Os cachorros conseguem "se lamber"; se os homens também conseguissem, a isso char-se-ia "autosuficiência".
- Tá, então falemos da Embraer. Estatal, fabricava o Bandeirantes e mais uns dois teco-tecos; privatizada, tornou-se uma referência mundial na fabricação de pequenos jatos de passageiros e o maior exportador nacional de produtos de alta tecnologia. De novo, tudo é relativo, menos o sectarismo, que é absoluto.
- Luís Henrique reeleito em Santa Catarina, o primeiro e talvez último se a reeleição realmente deixar de existir, como é proposta e vontade de muitos na próxima reforma política (se é que ela sai).
- Cabral bateu Frossard. A meu ver, nada mau. A empáfia e a maneira nada esclarecida de como ela mudou de um dia para o outro depois de declarar que votaria em branco no segundo turno me causam asco.
- Maguito perdeu para Rodrigues. Adorei! Estava se formando uma nova oligarquia em Goiás, depois do Iris Rezende. Sangue novo é sempre necessário.
- Vilma e Garibaldi, tanto faz, não votaria em nenhum dos dois se fosse potiguar.
- Jackson bateu Roseana. Que maravilha! Nem tanto pelo Jackson, que sequer conheço, mas ver os marimbondos descer as escadarias do palácio depois de 30 anos absolutos, é bom demais. Só persiste intocável a oligarquia paraibana dos Cunha Lima.
- Yeda, produto do efeito "cagadas do PT", sem querer tirar os méritos da nova governadora gaúcha. Embora o PT esteja há três mandatos seguidos na prefeitura de Porto Alegre, no Estado se revezam PT, PMDB e, agora, PSDB. A alternância no poder é essencial e os gaúchos estão fazendo isso muito bem. Até onde sei, é uma mulher competente, sem falar no maravilhoso fato de ser a primeira a governar o RS. Atualmente são três as governadoras: Roseana, Rosinha e Vilma. Duas vão sair, Roseana e Rosinha, duas novas chegam, Yeda e Carepa. Pena que sejam só três, precisamos de mais mulheres mandando na política nacional.
- Cássio? Preferiria Maranhão. Quem sabe na próxima os paraibanos não quebram essa oligarquia também?
- Requião contra os irmãos Dias, espertos, cada um de um lado e ambos do mesmo lado, o seu.
- Carepa? Hummm, sei não... Se bem que Gabriel já estava há muito no poder, uma mudança é sempre benvinda. Por falar nisso, saudade do Almirzinho, filho do governador derrotado, grande sujeito!
- Lula provou mais uma vez que é maior que o PT. Quem diria? Conseguiu até ajudar a aumentar a bancada do partido no Congresso. Sem falar que até governadores da dita oposição conseguiram pegar carona na popularidade inexplicável de Lula e agora se dizem amiguinhos desde menininhos de fraldas. Se o presidente tinha apoio declarado de seis governadores, terá 16 do seu lado no segundo mandato, isso não é pouco. Lógico, aqueles que não são petistas nem coligados, espertinhos pongaram em Lula, franco favorito, para levarem o pleito.
Que vengan los toros!, que são muitos e bravos e que tenhamos sorte, muita sorte. Vamos precisar dela.
- Impressionante esse segundo turno. Lula aumentou o número de votos em todos os estados, inclusive naqueles em que teve menos votos que Alckmin, por outro lado, Alckmin, a despeito de não ter outros candidatos para atrapalhar, teve menos votos. Eram só os dois! Não havia HH ou Cristóvam para dividir o bolo, e o cara diminuiu sua votação. Mesmo em São Paulo, tido como favoritíssimo no primeiro turno, quase teve empate, uma diferença muito pequena e 2,5 milhões de votos a menos. Haveremos de ver e ouvir muitas explicações ainda.
- Amarelinhos e amarelinhas, não se surpreendam se minha postura em relação ao governo federal mudar daqui para a frente. Tenho ojeriza a unanimidades, e essa eleição quase foi uma. Minha veia crítica está ali no esmeril sendo afiada.
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