As juras de amor
Adamastor era um prodígio em promessas de amor. Não prometia o que não podia cumprir para a mulher amada, mas a si próprio.
Josefa, sua primeira paixão, terminara o namoro por conta dos ciúmes de Adamastor. Ele não brigava, não se descabelava, mas fechava a cara e ficava sem falar a cada vez que a via com outro homem, fossem colegas do trabalho dela, colegas de faculdade, amigos de infância e até os irmãos, tanto dele quanto dela.
Sentiu-se ridículo na noite em que chegou ao forró que acontecia todas as sextas-feiras na faculdade e a viu feliz, rodopiando na pista com um crioulo alto, bonito e ótimo dançarino. Nem falou com ela. Escorou-se no balcão e encheu a cara de cerveja até que ela o viu e se aproximou. Já o conhecendo bem, sabendo que ele a vira com Otacílio, recebendo dele aquele silêncio hostil, afastou-se dizendo que no dia seguinte conversariam.
Ele, apaixonado, não conseguia se afastar. Foi à casa dela já imaginando a discussão que aconteceria. Ela o recebeu com um disco de Caetano Veloso no toca discos de onde se ouvia a Música de Fernando Lobo, Chuvas de Verão. Podemos ser amigos simplesmente, coisas do amor nunca mais, amores do passado no presente refletem velhos temas tão banais.... Sentiu que a catástrofe seria pior do que previra.
Ela foi direto ao assunto: não poderia mais conviver com tanto ciúme, não mudaria sua maneira de ser por conta da paranóia dele. Ah!, o Otacílio é gay. Não houve negociação, estava tudo acabado.
Com o fim do namoro, mais de ano de dor de cotovelo. Nenhuma mulher o interessava. Fez-se a promessa de que nunca mais deixar transparecer sua ciumeira. A controlaria desde então. E nos namoros seguintes, sofria sorrindo.
Superada a fase de dores por Josefa, surgiu a Anerita. Linda, alegre, garota de praia. Mil e um motivos para ter ciúmes, mas ela nunca percebeu e isso lhe serviu como terapia. As horas de distância doíam, mas não geravam ciúme, sósaudade. A procurava durante todo o dia, telefonava, fazia visitas surpresas no trabalho só para vê-la por uns cinco minutos, mandava flores não para presenteá-la, mas para receber o telefonema de agradecimento. Virou uma cola.
Sentindo-se sufocada, Anerita o chamou para uma conversa definitiva. Não dava mais, ela não tinha tempo nem mais para o salão de beleza, da saidinha com as amigas, de curtir a solidão de um por do sol nos dias em que se sentisse melancólia. Ele tentou, mas não houve como regatear. O namoro estava rompido.
Mais um ano de coração dolorido, solidão, sentia o amor morrer em seu peito.
Jurou nunca mais sufocar uma mulher. Seria um homem sem ciúmes e liberal desde então. Não apareceria de surpresa, telefonaria antes, proporia o cinema, não mais imporia, mandaria flores em datas especiais e a mais longo prazo.
Eis que surge Mysti, moça independente, pós-graduada, bem empregada, dona do próprio nariz, o protótipo da mulher do novo século. A promessa que fizera de jamais se apaixonar de novo ruiu diante daqueles olhos verdes.
Sem ciúmes, sem grude, um homem seguro, esse era o novo Adamastor. E Mysti adorou. Se completavam. Ele viajava a negócios e ela entendia; ela fazia serão na sexta-feira e ele não cobrava sua presença. Ela tirava um dia para sair com as amigas e colocar os papos em dia e ele não se importava; ele jogava bola na praia aos domingos e ela o encorajava para o esporte. Tudo lindo, tudo perfeito.
A perfeição, porém, era aparente. Miguelino, amigo de Adamastor, quase irmão, chegou com a notícia ruim. Vira Mysti na rodoviária se despedindo de um belo rapaz que estava embarcando num ônibus para Palmas. Beijos calorosos, abraços intermináveis e muito choro. Mysti o traia.
A traição ele não admitia nem mesmo de seus amigos com as namoradas ou esposas. Ninguém é obrigado a ficar com ninguém, se estivesse era por gosto, não havia, portanto, motivo para trair. Não engoliria aquilo.
Por telefone acabou o namoro. Não disse o motivo, mas sabia que ela saberia, afinal, consciência ela havia de ter.
Sofreu de amor próprio destruído, sofreu pela vergonha da traição, sofreu pelo amor-perfeito perdido.
Prometia agora nunca mais sofrer por amor. Não se envolveria seriamente com mais nenhuma mulher, não se permitiria apaixonar.
E assim viveu por cinco anos. Só que o cérebro esqueceu-se de combinar com o coração.
Giselda apareceu para destruir suas convicções. Linda, quase infantil, arrebatadora. Ela apaixonou-se e o convenceu a se apaixonar também, mas ele relutava. Sofria para não admitir que amava. A afastava embora a desejasse. E ela se afastou.
Hoje ele sofre por não ter admitido que amava e chora sozinho.
Josefa, sua primeira paixão, terminara o namoro por conta dos ciúmes de Adamastor. Ele não brigava, não se descabelava, mas fechava a cara e ficava sem falar a cada vez que a via com outro homem, fossem colegas do trabalho dela, colegas de faculdade, amigos de infância e até os irmãos, tanto dele quanto dela.
