Me veio a dúvida. Legal ainda pode ser considerada gíria? Nos anos 60 era gíria, palavra nova incorporada à linguagem coloquial. Gíria, porém, é uma expressão da moda, tem prazo de validade, então legal não é mais gíria. Ou é? Que me respondam os estudiosos.

Se legal mudou de sentido numa língua que já tem palavras sobrando ao ponto de algumas poderem ser consideradas palavras mortas, uma expressão foi completamente alterada em seu sentido por causa de um humorista.

Antes do Renato Aragão, pronunciar "pra variar" significava fazer diferente. Amor, você não vai de carro para o trabalho?", "pra varias, eu vou andando". Lógico, esse emprego ainda é válido e correto, mas virou sinônimo de "a mesma coisa. "Joãozinho, atrasado de novo?", "pra variar...", ouseja, Joãozinho é contumaz em seus atrasos. Aliás, as novas gerações só conhecem a expressão para esse uso. Teste um adolescente e tire a prova.

Bom, como eu ia dizendo, férias são legais, pra varia. Que viagem!

quinta-feira, janeiro 05, 2006

"Êxodo foi um buraco por onde os judeus fugiram do Egito."
(Tirado de uma Comunidade do Orkut)



Feromônios


Gatos


- Que barulho é esse?, perguntei ao telefone.
- Os gatos estão se acasalamento, respondeu, tímida e encabulada.

Às duas da manhã essa conversa com uma mulher como aquela, desperta a imaginação. Zoofilia à parte, acasalamento é a palavra-chave.

Os gatos já nasceram pobres, porém já nasceram livres e basta o cheiro dos deromônios para serem aceitos. Antes da cópula, um carnaval de gritos que atravessa quarteirões, a corte que parece briga, correrias por becos e telhados, arranhões e patadas para, enfim, após tanta negociação, chegarem ao que desejam. Com tudo isso, pobres gatos. O essencial não existe, o amor.

É coito apenas, perpetuação da espécie.

Do lado de cá da linha faço minha corte, não há cheiro perceptível de feromônios para meu olfato humano, mas eles estão no ar; não há desejo de perpetuação da espécie, mas o desejo da carne; não existem patadas e arranhões físicos, mas psicológicos. O que os gatos não têm, pobres gatos livres, eu tenho em profusão, o amor.

Do outro extremo da ligação ouço o suspiro, sinto o desejo, sei a reciprocidade dos sentimentos. Os gatos também têm algo que me faz falta: a liberdade. A promiscuidade felina faz falta ao bicho-homem quando o desejo irrompe.

Inveja dos gatos.

terça-feira, janeiro 03, 2006

"O Plano Real piorou a equitação distributiva rendal" (aluno do 1º ano de Direito/2002 do Integrado de Campo Mourão).

Creio q o rapaz quis dizer q é tão difícil a distribuição de renda neste país, que só indo a cavalo...
(Retirado de uma comunidade do Orkut)



Hoje tem texto meu lá na Gueixa.



Intimidade


Cenas de intimidade de onde menos esperamos chegam a ser engraçadas, embora, na maioria das vezes, são chateadoras, incômodas e irritantes.

No açougue do supermercado sou atendido pelo prestativo Gumercindo.

- O que vai hoje?

- Pega duas bistecas pra mim?

- Claro!

Ele pegou uma das peças, levanta e diz:

- Olha só como ela está grande.

- Ótimo.

- Vão duas mesmo?

- É.

- Qual é, Marcão? - eu não imaginava que ele lembrava neu nome - Você vai levar dois meses pra comer isso.

O que ele tinha a ver com isso?

- Não esquenta. No dia em que eu praparar essa carne chamo alguém pra comer comigo.

- Ih!, rapá, mulher não é muito chegada a carne de porco, não.

Da bisteca partimos para meus relacionamentos pessoais.

Enquanto pesava, sua boca não parava quieta:

- Como é que você vai preparar essa beleza?

- Não sei. Talvez no forno, em vinhas d'alho.

- Coloca umas batas pra assar junto. Fica uma delícia.

- Valeu pela dica.

Isso foi legal. Compro a carne, sou bem atendido e ainda ganho uma receita.

- Prontinho. O que mais?

- Basta, já tenho carne para dois meses - não podia deixar passar a oportunidade - Obrigado. Até mais.

- Falou, Marcão.

Quando já ia saindo...

- Quando estiver pronto me chama que eu levo o vinho. Não tem como não abrir um sorriso.

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Trouxe fogos de Copacabana só para você!!!

Copacabana 2005/2006


Sim... sou eu!
Invadindo o espaço de uma das pessoas que fez o meu ano de 2005 ser um pouco mais feliz.
Marcos é alguém assim... assim... sabe?
É isso, sim!
Que nos deixa sem palavras para definir. É sincero, carinhoso, amigo, protetor, especial, único... grande é a minha adimiração, carinho e respeito por ele.
Alguém que aprendi a gostar incondicionalmente. Mesmo com seu jeitão de esculacho, a simpatia que ele tem, o carisma que lhe acompanha é algo que nos faz querê-lo sempre por perto. Bem perto por assim dizer.
(...)
Pensava que não iria vir aqui retribuir aquela pérola que deixaste para mim?
Enganou-se... espero somente que tenha sido à altura. Até hoje eu babo com ela!
Me sinto privilegiada de ter te conhecido mais de perto e a fundo, mesmo com essa vida de distâncias e voltas.
Dentre tantas coisas que me ensinaste (tens esse dom) foi de que amizades são incondicionais, independente de estado civil. Por isso e por tudo mais estarei sempre aqui, para o que preciso for. Sabes certinho como me encontrar!
(...)
Nesse ano de 2006 lhe desejo tudo em dobro do que me desejaste!
Ótimo ano!
Você merece...
Beijocas de quem nunca irá esquecê-lo...

Lelinha