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quarta-feira, agosto 30, 2006


Coisinha Linda do Pai
  • Terça-feira, duas da madrugada:
- É agora, amor! Corre! Vamos pra maternidade!
  • Terça-feira, duas da madrugada:
- Acorda, amor, corre até a farmácia. A Giseldinha está ardendo em febre.
  • Todas as noites:
- Pai, mãe, posso dormir com vocês?
  • Sem medidas:
- De novo! De novo!
- Tá bom, filha, preciso trabalhar.
- Buááááááá
  • - Amor, vamos à praia?
- Não dá, a Giseldinha está com febre.
  • Você de férias:
- Amor, vamos passar uma semana em Fernando de Noronha?
- Não dá, a Giseldinha está de recuperação.
  • Quinze anos:
- Que tal uma viagem pela Europa, filinha?
- Nem pensar! Eu quero um baile melhor que o da Alicinha, um vestido Versace, uma jóia H. Stern, o Bruno Gagliasso como mestre de cerimônias e um show do Chitãozinho e Xororó.
  • Qualquer hora:
- Ih, pai! Não enche!
  • - Quanto é a mensalidade da escola?
- R$ 350,00
- A Giseldinha vai passar direto?
- Bombou.
  • Você tem todos os discos dele, é fã há anos, sabe todas as letras de cor e, pela primeira vez, ele vai se apresentar na sua cidade:
- Não vai dar, amor. Não temos com quem deixar a Giseldinha. A babá viajou, minha mãe vai ao show, minha irmã está de plantão e tua mãe está gripada.
  • - A Giseldinha está grávida.
- Do Robertinho Mena Barreto Soares de Mello?
- Não, daquele sem vergonha que passa o dia fumando maconha e dançando funk.
  • Férias na fazenda, meia hora depois de chegarem:
- Amor, vem correndo! A Giseldinha caiu do cavalo e quebrou a clavícula.
  • - Vai, amor, não pára, não pára...
- PAIÊ!!!!! Tem um bicho na minha cama!
  • - Sim, seu delegado, o carro é meu.
- ...
- Não, seu delegado, não dei a chave pra ela. Minha filha pegou sem permissão.
- ...
- Sim, seu delegado, eu pago os prejuízos.
  • - Sim, seu delegado, a Giseldinha é minha filha.
- ...
- Bêbada? Aonde?
- ...
- Naquele mafuá?!!
  • Na festa:
- Vambora, amor? Tô morrendo de sono.
- Temos que esperar a Giseldinha.
- Cadê ela?
- Tá por aí com um garoto. Disse que já vem.
- A que horas foi isso?
- Há três.
  • - Mas, seu guarda, essa multa é muito alta!
- Sua filha atirou a latinha pela janela.
  • - E o cachorro é vacinado?
- Não sei, mas a Giseldinha está sendo.
  • - EU NÃO QUERO ESSES LIVROS! EU QUERO UM PLAYSTATION 15!
  • - Suspensão? O que foi que você fez?
- Nada, pai, foi só um beijinho.
- Onde foi?
- No banheiro. Ninguém nem que viu.
  • Mas, minha filha, por que não tenta engenharia, direito, medicina...?
- Eu já disse, pai, eu quero economia doméstica!
  • A Giseldinha ligou?
- Não, foi passar o Natal e o ano novo com o namorado na SerraGaúcha.
- E daí?
- Ai, meu velho, vai ver lá não tem telefone.
  • Mas, minha filha, você pediu tantos essas sapatos tão caros...
- Enjoei.
  • Giseldinha, cadê sua mochila com o material escolar?
- Perdi.
  • - A Giseldinha não vem nos visitar?
- Ela não gosta de asilos, meu velho.

terça-feira, agosto 29, 2006


Tudo errado, Boneco, Mancha no Monitor

Fique na Cama

Tem dia que a gente não deve sair da cama, embora só se descubra isso depois de já estar em pé.
Quinta-feira passada a diarista me avisou "professor, a pia da cozinha entupiu". Depois do expediente fui ao supermercado e comprei soda cáustica. No dia seguinte faria a limpeza. Dona Zilda, prestativa, crente que estaria ajudando, voltou ao apartamento pela manhã, enquanto eu trabalhava e nem era dia dela vir, jogou a soda cáustica na pia, meio quilo, e abriu a torneira. Não sabia ela que a NaOH não se dissolve facilmente em água fria, ou seja, terminou de entupir.
Cheguei no final da tarde e encontrei o desastre feito. Sem ter como fazer comida, fui à lanchonete. Encontro o Chicão e a Bela. Felizes, me comunicaram que iam casar-se, que haviam comprado uma casa, mas precisavam reformá-la. Com o orçamento em mãos, estavam fazendo um "chá de casa nova" e pediam a ajuda dos amigos. Chicão é quase um irmão, não tinha como negar o auxílio. Contribuí com a mão de obra do pedreiro, mrri em duzentos reais.
Durante a conversa que se seguiu, "Chicão, nunca mais fomos tomar café da manhã na feira", caí na besteira de dizer. Café da manhã é força de expressão, na verdade gostamos de ir à feira com o nascer do sol comer rabada, sarapatel, mocotó... essas coisas light que a maioria de vocês deve sentir asco à sua menção. Bobo e feliz o amigo propôs que fôssemos na manhã seguinte. Seis e meia ele passaria parame pegar. Como eu teria que acordar cedo para procurar um encanador, concordei.
Sábado, seis horas o despertador me acorda. feita a higiene pessoal, fico esperando o Chicão aparecer. E, lógico, ele não apareceu. Pombas! Eu poderia ter acordado às oito. O jeito foi tomar o café na padaria da esquina.
Volto para casa e procuro o cartão de visitas do seu Alício. Lembram do seu Alício? Já falei dele há alguns meses. Telefono e o sujeito do outro lado me diz que o telefone não é do seu Alício, que sequer o conhece. Pobre é uma desgraça! Compra celular, não consegue pagar e em pouco tempo o número já é de outra pessoa. Me restava apelar paraas páginas amarelas. Nenhum encanador/desentupidor na minha cidade. Ter, tem muitos, mas não anunciam nas páginas amarelas.
Os nervos já estavam começando a se ouriçar.
Saio para a rua, lojas de material de construção, amigos que trabalham em construção civil e nada. Por sorte vejo um senhor passar de bicicleta carregando uma bomba desentupidora na garupa. Faço sinal, ele pára e combinamos ali mesmo que em uma hora ele estaria em meu apartamento. Seu Aurino me dá um cartão para eu ligar e passar o endereço direitinho. Já eram dez e meia.
Volto para casa, ligo para ele que me diz que está na feira comprando umas coisinhas para sua casa, mas iria logo, logo. Onze e meia ligo de novo e ele diz que está vindo.. Onze e quarenta e cinco ele chega, começa os trabalhos que terminam depois, bem depois, do meio dia. A cozinha fica aquele lamaçal, mas o ralo e o cano estavam desobstruídos. Quarenta reais a menos no bolso. Faxina de meia hora e a fome apertando.
Vou fazer o almoço. Tempero a bisteca com carinho, forro a forma, acendo o forno, enforno a carne lindamente envolta em papel alumínio e ligo a tv para assistir ao jornal enquanto espero. Meia hora depois estranho a falta de cheiro da carne que, àquela hora, deveria estar exalando por todo o apartamento.
De volto à cozinha constato que acabara o gás. Estressado e faminto, xingando até mãe de santo, vou ao quarto, pego o telefone a fim de pedir um botijão. Enquanto telefono, sento na cama que despenca. Arrebentou bem onde se parafusa. Esses móveis descartáveis de aglomerado...
Banho rápido e restaurante. Como como uma máquina trituradora na esperança de encontrar uma loja de móveis aberta. A cama mais barata, com dois criados mudos (a antiga não precisava dessa peça extra), me mata em 440 reais. A entrega só poderiaser feita na segunda-feira, ontem. Dois dias dormindo sobre o colchão no chão. Comprei, fazer o quê?
Em casa tento desmontar os restos mortais da velha cama. Parafusos demais, trabalho demais, paciência de menos. Já furioso, usei a chave de fenda como pé-de-cabra, quebrei tudo e atirei os cacos pela janela, no meio da calçada. Quem passava pela rua dava aqueles olhares do tipo "ih! Brigou com a mulher e ficou maluco". Só não joguei o estrado porque era grande para a janela e fiquei com preguiça de quebrar, mas atirei escada a baixo.
A cama não foi entregue ontem. Ligação para a loja, meia hora de esporro e me prometeram para hoje.
São 15:51 h. A cama chegou há 10 minutos, mas o montador ficou de vir daqui a uma hora. Rezemos.
Tudo isso por causa de uma pia entupida por uma faxineira solícita. Ai, ai.


