- Prefessô Marcos, eu quiria lhe contar uma coisa.
- Claro, seu Rei. Diga.
- HAHAHAHA
- Quê que foi, seu Rei?
- HAHAHAHAHAHA
- Ih!
- Ô, prefessô, o sinhô vai mangá de mim.
- Vou não mestre. Diga.
- O sinhô conhece o dotô Biratã, num cunhece?
- Meu amigo.
- Pois é. Fui lá me consultá nele.
- Tá doente, seu Rei.
- Que nada! Fiz um montão de exame. Tá tudo bão cumigo.
- E foi consultar de quê?
- O sinhô sabe que já tô cum quase sessenta...
- Pensei que o senhor tinha cinqüenta, cinqüenta e dois...
- Ôxe! Eu tenho cinqüenta e oitcho.
- Não parece. Mas, sim, foi se consultar de quê, seu rei?
- O pai da minha muié tá cum cânce.
- Poxa, que mal! E como ele está?
- Dotô Biratã diz que num tem cura, não. O véio tá nas úrtima.
- Se ele está sendo atendido pelo Bira, imagino que seja câncer de próstata.
- É isso mêmo.
- ...
- HAHAHAHA
- Já sei! O senhor ficou impressionado e foi fazer o exame com o Bira.
- E num foi?
- E aí, tudo bem?
- Agora tá, mas lá dento num ficô nada bão, não.
- Como é que foi?
- Vixe, prefessô! O negóço num é bunito, não.
- Conte aí.
- Ele mandô eu baxá as carça até o juêio e a cueca tumém... HAHAHA
- Fala, seu Rei!
- Aí mandô eu deitá numa mesinha de ferro cum um cochãozinho cuberto por uma tuaia de papel. Aí eu deitei de barriga pa cima. Eu vi ele abrí uma caxinha e tirá umas luva de prásco, daquelas de dotô. O sinhô sabe qual é, né?
- Sei.
- Pois intão! Ele ponhô as luva e mandô eu virá de lado. Eu virei e fiquei de frente pra ele. Aí ele disse "pa cá não, seu Rei. Fique oiando pa parede". HAHAHA
- Hehe... Fala, seu Rei. E aí?
- Prefessô, eu fiquei cum medo. Oiei pa ele cum zoião desse tamanho! Aí ele falô pa eu não se preocupá. Ele fazia um monte daqueles exame pur dia, que eu era inteligente de tê corage de fazê tumém, que todo hômi da minha idade tinha que fazê, que meu sogro só tava naquele estado purquê num teve essa corage.
- Aí o senhor virou.
- Virei.
- E daí?
- Ele infiô o dedo ne mim e ficô cavucando prum lado e pro ôtro.
- Doeu?
- Doeu não. Ele diz que passô uma pumada pa num duê. E passô mêmo. Quando eu levantei tava cum a bunda toda melada da pumada.
- HAHAHA
- Aí ele tirô as luva, jogô no lixo e me dixe onde ficava o banhêro pr'eu me limpá. Quando saí do banhêro ele tava sentado na cadeira dele, mandô eu sentá na outra e ixcreveu uns negóço num papel. Dixe que eu tava bem, mas que tinha mais dois inzame pa fazê.
- O de PSI e a ultrassonografia.
- Pois é, mas eu já tava pensando que ele ia querê infiá o dedo notro dia.
- Gostou, seu Rei?
- Oxe! Eu é que num ia vortá mais lá.
- HAHAHA
- Aí ele me deu as guia e o endereço dos médico. O inzame de sangue num foi pobrema nium, mas o ôtro, prefessô...
- Foi ruim?
- Muitcho pió que o do dedo!
- É mesmo?
- Premêro que quem fez o inzame era uma dotôra muié.
- Ah, seu Rei, pelo menos deve ter sido mais delicada que o Bira.
- Que nada, sô! Eu acho que ela tinha brigado cum marido. A muié é braba, prefessô!
- Conte aí como foi.
- Ela mandô eu baxá as carça que nem o dotô Biratã. E a vergõia? Cumé que eu ia tirá a rôpa na frente de uma muié que eu nem cunhicia?
