• Por que o PMDB, desde Ulysses Guimarães, não lança candidato próprio à presidência da República? Porque governar através do Congresso é muito mais rentável, chama pouco a atenção do público, tem uma carrada de cúmplices corporativistas e fisiologistas para darem aval em qualquer falcatrua, legisla de madrugada ou no escurinho das férias e feriados, faz negociatas que não saem no Diário Oficial e jamais é levado a sério.

• José Sarney tem três feudos: Maranhão, Amapá e Senado Federal. No primeiro é governador vitalício, no segundo é senador eterno e no terceiro é o pai do rebanho. Isso é que é renovação!

• Qual o placar de Fórum Social Mundial X Cúpula de Davos? Zero a zero.

• O liberalismo dos anos 80 e auge nos 90 cobrou seu preço. Os governos se isentaram das responsabilidades, seguindo o exemplo da matriz estadunidense e dos satélites europeus e criaram o deus onipotente Mercado. O Mercado era o batman! Elegia presidentes, bancava golpes de estado, dividia o mundo em lotes (Alemanha, França, EUA, Japão, Coréia, Espanha… Cada um com seu quinhão). Ninguém decidia nada que machucasse o Mercado. Na surdina, os donos do Mercado enchiam as burras e pouco ligavam para as carências reais do mundo. Não existe jogo em que todos ganham. O Mercado e seus mercadores ganhavam às custas dos patetas que batiam palmas. De repente, faltou dinheiro, o Mercado extrapolou em sua fome. deu no que deu. Havia executivo ganhando U$ 2,5 milhões por mês! Caras como esse estão quebrados? Claro que não. Quebrados estão seus funcionários que perdem o emprego a cada dia. Quebradas estão as financeiras que bancaram a farra iludidas que ganhariam para sempre. Quebrado está o Mercado, não os mercadores.

• Dick Fuld, ex-CEO da Lehman Brothers; Henry Paulson, ex-secretário do Tesouro estadunidense; Alan Geenspan, ex-presidente do Federal Reserve; John Tiner e Hector Sants, diretores da autoridade financeira do Reino Unido; Fred Goodwin, presidente do Royal Bank of Scotland; Gordon Brown, primeiro-ministro britânico; George W. Bush, ex-presidente da matriz; Kathleen Corbet, diretora da Standard & Poor’s até 2007; Hank Greenberg, ex-presidente da seguradora AIG; e Angelo Mozilo, ex-diretor da Countrywide, a maior financiadora imobiliária dos EUA. Esses são os dez principais responsáveis pela crise mundial segundo o jornal Times. O pessoal de Wall Street, da City e da Avenida Paulista já tem um monte de nomes para o judas da semana santa