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domingo, outubro 29, 2006
Longitude de vidas navegantes na seca
Ladeadas por fantasmas encardidos,
Levam pendurados nos ombros doentes
Lágrimas esturricadas. veias vazias, fome e suor seco.
Pés feridos, chagas, rachaduras nos calcanhos
Perambulam em falso rumo, quimeras,
Paraíso só existente nas noites desmaiadas
Pelos casebres de sapê abandonados no nada.
A secura que trinca a pele evapora o choro
Amargura ainda mais a fome persistente,
Amalgama no esqueleto a miséria persistente.
Acabam-se os dias intermináveis sob urubus.
Devagar, mas de volta, persistente e serelepe. Obrigados pelas muitas palavras de carinho e apoio. Depois de votar, os visitarei.
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