Sentiu-se ridículo na noite em que chegou ao forró que acontecia todas as sextas-feiras na faculdade e a viu feliz, rodopiando na pista com um crioulo alto, bonito e ótimo dançarino. Nem falou com ela. Escorou-se no balcão e encheu a cara de cerveja até que ela o viu e se aproximou. Já o conhecendo bem, sabendo que ele a vira com Otacílio, recebendo dele aquele silêncio hostil, afastou-se dizendo que no dia seguinte conversariam.
Ele, apaixonado, não conseguia se afastar. Foi à casa dela já imaginando a discussão que aconteceria. Ela o recebeu com um disco de Caetano Veloso no toca discos de onde se ouvia a Música de Fernando Lobo, Chuvas de Verão. Podemos ser amigos simplesmente, coisas do amor nunca mais, amores do passado no presente refletem velhos temas tão banais.... Sentiu que a catástrofe seria pior do que previra.
Ela foi direto ao assunto: não poderia mais conviver com tanto ciúme, não mudaria sua maneira de ser por conta da paranóia dele. Ah!, o Otacílio é gay. Não houve negociação, estava tudo acabado.
Com o fim do namoro, mais de ano de dor de cotovelo. Nenhuma mulher o interessava. Fez-se a promessa de que nunca mais deixar transparecer sua ciumeira. A controlaria desde então. E nos namoros seguintes, sofria sorrindo.
Superada a fase de dores por Josefa, surgiu a Anerita. Linda, alegre, garota de praia. Mil e um motivos para ter ciúmes, mas ela nunca percebeu e isso lhe serviu como terapia. As horas de distância doíam, mas não geravam ciúme, sósaudade. A procurava durante todo o dia, telefonava, fazia visitas surpresas no trabalho só para vê-la por uns cinco minutos, mandava flores não para presenteá-la, mas para receber o telefonema de agradecimento. Virou uma cola.
Sentindo-se sufocada, Anerita o chamou para uma conversa definitiva. Não dava mais, ela não tinha tempo nem mais para o salão de beleza, da saidinha com as amigas, de curtir a solidão de um por do sol nos dias em que se sentisse melancólia. Ele tentou, mas não houve como regatear. O namoro estava rompido.
Mais um ano de coração dolorido, solidão, sentia o amor morrer em seu peito.
Jurou nunca mais sufocar uma mulher. Seria um homem sem ciúmes e liberal desde então. Não apareceria de surpresa, telefonaria antes, proporia o cinema, não mais imporia, mandaria flores em datas especiais e a mais longo prazo.
Eis que surge Mysti, moça independente, pós-graduada, bem empregada, dona do próprio nariz, o protótipo da mulher do novo século. A promessa que fizera de jamais se apaixonar de novo ruiu diante daqueles olhos verdes.
Sem ciúmes, sem grude, um homem seguro, esse era o novo Adamastor. E Mysti adorou. Se completavam. Ele viajava a negócios e ela entendia; ela fazia serão na sexta-feira e ele não cobrava sua presença. Ela tirava um dia para sair com as amigas e colocar os papos em dia e ele não se importava; ele jogava bola na praia aos domingos e ela o encorajava para o esporte. Tudo lindo, tudo perfeito.
A perfeição, porém, era aparente. Miguelino, amigo de Adamastor, quase irmão, chegou com a notícia ruim. Vira Mysti na rodoviária se despedindo de um belo rapaz que estava embarcando num ônibus para Palmas. Beijos calorosos, abraços intermináveis e muito choro. Mysti o traia.
A traição ele não admitia nem mesmo de seus amigos com as namoradas ou esposas. Ninguém é obrigado a ficar com ninguém, se estivesse era por gosto, não havia, portanto, motivo para trair. Não engoliria aquilo.
Por telefone acabou o namoro. Não disse o motivo, mas sabia que ela saberia, afinal, consciência ela havia de ter.
Sofreu de amor próprio destruído, sofreu pela vergonha da traição, sofreu pelo amor-perfeito perdido.
Prometia agora nunca mais sofrer por amor. Não se envolveria seriamente com mais nenhuma mulher, não se permitiria apaixonar.
E assim viveu por cinco anos. Só que o cérebro esqueceu-se de combinar com o coração.
Giselda apareceu para destruir suas convicções. Linda, quase infantil, arrebatadora. Ela apaixonou-se e o convenceu a se apaixonar também, mas ele relutava. Sofria para não admitir que amava. A afastava embora a desejasse. E ela se afastou.
Hoje ele sofre por não ter admitido que amava e chora sozinho.
Um comentário:
Para você mesmo diga o nome do rapaz ou moça com que você deseja estar (três vezes) Pense em algo que gostaria de realizar na próxima semana e repita para si mesmo (seis vezes) Se você tem um desejo repita-o para você mesmo (venha cá Anjo de Luz eu te invoco para que desenterre mario sergio de onde estiver ou com quem estiver e faça ele me telefonar ainda hoje apaixonado e arrependido. Desenterre tudo que está impedindo que Mario sergio venha para mim. Afaste todos aqueles que tem contribuído para o nosso afastamento e que ele não pense mais nas outras mais somente em mim. Que ele me telefone e me ame. Agradeço por esse misterioso poder que sempre dá certo. Amém. Publique 3 vezes
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