- Tirou?
- Tirei, ué! Mas tirei de costa pa ela. Quem disse que adiantô? Ela tava vendo minha bunda, prefessô!
- HAHAHA. E aí?
- HAHAHA... Muitcha vergõia...
- Começou, termina. E aí?
- Aí ela mandô eu sentá numa caderona parecendo cadêra de dentista, mas mais maió. Antes ela colocô uma tuaia de papel. Aí eu sentei. Todo sem jeito. Ponhei as mão incima das parte pra ela num vê, mas ela nem oiava pa mim. Eu já mais agoniado que peru na véspra de Natal quando entra outra moça. Uma minina novinha, prefessô. E o que é pió, estudô aqui na iscola. Ela me cunhicia dêrde menina! Me deu vontade de me iscondê atrás da cadêra. Que vergonha, prefessô!
- HAHAHA, e aí?
- Aí a menina novinha sentô na mesinha do computadô e ficô bateno uns negócio lá. A mesa do computadô bem podia ficá de costas pa cadêra que eu tava sentado, mas qual o quê! A menina nem oiava pa mim, mas eu sabia que ela pudia me vê.
- Ela é profissional, seu Rei. Deve ter visto um monte de homens sentados lá.
- Só que num era nenhum monte de hômi que tava lá, não, prefessô, era eu.
- Lá isso é. E daí?
- Daí a dotôra mandô eu virá de lado. Eu virei e já fiquei de bunda pa ela. Que nem no consutóro do dotô Biratã. Daí eu sintí o dedo dela passando no meu fiofó. Nem minha muié, com quarenta ano de casada já tinha passado o dedo no meu fiofó! O sinhô tem idéa do que é isso? HAHAHA
- HAHAHA e em dois dias já tinha fila, hein, seu Rei?
- Mai num é?
- HAHAHA
- Acho que ela tava passano a mêma pumadinha que dotô Biratã passô. Aí eu pensei cumigo "pelo menos num vai duê". Mintira, prefessô! Ela infiô um negóço muitcho maió que o dedo do dotô Biratã. E meteu cum gosto! Purisso que eu acho que ela brigô cum marido.
- Doeu?
- Nossasinhora! E eu sem corage de dizê pa ela que tava dueno. E ela lá, cavuca pa cá, cavuca pa lá, e eu só cunsiguia fazê "ai! Ui!", bem baxinho pá num dexá ela cum mais raiva.
- HAHAHAHAHA
- A coisa num é bunita, não, sô! HAHAHA
- HAHAHA
- Inquanto ela mexia aquele trem, falava umas coisa, uns número pa minina nova que batia tudo no computadô. Eita, que paricia que aquilo ia durá o dia todo!
- HAHAHA
- Num acabava nunca! E eu só "ai! Ui!".
- HAHAHAHAHAHA
- Depois de um tempo sem fim, ela disse que eu pudia me vistí.
- Aí o senhor foi ao banheiro se limpar.
- Que banhêro? Eu vi uma porta e acho que era do banhêro, mas ela num disse nada.
- E o senhor não perguntou?
- Com aquela cara de onça que ela tava? Eu fiquei cum medo dela.
- Vestiu-se sujo mesmo?
- E apois?
- Nossa! Que meleca!
- E num foi o quê?
- HAHAHA
- Ela disse que eu pudia saí e vortá manhã pa pegá o inzame.
- Mas está tudo bem com o senhor.
- Perái que num acabô, não.
- Não acabou?
- O sinhô num sabe o pió.
- Ainda tem pior?
- E num tem? Quando saí da sala dela, tinha um monte de gente na sala de ispera. Eu cunhicia uns dez.
- Iam todos cair na sonda da doutora, seu Rei.
- Só que eu fui o premêro!
- HAHAHA
- E o povo todo me oiando. Até parecia que eles tinha visto tudo.
- HAHAHAHA
- E eu com a bunda toda melada.
- HAHAHAHAHAHA
- As banda da bunda disliva uma na ôtra como se tivesse sido engraxada.