Pronto, Lelinha, estava a fim de rir da minha cara, pois postei.

segunda-feira, agosto 28, 2006

Da Costa, Campeão do Salão de Humor de Piracicaba.


  • Eu tinha a impressão de que Alckimin daria uma subidinha no Ibope depois da primeira semana de propaganda eleitoral na televisão. Parece que dessa vez minhas análises foram erradas. Devo estar ficando enferrujado. Com um programa apelando para a emoção e mostrando suas origens "humildes", imaginei que poderia sensibilizar àqueles que adoram chorar assistindo às novelas. Que nada! O cara caiu um ponto. Será que está havendo realmente, uma mudança na cabeça do eleitor?
  • Nada contra ricos, quero dizer, ricos que enriquecem com o trabalho, com a sorte na loteria ou com uma herança, mas quando se fala em políticos ricos... Meu desconfiômetro fica ligado e ponteiro vai ao vermelho. Segundo o site Políticos do Brasil, as maiores fortunas entre os políticos são de membros do PFL, PMDB e PSDB, dos três, dois são partidos que sempre estiveram pongados no poder. É ou não é para desconfiar dessas fortunas e suas origens?
  • Mesmo contra vontade, cedendo a pressões, o presidente do Conselho de Ética no Senado, João Alberto (PMDB-AL) abriu inquérito contra os três senadores sanguessugas. Resta saber se tais processos serão levados até o final ou pararão nas penúltimas conseqüências. Que nós e a imprensa fiquemos de olho.
  • Gosto do Buarque, mas votaria no PDT com mais segurança se o titular da chapa fosse o que hoje é vice, Jeferson, do Amazonas, um dos poucos parlamentares que contam com minha simpatia e confiança. A propósito, isso não foi uma declaração de voto, apenas uma divagação. Não declararei meu voto para presidente como já fiz com o meu a senador. Juquinha.
  • O presidente da Câmara, Aldo Rebelo, propõe que sejam adicionadas 10% de farinha de mandioca na farinha de trigo na confecção de pães no país inteiro. Apoio plenamente a medida. Já disse aqui antes, acho um crime de lesa-pátria importarmos trigo podendo produzir pães tão bons e com os mesmas qualidades nutritivas com mandioca brasileira. Os lobies e os cartéis são dois dos principais responsáveis pela manutenção da pobreza nacional.
  • As CPI's têm apenas uma função: promover espetáculos públicos de mau gosto. Quem tem que investigar e punir são o Executivo, por meio das polícias, e o Judiciário por meio dos Ministérios Públicos Federal e Estaduais. A função do Legislativo nesses casos é de proibir que a justiça seja feita.
  • Ah, a idade, esse inimigo inexorável... Inimigo para quem não sabe extamente quantos anos tem. Mick Jagger, por exemplo, acha que ainda é um garotinho, mas Cronos tem lhe dado uns tapinhas nas costas. O líder dos Stones agora usa balão de oxigênio para ajudar a repor as energias enquanto Keith Richards, outro menino do grupo, faz seus solos. Espero viver até o dia em que esses rapazes requebrem de bengalas e cadeira de rodas. Vai ser uma beleza, uma verdadeira bandeira para aqueles da terceira idade que comem tijolo parademonstrar sua capacidade, principalmente nesse país em que velho não tem respeito, conforto, renda, ou comodidade.

sábado, agosto 26, 2006


Novaes, Gazeta Mercantil, SP

Meu irmão Normando, que algum de vocês já deve conhecer, me mandou o texto abaixo por e-mail. Aí eu o intimei: "Ou você posta, ou posto eu". Marra de irmão mais velho. Lógico que ele cedeu (ainda tem medo dos cascudos). Um dia eu consigo escrever assim...

Quem vota
  • Um sujeito comprou uma geladeira nova. Para livrar-se da geladeira velha, colocou-a no gramado em frente à casa e pendurou um aviso dizendo: "De graça, para um bom lar. Se a quiser, basta levá-la". A geladeira ficou lá três dias sem receber sequer um segundo olhar dos passantes. Finalmente, o sujeito chegou à conclusão de que as pessoas não acreditavam no que ele estava propondo. Parecia bom demais paraser verdade... Ele então mudou o aviso, que passou a ser: "Geladeira à venda, por 50 reais". No dia seguinte alguém a tinha roubado. Esse tipo de gente vota...
  • Olhando uma casa, meu irmão perguntou à corretora de imóveis de que lado era o norte porque, explicou ele, não queria que o sol o acordasse todas as manhãs. Ela perguntou, "o sol nasce no norte?". Quando meu irmão explicou que o sol nasce no leste (há um bom tempo vem acontecendo isso), ela sacudiu a cabeça e disse "Ah, sabe, eu não me mantenho atualizada sobre esse tipo de coisas". Ela também vota!
  • Antigamente eu trabalhava em suporte técnico num centro de atendimento a clientes 24 horas por dia, 7 dias por semana. Um dia recebi um telefonema de um sujeito que perguntou a que horas o atendimento técnico estava aberto. Eu disse a ele "o número que o senhor discou está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana". Ele, não satisfeito, perguntou "pelo horário de verão ou o normal?". Querendo acabar com a conversa rapidamente, repondi "horário de verão". Ele também vota.
  • Meu colega e eu estávamos almoçando em um restaurante self-service quando ouvimos , por acaso, uma das assistentes administrativas falando a respeito das queimaduras de sol que ela havia tido ao ir de carro ao litoral no fim de semana. Ela tinha ido de conversível., "mas não pensei que ficaria queimada, pois o carro estava em movimento". Detalhe: ela não era loira. Ela também vota.
  • Minha vizinha tem uma ferramenta salva-vidas no carro dela. É uma ferramenta projetada para cortar o cinto de segurança se ela ficar enredada nele. Ela guarda a ferramenta no parta-malas. Minha vizinha também vota.
  • Meus amigos e eu fomos comprar engradados de cerveja e notamos que os engradados tinhas 10% de desconto. Compramos dois engradados. O caixa multiplicou 10% por dois e nos deu um desconto de 20%. Ele também vota.
  • Saí com uma amiga e vimos uma mulher com um aro no nariz, atrelado a um brinco por meio de uma correntinha. Minha amiga: "Será que a corrente não dá um puxão a cada vez que ela vira a cabeça?" Expliquei que o nariz e a orelha permanecem à mesma distância independetemente de para que lado ela vire a cabeça. Minha amiga também vota!
  • Eu não conseguia achar minha bagagem na área de bagagens do aeroporto. Fui, então, até o setor de bagagens extraviadas e disse à mulher que minha bagagem não havia aparecido. Ela sorriu e me disse para não me preocupar, ela era uma profissional, eu estava em boas mãos. "Apenas me informa", perguntou-me, "o seu avião já chegou?" Ela também vota!
  • Trabalhando numa pizzaria, observei um homem que estava pedindo uma pizza para viagem. Ele parecia ser sozinho e o pizzaiolo perguntou se ele preferia que a pizza fosse cortada em quatro ou seis pedaços. Ele pensou alguns segundos antes de responder "corte só em quatro pedaços, não estou com fome suficiente para comer seis pedaços". Isso mesmo, ele também vota...
Agora você sabe quem elege os políticos. E os políticos estão cansados de saber quem os elege.
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Parece que cometi uma batatada ontem, mas a Rho me fez o favor de me corrigir nos comentários. Obrigado, Rho.

