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segunda-feira, março 03, 2008

AUTO_novaes

  • Uma das causas do afastamento de Collor foi sua auto-suficiência. Achando que poderia governar sem o Congresso, menosprezou as relação do Executivo com o Legislativo que, por sua vez, incrementou as denúncias contra o presidente e usou os cara-pintadas, orquestrados por Roberto Marinho e pela esquerda furiosa como justificativa para seu afastamento. Foram vários processos que Fernando Collor teve que responder depois de afastado, em todos foi absolvido. Fica aí o questionamento: se foi inocentado por todos os crimes, haveria, então, motivos reais para o impeachment? Os congressistas que votaram pelo impeachment, estavam realmente ouvindo os anseios populares ou apenas usaram a população como massa de manobra para, com Itamar, conseguirem poder no Executivo que o ex-presidente não lhes dava? Ressuscito esses fatos agora por conta das críticas que Lula fez ao Judiciário. O bate-boca à distância foi com Marco Aurélio, coincidentemente primo de Collor e colocado por esse nas altas esferas do Judiciário. Collor não ficou ao lado do primo nessa pendenga, pelo contrário, apoiou Lula, o mesmo Lula a quem ele destruíra em campanha com golpes baixos e que tomou a linha de frente pelo seu impeachment. O ex-presidente deve ter aprendido que os dois poderes, Executivo e Legislativo, quando o presidente está forte, têm que andar de mãos dadas. O Executivo legisla; por falta de leis decentes, o Judiciário legisla; por incompetência para legislar, o Legislativo quer executar. A nós, idiotas portadores de título eleitoral, só resta xingar.

 

  • Se a Força Aérea Colombiana invadiu ou não o espaço aéreo equatoriano não interessa a Chávez. El Loco encontrou uma pontinha da meada que vai puxar até desenrolar todo o fio. Crítico ferrenho de Bush, a quem acusa, com razão, de se meter em questões internas de outros países, Chávez está se achando no direito de se autodenominar o xerife da América do Sul. O cara investiu alto na compra de armamentos russos e deve estar com o dedo coçando para puxar o gatilho. Uribe quer destruir os terroristas que infestam quase a metade da Colômbia, seqüestrando, matando, extorquindo, traficando (muito provavelmente com o apoio da República Bolivariana D'El Loco). Chávez não vê os para-militares colombianos como terroristas (só ele e mais uma meia dúzia do hospício) e quer que Uribe governe seu país coligando-se às suas sandices. Não é à toa que numa pesquisa nos Estados Unidos, divulgada na semana passada, Chávez foi escolhido o mais influente líder sul-americano. Lula deixou-se atropelar. E nossas fronteiras, como ficam nessa história? Desguarnecidas, lógico. É sabido que os terroristas infiltram-se em território brasileiro para fugir das tropas oficiais colombianas. Nosso Exército, desaparelhado e sem pessoal suficiente, além de, provavelmente, receberem ordens de Brasília para fazerem vistas grossas, não estarão preparados para defenderem nossas terras caso a guerra estoure, coisa pela qual Chávez torce e está fazendo tudo para que aconteça. Só falta Morales meter o bedelho, o que é capaz de fazer, usando a estratégia que os militares argentinos usaram, com a Guerra das Malvinas, para desviar a atenção dos problemas internos. Isso vai dar merda.

 

  • Em se tratando de política externa, o Brasil está tão sem pé nem mão, que abriu mão de uma candidatura a um alto cargo na Comissão de Direitos Humanos da ONU para beneficiar Cuba. Parece piada, mas Cuba, que vive sob uma ditadura, que impede seu povo de ir e vir, que mantém centenas de presos políticos, vai ocupar uma cadeira na Comissão de Direitos Humanos. E com a aquiescência brasileira. Como diria aquele antigo personagem do Jô Soares, "você não quer que eu volte, Madalena!".

 

  • E Lula nadando de costas... Até hoje o Congresso não votou as contas do governo. Nenhuma! aliás, não votaram sequer as contas de FHC. Esses bostas fizeram do Congresso, definitivamente, uma bolsa de trocas, vendas, compras e neócios excusos. Os panacas não legislam e nem cumprem as mínimas obrigações constitucionais para a qual foram eleitos.

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