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quinta-feira, dezembro 07, 2006

Bessinha, A Charge On Line


  • A Microsoft apela para que os consumidores utilizem o XP original, nada contra, direito seu. Aí ela nos manda as atualizações originais, perfeito. Exemplo de preocupação com o consumidor. Daí ela manda o pacote do novo Internet Explorer 7 gratuitamente. Tem a cara do Mozila Fire Fire Fox e promete ser mais rápido e seguro. Aí o consumidor, eu, por exemplo, baixa a atualização na maior boa fé. Na primeira utilização percebe que ele é tão lento quanto o anterior e a máquina trava. Que maravilha! Por essas e outras que tenho preferido utilizar o Fire Fox, tem dado menos dor de cabeça.

  • A música baiana não anda mesmo em alta ultimamente, a não ser nos carnavais e micaretas e para aqueles que adoram balançar a bundinha sem se preocupar com o que estão ouvindo. Até Daniela Mercury, meio esquecida no Brasil nos últimos tempos, e tida como uma das maiores estrelas da axé-music (adoro essa mistureba de inglês com português) já anda se afastando desse filão. Depois de partir para uma carreira internacional até que bem sucedida, agora faz questão de frisar em em suas entrevistas que sua música não é só baiana. Ciumento e bairrista como o soteropolitano é, capaz de montarem um esqueminha de boicote à cantora no próximo carnaval. Por mim...

  • Alguém já havia ouvido falar em gordura transgênica até dois anos atrás? Eu confesso que para mim era uma completa novidade a expressão e o conceito. Pois a coisinha passou a ser a maior vilã da alimentação ultimamente a ponto de ser banida pelos restaurantes de Nova Iorque, numa ação que promete se tornar global. Daí vem um daqueles caronistas da moda, como o doutor Paulo Olcon, da Unicef, afirmar que tal gordura vicia. Ora, ora, ora, existe algum estudo científico que embase tal afirmação? Não.
    Em tempos passados já ouvi que café é um santo veneno, depois que o café é um santo milagreiro; já ouvi que chocolate faz tremendo mal à saúde e que chocolate é a cura de muitos males; já ouvi que cigarro mata e que cigarro é ótimo para a memória... Quer saber? Quando esses caras chegarem a um consenso sério e não apenas de fundo comercial, levo a vida que EU quiser, do jeito que EU quiser e quem achar ruim que me processe. Tô de saco cheio desses profetas do apocalipse.

  • Outra pesquisa profunda e que deve mudar os rumos da humanidade:
    Estudo da Universidade de Leiden, Holanda, afirma que pássaros urbanos cantam rap, enquanto componentes da mesma espécie que vivem no campo cantam outra melodia. O estudo foi feito com um passarinho conhecido como chapim-real. É de uma profundidade impressionante!

  • Diariamente nos deparamos com alguma pesquisa científica ou pseudo-científica do tipo "porque os batráquios azuis de Botswana acasalam-se com a fêmea sobre o macho", "a água congelada de Plutão é potável?", "porque tropa é coletivo tanto de burros quanto de soldados", "o que têm em comum os diversos tipos de câncer?", "pessoas com os lóbulos das orelhas colados têm maior propensão a ataques cardíacos", "pessoas magras vestem-se com menos dificuldades", "mulheres gordas usam cores pastéis na unha mais que as magras", "cresce o número de homossexuais na terceira idade" e por aí adiante. A maioria delas estapafúrdias, sem pé nem cabeça ou de qualquer utilidade prática na vida de quem quer que seja e bancadas por dinheiro público ou por algum magnata desocupado do primeiro mundo que busca deduções no imposto de renda por incentivo à ciência.

    Uma que nunca vi foi a que buscasse explicar por que a saudade dói em lugar indeterminado. E não me venham com aquela velha falácia de que "saudade" é uma palavra só existente em nossa língua. Todas as demais têm palavra equivalente, o resto é invenção de algum poeta ufanista.

    À simples menção do objeto saudoso, passa um trenzinho gelado arranhando cada dormente da coluna cervical, como diria Caetano Veloso, "do cóccix até o pescoço" e de volta ao cóccix. Sente-se um embrulho quadrado na boca do esômago como se não tivéssemos tomado iogurte, mas engolido o potinho inteiro, com tampa e tudo. E uma pontada, não de agulha, mas de instrumento rombudo como uma talhadeira em lugar indeterminado, no mediastino, no átrio direito, no esôfago que se estreita e seca, no diafragma, no duodeno.

    As mulheres não teriam uma noção exata, mas é como uma pancada nos testículos. Quem a recebe sente dor imensa, não localiza, porém, onde dói, se nos próprios, se na altura da bexiga, se no alto das coxas, se no intestino delgado... Bom, também não sei como é a dor de uma porrada nos seios ou a do parto, por isso impossível usá-las como exemplo.

    Assim é a saudade. Tirando-se a alma, não se sabe onde está a dor, mas senti-mo-la.

  • E foi assim ontem à noite. Uma saudade daquelas de amassar o peito como um rolo compressor, do meu pai que não mais verei.

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