sexta-feira, agosto 25, 2006


Sponholz, Jornal da Manhã, PR

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  1. Hihihi..., cassaram a candidatura de Eurico Miranda! Nem tudo está perdido. Aliás, até o momento estou bastante satisfeito com a postura da Justiça Eleitoral, mesmo não tendo qualquer simpatia pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Marco Aurélio de Mello, talvez por ele ser primo do Collor, talvez por ter sido indicado e nomeado por Collor, talvez pela sua empáfia, mas o fato é que as propagandas chamando a atenção dos eleitores para o currículo dos candidatos e dos maus legisladores têm me deixado com uma pontinha de esperança de melhoras reflorando.
  2. O deputado Antônio Carlos Biscaia, do PT-RJ, presidente da CPI dos Sanguessugas pediu proteção à Polícia Federal alegando que tem sofrido ameaças de morte. Não torcendo por qualquer atentado contra o deputado, mas espero que tais ameaças realmente tenham acontecido, será mais uma prova de que gente graúda está muito enlameada e desesperada. Tomara que se chegue aos autores de tais ameaças. É a velha história da distância enorme entre verdade e justiça. Até mesmo o mais ignorante sertanejo de qualquer parte do país (antes que alguém diga que não existe sertão em todo o país, entenda-se como sertanejo camponês, sinônimo válido) que políticos no Brasil roubam e roubam muito, desde D. João I, mas justiça tem que ter provas para a condenação, só que juízes, promotores e advogados corruptos também existem à mancheia.
A propósito, alguém já pensou em fazer uma devassa na compra e distribuição de medicamentos, merenda escolar, carros, papel e todos os outros artigos comprados pelos governos com dinheiro estadual, federal ou municipal? Tem gente que fornece esses produtos e que também não perde uma licitação e que deve estar com o cu no ponto. Se for aberta uma ampla CPI das licitações, o número de parlamentares, prefeitos e governadores envolvidos será astronômico.
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3. César Maia, prefeito do Rio, suspendeu o repasse de verbas para as obras para o Pan Americano de 2007, alega problemas contratuais. Isso cheira a treta. Aliás, qualquer coisa que político faz, sempre me cheira a treta, ainda mais em ano eleitoral.
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4. Tenho quatro amigos professores que resolveram ganhar uma graninha extra. Montaram um curso preparatório para concursos públicos. Tolinhos e mal informados, estão há duas semanas com as portas abertas e não encontram alunos e nem concursos. Não sabem eles que é proibido por lei concursos públicos nesse período de ano eleitoral? É assim que quebram milhares de micro empresas Brasil afora, falta de informação, depois coloca-se a culpa em Deus, na Globo ou no governo.
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5. Voltando à Justiça Eleitoral. Ela está fazendo algo que eu sempre gostaria que fosse feito nesse país: proibindo a candidatura de cidadãos em processos criminais como réus ou suspeitos, mesmo que não tenham sido ainda julgados ou provada sua culpa. Tais decisões poderão ser derrubadas pelo TSE, lógico, mais técnico que defensor do povo, por ser contra os princípios do direito romano em que todos são inocentes até que se prove o contrário. O fato é que se esses sujeitos forem eleitos, ganham imunidade parlamentar e os processos ficam emperrados devido às suas imunidades parlamentares.
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6. O site da Receita Federal diz que minha restituição do Imposto de Renda já foi depositada em minha conta; meu extrato bancário diz que não. Será que o Bradesco está investindo minha grana para ficar com o lucro e só me reembolsar depois que eu reclamar? Não acredito, os banqueiros são gente honesta.
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7. Os peemedebistas e o tucanos têm algo em comum: ambos adoram ficar em cima do muro, difíceis de tomar decisões. Depois do governador do Ceará, é a vez de Requião, do Paraná, do PMDB. Diz ser amigo de Lula e não ser inimigo de Alckimin, em outras palavras, apoiará quem vencer, uma maneira de ficar bem com qualquer um. Corja!

