"Êxodo foi um buraco por onde os judeus fugiram do Egito."
(Tirado de uma Comunidade do Orkut)
(Tirado de uma Comunidade do Orkut)
Gatos
- Que barulho é esse?, perguntei ao telefone.
- Os gatos estão se acasalamento, respondeu, tímida e encabulada.
Às duas da manhã essa conversa com uma mulher como aquela, desperta a imaginação. Zoofilia à parte, acasalamento é a palavra-chave.
Os gatos já nasceram pobres, porém já nasceram livres e basta o cheiro dos deromônios para serem aceitos. Antes da cópula, um carnaval de gritos que atravessa quarteirões, a corte que parece briga, correrias por becos e telhados, arranhões e patadas para, enfim, após tanta negociação, chegarem ao que desejam. Com tudo isso, pobres gatos. O essencial não existe, o amor.
É coito apenas, perpetuação da espécie.
Do lado de cá da linha faço minha corte, não há cheiro perceptível de feromônios para meu olfato humano, mas eles estão no ar; não há desejo de perpetuação da espécie, mas o desejo da carne; não existem patadas e arranhões físicos, mas psicológicos. O que os gatos não têm, pobres gatos livres, eu tenho em profusão, o amor.
Do outro extremo da ligação ouço o suspiro, sinto o desejo, sei a reciprocidade dos sentimentos. Os gatos também têm algo que me faz falta: a liberdade. A promiscuidade felina faz falta ao bicho-homem quando o desejo irrompe.
Inveja dos gatos.
- Os gatos estão se acasalamento, respondeu, tímida e encabulada.
Às duas da manhã essa conversa com uma mulher como aquela, desperta a imaginação. Zoofilia à parte, acasalamento é a palavra-chave.
Os gatos já nasceram pobres, porém já nasceram livres e basta o cheiro dos deromônios para serem aceitos. Antes da cópula, um carnaval de gritos que atravessa quarteirões, a corte que parece briga, correrias por becos e telhados, arranhões e patadas para, enfim, após tanta negociação, chegarem ao que desejam. Com tudo isso, pobres gatos. O essencial não existe, o amor.
É coito apenas, perpetuação da espécie.
Do lado de cá da linha faço minha corte, não há cheiro perceptível de feromônios para meu olfato humano, mas eles estão no ar; não há desejo de perpetuação da espécie, mas o desejo da carne; não existem patadas e arranhões físicos, mas psicológicos. O que os gatos não têm, pobres gatos livres, eu tenho em profusão, o amor.
Do outro extremo da ligação ouço o suspiro, sinto o desejo, sei a reciprocidade dos sentimentos. Os gatos também têm algo que me faz falta: a liberdade. A promiscuidade felina faz falta ao bicho-homem quando o desejo irrompe.
Inveja dos gatos.
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