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quinta-feira, novembro 09, 2006

"Quem espera por sapatos de defunto, toda a vida anda descalço."
(Adágio popular)


Aroeira, O Dia, RJ


  • O governo oferece R$ 375,00; as centrais sindicais pedem R$ 420,00; daqui a pouco a oposição virá com uns R$ 560,00. Começou a lenga-lenga anual sobre o reajuste do salário mínimo. O trabalhador? Esse que fique quietinho em seu canto e espere os tubarões decidirem.

  • Saiu nos jornais hoje: "Bush diz que aceita idéias e propostas sobre o Iraque". Depois de mais de cinco anos fazendo besteiras no Oriente Médio e no resto do mundo, o beócio agora vem com essa. Qual a estratégia embutida nisso? Simples. Derrotado nas eleições legislativas, os republicanos desejam empurrar para a oposição parte da responsabilidade do que ocorrer na invasão que patrocinaram. Daqui a dois anos tem eleição presidencial, o que permite que o governo atual faça o povão esquecer os infindáveis tiros no pé imputando a culpa do que ocorrer daqui para a frente na oposição. Se bem que, sejamos lúcidos, os democratas deram apoio à invasão no calor dos atentados de 11 de setembro. Não tem santo nessa história.

  • Epa! 75% das casas brasileiras têm rede de saneamento básico? De onde os pesquisadores tiraram esses números? Ou foi nas capitais ou se confundiram com os relatórios e copiaram algum de um país europeu ou tem muita maquiagem nos números do governo. No Brasil que conheço não tem disso, não.

  • Quer dizer que a Polícia Federal andou escarafunchando os telefones da Folha de São Paulo? E com aquiescência de um juiz e tudo o mais? Voltamos a viver num estado de polícia? Tudo bem que a Folha é tucana desde o nascedouro, mas daí a se fazer esse tipo de polícia ideológica, vai uma distância inaceitável enorme. Atitudes completamente anti-democráticas como essa colocam em perigo muito mais que o simples direito de opinião do cidadão brasileiro. Se houvesse lei nesse país para os ricos e/ou poderosos, eu gostaria muito de ver os autores dessa sandice atrás das grades, mas estamos no Brasil, né? Fazer o que?

  • Oprah Winfrey, a milionária apresentadora estadunidense, apresentará em seu programa, dia 20 de novembro, uma reportagem sobre mães de diversos países. A mãe brasileira é a do apresentador Márcio Garcia. O galã será apresentado no programa como o Brad Pitt brasileiro. Esse nosso colonialismo nos faz bater palmas. Tem gente toda feliz com a comparação, a começar pelas revistas de fofocas, mas, se tivessem um pouco de amor-próprio, se sentiriam dimuídos. Por que Brad Pitt não pode ser chamado de o Márcio Garcia estadunidense? Pior, o que um tem a ver com o outro? Não existe nenhum paralelo aceitável entre as carreiras dos dois. Apenas são ambos bonitos e atores (o Garcia ainda é?), além de terem uma boa conta bancária (embora os valores devem ser completamente discrepantes).

  • Por falar nisso, já perceberam a megalomania dos estadunidenses quando eles querem elogiar alguma coisa deles? Sempre falam "melhor do mundo", "maior do mundo" e coisas assim. Os caras não conhecem o mundo, mas, seja lá o que eles têm, sempre é o "blá-blá-blá do mundo". Se algum dia alguém resolver fazer feijoada por lá, será a "melhor feijoada do mundo".

  • Como em quase todo o mundo, em Jerusalém também proibiram a Parada do Orgulho Gay. Talvez, como em quase todo o mundo, depois da segunda ou terceira edição, a Parada se torne corriqueira. Uma coisa eu admiro nos gays, eles são persistentes, organizados e não se deixam abater pelos contrários. Estão tomando conta do mundo e levando a sério aquilo que eles repetem desde os anos 70: "o mundo é gay". As mulheres continuam em sua luta por direitos e oportunidades iguais e os gays já chegam arrombando a porta. Muito interessante essa nova revolução sexual que está acontecendo. Você pode até discriminar os homossexuais, mas não pode negar que a coisa é divertida, além de muito colorida.

  • Diz Stephen King, o maior nome do terror mundial: "a única coisa de que tenho pavor é George Bush". Se o cara que vive assustando todo mundo fala isso, o que posso pensar?

  • Depois de ser insistentemente criticado por sua empáfia, falta de humildade e salto alto, Lula diz que não deseja ser a principal liderança política da América do Sul. Errou a dose de novo. O Brasil DEVE ser, por uma questão natural, a liderança da América do Sul. Esse ataque repentino de modéstia demonstra mais uma vez o despreparo intelectual do presidente. Se não for o presidente brasileiro esse líder, quem será? Chavez, o maluco de boina vermelha? Kirchner que não agüenta ficar mais de duas horas em reuniões absolutamente necessárias com os demais presidentes da região? Fidel, quase morto, ou seu irmão quase quase morto? Evo Morales, que só tem uma população do tamanho da do Estado de São Paulo e um PIB menor que a do mesmo estado brasileiro para comandar?

  • Nojo! Isso é o que sinto com essa politicanalhice do PMDB. Entenderam agora, Amarelos e Amarelas, porque esse partidinho gigante não lança candidato próprio à presidência? Se Alckmin ganhasse, eles fariam a mesma coisa. A ala oposicionista atual iria bater à porta dos tucanos e pediriam cargos em troca de apoio no Congresso e se coligariam de novo com as hienas do PFL, tucanos de segunda linha. Nojo!

  • Em 1986 dois jatos de uma mesma empresa indiana chocaram-se no ar. As causas do acidente nunca foram devidamente esclarecidas. Adivinhem qual era o vôo de um deles? Acertou quem disse 1907. Coincidência macabra, não?

  • Tem gente que leva a vida a sério demais. Imaginem vossas excelências que recebi um e-mail me desancando por conta do post de ontem. Calma, crianças, aquilo é pura ficção, não sou tão mau assim. Apenas fiquei com vontade de escrever algo sobre os sete pecados capitais e fiz aquilo. Que gente estressada, sô!

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