quinta-feira, agosto 24, 2006


Angeli, Folha de São Paulo, SP

Quem não sabe dançar, sempre reclama que o chão é torto.
Ditado Indiano

  1. Logo que iniciou a campanha política, comentei aqui o linguajar de Alckimin, inacessível ao cidadão comum, pouco informado, pouco letrado. Depois tenho visto o mesmo tipo de crítica em diversos meios de comunicação e em conversas com amigos. O próprio Alckimin e seus assessores e marqueteiros devem ter ouvido também e devem ter aconselhado o candidato a mudar seu palavreado. Hoje tive crise de risos ao ouvir o narrador de seu programa na tv, com aquela voz grave dos narradores históricos, comentar "o Geraldo tá ligado". Logos depois o próprio Alckimin fala "é isso aí, Érica". Muito engraçado. As palavras não combinam com as vozes.
  2. Outra coisa que me causa rasgos de riso são as lendas urbanas mais estapafúrdias, entre elas essas tais mensagens subliminares. A última foi-me apresentada hoje por crianças de seus 10, 11 anos. Olhando o rótulo da Coca-Cola pelo avesso, contra a luz, eles conseguiram ler "diabo", embora o "b" fique mais por conta da imaginação do que da própria leitura. Perguntei como elas ficaram sabendo daquilo. "Contaram pro meu pai e pra minha mãe lá no Encontro de Casais", falou uma garotinha. O dito Encontro de Casais em Cristo é um daqueles grupos formados na Igreja Católica, a maioria gente da Renovação Carismática. Só rindo mesmo. Esse povo quer tanto ir para o céu que fica procurando o capiroto em todo lugar e ainda impressionam seus filhos com tais baboseiras.
  3. Existem cachorros bons de caça, cachorros bons guias, cachorros bons pastores de ovelhas, cachorros bons vigilantes, cachorros boas companhias para as crianças, cachorros bons para coisa nenhuma e por aí vai. Por isso justifica-se classificá-los por raças. Qualquer humano pode ser bom para qualquer coisa, basta ser capacitado e ter gosto pelas ações que deve executar. Humanos não são cachorros por isso é uma tolice classificá-los por cor ou raça.
  4. Plutão não é mais planeta. Oh!, o que farão os astrólogos agora? Como justificar seu engodo?
  5. Lula sancionou a proibição de prisão de usuários de drogas. Legal. Agora o sujeito pode acender um charo ou rolar uma carreira na mesa do restaurante ou na porta da sua casa que o máximo que se pode fazer é reclamar, correndo o risco de levar uma surra. Em breve, sob a pressão dos usuários, amigos dos usuários, traficantes e bichos grilos em geral, surgirão as leis de descriminalização da maconha. Isso, sim, é inclusão social.
  6. A associação italiana Meter de apoio às crianças, descobriu 40 blogs de pedofilia. 25 desses blogs são de mulheres! É o que sempre digo, as mulheres são tão melhores que os homens em tudo o que fazem que até na cafajestagem já estão nos superando. Um desses doentes ainda tem o displante de colocar a mensagem "ser pedófilo não é uma preferência sexual, uma perversão ou uma doença. É um compromisso com a vida, com a formação e os valores das crianças". Um filadaputa desses não merecia ser amarrado num poste e ser picotado, pedacinho por pedacinho, com um cortador de unhas cego e enferrujado?
  7. 520 impugnações de candidatos no Rio e São Paulo pela Justiça Eleitoral. Que beleza! Se catarem direitinho, devem ter mais algumas centenas que não deveriam ter a cara de pau de se candidatarem.

quarta-feira, agosto 23, 2006


Erasmo, Jornal de Piracicaba, SP

Depois de cortar, não adianta medir.
Ditado turco

  1. Não ousem usar a expressão "extremamente" perto de mim, a não ser que a coisa a que se refere seja realmente extrema. Que modazinha chata, sô!
  2. Escolhi meu candidato a senador: Juca Chaves. E isso não é brincadeirinha, não. O sujeito é crítico, é um intelectual e, embora tenha se tornado amigo do (eca!) ACM, ainda conta com minha confiança quando critica, há milênios, as porcarias políticas nacionais. Comparando o mandato do Gabeira, outro artista e intelectual que conta com minha simpatia, imagino que Juca Chaves possa ser um bom senador. Fora isso, é uma cara nova na política partidária. Não custa nada tentar.
  3. O professor John Wells, da Universidade de Londres, especialista em fonética, provavelmente sem ter coisa séria com que gastar o dinheiro das pesquisas, descobriu que vacas mugem com sotaque. Engraçado, ainda guri eu já havia percebido que os gatos também miam com sotaque. A onomatopéia do miado no Brasil é "miau", já nos Estados Unidos é "meow". Acho que vou requerer um título de doutor na Universidade de Londres.
  4. Tem político que quer mesmo é manter-se no poder, seja quem for o comandante. Alckimin tem investido pesado no Nordeste, onde Lula tem a maior dianteira do país, segundo as pesuisas, aí vem o governador do Ceará, Lúcio Alcântara, ex-PFL e ex-PMDB e atualmente tucano, declarou apoio à reeleição de Lula. Se a campanha de Geraldinho não decola, alguns partidários, pero no mucho, já começam a reservar seu lugarzinho à direita do que está na frente. Ô, corja!
  5. Nada a favor de Serra ou Mercadante, mas saber que Orestes Quércia é apenas o terceiro nas pesquisas paulistas, com apenas 10% dos votos, me dá uma alegria tão grande.
  6. George Allen é candidato republicano ao Senado Estadunidense pelo estado da Virgínia. Criou uma celeuma ao chamar de "macaca" uma jovem indiana que apóia seu concorrente. Isso por si só já é motivo de repúdio, mas é pouco. O presidente Bush está participando de atos públicos para arrecadação de fundos para a campanha de Allen. Como é que esse sujeito quer que o mundo o admire?
  7. Em tempo. Roseana Sarney, do PFL, partido coligado ao PSDB e apoiando Alckimin, também sugere que dará apoio a Lula. Que coisinha lina, é a cara do pai. Essa campanha presidencial, pelo andar da carruagem, vai terminar virando o samba de uma nota só nesses últimos 38 dias até as eleições.

terça-feira, agosto 22, 2006


Bello, Tribuna de Minas, MG

Atendendo à convocão da Luma para um post coletivo, o tema hoje é Violência:

Nós, classe média brasileira, temos que deixar de lado a hipocrisia e o conformismo e admitirmos que somos os maiores fomentadores da violência, seja ela qual for, em qualquer nível.
Somos nós que temos automóveis e andamos como loucos nas ruas e estradas, atropelamos gente, cruzamos sinal vermelho, causamos acidentes e saimos na porrada com o outro classe média que dirige o carro inimigo, além de molharmos a mão do guarda quando esse tenta nos punir;
Somos nós os maiores consumidores de drogas lícitas ou ilícitas, alimentando o tráfico e dando dinheiro para os bandidos comprarem seus fuzis e granadas;
Somos nós que compramos e vendemos produtos contrabandeados da China, Miami ou Paraguai, deixando nosso dinheiro nas mãos de comerciantes inescrupulosos, também classe média, transferindo esse dinheiro sabe-se lá para que outras mãos criminosas;
Somos nós que temos tv por assinatura e permitimos que nossos filhos assistam a programas de animação no Cartoon Network em que sexo, violência e drogas são mostrados como algo normal, comum e engraçado;
Somos nós que consumimos pedofilia na internet;
Somos nós que subornamos a polícia, o segurança do show ou qualquer outro que possa nos proibir de fazermos o que queremos, encomendamos assassinatos de posseiros;
Somos nós que bancamos campanhas políticas de corruptos que fazem as leis de forma que não sejam exemplarmente punidos caso sejam flagrados em suas falcatruas; e ainda por cima tentamos convencer nossos empregados a votarem em nossos candidatos;
E somos nós que podemos contratar bons advogados (embora isso seja uma antítese) quando somos pegos fazendo algo ilegal.
Na nossa covardia, somos nós que comandamos, mesmo que passivamente, os meios de comunicação, fantasiamos a verdade colocando a culpa de todas as mazelas nas duas classes que nos cercam, a elite e os pobres. Os primeiros por comandarem o país e os segundos por serem os soldados da bandidagem, mas, convenhamos, quem tem dinheiro para comprar uma tonelada de cocaina ou uma caixa de AR-15 dificilmente está morando no morro e mandando seus filhos para escolas particulares. Esses são classe média em ascenção.
Se usássemos toda a nossa energia gasta em culpar os outros para ajudar o Brasil a sair da lama, em pouco tempo não terminaríamos com a violência, essa é inerente à condição humana, mas poderíamos voltar a ter alguma confiança na polícia e nos governantes.

