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terça-feira, julho 10, 2007



  • Eliana, vai tomar... Não sei porque tanto estardalhaço sobre o novo sucesso youtubiano da Eliana cantantdo. O problema não é ela cantar a tal musiquinha, o problema é ela cantar. Com aquele miado desafinado, ela deveria ser proibida de falar.

  • Não sou muito afeito aos jargões do economês, mas quando vejo os jornais noticiando a geração de empregos por aí, fico me perguntando se seriam empregos mesmo. Por exemplo, com a efeméride dos Jogos Pan-Americanos, fala-se na geração de trezentos empregos somente na butique dos Jogos. Se são temporários na sua maioria, a meu ver não são empregos, mas ocupações. Assim é numa construção de uma estrada, no levantamento de uma fábrica e coisas que tais. Você coloca operários ali por seis meses, um ano, dois, depois da obra concluída, para onde vão aqueles trabalhadores? Para a rua, em busca de nova ocupação. Os operários da fábrica ou os monitores do pedágio, esses, sim, estão empregados. Na butique do Pan, alguns ficaram empregados, os demais, acabados os jogos, voltarão à fila dos desempregados. Não pode-se, portanto que eles hoje estão empregados. Estão ocupados, com o timer correndo regressivamente.

  • Tenho visto muita gente falando mal, dizendo que foi injusto, comparando o monumento com a situação caótica por que passa a cidade, no tocante à eleição do Cristo Redentor como uma das sete maravilhas do mundo moderno. A Unesco não reconhece essa seleção, a China não quis que suas muralhas participassem, assim como o Egito não inscreveu as Pirâmides de Gizé, uma vez que essas já fazem parte das sete maravilhas da antiguidade. O brasileiro, que tem a mania de falar mal do que faz sucesso e bater palmas para coisinhas esdrúxulas que a mídia nos impõe goela abaixo, não vê os benefícios que tal eleição podem trazer. Cabe à Embratur e à Riotur explorarem essa seleção e fomentarem o turismo na cidade. Se bem administrada, essa escolha poderá gerar empregos, renda, aumentar a circulação de dinheiro estrangeiro na cidade, além de investimentos na hotelaria, nos restaurantes, no transporte, na segurança... Independentemente de a cidade e o estado do Rio de Janeiro estarem passando por uma fase de depauperação, a escolha do Cristo pode voltar a dar uma injeção de ânimo no cidadão e de investimentos na infraestrutura.

  • Notícia boa e surpreendente: o Brasil é hoje o 15º país em publicações científicas em todo o mundo, com 1,92% da produção mundial. Acaba de ultrapassar a Suécia e a Suiça e já ameaça a posição da Rússia. O Brasil tem um histórico fantástico no tocante à produção científica, mas sempre teve problemas no requerimento de patentes internacionais. Isso desde os tempos da máquina de datilografia e do início da fotografia. Segundo documentos, ambas as invenções são brasileiras, mas a patente foi requerida por um estadunidense e por um francês, respectivamente. Isso aconteceu com diversos outros inventos. O brasileiro é inventivo, mas ingênuo. Ele inventa, mas não registra. De uns poucos tempos para cá, o Ministério da Ciência e Tecnologia e os centros científicos da universidades federais têm ficado mais espertos e requerido patentes para suas descobertas e inventos. É o que está se vendo, por exemplo, com o novo boom dos biocombustíveis. Desde 1973, com aprimeira crise do petróleo, quando os militares criaram o Pró-Álcool, o Brasil vem investindo nas tecnologias tanto dos combustíveis, quanto dos motores. Todas as descobertas estão patenteadas. Não nos surpreenderá se a África começar a produzir mais combustíveis de cana e de coco do que nós, em pouco tempo e não nos pagarão royalties por isso, mas, muito mais caro, será investir em pesquisas para desenvolvimento dos motores do que nos pagar para usar as tecnologias que já dominamos bem. Não vamos vender tanto combustível, mas poderemos ganhar muita grana vendendo motores, inclusive para países renomados na produção desses engenhos, como a Alemanha, Inglaterra, França e Estados Unidos. Agora em julho, um ex-aluno meu, agora mestrando na Fundação Getúlio Vargas apresntará um estudo científico na área de nanotecnologia, nada mais nada menos que no MIT, Massachussets Institute of Tecnology, o maior centro de produçaõ científica do mundo, com um Prêmio Nobel a cada dois anos. Ainda faltam investimentos na área, mas a coisa está melhorando. É a parte Bélgica em Nossa Belíndia, como nos definiu o Roberto Pompeu de Toledo.

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