Malhar o Judas

Todo mundo vitaminado com o chcocolate de ontem, meio combalido por conta do jejum? Pois é hora de dar uma sacudida nas coisas ruins e malhar quem merece. Já que não podemos fazer fisicamente, vale a fantasia. Eu gostaria de malhar:

- O Lula, por ser um dissimulado; por ser um mau administrador que contou muito com a sorte de encontrar o mundo navegando em águas calmas e se gabar como se isso fosse obra dele; por ser populista duas caras que veste o macacão de operário para o povão e o terno de executivo de multinacional quando conversa com os banqueiros, especuladores, lobistas...; por determinar como política de estado que pobre não precisa estudar ou trabalhar já que vai contar com cotas e ajuda de custo para ficar em casa fazendo filho num retorno perigoso aos tempos do clientelismo político dos senhores feudais da colônia, enterrando a meritocracia; por ser analfabeto e se gabar disso, dando à juventude o pior exemplo que um pai poderia desejar e nessa saga ignorante, orgulhar-se de jamais ter lido um livro, que ler é muito chato; por fazer de sua infância dura motivo de peninha dos iguais a ele, como se estivesse concorrendo a um prêmio de BBB tentando sensibilizar a patuléia com suas agruras, como se cada um de nós não tivesse seus próprios problemas e os dele fossem mais graves; por não saber planejar a política econômica a longo prazo, administrando o país no oba-oba do imediatismo; pelo discurso escapista de que não sabe de nada e que a culpa das agruras nacionais são sempre os outros, de FHC aos loiros de olhos azuis; por promover, desde o primeiro dia na presidência, a desagregação nacional colocando pobres contra ricos, analfabetos contra letrados, negros contra brancos... O imbecil não percebeu que é presidente de toda uma nação e não apenas dos venais ou desinformados que lhe dão voto à primeira esmola; por tratar tudo como se fosse uma partida de futebol com suas analogias e metáforas, agindo como um estivador de feira que usa mal a língua e faz comparações pueris, preconceituosas e grosseiras sem se preocupar com a quem possa estar ofendendo; por ter instaurado a república das indenizações, dando a sanguessugas como o Ziraldo pensões vitalícias e/ou indenizações milionárias, mesmo quando o camarada passou apenas um dia em cana por ter optado entrar na guerra louvável contra a ditadura, cobrando com revanchismo e com o apoio do estado o preço de seu idealismo, numa questionável posição de que lutou pela ditadura do proletariado por grana e não por acreditar na causa; por fechar os olhos para as milhões de falcatruas já denunciadas pela imprensa, pela polícia, pelo parlamento, por populares e pelo Judiciário, acobertando parceiros de partido, de ministério e familiares, a exemplo do filho que fez fortuna de uma hora para outra sem bater prego num mamão. Resumindo, malho o Judas/Marolinha simplesmente por ele existir.

©Marcos Pontes