segunda-feira, agosto 21, 2006



Quando eu estudava no colégio interno em Manaus, só podia viajar nas férias para visitar a família, em aviões da FAB. Calma, não traía meus princípios, não era nenhum tipo de beneficiamento com dinheiro público, era direito. Meu pai era do Exército e eu estudava em colégio militar, o que nos dava direito a esse tipo de transporte, principalmente na Amazônia, onde o transporte era precário, perigosos, caro e demorado.
Pois bem, por ser gratuito, nós tínhamos que esperar dias por uma vaga, acordando de madrugada todos os dias e ficando horas na Base Militar. Aí comecei a desgostar de coisas grátis.
Se sou convidado para uma festa "boca livre", normalmente me alimento antes. Sei que lá haverá briga por um pedaço de carne ou um copo de cerveja que, normalmente, é servida quente. Na verdade, só vou a esse tipo de festa se o anfitrião for amigo o suficiente para que eu fique com peso na consciência se não comparecer.
Virou dito popular o tal de "de graça até injeção na testa". Pra mim, de graça nem férias na Europa. Quando você paga, pode exigir, reclamar, pedir reparação. Esse, sim, é um dos meus princípios.
Só que me traí. Um grande amigo se ofereceu para reparar meu pc, que andava meio capenga, coisas da idade, entendem? Por cima, ainda me deu de presente um gravador de cds, coisas que há tempo eu gostaria de comprar. Tentei driblá-lo, mas ele insistiu. Cedi. Isso foi na sexta-feira, dia 18.
No final da tarde ele me disse que só poderia entregar no sábado. Já não gostei.
No sábado disse que estava cheio de emergências, que só poderia me devolver hoje, dia 21. Bufei de raiva, mas me contive. Ele estava me fazendo um favor, eu não poderia ser tão ingrato. Marquei com ele ir pegar às 17:30 h, depois do expediente. Ele se ofereceu para trazer até minha casa, mas eu já achei que seria abuso da minha parte.
Eu já estava dando a última aula da tarde, me arrumando para sair correndo antes que o comércio fechasse, quando minha coordenadora me chamou à sala dela. Pediu que eu esperasse mais uns cinco minutos depois da aula. Ela havia agendado com a mãe de uma aluna que queria conversar comigo sobre as notas baixas da filha. "Pô, Eliane, logo hoje? Tô em cima da hora", "vai ser rapidinho, espera". Cá pra nós, conversar com pais de alunos ruins é um saco. Eles vêm sempre com a idéia fixa que o filho está mal por culpa do professor. E eu não sou de correr de briga.
Faltavam quinze para as seis quando ela me diz que a mãe está me esperando na sala da recepção. Quando chego lá, não havia mãe nenhuma. O motivo é aquela segunda foto lá de cima. Festa surpresa dos professores pelo meu aniversário. Festa de graça. Que coisa! Cantaram os parabéns, apaguei a vela e saí correndo. Por sorte cheguei a tempo de encontrar a loja aberta. Essa festa de graça quase me deixa ainda mais estressado.
Bom, chego em casa, ligo o pc e... Todo desconfigurado! Tive que reconfigurar tudo, baixar os programas que normalmente uso e, surpresa, o Blogspot, o Orkut e outros sites só abrem pelo Fire Fox, não atendem ao Internet Explorer. Até eu descobrir isso, já estava quase atirando o computador pela janela. Sorte que a janela que fica em frente a ele é pequena demais para isso.
De graça, nem lua de mel na Europa. E tenho dito!

quinta-feira, agosto 17, 2006

Pater, A Tribuna, ES
De volta às origens:
  • O Governo Federal está financiando computadores no valor de até R$ 3 mil para professores. Na verdade esse programa já existia há anos, mas agora, ano eleitoral, as proagandas voltam a falar disso. É muito bom, principalmente para professores da Redes Públicas estaduais e municipais, que têm salários bem menores e que teriam enormes dificuldades para comprar um pc apenas com seus ganhos. Mas nem tudo é perfeito. O financiamento pode ser conseguido junto à CEF ou ao Banco do Brasil, mas o candidato tem que ser correntista. A velha compra casada que o Código de Defesa do Consumidor condena.
  • Uma juíza proibiu o governo estadunidense de colocar em prática seu programa de espionagem ao cidadão, que Bush resolveu implementar em nome da segurança nacional. Se o programa fosse executado, qualquer cidadão poderia ter seus telefones, e-mail ou qualquer tipo de comunicação grampeados sem a necessidade de autorização judicial. Coisa de ditaduras terceiromundistas. Esses são aqueles que se dizem os paladinos dos direitos humanos, os xerifes do mundo livre. Sei...
  • Uma coisa, porém, os Estados Unidos têm que dão de dez anos a zero em nós: a rapidez das decisões judiciais. Exemplo: dia desses Mel Gibson foi preso dirigindo embriagado, duas ou três semanas atrás. Hoje já saiu sua sentença: três anos de detenção com direito a sursis. No Brasil o sujeito dirige embriagado, atropela e mata gente inocente e sequer dorme na cadeia, né, Alexandre Pires?
  • Que beleza a atitude do presidente do Conselho de Ética do Senado, um verdadeiro exemplo de democracia. O sujeito disse à imprensa que decidirá se os dois senadores (entre eles o tal Suassuna que já foi enrolado em diversos casos de corrupção nos últimos quatro anos) deverão enfrentar um processo de cassação pelo seu envolvimento no caso dos sanguessugas, baseado na defesa deles, que não levará em conta os depoimentos do empresário que lhes pagava propina. Ou seja, os senadores praticamente não terão acusação, só defesa. E uma filadaputa desse ainda pode ser reeleito. Pelo menos o vice do Conselho está sendo contra essa massa de pizza. Ameaçou recorrer ao Supremo Tribunal Federal caso haja o arquivamento dos processos.
  • E a Assembléia de Deus, a maior igreja evangélica do país, indicará aos seus fiéis o candidato a presidente. Quem será? Se Garotinho estivesse concorrendo, essa indicação seria barbada. Barbada, senhores e senhores, é uma gíria antiga do turfe, e não referência a qualquer candidato.
  • Por falar em candidatos, que debatezinho xinfrim o primeiro. Buarque, o candidato unitônico. Tudo bem que uma boa educação é essencial e a escola pública brasileira está em cacos, mas as carências nacionais são muito mais que apenas nessa área. Pra mim, está assinando um atestado de incompetência para resolver os demais problemas. Alckimin perde mais tempo falando mal de Lula do que defendendo suas idéias e, ainda por cima, conta suas proezas quando governador de São Paulo, como se tivesse deixado o estado às mil maravilhas, inclusive na área de segurança pública. E ainda acusa os bandidos de estarem fazendo campanha pró-Lula. Ou seja, segundo a lógica de Alckimin, os bandidos estão assassinando agentes de segurança, queimando ônibus, explodindo bancos para dizerem à população que Alckimin os deixou à vontade, por isso não deve ser votado. Pelamordedeus, Geraldinho, o eleitor não é tão imbecil (só um pouquinho). Heloisa Helena, a louca, tem solução para tudo. Resolver os problemas da nação é copinho d'água pra ela. O mundo está todo errado, certo está seu discurso soviético, populista e sem fundo. Não questiono sua honestidade, longe disso, mas sua incompetêcia transborda pelos olhos.

