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sábado, julho 11, 2009

Não é que não dê, é que não dá

quatro anos

Esse foi meu post de quatro anos atrás. O que mudou?

Não é que não dê. É que não dá!

Eu tenho um amigo, o Everaldo, com quem costumo resolver todos os problemas do mundo quando tomamos uma cervejinha.
Ontem conversávamos sobre a crise política atual quando tocamos no último artigo de Diogo Mainardi, na Veja. Ali o articulista fala sobre a Previ, o fundo de pensões dos funcionários do Banco do Brasil. A Previ é hoje uma das maiores empresas do Brasil. Tem milhões e milhões de reais e participa como acionista de dezenas de empresas não só por aqui, mas em toda a América Latina.
É a Previ, uma das muitas caixas pretas da República que precisam ser abertas por alguém de peito, que o teto das aposentadorias dos funcionários do BB é de R$ 1.600,oo, enquanto o nosso, dos pobres mortais, é de R$ 1.200,00. É graças à Previ que os funcionários do Banco têm direito a plano de saúde privado, enquanto nós, pobres otários, temos que nos matar nas filas do INSS ou gastar uma fortuna com nossos unimeds da vida.
Não seria interessante para o país cortar esses privilégios de uma minoria muito minoria e passar esses recursos da Previ para a Previdência Social e dar uma assistência maior e melhor para uma maioria bem maior? Com o dinheiro da Previ o dito défit da previdência seria sanado e ainda sobraria muita grana para melhorar o atendimento à população "normal".



Cabeças já começaram a rolar. Silvio Pereira, até ontem secretário geral do PT e afilhadinho de Zé Dirceu, dançou. Delúbio continua em pé sobre a corda bamba. E o Michel Temer, presidente do PMDB, já está pedindo a cabeça de seu líder na Câmara, José Borba. Na TV Câmara hoje tem mais um capítulo da CPMI. Estarei ligado.

Delfim Neto, o super ministro dos generais, está de volta. Oh, meudeusinho...

Os gringos estão muito perto... O Paraguai vai abrigar uma base militar estadunidense. Ai, meudeusinho II...

Ex-mulher ferida é um perigo. Larri Passos, ex-treinador de Guga, vem à imprensa afirmar que o jogador era pouco talentoso. Por essas e outras que prefiro continuar solteiro.

 

©Marcos Pontes

6 comentários:

Neto disse...

Marcos
Eu penso que alguma coisa de fato só vai mudar neste país, quando a população for às ruas.

"A imprensa bate, bate, mas eles sempre se reelegem" - como já havia dito o hipócrita do sérgio imoral.

É de dar dó.

Cachorro Louco disse...

Marcos : o que não dá são os teus números meu amigo.Conheço um aposentado do Banco do Brasil que foi meu vizinho,que recebe "somente'
r$ 16.000,00 de pensão por mês ,e ainda reclama da vida .Tem uma puta casa enorme ,e cada um de seus tres filhos andam com carros novos .Que vida dura ,não ? .Abraços

Mari Amorim disse...

Olá Marcos,
Quem sabe daqui a quatro anos você não tenha outra história.(ainda que seja difícil)
Boas energias
Mari Amorim

Fábio Mayer disse...

Discordo, em parte.

O que se dee discutir não é a existência de um fundo privado de pensão, ligado mesmo a empresas estatais. Toda grande empresa, pivada ou estatal, poderia e deveria ter um plano privado de pensão, fisalizado por órgão competente e melhorando o nível das aposentadorias no país, além de finaciando o desenvolvimento econômico.

Fundos de pensão bem administrados são uma parte da solução para a previdência.

SObram duas questões a serem discutidas:

a) O tamanho da contribuição do BB (ou da Petrobrás,ou de qualquer outra empresa pública) para o fundo, que é muito grande em relação aos planos privados, de modo que é garantida pelo Tesouro Nacional;

b) A forma de administração de tais fundos, que deveria ser privada e apolítica, mas é feita mediante critérios de indicação pelo senhor feudal. A PREVI não deveria ser atucanana ou apetezada dependendo de quem manda no BB, mas o fatp é que é assim que ocorre, com as consequências deletérias que eu,você e seus leitores bem sabemos que ocorrem!

Magui disse...

Tem razão. Ser funcionário do BBB ainda é o melhor negócio.

Qt a Larri Passos, será que ele falou esse absurdo?

Laura Fuentes disse...

Hoje você está especialmente venenoso, e me fez rir bastante com a sua ironia corrosiva. Adorei o último tópico (maldade...rsrs), e sempre adoro as ilustrações. Aquela das crianças "brincando de política" é impagável!