Melhor que eu, só se estiver vivo.

Vindo para casa há poucos minutos, reparei numa garota de 14 ou quinze anos, uniforme de colégio, vindo em sentido contrário na calçada oposta. Me chamou a atenção a maneira como me olhava. Me fitava, olhava para onde pisava, voltava a levantar o olhar, baixava a vista... A cada passo, uma mudança na direção dos olhos

Se eu fosse um ser ridículo sem senso de ridículo, pensaria "Tõ fazendo sucesso! A guria gostou de mim", se fosse um completo inseguro, pensaria "o que essa garota viu em mim? Ela me conhece de onde?", se eu tivesse culpa no cartório procuraria me esconder pensando "ai, meu Deus! O que foi que eu fiz pra ela me olhar assim?", se fosse um pedófilo cataria "vem, neném, vem neném, vem neném, vêm...".

Quer saber o que pensei? "Essa guria vai tropeçar...". Mais uma vez cheguei à conclusão de que não sei quem sou.

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Como disse a Srta. Bia nos comentários de ontem, várias daquelas notícias que comentei, ela encontrou com outros nomes e outros números. É a comprovação de que nossa imprensa raramente dá notícias, mas é boa de manchetes. De veículo pra veículo, as coisas mudam e o cidadão que quer se informar tem que fazer uma triagem das informações dadas.

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Entre as notícias estava a de que o julgamento de José Mentor havia sido adiada. Chegando em casa já à noite, fui surpreendido com a notícia de que a pizza havia sido serida à minha revelia. Sacanagem! Quero minha fatia!

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Em cidade pequena não tem como se esconder... Eu faço parte do Tribunal de Juri. Mudei de casa e não comuniquei à Justiça, na esperança de que esquecessem de mim. Doce ilusão. O oficial de justiça foi atrás de mim no trabalho e me intimou para o júri da próxima sexta-feira. Por atrapalhar minha sagrada cervejinha, o réu já está correndo risco.
Antes que alguém se escandalize, deixa eu esclarecer que isso é uma piada, afinal de contas nem sei quem será julgado.

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Se a coisa estava fei pra Palocci, agora estão horríveis. Só há um título possível para esse filme: "Sem Saída".