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quarta-feira, junho 18, 2008

passofundo

  • Semana passada, zapeando pela tv aberta, caí na Band e conheci o CQC, dirigido pelo Marcelo Tás. Na linha do Ernesto Varela, seu personagem famoso e que lhe deu fama, jornalista incômodo para os políticos, o programa é hoje o melhor da tv aberta. Fiquei fã. No programa dessa semana, na São Paulo Fashion Week, perturbando as dondocas, o repórter perguntou a uma garota se era ela modelo, atriz, manequim... Ao que a garota respondeu "não, sou inteligente. Eu estudo". Pronto, fiquei fã dela também.

 

  • Por falar em CQC, eles foram enxotados do Congresso Nacional. Os digníssimos parlamentares alegaram, para justificar a proibição, que os cinco componentes do programa não são jornalistas, o que é uma mentira. Os cinco são graduados. Mas, mesmo que não o fossem, o Congresso não é "a casa do povo"? Todo brasileiro não tem direito de freqüentar o parlamento e seguir as matérias ali discutidas e votadas? A Constituição não prega a obrigação dos políticos de darem transparência a seus atos, respondendo às perguntas dos cidadãos e mostrando o que fazem e deixam de fazer? Pois bem, os senhores defensores da Constituição, mais uma vez, a rasgam. Como contra-ataque, a equipe do CQC lançou um abaixo-assinado requerendo a aceitação da equipe do programa na casa de leis. Mesmo que vossa senhoria, caro leitor, não seja telespectador do programa, que não assista à televisão, não suporte o Marcelo Tás, peço que assine o abaixo assinado em nome da democracia. Aquela corja palaciana não pode fazer das leis o que bem entendem, já basta as leis porcas que andam fazendo.

 

  • Mudando de papo. A chuvarada que tem caído no meio-oeste estadunidense já causou sérios danos na produção de milho, causando uma quebra de 16% da safra num prejuízo estimado de U$ 2 bilhões. A safra de soja também está comprometida. E nós com isso? Preparem-se, crianças, os aumentos nos preços dos alimentos chegará aqui em breve. O milho é a base da alimentação dos estadunidenses, não só nos alimentos diretamente, mas nas rações, fora o fato de ser a matéria-prima do etano, fabricado por lá. Cedo ou tarde os reflexos nos alcançarão.

 

  • Já que o papo é etanol, masi uma vez as previsões de Pai Marquinhos de Ogum se concretizam. O Los Angeles Times publicou matéria que afirma que o sucesso do etanol brasileiro está ancorado nas péssimas condições de trabalho dos cortadores de cana. Isso é fato, assim como é fato que os gringos já estão fazendo seus lobbies para nos venderem máquinas agrícolas. O discurso bobalhão (ops! Redundância!) de Lula comparando as condições de trabalho dos bóias-frias brasileiros com as dos mineiros europeus é uma tentativa absurda de esconder o sol com a peneira. Não é porque os mineiros europeus trabalhando em condições de risco constante que nossos canavieiros têm que passar pelo mesmo. Pela lógica do beócio, um erro justifica o outro.

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