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domingo, maio 25, 2008

humbertojc

  • Jeferson Peres foi o último. Os fisiologistas, os corruptos, os venais, os sem caráter, estão soltos na capoeira. Peres, além de sua postura pessoal irretocável, até onde sabemos, era um crítico contumas e inflexível daqueles que fazem de seus cargos um balcão de negócios. Talvez ainda possamos contar com Suplicy, mas este aparenta sofrer de Alzeheimer nos últimos tempos; podemos ter esperança de que Simon ressuscite, um homem que já foi referência e transformou-se num saudosista que não consegue viver em perspectiva, somente requentando os tempos passados de combate do MDB, aliás, ele ainda chama seu partido assim; podemos tentar confiar em Demóstenes Torres, que tem-se mostrado o mais bem preparado oposicionista, fruto de seus tempos de promotor público, mas está cercado de "demos", o que diminui nossas esperanças. Jeferson Peres vai fazer falta, muita falta.

 

  • Hoje o escândalo Renan completa um ano. Alguém foi punido? Claro que sim! Nós, pobres palhaços pagadores de impostos fomos punidos. Incrível como as coisas se repetem nessa republiqueta de quinta. Renan está quietinho, conformado com a perda aparente de poder, mergulhadinho esperando a memória popular apagar suas tristes memórias.

 

  • Vejo notícias otimistas nos jornais por conta da morte do bandido-mor das Farc. Tolinhos... Os marginais colombianos consideram-se um exército, por isso têm uma hierarquia, o que significa uma linha sucessória. Nada vai mudar, pelo menos por enquanto.

 

  • Impressionante a celeridade da justiça brasileira. Lembram quando aconteceu o naufrágio do Bateau Mouche? No revellion de 1889! Há dezessete anos! Muitos dos parentes das 55 vítimas daquela tragédia já devem ter morrido sem terem sido justiçados. Só agora foi paga a primeira indenização. Pior, não foram os donos do barco que pagaram a conta, mas os cofres públicos, ou seja, você e eu, que não temos ações da empresa responsável e, provavelmente, jamais vimos esse barco de perto. A República dos Sindicalistas está se transformando na República Indenizatória. A mentalidade dos nossos governates passou a ser "não precisamos evitar a tragédia hoje, mas pensar nas indenizações amanhã". Enquanto isso, o podere paralelo e o transverso mandam e desmandam.

 

  • A Polícia Federal encontrou mais um forte indício do envolvimento de Paulinho da Força com esquema de desvio de verbas do BNDES. Resta a pergunta: a companheirada permitirá seu indiciamento e, caso aconteça, um julgamento justo e, se esse milagre acontecer, uma punição em caso de uma condenação? Du-vi-dê-ó-dó!

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