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quarta-feira, fevereiro 22, 2006

A bigorna dura mais que o martelo.


Eu?

Remorso


Qual a pior coisa que você já fez? Me perguntaram isso hoje.

Como não acredito em pecado, Céu e Inferno e mais esse montão de coisas que colocam em nossas cabeças desde antes do surgimento das leis estatais e universais, com o único propósito de nos matarem na linha de comportamento social desejado por quem mantinha o poder, excluo qualquer resposta que endosse esses conceitos.

As melhores e piores coisas que já fiz são aquelas que me fazem bem e as que me deixam péssimo.

A princípio pode soar como um tratado de defesa do egoísmo, mas, pensando em minha resposta, cheguei à conclusão de que não é bem assim.

Se me fosse perguntado qual a melhor coisa que fiz na vida, teria dificuldade de responder. Menos porque tenha feito tantas boas ações que fique difícil escolher a melhor, mais por não tê-las feito em quantidade suficiente. Faço as coisas instintivamente, sem analisar se me farão bem ou se farão mal a quem quer que seja. Basta não magoar, não ferir ninguém, não lesar outras pessoas e nem ser lesado. As alternativas são suficientemente diversificadas para que sejam tomadas as decisões menos dolorosas, mesmo que sejam as menos fáceis.

Talvez por isso não tenha muito do que me arrepender. A vida é fácil e leve, não necessita de pesos extra.

Peso na consciência tenho apenas do soco que dei no estômago do Rogério, quando tínhamos onze anos, por ciúmes da Soraya. Nesse dia aprendi que amor nenhum compensa uma agressão física, muito menos a concorrência. Nesse expediente sou nada competitivo.

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