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segunda-feira, agosto 13, 2007

Colando


Angeli, Folha de São Paulo


O post de hoje veio prontinho, enviado pelo Heber, meu irmão ligadaço no que nos envolve:


Renan e a vingança
A melhor análise sobre a situação do presidente do Senado, Renan Calheiros,
não é de nenhum congressista ou analista político. É do artigo na Folha do
compositor e escritor Nelson Motta: "Nem a Polícia Federal, nem o Ministério
Público, nem a imprensa: foram atos individuais de Pedro Collor, Nicéa Pitta
e Roberto Jefferson que trouxeram à luz as tenebrosas transações que levaram
ao impeachment de Collor, à condenação de Celso Pitta, ao mensalão e à queda
de José Dirceu. Essas pessoas, movidas por sentimentos pessoais, acabaram
prestando inestimáveis serviços ao país. Sem o ódio deles, tudo continuaria
como estava. É o que vale: a história não é feita de boas intenções, mas de
conseqüências. Traições, humilhações, invejas, rancores, o ser humano é
muito sensível a esses sentimentos. Aqui, a vingança não é um prato comido
frio, mas fumegante. Não por acaso, é justamente o medo da vingança de Renan
que atrasa a sua expulsão do Senado".

Enquanto isso, na Câmara dos Deputados...
Frase do deputado Júlio Delgado (PSB), que fez verão em 2005 como carrasco
do processo de cassação de José Dirceu, sobre a relação do governo com os
deputados: "O Planalto sabe que é preciso criar um ambiente favorável. Essa
é governabilidade de amor remunerado. Todo mundo vota de acordo com a
liberação das emendas", disse a O Globo. Já foram liberados 93,7 milhões de
reais nesse mês. A direção da Câmara decidiu que os parlamentares podem
transferir o dinheiro que sobrar da verba para comprar passagens aéreas,
para os gastos com telefone e correio. A Folha dá o exemplo da autor da
proposta, Ciro Nogueira (PP-PI). Ele tem direito a R$ 25 mil mensais para
viagens Piauí-Brasília, suficiente para comprar 29 passagens de ida e volta
com o valor. Como, em média, deputados se deslocam quatro vezes ao mês entre
seu Estado e Brasília, sobrariam 25 passagens, cerca de R$ 21 mil.

Trechos retirados de O Filtro, selecionados por Thomas Traumann colunista de
política e chefe da sucursal da revista ÉPOCA no Rio de Janeiro.

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