Vida que passa, passou
Os olhos cinzas da morte espiam pela fechadura, vigiam à caça insana, selando com um corte a sorte de maneira brusca, dura, com suas tenazes, tirana.
Os passos da vida cessam num repente inesperado, num raio sem trovão, as pernas dos que odeiam, amam, vindo de cima, baixo, lado, num ímpeto, de supetão.
Os dias ficam mais curtos, as noites nem se notam na ligeireza que passam, como tropel, um surto de mariposas que voam antes que os sóis renasçam.
A longa vida foi pequena nos seus momentos finais, lépida em seu vagar, furiosa quando serena, gulosas horas frugais que nem a vimos passar.
Os passos da vida cessam num repente inesperado, num raio sem trovão, as pernas dos que odeiam, amam, vindo de cima, baixo, lado, num ímpeto, de supetão.
Os dias ficam mais curtos, as noites nem se notam na ligeireza que passam, como tropel, um surto de mariposas que voam antes que os sóis renasçam.
A longa vida foi pequena nos seus momentos finais, lépida em seu vagar, furiosa quando serena, gulosas horas frugais que nem a vimos passar.
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