O outro sujeito, de quem sequer lembro o nome, a xerox desbotada de Donald Trump, é outro das soluções mágicas. E todo mundo falando direto o nome de Lula que, como todo candidato na dianteira das pesquisas, não compareceu. Os caras e nem seus assessores e os marqueteiros ainda não perceberam que quanto mais se fala o nome do concorrente, mas ajuda a fixar esse nome no subconsciente de quem ouve? Em outras palavras, eles falam, falam e falam o nome do Lula; o eleitor ouve, ouve e ouve o nome de Lula. Quando perguntado sobre o nome de algum candidato a presidente, o menos esclarecido eleitor tem, imediatamente, o flash do nome de Lula. Assim fortalece-se a candidatura com a enorme ajuda dos adversários.

  • Ah!, quase esqueço dessa. Os candidatos e políticos da oposição reclamando das ações da Polícia Federal que todo dia prende gente acusada de algum tipo de ação ilegal contra o erário, portanto contra o país. Dizem que tais operações são eleitoreiras. O que eles preferem, que os bandidos fiquem soltos? Eleitoreira ou não, eu, na condição de pagador de impostos, quero ver essa corja toda presa. Parece que Álvaro Dias, Alckimin, Heloisa Helena, César Maia, FHC, ACM e outros da mesma laia preferem que os bandidos fiquem à solta, desde que Lula não se reeleja.

quarta-feira, agosto 16, 2006

Bienaventurados los Pobres, Santiago Germán Ariza
Nem mirra, incenso ou ouro, apenas barro, rosas e leite no nascimento do cristão de berço com lençol de couro e travesseiro de latão.
Maria e José são pobres vivendo de sal e bico, vendendo papel para rico para encher a mamadeira do que dorme nas palhas que cobre.
Sem batismo e sem crisma, marginal de palafita, cresce o rebento infeliz que vive de birra e cisma comendo frio, de marmita.
  • A Sandra realizou um concurso de contos em seu blog. Não sei como, consegui ser o segundo colocado e ganhei de presente um pacote com três DVD's de Felini: A Doce Vida, Abismo de Um Sonho e Julieta dos Espíritos. Adorei, Sandra. Já tenho programa para o final de semana, comendo pipoca, e uma boa lembrança para o resto da vida. Sugiro a vossas senhorias que dêem uma passadinha lá e conheçam mais dois premiados.

terça-feira, agosto 15, 2006

Pintura premiada, UCA, Espanha

Vítima Urbana

Ficou esculpida no poste a silhueta do bêbado com sua guimba pendurada nos lábios.

Sobrou no meio-fio a garrafa de cachaça desfeita em cacos mil.

Voou para a esquina o jornal velho que o cobria na noite fria de julho.

Escorreu pela sarjeta seu sangue pálido, sem hemácias.

Seguiu pelo asfalto o rastro dos pneus que o mataram.


segunda-feira, agosto 14, 2006


Retirantes, Cândido Portinari
Pedreira
Bater marreta a cada dia não é nada, só trabalho, suor, cansaço, obrigação. Pegar no pesado, agonia de quem aprende no malho por não ter educação.
Saio de casa bem cedo para buscar meu pão na pedra que quebro sem raiva ou dor. Seu doutor, meu grande medo é meu filho que não medra por se alimentar só de amor.
Pequenino já me ajuda na labuta da pedreira, já que aqui não tem escola. De roupa só tem uma muda, no pé pereba e frieira. Trabalha, não pede esmola.
Essa vida, meu senhor, é tão ruim que dói só de pensar em viver. O olho já perdeu a cor e meu peito se corrói na vontade de morrer.

domingo, agosto 13, 2006

Se você entrar aqui agora e ler esse texto significa primeiro que você sabe ler e segundo que este blog está em manutenção e em breve voltará com sua programação normal.

Obrigada pela compreensão e desculpe pelo transtorno!

sexta-feira, agosto 11, 2006

Cotidiano


Cotidiano


Salta rápido, o relógio já chamou, não tens mais chance.

A mesma pasta na mesma escova, o mesmo pão com manteiga e chá que o café está caro e falta leite. O mesmo ônibus, as mesmas caras, o mesmo caminho. O mesmo chefe, o mesmo trabalho...

É tempo de repetição do que não te agrada, mas te suporta como amor de maddrasta que beija e belisca.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Pintura para Lola, Lola Rincón


- Amor é bom, mas dói.

- De tanto procurar e não encontrar o amor ideal, casou-se com qualquer um.

- Paixão é labirinto
Que une periquita e pinto.

- O otimista acha que amor é para sempre; o pessimista coloca prazo de validade.

- Seu amor-próprio era tanto que casou-se consigo mesmo e divorciou-se por ciúme.

- O amor viaja quilômetros; a paixão viaja metros; o tesão mal chega à esquina.

- A solteirice é egoísmo ou auto-preservação?

- O escritor tem a vantagem de fazer declarações de amor públicas para a amante e a esposa achar lindo.

- Quais as chances de ganhar na Mega Sena? Bem maiores que as de encontrar a cara-metade entre 6 bilhões de pessoas.

- Amizades raras são entre um homem e uma mulher e entre mulheres. Quando existem, são as mais fortes.

- "Amor platônico é a fome sem a vontade de comer", Chico Anísio.

quarta-feira, agosto 09, 2006

Kadinski


Segue


Como aqueles que por anos a fio carregam seus mortos em fronhas por lavar, carrego meus vivos que me impedem de morrer por uma simples questão de amor que não quer acabar.

Lençóis cheirosos e mal dobrados nas camas comunitárias onde já dormi são testemunhas induvidáveis dos que me guiam e seguem e me impedem de pensar em morte.

A curiosidade dos próximos dias e das caras curiosas, engraçadas, sérias, rabugentas ou sem feições que hão de vir; a perspectiva de novas camas e redes comunitárias, barracas de camping, muriçocas e carapanãs e os lençóis cheirosos e mal dobrados me impedem de pensar em morte.

Ainda existem violões, músicas e cantores e muita gente para ouvir em platéias barulhentas e mal comportadas em bares, discos, fitas, vídeos... então, para que pensar em morte?

E há livros verdes, azuis, incolores, de versos, poesias, besteiras, bulas, panfletos, ensaios e crônicas, bem ou mal escritos e seus autores falantes, indiferentes, intectuais e intelectualóides, por isso já nem penso que existe morte.

terça-feira, agosto 08, 2006

Foto de Raghu Rai

Miséria


Na boca do mundo um grito calado do que chora de fome, frio e dor, esquecido pelos becos porcos.

Nos olhos do mundo lágrimas secam ao relento e se molham de sereno das noites pelas ruas.

Nas pernas do mundo o cansaço de andar em vão em busca de migalhas que se esparramam em outros chãos.

Nos braços do mundo a carência de um abraço, de um afago, de carinho, do maltrapilho das cidades.

No estômago do mundo a falta do alimento, do calor da sopa, do feijão de que não se sabe o paladar.

Nos mundos do mundo as almas quase mortas perambulam famintas à procura da vida não dada.

segunda-feira, agosto 07, 2006

El Deseo y El Mito


As juras de amor


Adamastor era um prodígio em promessas de amor. Não prometia o que não podia cumprir para a mulher amada, mas a si próprio.