- HAHAHAHAHAHAHAHAHA
- Claro, seu Rei. Diga.
- HAHAHAHA
- Quê que foi, seu Rei?
- HAHAHAHAHAHA
- Ih!
- Ô, prefessô, o sinhô vai mangá de mim.
- Vou não mestre. Diga.
- O sinhô conhece o dotô Biratã, num cunhece?
- Meu amigo.
- Pois é. Fui lá me consultá nele.
- Tá doente, seu Rei.
- Que nada! Fiz um montão de exame. Tá tudo bão cumigo.
- E foi consultar de quê?
- O sinhô sabe que já tô cum quase sessenta...
- Pensei que o senhor tinha cinqüenta, cinqüenta e dois...
- Ôxe! Eu tenho cinqüenta e oitcho.
- Não parece. Mas, sim, foi se consultar de quê, seu rei?
- O pai da minha muié tá cum cânce.
- Poxa, que mal! E como ele está?
- Dotô Biratã diz que num tem cura, não. O véio tá nas úrtima.
- Se ele está sendo atendido pelo Bira, imagino que seja câncer de próstata.
- É isso mêmo.
- ...
- HAHAHAHA
- Já sei! O senhor ficou impressionado e foi fazer o exame com o Bira.
- E num foi?
- E aí, tudo bem?
- Agora tá, mas lá dento num ficô nada bão, não.
- Como é que foi?
- Vixe, prefessô! O negóço num é bunito, não.
- Conte aí.
- Ele mandô eu baxá as carça até o juêio e a cueca tumém... HAHAHA
- Fala, seu Rei!
- Aí mandô eu deitá numa mesinha de ferro cum um cochãozinho cuberto por uma tuaia de papel. Aí eu deitei de barriga pa cima. Eu vi ele abrí uma caxinha e tirá umas luva de prásco, daquelas de dotô. O sinhô sabe qual é, né?
- Sei.
- Pois intão! Ele ponhô as luva e mandô eu virá de lado. Eu virei e fiquei de frente pra ele. Aí ele disse "pa cá não, seu Rei. Fique oiando pa parede". HAHAHA
- Hehe... Fala, seu Rei. E aí?
- Prefessô, eu fiquei cum medo. Oiei pa ele cum zoião desse tamanho! Aí ele falô pa eu não se preocupá. Ele fazia um monte daqueles exame pur dia, que eu era inteligente de tê corage de fazê tumém, que todo hômi da minha idade tinha que fazê, que meu sogro só tava naquele estado purquê num teve essa corage.
- Aí o senhor virou.
- Virei.
- E daí?
- Ele infiô o dedo ne mim e ficô cavucando prum lado e pro ôtro.
- Doeu?
- Doeu não. Ele diz que passô uma pumada pa num duê. E passô mêmo. Quando eu levantei tava cum a bunda toda melada da pumada.
- HAHAHA
- Aí ele tirô as luva, jogô no lixo e me dixe onde ficava o banhêro pr'eu me limpá. Quando saí do banhêro ele tava sentado na cadeira dele, mandô eu sentá na outra e ixcreveu uns negóço num papel. Dixe que eu tava bem, mas que tinha mais dois inzame pa fazê.
- O de PSI e a ultrassonografia.
- Pois é, mas eu já tava pensando que ele ia querê infiá o dedo notro dia.
- Gostou, seu Rei?
- Oxe! Eu é que num ia vortá mais lá.
- HAHAHA
- Aí ele me deu as guia e o endereço dos médico. O inzame de sangue num foi pobrema nium, mas o ôtro, prefessô...
- Foi ruim?
- Muitcho pió que o do dedo!
- É mesmo?
- Premêro que quem fez o inzame era uma dotôra muié.
- Ah, seu Rei, pelo menos deve ter sido mais delicada que o Bira.
- Que nada, sô! Eu acho que ela tinha brigado cum marido. A muié é braba, prefessô!
- Conte aí como foi.
- Ela mandô eu baxá as carça que nem o dotô Biratã. E a vergõia? Cumé que eu ia tirá a rôpa na frente de uma muié que eu nem cunhicia?
