Não sou cachorro para correr atrás de caminhão
Me permitam um recadinho para meu amigo Maucir.
O texto sobre o Pelourinho, caro Maucir, referia-se ao Pelourinho soteropolitano mesmo. O texto e os personagens eu criei a partir de uma conversa que tive com um morador dali há dez anos. Ele me falou que muitos daqueles que eram proprietários dos imóveis históricos foram afastados para a periferia pelo governo do estado na época em que aconteceu a grande reforma e modernização do Centro Histórico.
Haviam muitos roubos e assaltos na região, mormente de turistas desavisados. Os imóveis foram doados - na verdade, vendidos ou arrendados, mas por valores muito inferiores aos de mercado - para pessoas amigas de políticos.
Os roubos e furtos reduziram-se drasticamente com a iluminação e o policiamento efetivos, mas o tráfico de drogas - maconha e cocaina, principalmente - aumentaram e, nas palavras daquele morador, "é muito mais seguro porque quem compra são pessoas das classes média e alta, além de turistas". Como não acontecem brigas ou qualquer outro tipo de violência, a polícia faz vistas grossas.
Como nossa conversa ocorreu há dez anos e você hoje tem apenas dezenove, não deve ter convivido com essa realidade, além do que, o governo baiano detém a grande imprensa sob suas asas, além dos artistas da música, mais influentes (de)formadores de opinião do estado. Não convém expor a verdade dos fatos para a grande massa.
Não se indigne com meu relato, mas com quem faz com que fatos assim aconteçam.
O texto sobre o Pelourinho, caro Maucir, referia-se ao Pelourinho soteropolitano mesmo. O texto e os personagens eu criei a partir de uma conversa que tive com um morador dali há dez anos. Ele me falou que muitos daqueles que eram proprietários dos imóveis históricos foram afastados para a periferia pelo governo do estado na época em que aconteceu a grande reforma e modernização do Centro Histórico.
Haviam muitos roubos e assaltos na região, mormente de turistas desavisados. Os imóveis foram doados - na verdade, vendidos ou arrendados, mas por valores muito inferiores aos de mercado - para pessoas amigas de políticos.
Os roubos e furtos reduziram-se drasticamente com a iluminação e o policiamento efetivos, mas o tráfico de drogas - maconha e cocaina, principalmente - aumentaram e, nas palavras daquele morador, "é muito mais seguro porque quem compra são pessoas das classes média e alta, além de turistas". Como não acontecem brigas ou qualquer outro tipo de violência, a polícia faz vistas grossas.
Como nossa conversa ocorreu há dez anos e você hoje tem apenas dezenove, não deve ter convivido com essa realidade, além do que, o governo baiano detém a grande imprensa sob suas asas, além dos artistas da música, mais influentes (de)formadores de opinião do estado. Não convém expor a verdade dos fatos para a grande massa.
Não se indigne com meu relato, mas com quem faz com que fatos assim aconteçam.
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