A maioria dos blogueiros diz que não escreve para os leitores, mas para si. Se fosse essa a minha intenção, escrever para mim, o faria num diarinho secreto e guardaria sob o travesseiro, como as garotinhas de quinze anos.
Escrevo porque gosto, óbvio, mas escrevo para compartilhar. Quando conto uma piada é porque a achei boa e gostaria que alguém risse comigo; quando critico uma nova lei ou mesmo um velho Código Penal, não faço questão de que concordem comigo, mas quero dividir minha indignação com alguém mais e, se eu estiver errado em minhas observações, que me corrijam. Enfim, é para meu reduzido público que escrevo.
Percebi que nessa época do ano, a maioria está ausente, curtindo merecidas férias. Eu mesmo me afastei por uns dias e estou aqui dizendo mais um até logo. Mesmo depois de retornar não tenho conseguido me colocar em dia com as coisinhas acumuladas que só podem ser feitas nas férias, por isso vou dar mais uma afastadinha.
Gostaria que estivessem todos aqui para receberem meu abraço de afeto, meus agradecimentos pelos prazeres que me deram a cada visita e meus votos de que o novo ano seja melhor do que todos os anteriores e pior do que 2009.
Vivendo no Brasil, a quase totalidade dos meus visitantes, não é nenhum trabalho de adivinhação saber que teremos muitos desgostos com os politicanalhas e seus cupinchas, que teremos a democracia arranhada muitas vezes, que continuaremos andando na corda bamba das incertezas econômicas, que, por ser ano eleitoral, em 2008 ouviremos mais mentiras e promessas vazias do que ouvimos normalmente, que serão eleitos para prefeitos e vereadores o que há de pior numa sociedade, que os sem terra, sem teto, sem cérebro continuarão suas ações de tentar tomar na força o que não lhes pertence e que o Estado nada fará para impedi-los ou punir seus exageros, que as televisões e os governos continuarão suas campanhas de achatamento da classe média e exigirão que essa se responsabilize pelas reformas e manutenção dos prédios escolares e as campanhas de esmolas sociais continuem, que os hospitais e previdência social continuarão sofríveis e que dessa vez culparão o fim da CPMF como desculpa, que aposentados continuarão morrendo nas filas de espera e os jovens continuarão morrendo pelas mãos de traficantes ou pelo efeito dos álcool no trânsito, que a Polícia Federal prenderá milhares de bandidos e os advogados e juízes os mandarão de volta às ruas. Sabemos que nada mudará no macro universo, mas como sou um otimista incorrigível, desejo do fundo do coração que cada um, não só meus parcos leitores, mas cada cidadão, cada criança, cada habitante dessa zona que chamamos de país, tenha uma vida leve, tranqüila, segura e feliz. Que consigam realizar seus melhores sonhos e que não lhes falte trabalho e salários justos, que a saúde não se abale, que os amores sejam correspondidos. Enfim, que sejam felizes.
Nos veremos novamente no dia 7 de janeiro, sem pieguices e com o melhor humor que me seja permitido.
Beijos e abraços e até lá.
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