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terça-feira, janeiro 24, 2006

O álcool é capaz de grandes metamorfoses. Ele faz você ir para a cama com a Malu Mader e acordar com a Marlene Matos.


Mico


Gafe I


Eu namorava com a Eliene, muito amiga da Lívia. Combinamos de nos encontrar para o happy-hour da sexta-feiranuma bazinho próximo à casa dessa amiga. Quando já estava saindo para o encontro, recebi um telefonema dela dizendo que estava na casa da Lívia num daqueles intermináveis bate-papos femininos e que me encontraria no bar.

Tudo certinho, fui ao bar e lá encontrei o Zé Carlos e o Mauro, velhos e bons amigos, que me convidaram para sentar com eles a uma mesa na calçada.

Um chopp para cada um e coversa vai, conversa vem, quando o Zé Carlos muda de assunto abruptamente:

- Ó Prali! Que mulher gostosa!

Eu e o Mauro nos viramos para ver quem era o alvo daquela baba toda. Na esquina, parada, olhando para o bar, estava a Eliene.

E o Zé Carlos continuou:

- É uma delícia! Hummm, tá olhando pra cá. Deve estar procurando alguém.

Eliene me viu e veio vindo, linda atravessando a rua.

- Tá vindo pra cá. Oba!, o Zé carlos se empolgando.

Chegando à mesa Eliene me deu um beijo com o indefectível "oi, amor".

Como se nada tivesse acontecido, na maior cara de pau, apresentei meus amigos.

- Esse é o Mauro e esse o Zé Carlos, que estava afim de te conhecer.

O Zé, crioulo quarentão, estava amarelo, sem saber onde colocar as mãos ou a cara desconcertada.

- Prazer. A senhora não que uma cadeira? Deseja beber alguma coisa? A senhora não quer um tira-gosto?

Eu e o Mauro caímos na gargalhada para aumentar o constrangimento do amigo e sob o olhar de quem não estava entendendo nada da Eliene.

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