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segunda-feira, julho 18, 2005


Gostos e motéis

Lógico que gosto cada um tem o seu, ou melhor, os seus.

Ultimamente tenho conhecido muita gente que assume ser "fresca" para comidas. Na maioria dos casos discordo da dita frescura, pra mim são apenas gostos mais específicos.

Por meu lado, a ciência diz que sou onívoro e eu acredito na ciência, por isso não renego quase nada e quando renego não é por uma questão de paladar, mas de asco que certos pratos e/ou ingredientes me causam. Isso é frescura? Tá bom, então sou também fresco em relação a comidas. Mas é tão pouca coisa que rejeito. Posso até enumerá-las aqui: quiabo e maxixe, que dão um sabor muito bom a um cozido, mas que não gosto de mastigá-los; giló, opção óbvia para a maioria dos mortais que conheço; e kiwi, que a gente come como se estivesse mordendo parede, não pela textura, mas pelo paladar.

Mas o que isso tem a ver com motéis? Calma, não é exatamente comida a relação. Mas o gosto por.

Tem gente que adora motéis. Ar refrigerado, jacuzzi, espelho no teto, sauna, frigobar, serviço de quarto, privacidade (embora eu desconfie um pouco disso), enfim, mil mordomias a preços cômodos. Sem falar que é um ótimo lugar para se levar aquela transa de uma noite de quem você nem quer ver a cara amanhã. Para quê criar intimidade levando a presa para sua casa? Mesmo que você a não a queira ver mais, ela saberá onde encontrar você.

Eu sei que por ser homem, parece que estou me referindo a presas como mulheres, mas o fato é que nos tempos modernos a vítima do abate tem sido de qualquer um dos dezessete sexos que permeiam nossa fauna urbana.

Tem uma coisa, porém, que me faz detestar motéis: as camas. Não que elas sejam desconfortáveis, anti-ortopédicas ou algo assim. Muito pelo contrário. Existem indústrias moveleiras especializadas em móveis para hotéis e motéis. Já existe uma classificação desses ambientes por estrelas, assim como para os hotéis, o que me faz supor que os ditos bons motéis são bem confortáveis. me refiro a quem usou aqueles colchões.

Alguém aí já parou pra pensar que aidéticos, sifilíticos, gente com gonorréia, cancros mole ou duro, hemorróidas, unha encravada, sarna, piolho, chato, mau hálito, chulé, lepra, crista de galo, amebas e lombrigas, escarlatina e mais um cabedal de males sociais ou não passaram por aqueles quartos deixando ali seus fluídos e humores? Quantos já não se agrediram e não foi fazendo parte da selvageria do sexo? Quantos cometeram crimes ou contravenções naquele ambiente? Terminantemente não é um ambiente que me faça ter vontade de freqüentar.

A propósito, vocês podem não acreditar, mas nunca entrei num quarto de motel para fazer sexo. Existem ambientes muito mais saudáveis e românticos.

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