Josefa, sua primeira paixão, terminara o namoro por conta dos ciúmes de Adamastor. Ele não brigava, não se descabelava, mas fechava a cara e ficava sem falar a cada vez que a via com outro homem, fossem colegas do trabalho dela, colegas de faculdade, amigos de infância e até os irmãos, tanto dele quanto dela.

Sentiu-se ridículo na noite em que chegou ao forró que acontecia todas as sextas-feiras na faculdade e a viu feliz, rodopiando na pista com um crioulo alto, bonito e ótimo dançarino. Nem falou com ela. Escorou-se no balcão e encheu a cara de cerveja até que ela o viu e se aproximou. Já o conhecendo bem, sabendo que ele a vira com Otacílio, recebendo dele aquele silêncio hostil, afastou-se dizendo que no dia seguinte conversariam.

Ele, apaixonado, não conseguia se afastar. Foi à casa dela já imaginando a discussão que aconteceria. Ela o recebeu com um disco de Caetano Veloso no toca discos de onde se ouvia a Música de Fernando Lobo, Chuvas de Verão. Podemos ser amigos simplesmente, coisas do amor nunca mais, amores do passado no presente refletem velhos temas tão banais.... Sentiu que a catástrofe seria pior do que previra.

Ela foi direto ao assunto: não poderia mais conviver com tanto ciúme, não mudaria sua maneira de ser por conta da paranóia dele. Ah!, o Otacílio é gay. Não houve negociação, estava tudo acabado.

Com o fim do namoro, mais de ano de dor de cotovelo. Nenhuma mulher o interessava. Fez-se a promessa de que nunca mais deixar transparecer sua ciumeira. A controlaria desde então. E nos namoros seguintes, sofria sorrindo.

Superada a fase de dores por Josefa, surgiu a Anerita. Linda, alegre, garota de praia. Mil e um motivos para ter ciúmes, mas ela nunca percebeu e isso lhe serviu como terapia. As horas de distância doíam, mas não geravam ciúme, sósaudade. A procurava durante todo o dia, telefonava, fazia visitas surpresas no trabalho só para vê-la por uns cinco minutos, mandava flores não para presenteá-la, mas para receber o telefonema de agradecimento. Virou uma cola.

Sentindo-se sufocada, Anerita o chamou para uma conversa definitiva. Não dava mais, ela não tinha tempo nem mais para o salão de beleza, da saidinha com as amigas, de curtir a solidão de um por do sol nos dias em que se sentisse melancólia. Ele tentou, mas não houve como regatear. O namoro estava rompido.

Mais um ano de coração dolorido, solidão, sentia o amor morrer em seu peito.

Jurou nunca mais sufocar uma mulher. Seria um homem sem ciúmes e liberal desde então. Não apareceria de surpresa, telefonaria antes, proporia o cinema, não mais imporia, mandaria flores em datas especiais e a mais longo prazo.

Eis que surge Mysti, moça independente, pós-graduada, bem empregada, dona do próprio nariz, o protótipo da mulher do novo século. A promessa que fizera de jamais se apaixonar de novo ruiu diante daqueles olhos verdes.

Sem ciúmes, sem grude, um homem seguro, esse era o novo Adamastor. E Mysti adorou. Se completavam. Ele viajava a negócios e ela entendia; ela fazia serão na sexta-feira e ele não cobrava sua presença. Ela tirava um dia para sair com as amigas e colocar os papos em dia e ele não se importava; ele jogava bola na praia aos domingos e ela o encorajava para o esporte. Tudo lindo, tudo perfeito.

A perfeição, porém, era aparente. Miguelino, amigo de Adamastor, quase irmão, chegou com a notícia ruim. Vira Mysti na rodoviária se despedindo de um belo rapaz que estava embarcando num ônibus para Palmas. Beijos calorosos, abraços intermináveis e muito choro. Mysti o traia.

A traição ele não admitia nem mesmo de seus amigos com as namoradas ou esposas. Ninguém é obrigado a ficar com ninguém, se estivesse era por gosto, não havia, portanto, motivo para trair. Não engoliria aquilo.

Por telefone acabou o namoro. Não disse o motivo, mas sabia que ela saberia, afinal, consciência ela havia de ter.

Sofreu de amor próprio destruído, sofreu pela vergonha da traição, sofreu pelo amor-perfeito perdido.

Prometia agora nunca mais sofrer por amor. Não se envolveria seriamente com mais nenhuma mulher, não se permitiria apaixonar.

E assim viveu por cinco anos. Só que o cérebro esqueceu-se de combinar com o coração.

Giselda apareceu para destruir suas convicções. Linda, quase infantil, arrebatadora. Ela apaixonou-se e o convenceu a se apaixonar também, mas ele relutava. Sofria para não admitir que amava. A afastava embora a desejasse. E ela se afastou.

Hoje ele sofre por não ter admitido que amava e chora sozinho.

domingo, agosto 06, 2006

Casa de fazenda


Aleivosia


Era aleivosia mesmo, Teófes, tô te dizeno! Como eu num haverá de sabê a deferença entre aleivosia e gente de carne e osso? Lósco que era voisa do ôtro mundo, to te falano.

Purque eu sei, ora. Óia, falá cumigo inté que ela falo, mai eu num posso dizê o que foi, tu num ia gostá de sabê.

Num inséste, Teófes, num posso falá, não. Dosulivre!

Que ôme teimoso! Se eu to falano que era aleivosia, é purque era, disgrama.

E come que tu sabe que num inzéste?

Ah, o pade disse... Logo o pade. Num é esse pade que fala que é pecado, vai posinferno quem deseja a muié dos ôtro? E apois. É o mesmo pade que reza a missa todin-a oiando pus juêio de dona Zândi de Urbino da farmaça. Num é ele que diz que é pecado negoçá fora do casamento? Pois num é ele mesmo que coiseia com umas trêis carola lá na sacristia e todo mundo sabe? Pur que eu haverá de querditar nele quando diz que num inzéste visage? Apois eu lhe afirmo que inzéste e eu vi com esses zói que hai de vê Jesus Cristin-o no dia do juízo. Tu vai crê ni mim ô num pade mintiroso?

Oxe! Quando que eu mintí pa tu?

Ah, mai num tem valença. Nóis tava interessado na mesma muié e dizem que no amô e na guerra vale tudo, num dizem? E apois? Mai tu tomem mentia pa eu, ô tua acha que eu num sei que quem mandava aquelas frô pa ela era tu? O peó é que ela num ficô nem cum eu nem cum tu. Terminô fugino com o engomadin-o lá das Grota Grande. A gente perdemo junto.

Como? Só vai crê n'eu de eu disse o que ela falô? Posso não, Teófes, num vai sê bom pa tu sabê.

Ta, foi ansim. Eu tava lá nos fundo do cercado. Era meia noite quando iscuitei os porco fazeno algazarra. Peguei a socadêra e fui lá pensano que pudia sê cobra, cachorro do mato, filiça ô outro bicho.

Rodei o terrêro todo, cavuca de cá, cavuca de lá e nada. E os porco grunindo. A lua tava cheiona, amarela, alumiano tudo, facim de vê tudo derredó. Mai eu num via nada.

