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terça-feira, fevereiro 27, 2007

Fred, Correio da Paraíba, PB


  • Ri às gargalhadas ao ler os comentários do meu post do último dia 24. Coisas da tecnolgia cibernética... Me lembro que quando guri eu ficava lendo nos classificados dos jornais as orações de agradecimento por uma graça alcançada pelo intermédio de algum santo com boa aceitação no céu e as correntes de umbanda onde se faziam pedidos, ameaças, agradecimentos... E eu me colocava a pensar sobre as pessoas que encomendavam aqueles "recados". Fé, cada qual com asua, e até entendia que as pessoas viam nos santos, gênios, entidades, caboclos e coisas tais o seu bote salva-cidas, mas jamais esperava encontrar o mesmo expediente por aqui. Achei o maior barato, embora não possa deixar de achar engraçado também. Que me perdoem os crentes.

  • Desde a hora em que assisti à notícia, assim que o fato ocorreu, via Globo News, fiquei pensando em como a vida é irônica e a morte tem um senso de humor grotesco. Fiquei pensando naquelas pobres velhinhas, tranqüilas, passeando pelas calçadas de Copacabana, de repente serem surpreendidas - se é que chegaram a perceber o que estava ocorrendo - por uma laje de concreto despencando sobre suas cabeças. É muita crueldade! A pessoa atravessa uma vida cheia de percalços, deve ter enfrentado doenças, passou por todas as crises políticas, financeiras e morais por que esse Brasilzão atravessou e atravessa há 507 anos, para morrer de uma maneira tão estúpida durante um inocente passeio matinal. Coisas assim é que levam alguns a acreditarem no destino e pronunciarem a célebre frase "é porque era sua hora". Pragmático, continuo achando que é uma aberração praticada com a ajuda de empreiteiros inescrupulosos e por empresários que pagam pelo menor preço e não pelo melhor serviço, pouco importando-se com a vida dos outros. Como é o país da impunidade, alguém pagará uma multa ao CREA, se muito, e mais alguém deverá dar algumas merrecas como indenização. Infelizmente será merreca mesmo, isso depois de muitos anos com processos protelados na Justiça. Inevitavelmente merreca, uma vez que a visa de um idoso é baratinha num país que não valoriza o ser humano, somente a conta bancária do ser humano que tem grana alta.

  • Ando muito apertado, com falta de tempo para visitar os blogs e sites, coisa que adoro fazer. Tenho levado alguns esporros pela minha ausência, mas garanto que não é má vontade, apenas obedeço ordens dadas por Cronos. Mesmo na revista Extremo 21 tenho publicado apenas contos antigos. Tomara que o que tenha ainda a escrever esteja bem guardado em algum canto empoeirado do cérebro que, quando espanado, me traga um monte de idéias pelo menos razoáveis.

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