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- Antonio Fernando Barros Silva e Souza! Não sei de onde veio, não conheço seu currículo, mas se o caso do Mensalão teve continuidade e está em julgamento é por conta da atuação desse senhor. O procurador geral da República não cedeu às pressões, que devem ter sido muitas, e levou as investigações e o caso adiante, como deveria ser levado todo e qualquer caso envolvendo corrupção. Se vai dar em pizza, ou não, é o que menos me chama a atenção no momento. Estamos calejados, infelizmente. As denúncias são feitas, a imprensa cai em cima, nós ficamos na torcida de que hajam prisões e condenações e terminamos sem poder escolher sequer o molho, a pizza sempre é servida e nós arcamos com o ônus. Mas a atuação desse senhor, low profile, sem buscar os holofotes como as mariposas, é digna de respeito e aplauso. Espero não me decepcionar futuramente, no momento, porém, estou tirando o chapéu pra ele. Enfim uma autoridade que se mostra confiável.
- Eu faço parte do Corpo de Jurados do Tribunal de Justiça da Comarca de Eunápolis, como alguns de vocês já devem saber. Quando em julgamento, somos orientados a não nos comunicarmos com ninguém mais senão com o juiz. Mesmo se quisermos ir ao banheiro ou tomar um copo d'água, é a ele que devemos nos dirigir e não a um bedel. Se a incomunicabilidade for quebrada, o julgamento pode ser cancelado e o jurado responder a processo. A justificativa para isso é se evitar a combinação de votos, o que poderia condenar ou absolver o réu independentemente das provas apresentadas, para que haja isenção no julgamento. No julgamento do Mensalão, como nos demais julgamentos no Supremo - se eu estiver errado, alguém me corrija, por favor - os jurados são os próprios juízes togados o que pressupõ-se que a combinação de votos entre eles é tão condenável quanto a combinação de votos entre mim e um segundo jurado quando estivermos julgando o joãozinho-ladrão-de-galinhas. A troca de e-mails entre os meretíssimos apresentada em reportagem de O Globo e noticiada por toda a imprensa é mais uma comprovação de que todos somos iguais perante a Justiça, só que alguns são mais iguais que outros. A OAB, em mais uma demonstração do corporativismo dos advogados, ao invés de condenar a postura dos magistrados, condena a divulgação da notícia, condena a imprensa por ter mostrado um pouquinho do que se passa nos subterrâneos do Judiciário. Não me venham pousar de homens sérios enquanto fazem chacota do povo laico, por favor.
- Estudo do Banco Mundial afirma: 56% dos empregos da América Latina são informais. Segundo informes da Fiesp, o percentual brasileiro é bem próximo disso, ou seja, quase a metade da população brasileira não depende das leis para sobreviver, sorte dela. Se fôssemos esperar pelo estado e suas políticas, estaríamos à míngua, passando ou morrendo de fome. Peguemos como exemplo a Feira de Caruaru, de onde mais de 30 mil famílias retiram seu sutento. Toda aquela gente vive, e alguns vivem muito bem, por conta de seu próprio empreendedorismo e não por conta das políticas sociais ou empregos formais. Em cada cidade brasileira, em maior ou menor proporção, existe uma Feira de Caruaru e é essa gente que movimenta a economia, que faz girar o capital, que detêm uma fotuna tão grande ou maior que as grandes empresas que ocupam a mídia e os comerciais. Ainda bem que o Estado ainda não encontrou uma forma de taxar os informais, assim eles podem viver tranqüilos sem ter que pagar altos impostos que movimentam a corrupção com muito mais força e velocidade.
- E por falar em Estado ineficiente, incapaz e despreparado, depois de 88 dias de greve e mortes, o governo de Alagoas resolveu dar 39% de reajuste salarial para o pessoal da saúde. Esperaram pessoas morrerem, hospitais fecharem e a imprensa nacional começar a fazer pressão para tomarem uma atitude que poderia ter sido negociada desde o começo. CORJA!
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