Amigos Mortos-Vivos
Todos nós temos o hábito de classificar tudo e todos, mesmo inconscientemente às vezes, mas classificamos. Inclusive os amigos. Amigo de infância, amigo de bar, amigo de pelada, amiguinhos, amiga de salão, amigo do peito, amigo virtual, melhor amigo... E a cada um damos um tratamento diferenciado, nem que seja apenas na forma de cumprimentar ou no vocabulário usado. Isso não é ruim, a meu ver. Amigo é amigo, mas cada um tem seu próprio espaço, sua própria personalidade, seus próprios interesses.
Hoje descobri uma nova classificação: o amigo morto-vivo.
Você conhece uma pessoa, se identifica com ela, descobre várias coisas em comum, cria uma empatia e, de repente, vê que ela faz parte de sua vida. Faz dela confidente e se faz seu confessor. A procura sempre que tem vontade e é sempre bem recebido. O mesmo acontece no sentido inverso. Como sempre nas relações humanas você não sabe se a intensidade dessa relação é a mesma em sua reciprocidade, mas não há motivos para ficar questionando isso no dia-a-dia. O identificar-se com ela, o gostar, por si bastam. Você tem um amigo e se acha amigo dela.
Cada qual na sua vida, no seu ritmo, com suas alegrias e problemas, conquistas e frustrações, seguem por ora em vias paralelas, mas sempre com uma confluência que faz com que a distância desapareça.
Porém, como pouquíssimas coisas na vida são pra sempre, de repente você percebe que a amizade apagou-se de um dos lados. Qualquer um dos lados. Ou seus sentimentos por ela já não são os mesmos ou ela já não lhe procura mais com a mesma constância. Segredos já não são mais revelados e discutidos em busca de uma solução a quatro mãos. Ombros já não são procurados ou oferecidos. Os telefonemas, e-mails, cartas,torpedos desaparecem. Se não há briga ou motivos declarados isso sempre ocorre apenas de um dos lados.
E o outro fica perdido. Procura e não acha explicações. Procura e não obtém respostas. Mas, ainda assim, mesmo porquê não há motivo algum declarado, continua achando que há amizade. Você é um amigo que não sabe se tem um amigo. Você passa a ser um amigo morto-vivo se tiver um pouco de insegurança ou classifica esse amigo assim. Um ainda vive a amizade enquanto o outro a enterrou sem necrológio. E isso dói.
Hoje descobri uma nova classificação: o amigo morto-vivo.
Você conhece uma pessoa, se identifica com ela, descobre várias coisas em comum, cria uma empatia e, de repente, vê que ela faz parte de sua vida. Faz dela confidente e se faz seu confessor. A procura sempre que tem vontade e é sempre bem recebido. O mesmo acontece no sentido inverso. Como sempre nas relações humanas você não sabe se a intensidade dessa relação é a mesma em sua reciprocidade, mas não há motivos para ficar questionando isso no dia-a-dia. O identificar-se com ela, o gostar, por si bastam. Você tem um amigo e se acha amigo dela.
Cada qual na sua vida, no seu ritmo, com suas alegrias e problemas, conquistas e frustrações, seguem por ora em vias paralelas, mas sempre com uma confluência que faz com que a distância desapareça.
Porém, como pouquíssimas coisas na vida são pra sempre, de repente você percebe que a amizade apagou-se de um dos lados. Qualquer um dos lados. Ou seus sentimentos por ela já não são os mesmos ou ela já não lhe procura mais com a mesma constância. Segredos já não são mais revelados e discutidos em busca de uma solução a quatro mãos. Ombros já não são procurados ou oferecidos. Os telefonemas, e-mails, cartas,torpedos desaparecem. Se não há briga ou motivos declarados isso sempre ocorre apenas de um dos lados.
E o outro fica perdido. Procura e não acha explicações. Procura e não obtém respostas. Mas, ainda assim, mesmo porquê não há motivo algum declarado, continua achando que há amizade. Você é um amigo que não sabe se tem um amigo. Você passa a ser um amigo morto-vivo se tiver um pouco de insegurança ou classifica esse amigo assim. Um ainda vive a amizade enquanto o outro a enterrou sem necrológio. E isso dói.
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