- Tirou?
- Tirei, ué! Mas tirei de costa pa ela. Quem disse que adiantô? Ela tava vendo minha bunda, prefessô!
- HAHAHA. E aí?
- HAHAHA... Muitcha vergõia...
- Começou, termina. E aí?
- Aí ela mandô eu sentá numa caderona parecendo cadêra de dentista, mas mais maió. Antes ela colocô uma tuaia de papel. Aí eu sentei. Todo sem jeito. Ponhei as mão incima das parte pra ela num vê, mas ela nem oiava pa mim. Eu já mais agoniado que peru na véspra de Natal quando entra outra moça. Uma minina novinha, prefessô. E o que é pió, estudô aqui na iscola. Ela me cunhicia dêrde menina! Me deu vontade de me iscondê atrás da cadêra. Que vergonha, prefessô!
- HAHAHA, e aí?
- Aí a menina novinha sentô na mesinha do computadô e ficô bateno uns negócio lá. A mesa do computadô bem podia ficá de costas pa cadêra que eu tava sentado, mas qual o quê! A menina nem oiava pa mim, mas eu sabia que ela pudia me vê.
- Ela é profissional, seu Rei. Deve ter visto um monte de homens sentados lá.
- Só que num era nenhum monte de hômi que tava lá, não, prefessô, era eu.
- Lá isso é. E daí?
- Daí a dotôra mandô eu virá de lado. Eu virei e já fiquei de bunda pa ela. Que nem no consutóro do dotô Biratã. Daí eu sintí o dedo dela passando no meu fiofó. Nem minha muié, com quarenta ano de casada já tinha passado o dedo no meu fiofó! O sinhô tem idéa do que é isso? HAHAHA
- HAHAHA e em dois dias já tinha fila, hein, seu Rei?
- Mai num é?
- HAHAHA
- Acho que ela tava passano a mêma pumadinha que dotô Biratã passô. Aí eu pensei cumigo "pelo menos num vai duê". Mintira, prefessô! Ela infiô um negóço muitcho maió que o dedo do dotô Biratã. E meteu cum gosto! Purisso que eu acho que ela brigô cum marido.
- Doeu?
- Nossasinhora! E eu sem corage de dizê pa ela que tava dueno. E ela lá, cavuca pa cá, cavuca pa lá, e eu só cunsiguia fazê "ai! Ui!", bem baxinho pá num dexá ela cum mais raiva.
- HAHAHAHAHA
- A coisa num é bunita, não, sô! HAHAHA
- HAHAHA
- Inquanto ela mexia aquele trem, falava umas coisa, uns número pa minina nova que batia tudo no computadô. Eita, que paricia que aquilo ia durá o dia todo!
- HAHAHA
- Num acabava nunca! E eu só "ai! Ui!".
- HAHAHAHAHAHA
- Depois de um tempo sem fim, ela disse que eu pudia me vistí.
- Aí o senhor foi ao banheiro se limpar.
- Que banhêro? Eu vi uma porta e acho que era do banhêro, mas ela num disse nada.
- E o senhor não perguntou?
- Com aquela cara de onça que ela tava? Eu fiquei cum medo dela.
- Vestiu-se sujo mesmo?
- E apois?
- Nossa! Que meleca!
- E num foi o quê?
- HAHAHA
- Ela disse que eu pudia saí e vortá manhã pa pegá o inzame.
- Mas está tudo bem com o senhor.
- Perái que num acabô, não.
- Não acabou?
- O sinhô num sabe o pió.
- Ainda tem pior?
- E num tem? Quando saí da sala dela, tinha um monte de gente na sala de ispera. Eu cunhicia uns dez.
- Iam todos cair na sonda da doutora, seu Rei.
- Só que eu fui o premêro!
- HAHAHA
- E o povo todo me oiando. Até parecia que eles tinha visto tudo.
- HAHAHAHA
- E eu com a bunda toda melada.
- HAHAHAHAHAHA
- As banda da bunda disliva uma na ôtra como se tivesse sido engraxada.
- HAHAHAHAHAHAHAHAHA
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