Cansado de percurá, sentei na cerca, iscorei a ispingarda no morão, peguei uma paia e fiquei ali pitano, isperano aparecê o bicho que causava o rebuliço. Aos pôco a porcada foi carmano, carmano e vortô o silênço. Só os grilo, os sapo, os vaga-lume e os bacurau imbaxo do lua, e eu pitando aquela gostozura que Deus deu.

Cabei o cigarro, vi que tava tudo na paiz do Sinhô e arresorvi vortá pra rede. Quando dici da cerca e me virei pa pegá a socadêra, ela tava impé do lado. Muito alta, branca mais branca que a luz da lua, cum vistido branco inté os pé que nem triscava o chão, os zói azuzim, azuzim, oiando pa eu.

Subiu um gelo pelo ispin-aço, sinti os cabelo ripiá, minhas perna bambeô, a boca secô. Num cunsiguia mais me mexê. Ela oiava pa eu com os zoião azul. Daí ela me preguntô um-a coisa que eu, gaguim que nem o Zelotéro, quais sem voz,respundi. Daí ela falo ôtra coisa e sumiu no ar.

Posso dizê não, Teófes, num inséste.

Que cabra mais teimoso!

Ah, é? Só querdita se eu dissé? Intonce vô dizê.

Ela priguntô se eu era o Teófes Figueira dos Anjo. Eu dixe que num era. Aí ela dixe que eu adiscurpasse ela, que ela que ela quiria falar era cum o Teófes. Pronto, tu priguntô, eu falei.

Pêra, Teófes! Vorta aqui! Num dianta se iscondê, não, Teófes, uma noite ela te acha! Vorta, Teófes! Corre, não, ôme!

Num te falei, Raonílio, que esse tar de Teófes é um cagão? Ganhei a aposta? Intonce paga a pinga que apostemo.

sexta-feira, agosto 04, 2006

Pra piorar o já péssimo estado de espírito, hoje seria aniversário do meu pai e já não posso lhe dar um abraço ou apenas um telefonema. Essa, sim, é uma saudade que não vai acabar.

quinta-feira, agosto 03, 2006

Tô com raiva!

Quando estiver de saco cheio, passe pedra-pome.


Tô de saco cheio e não tenho pedra-pome, então agüentem.




Por que meus posts prediletos são os menos lidos e menos comentados? Será que tenho um gosto tão esquisito assim? Oh, como sou incompreendido!




Tenho dois contos e duas crônicas prontas, mas nenhuma paciência pra colocá-los aqui hoje. Vão ficar esperando na gaveta. Não gostou? Nem eu. Empatamos.




Tô ranzinza mesmo!




Levei um pé na bunda, tô com uma tremenda dor-de-cotovelo, mas não vou cortar os pulsos, nem encher a cara e nem correr atrás da primeira calcinha que passar (se bem que não é má idéia). Mas também não vou ficar de chororô e nem tentar explicar nada, afinal, todos vocês já devem saber muito bem como e o que é isso. Então pronto, tamos conversados. O pior do pé na bunda são os efeitos colaterais, os demais prazeres deixam de dar prazer por algum tempo.




Quando eu voltar ao normal, volto. Pode demorar dois minutos, uma semana ou um ano, por isso vamos combinar assim: vocês fazem de conta que não me viram e eu faço de conta que não vim aqui. Combinado?

quarta-feira, agosto 02, 2006

Elomar


Faviela


Abença, madin-a, cabei de chegá do Reno das Pedra das bande de lá. Meu pai mandô queu vince aqui te salvá. Tomem qu'eu subesse das nova de cá, de nada isquecesse de li priguntá, qu'eu vince e vortasse sem mais delatá. Desse no qui desse preu li respostá.

Tem pressa das bota, chapéu, muntaria, apois que amain-ã se rompê o dia vai junto c'as frota lá pras Aligria pras béspa das boda de Caçula e Fia. Cum prijistença alembra que é próxa e já quaji às porta a vinda do Grande Rei Jesus, o nosso redentô.

Manda priguntá se a vida pressas banda miorô. É que lá nos Impedrado nossa luta inté faiz dó.

Se a fulô do gado maió, também das min-uça, se as cria vingô; da roça só indaga das mendioca, só, plantada na incosta do mato-cipó.

Findo o priguntóro já torno a istradá. Donde é o lavatóro? Dêxeu me banhá.

A casa sutura sizuda as janela, vejo a camarin-a de renda mais bela, da sala à cunzin-a só inda num vi ela. Prigunto pro via daquela donzela.

Risposta, madin-a, cadê Faviela? Min-a alma duvin-a que hai arte do mal. Min-a alma difin-a margosa de fel. Só faiz sete lua qui li di o anel. Jurô que era min-a pru tinta e papel.

Foi no minguante dessa passada, tão de repente deu-se o sucesso qui já nem güento mais essa dô.

Vino dos confim da istrada um mitrioso aqui poso. Se arribo de madrugada e Faviela, ai, de mim levô!


Malvada malunga, culpada foi ela. Jurô que era min-a pru tinta e papel. Foi imbora a run-ia, ingrata e infiel.

A bença, madin-a, já volto a istradá e tudo que tinha pra li priguntá.

Min-a alma difin-a, margosa de fel; só faiz sete lua qui li di o anel; jurô que era min-a pru tinta e papel; foi imbora a run-ia, ingrata e infiel.




Raramente escrevo o texto de outro autor por aqui, mas a ressalva, dessa vez, tem dois motivos: primeiro que o autor de Faviela
é Elomar Figueira, de quem sou fão há muito. Clicando na foto dele, lá em cima, você será levado à sua biografia, feita pela Faculdade de Comunicação da UFBA. O segundo motivo é que esse é um daqueles textos que a gente lê e dá uma inveja danada de ter sido escrito por outra pessoa, a gente fica pensando "Putz!, como que gostaria de ter escrito isso!".

Faviela
é, na verdade, a letra de uma música que você pode ouvir aqui, além de outras músicas de Elomar. Não espero que gostem tanto quanto gosto, mas, se ouvirem, gostaria que colocassem aqui suas opiniões. Curtam.

terça-feira, agosto 01, 2006

Concha y mi amigo, Kelly Lynn Jones


- Amigo de verdade éo que continua amigo mesmo depois de perder dinheiro ou a mulher para o outro amigo.

- Ter amigos é muito bom, mas acordar às sete da manhã de domingo para ouvir lamúrias é coisa de masoquista.

- Favores não se pagam com pregas.

- Se eu entrar numa briga que um amigo arrumou sem razão, será para bater nele.

- Por autopreservação devemos ter sempre um amigo policial e outro amigo bandido.

- Em três ocasiões diferentes o mesmo amigo, bêbado, ameaçou me bater. Na quarta bati nele.

- Quando a gente está na pior é que conhecemos os verdadeiros amigos e, se formos maus amigos, preferiremos os em melhor situação.

- Convenhamos, é muito bom receber aquele velho amigo que nos abandonou quando estava por cima e nós na pior, no momento em que ele está por baixo e estamos bem.

- Políticos não têm amigos, têm cúmplices.

- Diz-me com quem andas que te direi se vou junto.