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segunda-feira, junho 29, 2009

Segunda indignada

Benett, Gazeta do Povo, PR

  • Não sou da grande campanha que saiu n'O Globo e no Estadão, mas continuo gritando FORA SARNEY! E Calheiros, Fortes, Salvatti, Mercadante...

  • Quinze anos depois, persiste o grande mérito do Plano Real: acabou com a hiperinflação, mal com que fui criado do berço à vida adulta e que já achava ser inevitável e incurável. As novas gerações não conhecem o problema e boa parte das antigas não lembra mais, mas os que lembram devvem dar três pancadinhas na madeira, como eu, qunado lembram dessa praga. Nem o único tiro do Collor, ou a fiscalização piegas do Sarney ou as muitas superdesvalorizações de nossas moedas por diversos governos, conseguiu domar o bicho, até que Itamar, o presidente marcha lenta, conseguiu resolver o problema. Se o governo lula tem algum mérito, é ter dado continuidade na política de manter o dragão enjaulado, mesmo com os gastos do governo fora do normal, os desvios pelos amigos "incomuns", dos agentes de propaganda que substituíram os empreiteiros no desvio de verba sem fim...

  • A política latinoamericana é chegada a modas. Houve, na guerra fria e com apoio dos Estados Unidos, a moda dos golpes de estado por medo de uma "vermelhização" do continente; passada a febre, veio a moda das aberturas democráticas, tendo o Brasil, Chile e Argentina como pontas de lança do movimento. Maravilha! parecia que voltaríamos aos eixos. Aí veio a moda do revanchismo. O Brasil ficou um bom tempo fora da onda com a aprovação da Lei da Anistia, restando apenas o chororô dos esquerdistas que queriam todos os militares na cadeia. Bastava usar farda. veio, então, a moda da esquerdização, com políticas sociais politicamente corretas, as tais políticas de afirmação, a esmola estatal generalizada, as indenizações que só no Brasil já passam de R$ 5 bilhões, os "projetos" sociais bancados pelo estado e enriquecendo ONG inoperantes que entram na carona das ONG sérias... Isso deu margem ao surgimento do bolivarianismo, uma das mais ridículas políticas estatais de que o mundo tem notícia. O próprio Simon Bolívar defendia a alternância de governantes, coisa que os bolivarianistas rejeitam, sugerindo mandatos vitalícios para seus presidentes. São países miseráveis de população paupérrima e iletrada comprada com assistencialismo barato e discursos vazios. Com o golpe em Honduras, esse bolivarianismo tacanha leva sua primeira derrota significativa. Não há mocinho nesse golpe, mas um bandido com apoio internacional, como o de Lula, amigo de déspotas, foi defenestrado. Será uma nova moda chegando por aqui na carona da "direitização" da Europa?

  • Um outro bom exemplo da ameaça que o populismo vazio está em decadência foi a derrota dos Kirchner na Argentina. Eles não são extamente bolivarianistas, mas têm a postura da incompetência que caracteriza os governantes da região em sua quase totalidade no atual momento. Talvez pressentindo o momento desfavorável que alguns miquinhos de Lula insistem tanto no terceiro mandato.

Marcos Pontes
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9 comentários:

Nanda disse...

O mais curioso é que um homem foi preso, por queimar a Constituição, como protesto; o CQC e o Pânico ameaçados de prisão e lá dentro, eles podem aprontar o que quiserem...

W.NETO disse...

Queria ver o Lulla da Selva eleito em 1989 herdando a incompetência do Sarney. Assim é mole....
Abração!!!!

Beatriz disse...

Inaceitável tudo isso no senado, no desgoverno.
fora Sarney e Lula e todos que deve sair. chega!

Indignados venceremos.

Are baba


Fora Sarney

Fábio Mayer disse...

O engraçado é que falar em Sarney geralmente significa encontrar à sua sombra esse tal de Calheiros e essa tal Idelli.

São a trinca enigmática da política nacional!

Eu reconheço todos os méritos do Plano Real e mesmo dos governos Itamar e FHC, o primeiro que o instaurou e o segundo que o consolidou.

Mas sinceramente, Lula não continuou com absolutamente nada do Plano Real, assim como FHC o abandonou em certo momento de seu governo.

Isso porque nenhum dos dois governos investiu pesadamente em medidas que complementariam o Real, qual sejam: reformas fiscal, administrativa e tributária profundas que diminuissem realmente o gasto público.

FHC manteve o real graças a uma âncora tributária. AUmentou os impostos TODOS os anos em que governou, inventou um imposto para pagar o rombo do FGTS (imposto que persiste até hoje, já pago o rombo) e mais de 50 taxas ilegais, cobradas sem contraprestação de serviços pelo Estado com finalidade meramente arrecadatória.

E Lula, manteve o Real graças a uma situação de bonança internacional, porque NUNCA teve qualquer cuidado em diminuir o custo do Estado, pelo contrário, as despesas com pessoal (e pior, com pessoal ruim, comissionado) só aumentaram.

Se FHC e Lula efetivamente tivessem complementado o Real, o Brasil cresceria hoje a taxas de 10 a 12% ao ano.

Mas ambos se contentaram em crescer em média 2,5, desde que o dividendo político se mantivesse.

Magui disse...

Jornal paulista não tem moral para pedir a cabeça do Sarney pelos infinitos bandalheiros que se perfilam e impõem ao Brasil sem dar espaço para gente melhor.

Laura Fuentes disse...

Nojo do Sarney, vergonha do Senado... e a censura que ameaça voltar. Bargh!

Cachorro Louco disse...

Marcos ,boanoite.O coronelismo não é uma doença só do Maranhão de Sarneynto.Este mal está espalhado por toda a américa latina. Temos hoje o Equador , a Bolívia ,a Venezuela,o Brasil ,e outros com fortes sintomas de coronelismo ,ou pandemia comunista .Os Kirchner não são comunistas, mas são farinha do mesmo saco,tentando se eternizar no poder e chupar o sangue do povo .A reação em Honduras é um sopro de democracia verdadeira neste momento difícil da história ,È um brado de alerta para que as nações ajam de acordo com a lei,e eliminem a praga comunista.A grande vantagem de Honduras com ralação ao Brasil é que êles tem um congresso que age como tal ,e,defende realmente os interesses da nação espero que a nossa hora chegue logo.Abraços

Neto disse...

Entendo que Lula pegou o país numa bonança relacionada ao plano real (na época, o único perigo político era ele) e que seu mérito tenha sido dar continuação a algo que vinha dando certo. O Brasil ainda demora para encontrar a seriedade, e a ascensão de um operário ao poder só foi útil e necessária apenas para trazer a realidade para os rebeldes. Ainda acredito que o Brasil é um país maior, que não pode ficar a mercê da Europa e nem enroscado com política de países instáveis como os da América latina.

Muita coisa ainda precisa ser feita aqui? Sim, precisa. Mas o bom é que hoje o país encontrou um consenso que dá um rumo. Sem aqueles modelos americanizados de gestão e sem os pitacos do FMI na nossa economia.

Espero que, seja lá quem for o próximo presidente, ele olhe mais para dentro do país, das necessidades e resolva os gargalos (ou a metade deles) que ainda temos. E só olhe para fora, apenas quando for para ganhar dinheiro como já fizeram tantas e tantas vezes os países da Europa que aportaram aqui.

Tudo isto deve ser uma tarefa gigantesca para um país que vive hoje essa instabilidade política e tem essas fracas e flexiveis leis.

Tomara! Acreditamos!

Abraços

Blog de um Brasileiro disse...

seu texto foi uma sinopse para o entendimento do Brasil. Adorei