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domingo, abril 23, 2006

"O conhecimento é a maior riqueza. Os donos da faculdade concordam."
(Pára-choque de caminhão)


Casso, Diário do Pará


Não bastasse o salário nababesco para trabalharem, no máximo, quatro dias por semana, a ajuda-moradia, os "por fora" para apresentarem projetos que favoreçam alguma empresa ou segmento ou classe, os deputados federais ainda recebem uma ajuda-combustível. Em 2005 o Congresso Nacional distribui aos calhordas R$ 44 milhões, suficientes para comprarem 20,5 milhões de litros de gasolina. Com um carro médio que tenha um consumo de 8 km/l, seria possível dar 64 voltas ao redor da Terra. Peraí! Os caras moram relativamente perto do Congresso, não vão de carro para seus stados, mas sim de avião também pago por nós, onde os sujeitos gastam tanta gasolina? Bobo quem acredita que compram tudo em combustível. O esqueminha deve ser aquele de nota fria. Embolsam mais uma grana para engordam seus salarinhos de fome.




Segundo o Tribunal de Contas da União, TCU, a lista única de doadores de órgãos não funciona na prática. Estabelecida por lei em 1997, deveria haver uma fila de espera e um cadastro único, mas as Centrais estaduais não se comunicam entre si e cada lugar decide quem vai receber que órgão do doador. Os médicos e hospitais não devem gostar nem um pouquinho dessa lista única. Tendo eles o poder de decidir, fica mais fácil vender os órgãos para quem pagar mais e não por aquele coração que vale uma grana preta no pobre Zé de Ninga da periferia, que não tem grana nem para comprar os remédios contra rejeição.




Pesquisa do IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, constata que em 2004 470 mil nosdestinos deixaram São Paulo de volta para seus estados. Surpreendentemente quem está voltando não são os mais velhos que se aposentaram ou fizeram um pé de meia e voltaram para suas raízes, mas jovens e a explicação é simples e óbvia: não conseguiram emprego. São Paulo, como o resto do país, não está crescendo o suficiente para absorver tanta mão de obra desqualificada, como nas décadas passadas. Alguns estados, por sua vez, tem "roubado" indústrias do Sul e do Sudeste, o que tem evitado que o fluxo de migrantes do Nordeste para São Paulo diminua. Breve a maior cidade do país poderá deixar de ser a Meca dos baianos, que têm que ir lá pelo menos uma vez na vida.




A Folha de São Paulo traz mais uma denúncia eleitoreira hoje. Executivos e assessores que em outros bancos foram acusados ou suspeitos de irregularidades e fraudes em licitações no governo de FHC trabalhavam na Nossa Caixa, banco oficial do estado, nomeados por Geraldo Alckimin. Isso deve ser apurado, sim, mas duas perguntas não me saem da cabeça: por que a Folha mostra essa denúncia se ela é sabidamente anti-lulista ferrenha? Por que tais fatos não vieram à tona quando da nomeação dos tais senhores ou no decorrer dos sete anos de mandato de Alckimin? Das duas umas, ou o jornal está mesmo fazendo um jornalismo isento ou está preparando o terreno para Serra substituir Alckimin na corrida para o Planalto. Façam suas apostas, a minha é na segunda hipótese.




Blogueiros, segurem-se! A Justiça estadunidense decidirá sobre os direitos dos bloggers. Essa nossa vidinha de escrivinhadores está realmente chamando a atenção. Mas quando o Estado resolve intervir na vida e no cotidiano de cidadãos comuns, sempre virão dores de cabeças futuras. A Apple foi quem deflagrou a ação judicial. Leiam aqui e saibam mais.




Por que 21 de abril, dia de Tiradentes, é feriado e 22 de abril, dia do descobrimento do Brasil, não é? O Alferes é mais importante que o país?

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