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domingo, junho 18, 2006


Paixão, Gazeta do Povo, PR


Bussunda: o esporte mata mais um!

Quando eu critico as religiões e seus líderes, costumam me chamar de ateu. Não sou ateu, quem analisa assim é que demonstra sua ignorância.
Quando critico a perda de tempo que se é empregar 105 minutos do tempo assistindo a uma partida de futebol, dizem que não gosto de futebol, que não tenho espírito de brasileiro e bam-bam-nam-caixa-de-fósforo. Também não é verdade. Eu gosto de futebol, até joguei e era um relativamente bom ponta-direita, até que um zagueirinho mais afoito quebrou meu pé e eu desisti.
Em se tratando de assistir, o que há de bom no futebol são os gols e um ou outro drible e isso os telejornais mostram em cinco minutos. Pra que gastar noventa minutos roendo osso se posso pegar só o filé mignon no noticiário?
Ah!, você não é patriota!, já me disseram. Cá pra nós, torcer feito um maluco diante da televisão durante uma partida da seleção, não é sinônimo de patriotismo. Isso é ufanismo, coisa bem diferente e de ufanismo, isso sim, eu não sofro. Sou crítico demais para aceitar mastigadinho o que os narradores, mais torcedores que analistas, dizem. Sou patriota, sim, mas não ufanista ou nacionalista exarcerbado.
O Brasil ganhou? Legal! Fico feliz. Mas em que o país melhorou? Ah, sei, podemos dizer que somos os melhores do mundo. Ótimo. Mas só no futebol? Pelo menos em alguma coisa. Ok, pra quem se satisfaz com pouco...
Quando digo que não gosto de praticar atividades físicas, dizem que sou preguiçoso, sedentário, ocioso. Preguiçoso e sedentário, sim, mas não ocioso. Trabalho à beça, mas não tanto com o físico. Minha atividade mental é que me dá o pão e ajuda muita gente a conquistar o seu. Tô satisfeito com isso.
Na adolescência fui um mediano corredor de 100 metro, um razoável ponta direita e duas vezes campeão estadual de voleibol. Baixinho, só me restava a posição de levantador, e eu era bom nisso.
Hoje, sedentário e feliz, me satisfaço com uma rodada de cerveja e uma mesa de dominó, quem quiser cutir suas peladas, torcer pelo seu time ou pela sua seleção massacrando seu coração, que o faça e seja feliz, mas vão devagar, afinal de contas, como já dizia minha mãe, "tudo demais é veneno".

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